Enciclopédia de Eclesiastes 3:9-9
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Livros
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- Dicionário
- Strongs
Perícope
ec 3: 9
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga? |
ARC | Que vantagem tem o trabalhador naquilo em que trabalha? |
TB | Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se fadiga? |
HSB | מַה־ יִּתְרוֹן֙ הָֽעוֹשֶׂ֔ה בַּאֲשֶׁ֖ר ה֥וּא עָמֵֽל׃ |
BKJ | Que benefício tem o trabalhador naquilo em que trabalha? |
LTT | Que proveito tem o trabalhador naquilo em que labora? |
BJ2 | Que proveito o trabalhador tira de sua fadiga? |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Eclesiastes 3:9
Referências Cruzadas
Provérbios 14:23 | Em todo trabalho há proveito, mas a palavra dos lábios só encaminha para a pobreza. |
Eclesiastes 1:3 | Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol? |
Eclesiastes 2:11 | E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia debaixo do sol. |
Eclesiastes 2:22 | Porque que mais tem o homem de todo o seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol? |
Eclesiastes 5:16 | Também isto é um mal que causa enfermidades: que, infalivelmente, como veio, assim ele vai; e que proveito lhe vem de trabalhar para o vento, |
Mateus 16:26 |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
APRENDENDO A LIDAR COM A VIDA
Nesta seção, o filósofo-pregador prova os fatos na medida em que os encontra e os relaciona com os princípios de Deus.
A. POEMA DE UM MUNDO BEM ORDENADO, 3:1-8
Na poesia' desta passagem o Pregador explana seu texto: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu (1). Há intérpre-tes que só vêem um fatalismo absoluto nesta passagem (1-8), acompanhado da entrega resignada dos homens (9-15). Outros vêem o reconhecimento da soberania de Deus, complementada pela liberdade do homem e sua habilidade de ajustar sua vida às exi-gências de Deus. Atkins escreve: "A passagem possui uma excelência contida de movi-mento, como se o rio da vida se transformasse em duas correntes fluindo por entre os mesmos limites. Existe uma corrente de permissão, se assim pudermos chamá-la, e ou-tra de proibição. Faz parte da sabedoria da vida saber onde pegar a maré adequada e não desperdiçar esperança e esforços naquilo que não pode ser feito — pelo menos não na-quele momento"? "Deus determinou a ordem, e é nossa tarefa cumpri-la" (Berkeley, nota de rodapé, loc. cit.).
Em vez de tratar dos aspectos do mundo da natureza, estes versículos tratam das ações do homem. O significado da maior parte do texto é claro, sendo que não se deve esperar encontrar significados literais em palavras usadas de forma poética. O tempo de arrancar o que se plantou (2) provavelmente significa colher ou talvez signifique escavar, isto é, transplantar, como é feito nas plantações de tomate. O tempo de matar (3) talvez se refira à execução judicial, ou a hostilidades. Em vista do versículo 5, ele pode todavia significar de maneira generalizada a palavra destruir.3 O tempo de dei-tar fora (6) provavelmente significa um tempo de compartilhar com outros. O tempo de amar (8) sugere expressar nosso amor a Deus e às pessoas que nos cercam. O tempo de aborrecer ("odiar", NVI) seria odiar o mal e se opor a ele.
Está claro que a vida de um homem não é simples. É um complexo de forças que interagem entre si e que estão em constante mudança e que exigem uma reação agora e uma reação diferente em circunstâncias diferentes. Nem sempre gostamos da mudança, mas a sabedoria requer que nos ajustemos a isso. Ao olharmos para trás, podemos dizer que certamente Deus o planejou.
