Enciclopédia de Isaías 1:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 1: 25

Versão Versículo
ARA Voltarei contra ti a minha mão, purificar-te-ei como com potassa das tuas escórias e tirarei de ti todo metal impuro.
ARC E voltarei contra ti a minha mão, e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza.
TB voltarei a minha mão sobre ti, e purificarei como com potassa a tua escória, e tirarei de ti todo o teu estanho;
HSB וְאָשִׁ֤יבָה יָדִי֙ עָלַ֔יִךְ וְאֶצְרֹ֥ף כַּבֹּ֖ר סִיגָ֑יִךְ וְאָסִ֖ירָה כָּל־ בְּדִילָֽיִךְ׃
BKJ E eu voltarei minha mão sobre ti, e purificarei completamente tua escória, e removerei todo teu estanho.
LTT E voltarei contra ti a Minha mão, e purificarei como com pureza ① as tuas escórias; e tirar-te-ei todo o teu metal impuro.
BJ2 Voltarei a minha mão contra ti, purificarei as tuas escórias com a potassa, removerei todas as tuas impurezas.
VULG Et convertam manum meam ad te, et excoquam ad puram scoriam tuam, et auferam omne stannum tuum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 1:25

Isaías 1:22 A tua prata se tornou em escórias, o teu vinho se misturou com água.
Isaías 4:4 Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor,
Isaías 6:11 Então, disse eu: até quando, Senhor? E respondeu: Até que se assolem as cidades, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador, e a terra seja assolada de todo.
Jeremias 6:29 Já o fole se queimou, o chumbo se consumiu com o fogo; em vão vai fundindo o fundidor tão diligentemente, pois os maus não são arrancados.
Jeremias 9:7 Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que eu os fundirei e os provarei; por que, de que outra maneira procederia com a filha do meu povo?
Ezequiel 20:38 e separarei dentre vós os rebeldes e os que prevaricaram contra mim; da terra das suas peregrinações os tirarei, mas à terra de Israel não voltarão; e sabereis que eu sou o Senhor.
Ezequiel 22:20 Como se ajuntam a prata, e o bronze, e o ferro, e o chumbo, e o estanho no meio do forno, para assoprar o fogo sobre eles, a fim de se fundirem, assim vos ajuntarei na minha ira e no meu furor, e ali vos deixarei, e fundirei.
Ezequiel 22:22 Como se funde a prata no meio do forno, assim sereis fundidos no meio dela; e sabereis que eu, o Senhor, derramei o meu furor sobre vós.
Sofonias 3:11 Naquele dia, não te envergonharás de nenhuma das tuas obras, com que te rebelaste contra mim; porque então tirarei do meio de ti os que exultam na sua soberba, e tu nunca mais te ensoberbecerás no meu monte santo.
Zacarias 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos; fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos.
Malaquias 3:3 E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça.
Mateus 3:12 Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
Apocalipse 3:19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

ou "como com potassa".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

is 1:25
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 23
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 3:15-18

15. Estando o povo na expectativa e discorrendo todos em seus corações a respeito de João, se porventura não seria ele o Cristo,


16. disse João a todos "eu na verdade vos mergulho em água, mas vem aquele que é mais poderoso que eu, e não sou digno de desatarlhe as correias das sandálias: ele vos mergulhará no Espirito santo e no fogo:


17. a sua pá ele a tem na sua mão para limpar sua eira e recolher o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível".


18. Assim, pois, com muitas outras exortações, anunciava a Boa Nova ao povo. MT 3:11-12


11. "Eu na verdade vos mergulho em água para a reforma mental; mas aquele que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e não sou digno de levar-lhe as sandálias; ele vos mergulhará no Espírito santo e no fogo;


12. a sua pá ele a tem na sua mão e limpará bem a sua eira; e recolherá seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível".


MC 1:7-8

7. E ele pregava: "Depois de mim vem aquele que é mais poderoso que eu, diante do qual não sou digno de abaixarme para desatar-lhe a correia das sandálias.