B. FRUSTRAÇÃO E FÉ, 3:9-15
O homem que vive somente para este mundo nunca está longe da frustração. O autor exprime novamente a pergunta do versículo 22, do capítulo 2: "Que vantagem tem o trabalhador naquilo em que se desgasta?" (9, Berkeley). No versículo 10, Qoheleth declara: Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, mas nisso ele encontra valor. Tudo fez formoso em seu tempo (11, cf. Gn
Nos versículos
O versículo 15 tem sido interpretado e traduzido de várias maneiras. As primeiras duas frases declaram evidentemente a ordem invariável do universo. Mas qual é o significado da última frase? Aqui ela é traduzida como: e Deus pede conta do que paãsou; outra possibilidade é: "Deus procura aquilo que foi afastado" (RSV). As palavras podem ser en-tendidas simplesmente como a ação contínua de Deus em seu universo ordenado. Elas não podem ser entendidas com igual solidez como uma expressão de Deus para o seu propósito com o universo — um paralelo da última frase do versículo 14? Se concordarmos com isso, podemos ver o universo de Deus e sua atividade como algo projetado para atrair os homens para si mesmo — inclusive aqueles que de alguma forma "passaram" e se "afastaram".
O versículo 11 também foi motivo de muita diferença na interpretação. Também pôs o mundo no coração deles foi traduzido como: "Ele colocou a eternidade na mente do homem" (RSV), e: "Ele também plantou eternidade nos seus corações" (Berkeley). Este desejo no espírito do homem não é tão imutável e recorrente quanto o sol nascente? Esta não é uma das provisões de Deus para nos atrair para si e nos elevar acima das preocupações do nosso mundo material? "Uma grande razão de nossa carência de satis-fação se encontra nessa sensação inata de eternidade que temos dentro de nós, que não pode ser suprida por nenhum feito ou coisa terrena".4
C. O PROBLEMA DO MAL MORAL, 3:16-22
Agora o autor se volta do significado das complexidades da vida para a consideração de suas contradições morais. Ele viu que nas cortes onde deveria haver juízo, havia impiedade (16) ; onde deveria haver justiça, havia mais impiedade ainda. Como pode-mos conciliar a presença do mal com um mundo regido por um Deus justo? A resposta da fé é que Deus um dia julgará o justo e o ímpio (17, cf. Mt
A oração para que Deus possa prová-los (18) pode ser entendida como: "Deus está testando-os para mostrar que são bestas" (RSV). Alguns aplicam este versículo aos "ímpios" de que falam os versículos
Champlin
A Labuta É Sem Proveito (Ec
Ec
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que se afadiga? O pobre e triste filósofo, laborando sob o seu sistema de determinismo absoluto, abateu-se e viu claramente que todo trabalho humano é vão. O homem é esbofeteado pelos ventos divinos e jamais poderá chegar a coisa alguma digna ou duradoura. Hoje ele tem aquilo que chama de bom, mas amanhã o vento varrerá tudo de sua frente. Não há valores permanentes. Quando adotamos uma teologia deficiente, isso certamente distorcerá nossa maneira de pensar sobre as coisas. E foi precisamente isso que o triste filósofo fez nesta passagem. Naturalmente, existem coisas de valor a serem obtidas ali, mas nos enganamos quando aceitamos o caso do autor, conforme está, e não nos erguemos nem objetamos a seus pontos de vista extremados de bom senso e de boa doutrina.
"Se as ações de um homem são destituídas de liberdade, visto que seus próprios atos ou pensamentos são ditados por uma vontade fora dele mesmo, que valor podem ter esses atos? Qual seria o uso do esforço humano? Diante dessa pergunta, a resposta é que o trabalho de um homem não se revestiría de nenhum valor real' (O. S. Rankm. in toe).
Cinco Conclusões. Essas conclusões estão baseadas na doutrina do determinismo absoluto, no tocante ao trabalho humano: ver Ec
Ec
Vi o trabalho que Deus impôs aos filhos dos homens. Primeira Conclusão. Foi Deus quem impós o trabalho árduo aos homens. Ele lhes deu as coisas que são obrigados a fazer, a fim de exercitar-se. Os homens não têm escolha sobre essa questão, e os resultados podem ser o que chamamos de bons ou maus, embora tudo seja inútil e cause sofrimento. Esta primeira declaração reitera o Deus do autor, a Causa Única, mas ignora completamente que outros fatores operam no mundo — as causas secundárias, que se originam entre os homens, nas comunidades, na natureza, na lei natural e até no caos. O homem carrega um fardo pesado, enviado por Deus. e precisa fazer o melhor que puder, não se queixando nem questionando a justiça do Deus voluntarista. A vontade de Deus é suprema e arbitrária (até onde os homens podem determinar). Mas a vontade de Deus, com ou sem razão, é suprema. O ensino não diz: “O homem é um pecador, assim tem de trabalhar". Antes, é o seguinte: “O homem está sujeito à vontade divina, que, naturalmente, faz dele um sofredor".
Ec
Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo. Segunda Conclusão. Se houver alguma coisa no mundo a que chamamos de belo, então podemos atribuir essa coisa a Deus e, naturalmente, as coisas feias também são de Sua criação (o que compreendemos por implicação). O bom e o mau, o belo e o feio trocam-se em suas manifestações, cada coisa em seu devido tempo e estação (vs. Ec
Pôs a eternidade no coração do homem. Eternidade, literalmente, é “mundo". Foi Deus quem pôs no coração dos homens o desejo de compreender os mistérios do mundo, da vida e de seus possíveis significados. As pessoas procuram saber se há ou não algo de extratemporal em si mesmas; se são apenas animais ou se existe algo em um homem que o distinga dos irracionais. Ele pode até querer saber se há alguma parte, em si mesmo, que sobreviva à morte biológica; mas o vs. Ec
O homem busca, mas nunca descobre muito sobre o significado dos mistérios. Deus pôs esse desejo no coração humano, mas não lhe garantiu sucesso. O homem é deixado a pairar sobre sua admiração e investigação. E a própria investigação consiste em vaidade. Nenhum homem pode descobrir o que Deus tem feito, por qual razão Ele assim o fez, ou por que Ele o fará. O homem é uma espécie de microcosmo do todo, mas não é capaz de discernir muito sobre si mesmo, a ponto de “ler alguma coisa sobre Deus". Ele implantou as idéias, que se agitam na mente de um homem e buscam explanações para os mistérios da existência. Mas esses mistérios estão ocultos em Deus, e nenhum homem, por nenhum modo de investigação, pode explicar o ser divino ou as coisas divinas. Deus é o Mysterium Fascinosum e também é o Mysterium Tremendum (ver a respeito na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia). A mente humana sente um pouco desses mistérios, mas seus esforços por chegar a conhecê-los fracassam miseravelmente, e ele é deixado na vaidade.
Uso da Filosofia. O autor sagrado, chamado neste livro de “pregador”, termo tipicamente hebraico, na realidade é um filósofo. Era um hebreu que se metia na filosofia com alguma habilidade; mas era um pessimista, o que explica suas conclusões obscuras. É necessário conhecer um pouco de filosofia para entender o livro. Ao longo deste comentário, refiro-me aos artigos cuja leitura é fundamental para permitir uma compreensão mais exata do que o autor sagrado procurava transmitir.
Ec
E também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar. Este versículo reforça a idéia expressa no vs. Ec
As fontes informativas examinadas, que conheciam somente teologia e pouca ou nenhuma filosofia, perderam-se nesta passagem, onde se faz necessário algum conhecimento filosófico fundamental, para uma boa compreensão. Existem coisas de valor para o homem espiritual que ultrapassam a esfera de conhecimentos teológicos, Portanto, que o leitor não seja tão estrito a ponto de ter a teoria da “teologia somente” ou a teoria da Bíblia somente. Existem coisas de valor para o homem espiritual que vão além da esfera teológica de estudo, Antes, que o leitor abra todas as portas e janelas, obtenha todo o conhecimento que puder, em tantos campos quantos tenha tempo e capacidade para estudar. Todo o conhecimento, afinal, deriva-se de Deus.
Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente. Quarta Conclusão. Tudo quanto Deus faz perdura para sempre; coisa alguma pode ser adicionada ao que Ele determinou; e coisa alguma pode ser tirada do que Ele estabeleceu. Determinismo absoluto é o nome do jogo. Portanto, faça como os filósofos estóicos e aceite tudo e, então, sem importar se prosperar ou sofrer, você estará cumprindo a vontade de Deus. Deus age dessa maneira para fazer com que os homens 0 temam. E aqui devemos pensar em temor literal, e não meramente em respeito reverente, conforme se vê em muitos outros lugares. Essa conclusão acerca do temor é paralela a Pv
Deus fará renovar-se o que se passou. O original hebraico por trás dessa tradução tem deixado perplexos os eruditos. Mas Barton (in loc.) provavelmente está certo ao falar de ciclos em revolução. Deus traz de volta aquilo que já havia acontecido antes. Coisa alguma permanece repelida ou “expulsa” (Revised Standard Version). Embora tudo continue voltando, nunca muda; isso é puro estoicismo.
Genebra
3:1
tempo. As pessoas verdadeiramente sábias sabem que todos os seus "tempos" estão nas mãos de Deus (Sl
*
3:11
a eternidade. Esse é o termo hebraico que reaparece no v. 14.como "durará eternamente". O coração sabe que a história não é destituída de sentido, mas é frustrado em seus esforços por discernir o padrão dos acontecimentos.
*
3:12
nada há melhor. A principal aplicação do autor é o seu conselho repetido (2.24-26; 3.12,22; 5:18-20; 8,15) e a sua ordem (9.7-10) para nos contentarmos com o que Deus tem ordenado para a vida de uma pessoa (1Co
*
3:14
temam. O termo significa dar a Deus a honra que corresponde ao que Ele é (Êx
*
3.15-21 Deus, o Juiz, está em vista.
*
3:17
o justo e o perverso. Como punição pelo seu pecado, as pessoas, como os animais (vs. 18-20), devem morrer (Gn
tempo. Deus ordena tudo quanto ocorre sobre a terra (vs. 1-8). Ele também determinou um dia para julgar os feitos de todos os seres humanos (o "dia do Senhor"; Jl 3).
*
3:21
Quem sabe se o fôlego de vida... se dirige para cima. Em outros lugares Salomão observou a idéia que embora o corpo físico retorne ao pó, o espírito retorna para Deus (12.7).
Matthew Henry
Wesley
Agora, o escritor se transforma em um de seus humores mais pessimistas. A luta por algo que transcende o seu mundo de dúvidas, visto na seção anterior, o que deve responder às suas perguntas, não traz nenhuma resposta. Ele se vira para olhar para o seu mundo, e isso não é bom. Onde se espera a justiça, a maldade é encontrado. Talvez ele pode esperar que Deus vai equilibrar a conta (Ec
Wiersbe
- O problema discutido (Ec 3—10)
- O propósito de Deus para nossa vida (Ec 3)
Deus equilibra a vida: nascimento— morte; dor—alegria; encontro—par-tida. Por que ele faz isso? Por duas razões: (1) a fim de que não pense-mos que podemos explicar as obras do Senhor com facilidade (v. 11); e (2) para que aprendamos a aceitar e usufruir o que temos (vv. 12-13). O Senhor pôs a "eternidade" em nosso coração (v. 11). Isso significa que as coisas do mundo nunca po-derão satisfazer-nos de verdade. Por isso, temos de descobrir a vontade de Deus para nossa vida e deixá-lo misturar os ingredientes de acordo com seu propósito.
Russell Shedd
3.6 De deitar fora. Como é difícil para nós nos desfazermos de coisas nocivas à nossa fé!
3.7 Tempo de rasgar. Rasgavam-se as vestes em sinal de dor ou calamidade.
3.11 Tudo fez Deus formoso. lembra a história da criação e o estado de inocência do homem, quando Deus "pôs a eternidade no seu coração". Agora, com a mente turvada, pelo pecado, não pode mais "descobrir as obras de Deus". Se nos lembrássemos sempre da eternidade, viveríamos mais satisfeitos.