8. Eu vos mergulhei na água, mas ele vos mergulhará no espírito santo".


Lucas esclarece a razão das explicações dadas por João: o povo aguardava ansioso o Messias, para libertá-lo do jugo romano. E crescia a desconfiança a respeito de João: não seria ele o messias? O precursor explica singelamente que sua tarefa é apenas preceder o Messias, preparar-lhe o caminho, mergulhar na água simbolizando a purificação, para que depois venha a reforma mental. Nada mais. O que virá depois, o "outro", é mais forte, mais poderoso que ele, e os mergulhará num espírito santo e no fogo. Claramente elucida João que ele fala para a personalidade e que "outro", mais elevado, falará para a individualidade. E dá suas características: ele se satisfaz com a mudança do pensamento, com a "reforma mental" (setenta anos antes, exclamava Cícero para Catilina: "muta jam istam mentem", muda logo essa mentalidade"!). Na personalidade, isso constitui o essencial. Mais tarde, quando já no rumo certo, depois de "rejeitados os erros", então poderá chegar "outro" para ensinar o progresso "de dentro" . Só depois de arrasada a velha casa pelos demolidores, poderá vir o construtor para erguer o novo prédio.


O "outro" mergulhará a individualidade "num espírito santo", fazendo-a sintonizar com os bons espíritos, e a fará penetrar "no fogo" da purificação (cfr. IS 1:25; IS 4:4; ZC 13:9; ML 3:2) que lhes queimar á todas as impurezas; fogo do remorso que limpa, fogo da dor que resgata, fogo dos sofrimentos que corrige, fogo das provações que tempera, fogo do amor divino que purifica. Tão grande é esse "outro", que João se confessa indigno de "desatar-lhe as correias das sandálias", revelando com isso o conhecimento de sua pequenez diante da grandeza de Jesus (embora fossem primos); e confirmando a exultação e o gáudio que ele, João, experimentou ainda no ventre materno, quando recebeu a visita de Jesus no ventre de Maria: era o velho profeta Elias, diante de Yahweh, u "homem" diante de seu "deus". Jesus o classificaria, mais tarde, como "o maior ser" da personalidade (dentre os nascidos de mulher), embora o menor da individualidade (do "reino dos céus") lhe fosse superior.


Com uma imagem, João prefigura Jesus: "tem a pá na sua mão": é o Senhor, o Dono da Terra, comparada a uma eira (área de terreno liso e duro, onde se põem a secar os cereais para debulhá-los e limpálos; realmente, este planeta é uma "eira" para provação e seleção de nossos espíritos) . Prosseguindo na imagem, João mostra que o trigo (as criaturas humanas) de boa qualidade serão recolhidas ao celeiro, os frutos serão aproveitados; mas a palha (as personalidades transitórias, os corpos físicos, que só passageiramente revestem o "trigo" para depois serem abandonados) essa será queimada num "fogo inextingu ível" . Com efeito, o fogo purificador do amor divino é eterno e inextinguível em todos os universos, destruindo tudo o que é inútil, transitório e portanto prejudicial: é a palha dos defeitos, dos vícios, dos maus hábitos, da vaidade e do orgulho, do personalismo enfatuado e separador. Enquanto os grãos de trigo, moídos pela dor, irão constituir uma só farinha, formando um todo coletivo maior.


E Lucas conclui dizendo que essas, que ele exemplificou, eram as pregações de João, ao anunciar à humanidade a Boa Notícia de que o Reino dos Céus (a era da individualidade) estava próxima, já ia começar com a chegada de Jesus à Terra na missão divina, com o advento do Senhor à Sua eira.


O esclarecimento de João é taxativo e indiscutível: ele se dirige à personalidade exterior, aos planos do quaternário transitório (corpo físico, etérico, astral e intelecto), pedindo nova direção para este último e mergulhando na água o corpo físico, para que dela renasça a nova criatura. Mas o "outro", o Messias real, agiria na individualidade eterna, no trio superior, que ele mergulharia no espírito santificado e no fogo do Eu Supremo, colocando-o em contato com o Cristo Interno, com o Deus residente em cada um.


Jesus viria com a pá em sua mão: ao celeiro divino do Cristo recolheria os "maduros", ao passo que os imaturos seriam lançados ao fogo inextinguível de novas encarnações expiatórias, até que atingissem pleno amadurecimento.