3.14 Para que... temam. Devemos nos sujeitar em temor e humildade à vontade de Deus.
3.16 Juízos... justiça. Entre os homens não há justiça, mas em Deus é encontrada a justiça (17). Há por aí quem queira comprovar uma afirmação do deísmo, no sentido de que Deus estivesse desinteressado pelo destino do homem; mas leia-se 2Pe
3.17 Deus julgará. Sofrendo nós sob injustiça dos homens, podemos confiar que, no final, Deus nos fará justiça.
3.18 Como os animais. Em reconhecendo que, tirados da terra e prestes a tornar seu corpo em pó, o homem se tornará humilde.
3.19 O mesmo lhes sucede. Aparentemente o mesmo, pois o seu corpo é de procedência idêntica, é terreno e volta à terra. Por isso mesmo, o homem deve deixar de ambicionar as coisas terrenas, igualmente perecíveis.
3.21 Quem sabe... ? Não que Salomão duvidasse da imortalidade da alma (conforme v. 17 e 12.7). A dúvida, aparentemente, diz respeito à localização do céu ou do inferno.
3.22 Recompensa. Salomão sabia que o homem sem temor de Deus, reconhecendo a vaidade das coisas terrenas, é levado ao epicurismo: "Comamos, e bebamos e divirtamo-nos, pois com a morte tudo termina e o homem morre também como o animal". É esta máxima dos filhos do mundo.
NVI F. F. Bruce
3) Tudo acontece no tempo certo (3:1-15)
No cap. 1, o autor havia contemplado a futilidade evidente da vida à luz do ciclo repetitivo no mundo natural (v. 1:2-11). No cap. 3, ignorando momentaneamente as conclusões a que chegou em 2:24-26, ele observa mais uma vez a falta de sentido da existência, agora à luz daquela ordem fixa de eventos em que se encaixa toda a atividade do homem de acordo com o plano pré-ordenado por Deus. E um esforço inútil o homem tentar melhorar sua sorte, visto que tudo vai continuar acontecendo no tempo específico determinado por Deus (3:1-9).
Essa consciência do destino inescapável gera sentimentos de frustração e amargura, porque, embora a mente do homem tente entender o eterno, não consegue captá-lo. O homem ainda não consegue entender os caminhos de Deus. Visto que Deus projetou cada acontecimento para se encaixar perfeitamente no seu devido contexto, o homem deveria aceitar quaisquer circunstâncias que Deus estabeleça e encontrar prazer nelas (v. 10-13). Mas a percepção de que ele não consegue mudar o que Deus lhe prescreveu, mesmo que queira, o mantém em uma atitude de temor diante de Deus (v. 14,15).
3.1. tempo: heb. %‘mãn, um aramaísmo tardio (encontrado também em Ed
v. 11. O autor está confiante no fato de que a vida tem significado. O que o perturba é que o homem não consegue descobrir esse significado, fez tudo apropriado ao seu tempo: uma referência a eventos, e não a aspectos materiais, eternidade: heb. hãlõlãm\ a palavra mais discutida e controvertida no livro. As diferenças de interpretação estão relacionadas aos diferentes usos da palavra no hebraico bíblico e não-bíblico, à vocalização alternativa das consoantes hebraicas e à natureza peculiar do pensamento do autor. As interpretações se agrupam em torno de três idéias principais: (a) a eternidade, a noção ou concepção de coisas eternas, o desejo pela onis-ciência, a qualidade divina no homem; (b) o mundo, o amor ao mundo, uma percepção do somatório dos eventos passados e futuros; (c) esquecimento, ignorância, escuridão, enigma, labuta, v. 12,13. V.comentário de 2.2426. v. 14. que os homens o temam: a estrutura de pensamento do autor sugere um temor forçado ou obrigatório, resignação, e não o reverente “temor do Senhor”, v. 15. O ciclo interminável, a repetição constante na forma em que Deus ordena as atividades e questões humanas; um eco da observação final no texto paralelo no cap. 1 (conforme 1:9-11).