Vemos, pois, duas qualidades de fogo, embora sejam ambas o mesmo fogo". Se aquele que mergulha no fogo divino está preparado, ficara inflamado pelo fogo do amor; se não no está, é consumido de dores e purificado dos carmas, queimando as impurezas. O mesmo se passa com o trigo: enquanto a palha e devorada pelo fogo, transformando-se em cinza, o grão moído, preparado e temperado é cozinhado pelo mesmo fogo, produzindo o saboroso e nutritivo pão que doura nossas mesas. O fogo é o mesmo: o efeito diferente depende da diversidade dos materiais que nele são colocados. Num provoca a destruição, noutro a criação de novas virtudes; num consome ilusões inúteis e vãs, no outro salienta as qualidades; num aniquila o mal que prejudica e atrasa, no outro prepara o alimento que sustenta e que, bem aproveitado, será assimilado ao Cristo (como o pão o é ao corpo), passando a constituir UM com Cristo, assim como Cristo é UM com Deus; ou seja, é recolhido ao celeiro".


E João, como personalidade, SABE que por maior que seja, jamais poderá chegar aos pés da individualidade: e a expressão "desatar-lhe as correias de suas sandálias" exprime bem a ideia: por mais alto que esteja pela cultura e pelo conhecimento teórico nunca chegará ao limiar da individualidade, se não realizar o encontro íntimo, por meio do Cristo.


is 1:25
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 26
CARLOS TORRES PASTORINO
(Fim de dezembro do ano 30)

JO 10:22-39


22. E aconteceu a festa da dedicação em Jerusalém; era inverno.

23. E Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.

24. Cercaram-no os judeus e diziam-lhe: "Até quando suspendes nossa alma? Se és o Cristo, fala-nos abertamente".

25. Respondeu-lhes Jesus: "Eu vo-lo disse e não credes; as ações que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito.

26. Mas não credes, porque não sois de minhas ovelhas.

27. As minhas ovelhas ouvem minha voz, e eu as conheço e elas me seguem.

28. e eu lhes dou a vida imanente, e nunca jamais se perderão, e ninguém as arrebatará de minha mão:

29. o Pai, que as deu a mim, é maior que tudo, e ninguém pode arrebotar da mão do Pai:

30. eu e o Pai somos um".

31. Os judeus outra vez buscaram pedras para apedrejá-lo.

32. Retrucou-lhes Jesus: "Mostrei-vos muitas belas ações da parte do Pai; por causa de qual ação me apedrejais"?

33. Responderam-lhe os judeus: "Não te apedrejaremos por uma bela ação, mas por blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes um deus".

34. Retrucou-lhes Jesus: "Não está escrito na lei: "Eu disse, vós sois deuses"?

35. Se ele chamou deuses aqueles nos quais se manifestou o ensino de Deus - e a Escritura não pode ser ab-rogada 36. a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, dizeis "blasfemas", porque eu disse: "sou filho de Deus"?

37. Se não faço as ações de meu Pai, não me creiais,

38. mas se faço, embora não me creiais, crede nas ações, para que conheçais e tenhais a gnose de que o Pai está em mim e eu estou no Pai".

39. E de novo procuravam prendê-lo, mas ele saiu das mãos deles.



Este é mais um dos trechos de importância capital; nas declarações do Mestre. Analisemo-lo cuidadosamente.


O evangelista anota com simplicidade, mas com precisão, a ocasião em que foram prestadas essas declarações de Jesus: a festa da "dedicação" (hebraico: hanukâh, grego: egkainía) era uma festa litúrgica, instituída por Judas Macabeu, em 164 A. C., em comemoração à purificação do templo, da profanação de Antíoco IV Epifânio (cfr. 1. º Mac. 1:20-24, 39 e 4:59; 2. º Mac. 10:1-8; Fl. josefo, Ant. JD 12, 5, 4). Começava no dia 25 de kislev (2. ª metade de dezembro, solstício do inverno) e durava oito dias. Em solenidade, equivalia às festas da Páscoa, de Pentecostes e dos Tabernáculos.


Por ser inverno, Jesus passeava (com Seus discípulos?) no pórtico de Salomão, que ficava do lado do oriente, protegido dos ventos frios do deserto de Judá. Um grupo de judeus aproxima-se, cerca-O, e pede que se pronuncie abertamente: era o Messias, ou não?


Ora, essa resposta não podia ser dada: declarar-se "messias" seria confessar oposição frontal ao domínio romano, segundo a crença geral (o messias deveria libertar o povo israelita); essa declaração traria duas consequências, ambas indesejáveis: atrair a si a malta de políticos ambiciosos e descontentes, ávidos de luta; e, ao mesmo tempo, o ódio dos "acomodados" que usufruíam o favor dos dominadores, e que logo O denunciariam a Pilatos como agitador das massas (e dessa acusação não escapou), para que fosse condenado à morte, como os anteriores pretensos messias. Mas, de outro lado, se negasse a si mesmo o título, não só estaria mentindo, como decepcionaria o povo humilde, que Nele confiava.


Com Sua sábia prudência, no entanto, saiu-se galhardamente da dificuldade, citando fatos concretos, dos quais se poderia facilmente deduzir a resposta; e chegou, por fim, a declarar Sua unificação com a Pai. Portanto, Sua resposta foi muito além da pergunta formulada, para os que tivessem capacidade de entender.


Baseia-se, para responder, em Suas anteriores afirmativas e nas ações (érga) que sempre fez "em nome do Pai". Tanto uma coisa como outra foram suficientes para fazê-Lo compreendido por "Suas ovelhas", que "O seguem fielmente". E a todas elas é dada a Vida Imanente, de forma que elas "não se perderão" (apóllysai, "perder-se", em oposição a sôizô, "salvar-se", e não "morrer", sentido absurdo).


A. razão da segurança é que elas estão "em Sua mão" e, portanto, "na mão do Pai, que é maior que tudo".


Mais uma vez salientamos que zôê aiônios não pode traduzir-se por "vida eterna" (cfr. vol. 2), já que a vida é ETERNA para todos, inclusive na interpretação daqueles que acreditam erroneamente num inferno eterno... Logo, seria uma promessa vã e irrisória. Já a Vida imanente, com o Espírito desperto e consciente, unido a Deus-dentro-de-si, constitui o maior privilégio, a aspiração máxima. que nossa ambicionar um homem na Terra.


O versículo 29 apresenta três variantes principais, das quais adotamos a primeira, pelo melhor e mais numeroso testemunho:

1 - "O Pai, que as deu a mim, é maior que tudo" (hós, masc. e meizôn, masc.) - papiro 66 (ano 200, que traz édôken, aoristo, em vez de dédôken, perfeito, como os códices M e U); K, delta e pi, os minúsculos 1, 118, 131, 209, 28, 33, 565; 700; 892; 1. 009 ; 1. 010; 1. 071 1. 071; 1. 079; 1. 195, 1. 230, 1. 230, 1. 241, 1. 242, 1. 365, 1. 546, 1. 646, 2. 148; os unciais bizantinos (maioria), as versões siríacas sinaítica, peschita e harclense, os Pais Adamâncio, Basílio, Diodoro (4. º séc.), Crisóstomo, Nono e Cirilo de Alexandria (5. º séc.) ; e aparece com o acréscimo do objeto direto neutro autá na família 13, em 1216, 1344 (que tem o mac. oús), e 2174, nas versões coptas boaírica (no manuscrito), saídica, achmimiana, nas armênias e georgianas.


2 - "O que o Pai me deu é maior que tudo" (hó, neutro e meízon, neutro) no códice vaticano (com correção antiga para hós), nas versões latinas ítala e vulgata, na boaírica e gótica, nos Pais Ambrósio e Jerônimo (5. º século).


3 - "O Pai é quem deu a mim o maior que tudo" (hós, masc, e meízon, neutro), nos códices A, X, theta e na versão siríaca palestiniana.


A quarta variante (hó, neutro e meizôn, masc) parece confirmar a primeira, já que não faz sentido em si; talvez distração do copista, esquecendo o "s". Aparece nos códices sinaítico, D, L, W e psi.


A segunda variante, aceita pela Vulgata, é bastante encontradiça nas traduções correntes: "O que o Pai me deu é maior (mais precioso) que tudo". Realmente, esse pensamento do cuidado de Jesus pelo que o Pai Lhe deu, é expresso em JO 6:37-39 e JO 17:24; mas a ideia, que reconhecemos como do texto original, além de caber muito melhor no raciocínio do contexto (estão as ovelhas "na mão do Pai" e nada poderá arrebatá-las, porque Ele é maior que tudo), também é confirmado por JO 14:28.