4) Não há ordem moral no mundo (3.16—4.3)
Embora bem consciente da ordem fixa de Deus nas questões humanas, o autor ao mesmo tempo observa que parece não haver ordem moral no mundo à sua volta. Por exemplo, a injustiça e a maldade existem em grande quantidade (v. 16). E possível encontrar conforto na idéia de que Deus vai fazer justiça em todas as coisas em algum dia de juízo na vida após a morte (v. 17); por outro lado, talvez nem haja vida após a morte. Talvez Deus esteja tentando mostrar ao homem, por meio do destino comum que determinou para o homem e os animais, que ele não tem nenhuma vantagem sobre os animais. Afinal, quem pode provar que os homens têm vida após a morte? O melhor que o homem pode fazer, conclui o autor, é desfrutar da vida enquanto pode (v. 18-22). Nem todos, no entanto, podem desfrutar da vida. As infelizes vítimas da opressão estariam em condições melhores se estivessem mortas, e estariam em condições melhores ainda se nem tivessem nascido (4:1-3).
3.16. Temos aqui uma alusão à corrupção em questões judiciais e administrativas, v. 19. fôlego de vida\ ou espírito (v. 21); cf. “vento” (1.14). V. tb.comentário Dt
Moody
III. O Tema Demonstrado (II). 3:1 - 4:16.
A. Pelas Leis de Deus. Ec
Francis Davidson
Porém, não é uma sabedoria fácil; pois deve renegar sistema. Um ponto de vista mundial sistemático, um Weltanschauung, só seria possível se ocupássemos o centro do qual pudéssemos pesquisar o todo e vê-lo em sua verdadeira perspectiva. Porém, essa é a posição ocupada pelo Criador, senão pelas criaturas. De nossa posição de criaturas debaixo do sol vemos, como se fosse assim, o avesso do tapete com suas muitas linhas confusas e fios soltos. Procurar desmaranhar o tapete, de nosso ponto de vista, é ficar envolvido num interminável labirinto. Isso também é vaidade e vexação de espírito.
O princípio de nossa sabedoria é o temor do Senhor (Sl
Essa característica incalculável e inexplicável da história e da experiência serve de dolorosa perplexidade para o homem. Pois o homem não é meramente uma criatura do tempo; existe dentro dele aquilo que transcende ao tempo: "O homem tem Para Sempre". Ele procura postar-se por detrás do processo do tempo e discernir o plano e o padrão do todo. Mas está por demais profundamente imerso no tempo para ter sucesso nessa tentativa; o fim e o princípio se ocultam dele. A tensão entre o Hoje e o Para Sempre, na vida do homem, não pode ser completamente solucionada. Não obstante, o homem pode encontrar o Para Sempre no Hoje, aceitando gradualmente os dons de Deus e obedecendo a Seus mandamentos.
Também pôs o mundo no coração deles (11). A palavra hebraica que aqui é traduzida como o mundo, tem, uniformemente, o sentido de "para sempre", e é assim traduzida noutras porções deste livro, como, por exemplo, no vers. 14 (eternamente). É melhor traduzi-la como "eternidade", ou então simplesmente conservar a tradução literal (como Browning), "para sempre".
Dicionário
Tem
substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.
Trabalhador
adjetivo Que desenvolve algum tipo de trabalho; que é capaz de trabalhar; que trabalha.Que demonstra excesso de dedicação na realização de alguma coisa.
Por Extensão Uso Regional. Rio Grande do Sul. Diz-se do jumento utilizado como reprodutor de éguas.
substantivo masculino Indivíduo que trabalha; empregado ou operário.