A seguir explica por que, estando "em Sua mão", automaticamente, estão na mão do Pai: "Eu e o Pai somos UM".


A expressão "estar nas mãos de alguém" é usual no Antigo Testamento. Sendo a mão um dos principais instrumentos físicos da ação, no homem, a mão exprime o "poder de agir" (Ez. 38:35), a "potência" (Josué, 8:20; Juízes, 6:13; 1CR. 18:3; Salmo 75:6; IS 28:2; JR 12:7; 1SM 4:3; 2SM 14:16, etc.) . Assim, estar na mão de alguém" exprime "estar com alguém" (GN 32:14; GN 35:4; Núm,
31:49; DT 33:3; JR 38:10, etc.) ou "estar sob sua proteção ou seu poder" (GN 9:2; GN 14:20; GN 32:17; 43:37; EX 4:21; 2. º Sam, 18:2; 1RS 14:27; 2RS 10:24; 2CR. 25;20; JÓ 8:4; Sab. 3:1). Simbolicamente fala-se na "mão de Deus", que é "poderosa" (Deut 9:26; 26:8; Josué 4:25; l. ª Pe. 5:6) e garante sua ajuda (LC 1:66); ou, quando está sobre alguém o protege (2CR, 30:12; ED, 7:6, 9,

28; 8:18, 22, 31; ED. 2:8, 18; IS 1:25; ZC 13:7. etc,).


A frase "Eu e o Pai somos UM" foi bem compreendida em seu sentido teológico pelos ouvintes, que tentam apedrejá-Lo novamente (cfr. JO 8:59) e "buscavam" (ebástasan) pedras fora do templo, já que não nas havia no pórtico de Salomão.


Mas diferentemente da outra ocasião, Jesus não "se esconde". Ao contrário, enfrenta-os com argumentação lógica, para tentar chamá-los à razão. Eis os argumentos:

1. º - Ele lhes mostrou "muitas belas ações" (pollá érga kalá) vindas do Pai. As traduções correntes transformaram o "belas" em "boas". Por qual delas querem apedrejá-Lo?


A resposta esclarece que não é disso que se trata: é porque "sendo Ele um homem, se faz (poieís seautón) um deus", o que constitui blasfêmia.


2. º - Baseado na "lei", texto preferível (por encontrar-se no papiro 45, em aleph, D e theta) a "na vossa lei" (A, B, L e versões Latinas e Vulgata). O termo genérico "lei" (toráh) englobava as três partes de que eram compostas as Escrituras (toráh, neviim e ketubim). A frase é citada textualmente de um salmo, mas também se encontra no Êxodo uma atribuição dela.


Diz o Salmo (82:6): ani omareti elohim atem, vabeni hheleion kulekem (em grego: egô eípa: theoí éste, kaì hyioì hypsístou pántes), ou seja: "eu disse: vós sois deuses, e filhos, todos, do Altíssimo". Jesus estende a todos os homens o epíteto de elohim (deuses) que, no Salmo (composto por Asaph, no tempo de Josafá, cerca de 890 A. C.) era dirigido aos juízes, que recebiam esse título porque faziam justiça em nome de Deus. Nos trechos do Êxodo (21:6 e 22:8 e 28), a lei manda que o culpado "se apresente ao elohim", isto é, ao juiz.


Tudo isso sabia Jesus, e deviam conhecê-lo os ouvintes, tanto que é esclarecida e justificada a comparação: lá foram chamados deuses "aqueles nos quais o ensino de Deus se manifestava" (os juízes) - e a Escritura (graphê) "não pode ser ab-rogada" (ou dynastai lysthênai). É o sentido de lyô dado por Heródoto (3, 82) e por Demóstenes (31, 12) quando empregam esse verbo com referência à lei.


3. º - Ora, se eles, simples juízes, eram chamados deuses na lei, por que seria Ele acusado de blasfêmia só por dizer-se "filho de Deus" se Ele fora "separado" (hêgíasen, verbo derivado de hágios que, literalmente tem esse significado) ou "consagrado" pelo Pai, e "enviado" ao mundo? E tanto só se dizia" filho", que se referia a Deus dando-Lhe o nome de Pai. 4. º - As ações. Pode dividir-se em dois casos:

a) se não as fizesse, não era digno de crédito:

b) fazendo-as, devia ser acreditado.


Todavia, mesmo que, por absurdo, não acreditassem em Sua palavra, pelo menos as ações praticadas deviam servir para alertá-los, não só a "conhecer" (gnôte) mas até mesmo" a ter a gnose plena (ginôskête, papiro 45, e não pisteuête, "creiais") de que, para fazê-las, era indispensável "que o Pai estivesse Nele e Ele no Pai".
De nada adiantaram os argumentos. Eles preferiam as trevas à luz (JO 3:19-21), pertenciam ao Anti-

Sistema (JO 8:23), porque eram filhos do Adversário" (JO 8:47), logo, não tinham condições espi rituais de perceber as palavras nem de analisar as ações "do Alto". Daí quererem passar à violência física, prendendo-O (cfr. JO 7:1, JO 7:30, JO 7:32 e JO 7:44, e 8:20). Mas, uma vez mais, Ele escapa de suas mãos e sai de Jerusalém (como em JO 4:3 e JO 7:1).


Lição prenhe de ensinamentos.


Jesus passeava no pórtico de Salomão (que significa "pacífico" ou "perfeito") na festa da "dedicação" do templo (corpo) a Deus. Eis a primeira interpretação.


Jesus, o Grande Iniciado, Hierofante da "Assembleia do Caminho", é abordado pelos "religiosos ortodoxos" (judeus), que desejam aberta declaração Sua a respeito de Sua missão. Mas o "homem"

Jesus, que já vive permanentemente unificado com o Cristo Interno, responde às perguntas na qualidade de intérprete desse mesmo Cristo.


Cita as ações que são inspiradas e realizadas pelas forças do Alto (cfr. JO 8:23), suficientes para testificar quem é Ele; mas infelizmente os ouvintes "não são do seu rebanho", e por isso não Lhe ouvem nem reconhecem a voz (cfr. JO 10:14, JO 10:16) . A estas suas ovelhas é dada a vida imanente e elas não se perderão (cfr. JO 8:51), porque ninguém terá força de arrebatá-las de Seu poder, que é o próprio poder do Pai, já que Ele e o Pai são UM.


O testemunho não é aceito. Antes, é julgado "blasfêmia", pois Ele, simples homem, "se faz um deus".


Jesus (o Cristo) retruca que, se todo homem é um deus, segundo o que está na própria Escritura, Ele não está usurpando direitos falsos, quando se diz "filho de Deus", em Quem reconhece "o PAI". Contudo, se não quisessem acreditar Nele, não importava: pelo menos reconhecessem as ações divinas realizadas pelo Pai através Dele, e compreendessem que o Pai está Nele e Ele no Pai, já que, sem essa união, nada teria sido possível fazer.


Inútil tudo: o fanatismo constitui os antolhos do espírito.


Transportemos o ensino para o âmbito da criatura encarnada, e observemos o ceticismo do intelecto, ainda mesmo quando já iluminado pelas religiões ortodoxas ("judeus"), mas ainda moldado pelos dogmas estreitos de peco fanatismo.


A Individualidade (Jesus) é solicitada a manifestar-se ao intelecto, à compreensão racional e lógica do homem. Como resposta, cita as ações espirituais que ele mesmo vem sentindo em sua vida religiosa: o conforto das preces, a consolação nos sofrimentos, a coragem nas lutas contra os defeitos, a energia que o não deixa desanimar, a doçura das contemplações. Mas, sendo o intelecto um produto do Antissistema, não consegue "ouvir-lhe a voz" (akoúein tòn lógon, vol. 4) nem segui-lo, porque não o conhece. Mas se resolver entregar-se totalmente, anulando seu eu pequeno, ninguém poderá derrotálo, porque "o Pai é maior que tudo" e Ele se unificará ao Pai quando se unificar à Individualidade, que já é UNA com o Pai.


O intelecto recusa: julga ser "blasfema" essa declaração, já que o dogma dualista de sua religião lhe ensinou que o homem está "fora de Deus" e, por sua própria natureza, em oposição a Ele: logo, jamais poderá ele ser divino. Politeísmo! Panteísmo! Blasfêmia! ...