Trabalhador autônomo. Aquele cujo trabalho não é permanente nem tem vínculo empregatício.
Trabalhador migratório. Aquele que acaba por trabalhar ocasionalmente em diferentes lugares.
Etimologia (origem da palavra trabalhador). Trabalhar + dor.
O trabalhador de Jesus, neste século, não será tão-somente o condutor de si mesmo, mas também o amigo, o orientador, o sacerdote e o médico es piritual dos irmãos sofredores e necessitados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Quando me refiro a trabalhadores, falo dos companheiros não completamente bons e redimidos, mas daqueles que apresentam maior soma de qualidades superiores, a caminho da vitória plena sobre as condições e manifestações grosseiras da vida. Em geral [...] são entidades em débito, mas com valores de boa vontade, perseverança e sinceridade que lhes outorgam o direito de influir sobre os fatores de sua reencarnação, escapando, de certo modo, ao padrão geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12
O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja a seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a vontade divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18
Vantagem
substantivo feminino Em que há primazia, excelência.Que está na dianteira; em primeiro; à frente: ele tem uma vantagem em relação ao adversário difícil de ser superada.
Tirar proveito; aproveitar ao máximo: tirar vantagem de tudo.
Expressão de superioridade: aproveitou-se da vantagem que levava.
Privilégio atribuído a uma pessoa ou grupo, com exceção dos demais; prerrogativa: tinha muitas vantagens no emprego.
[Esporte] No tênis, ponto de desempate.
[Esporte] No vôlei, circunstância em que o jogador pode sacar, por ter realizado uma jogada de êxito.
Contar vantagem. Falar excessivamente de suas próprias qualidades; gabar-se.
Etimologia (origem da palavra vantagem). Do francês avantage.
vantagem s. f. 1. Qualidade do que é superior ou está adiante. 2. Favor, benefício. 3. Lucro, proveito. 4. Vitória.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
הוּא
(H1931)
uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s
- ele, ela
- ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
- retomando o suj com ênfase
- (com pouca ênfase seguindo o predicado)
- (antecipando o suj)
- (enfatizando o predicado)
- aquilo, isso (neutro) pron demons
- aquele, aquela (com artigo)
יִתְרֹון
(H3504)
procedente de 3498; DITAT - 936f; n m
- vantagem, proveito, excelência
מָה
(H4100)
uma partícula primitiva, grego 2982
- o que, como, de que tipo
- (interrogativa)
- o que?
- de que tipo
- que? (retórico)
- qualquer um, tudo que, que
- (advérbio)
- como, como assim
- por que
- como! (exclamação)
- (com prep)
- em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
- por causa de que?
- semelhante a que?
- quanto?, quantos?, com qual freqüência?
- por quanto tempo?
- por qual razão?, por que?, para qual propósito?
- até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
- nada, o que, aquilo que
עָמֵל
(H6001)
procedente de 5998; DITAT - 1639b,1639c n. m.
- trabalhador, sofredor, miserável
- trabalhador, operário
- sofredor adj. v.
- penoso
עָשָׂה
(H6213)
uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.
- fazer, manufaturar, realizar, fabricar
- (Qal)
- fazer, trabalhar, fabricar, produzir
- fazer
- trabalhar
- lidar (com)
- agir, executar, efetuar
- fazer
- fazer
- produzir
- preparar
- fazer (uma oferta)
- atender a, pôr em ordem
- observar, celebrar
- adquirir (propriedade)
- determinar, ordenar, instituir
- efetuar
- usar
- gastar, passar
- (Nifal)
- ser feito
- ser fabricado
- ser produzido
- ser oferecido
- ser observado
- ser usado
- (Pual) ser feito
- (Piel) pressionar, espremer
אֲשֶׁר
(H834)
um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184
- (part. relativa)
- o qual, a qual, os quais, as quais, quem
- aquilo que
- (conj)
- que (em orações objetivas)
- quando
- desde que
- como
- se (condicional)