O argumento de que todo homem é divino, e que isto consta das próprias Escrituras que servem de base à sua fé, também não abala o intelecto cético, que raciocina teologicamente sobre "unidade de essência e de natureza", sobre "uniões hipostáticas", sobre "ordens naturais e sobrenaturais", sobre" filho por natureza stricto sensu e filhos por adoção", sobre o "pecado de Adão, que passou a todos", etc. etc. E continua sua descrença a respeito da sublimidade do Encontro, só conhecido e experimentado pelos místicos não-teólogos. E, como resultante dessa negação, a recusa do Cristo Interno que, por ver inúteis seus amorosos esforços, "se afasta e sai de Jerusalém".


No campo iniciático, observamos o ensino profundo, em mais um capítulo, manifestado de maneira velada sob as aparências de uma discussão. Eis alguns dos ensinos: Para distinção entre o verdadeiro Eu Profundo e os enganos tão fáceis nesse âmbito, há um modo simples de reconhecimento: as belas ações que vêm do Pai.


Entretanto, uma vez que foi feita a íntegra doação e a entrega confiante, ingressando-se no "rebanho do Cristo", nenhum perigo mais correremos de perder-nos: estamos na mão do Cristo e na mão do Pai. Não há forças, nem do físico nem do astral que nos possam arrebatar de lá. Nada atingirá nosso Eu verdadeiro. As dores e tentações poderão atuar na personagem, mas não atingem a Individualidade.


Já existe a união: nós e o Pai somos UM, indistintamente.


Não há objeções que valham. A própria Escritura confirma que todo homem é um deus, embora temporariamente decaído na matéria. Não obstante, o Pai continua DENTRO DO homem, e o homem DENTRO DO Pai.


Aqui vemos mais uma confirmação da onipresença concomitante de Deus, através de seu aspecto terceiro, de Cristo Cósmico.


O CRISTO CÓSMICO é a força inteligente NA QUAL reside tudo: átomos, corpos, planetas, sistemas estelares, universos sem conta nem limite que nessa mesma Força inteligente, nessa LUZ incriada, nesse SOM inaudível, têm a base de sua existência, e dela recolhem para si mesmos a Vida, captando aquilo que podem, de acordo com a própria capacidade receptiva. Oceano de Luz, de Som, de Força, de Inteligência, de Bondade, QUE É, onde tudo flutua e de onde tudo EX-ISTE.


Mas esse mesmo Oceano penetra tudo, permeia tudo, tudo impregna com Sua vida, com Sua força, com Sua inteligência, com Seu amor.


Nesse Infinito está tudo, e esse Infinito está em tudo: nós estamos no Pai, e o Pai está em nós.


E é Pai (no oriente denominado Pai-Mãe) porque dá origem a tudo, Dele tudo parte e Nele tudo tem a meta última da existência. Partindo desse TODO, vem o movimento, a vibração, a vida, o psiquismo, o espírito, nomes diferentes da mesma força atuante, denominações diversas que exprimem a mesma coisa, e que Só se diferencia pelo grau que conseguiu atingir na evolução de suas manifestações corpóreas nos planos mais densos: é movimento vorticoso no átomo, é vibração no éter, é vida nos vegetais, é psiquismo nos animais, é espírito nos homens. E chegará, um dia, a ser chamado o próprio Cristo, quando atingirmos o ponto culminante da evolução dentro do reino animal: "até que todos cheguemos à unificada fidelidade, à gnose do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à dimensão da plena evolução de Cristo" (EF 4:13).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 1 do versículo 2 até o 31
  1. Estupidez Moral (1:2-9)

Aqui o Deus eterno protesta diante de todo o universo contra seu povo estúpido e desobediente. Os céus e a terra (2) são convocados a ouvir enquanto a ação jurídica divina está sendo anunciada. O pecado tem sua implicação cósmica; e a natureza está debaixo de maldição por causa do pecado. No entanto, Isaías não é o primeiro a convocar céus e terra para testemunhar enquanto Deus argumenta com os pecadores (cf. Dt 30:19-32.1; Sl 50:1-6; Mq 1:2-6:1-2).

Isaías descreve Deus como um pai cujos filhos [...] prevaricaram contra seu pró-prio pai (2). Israel, por outro lado, é contrastado com os animais tolos de carga que pelo menos sabem de onde vem seu alimento e como voltar para a manjedoura do seu dono. A falta de discernimento das pessoas é tamanha que Deus se queixa: Israel não tem conhecimento (3).'

Ai da nação pecadora (4) ! Eles, como animais de carga, estão carregados de iniqüidade e se tornaram uma verdadeira "semente de malignos". Designados para serem uma semente sagrada, eles não somente têm se tornado filhos sem lei mas corruptores de outros. Eles deixaram o SENHOR, trataram-no com desprezo e torna-ram-se completamente alheios. Os homens na sua decadência primeiro abandonaram, depois rejeitaram, e, finalmente, apostataram da verdade.

No sistema mosaico, açoites aguardavam o transgressor da lei, mas aqui é retratada uma pessoa que já não tem lugar no corpo para ser castigado (5), tantos são os seus pecados. Repleto de feridas [...] e chagas (6) não tratadas, não há lugar para novos açoites. Mesmo assim, a sua rebeldia continua.

Isaías visualiza o castigo pelo pecado que finalmente virá sobre Judá. A vossa terra está assolada (7) por causa das invasões estrangeiras, as cidades, abrasadas pelo fogo e os campos devorados diante deles. A cidade permanente seria reduzida a uma habitação temporária, como uma cabana na vinha (8) ou uma choupana numa plantação de pepi-nos.' Exceto pelo fato de que o Deus das hostes angelicais manteve vivos alguns sobrevi-ventes (9), destruição completa seria o destino deles, como ocorreu com Sodoma e Gomorra. De maneira significativa, esse pequeno remanescente constitui a grandiosa minoria de Deus e torna-se a semente de um novo começo (cf. Int., "Sua mensagem").

  1. Hipocrisia Piedosa (1:10-17)

Isaías dirige-se aos líderes e ao povo de Jerusalém como se fossem os príncipes de Sodoma e o povo de Gomorra (10). Ele então aponta o sacrilégio dos sacrifícios desacompanhados de obediência de coração e vida (11). A gordura e o sangue eram separados para a adoração a Deus nesse tipo de sacrifício de animais. Mas o Eterno declara seu aborrecimento e náusea com essas formas, pelo fato de virem de adoradores insinceros. Verdadeira adoração é mais do que mera "participação no templo", e para contemplar a face de Deus requer-se mais do que um presente qualquer (12). Iniqüidade e ajuntamento solene não combinam (13) ; incenso e invocação são abomináveis quando desprovidos de verdadeira sinceridade. Por isso, Deus expressa repugnância pelas suas Festas da Lua Nova e as solenidades na devida estação (14).

Quando vamos adorar, Deus recorda o que nossas mãos têm feito quando não estão orando. Ele se recusa a observar as mãos levantadas ou ouvir as petições piedosas de homens cujas mãos estão cheias de sangue (15). Assim eram as mãos estendidas no Templo — vermelhas com o sangue dos animais que haviam sido sacrificados por ganân-cia, lascívia e desejo de vingança. Isaías, como Paulo, clama pelo levantar de mãos san-tas em oração (1 Tm 2.8). E, semelhantemente ao salmista, ele sabe que somente pessoas com as mãos limpas e o coração puro poderão estar diante da presença santa de Deus (Sl 24:3-4). Para todos que têm as mãos manchadas a ordem divina é a seguinte: Lavai-vos, purificai-vos (16). "Parem com sua maldade" (Sam Jones). Isso requer a ação do Espí-rito Santo. O povo de Deus deve praticar o que é reto (17), i.e., tornar-se defensor da justiça e confrontador de toda opressão.

  1. Perdão Oferecido (1:18-20)

Deus exige a ação judicial divina. Vinde, então e vamos julgar a causa (18; lit.). Mas o ultimato divino é de graça e misericórdia — "Arrependa-se e seja perdoado!" Escarlata e carmesim eram as cores das vestes usadas pelos príncipes a quem Isaías pregava. A promessa é que, mesmo que nossos pecados sejam profundamente impregnados e tão irremovíveis como a mancha de sangue, a graça pode restaurar o caráter à brancura moral e à pureza. Assim, João se refere àqueles cujas vestes foram lavadas no sangue da "lava-gem da regeneração" e no batismo purificador com o Cordeiro de Deus (Ap 3:4-5; 7.14).

"Pecados como a Escarlate que se tornam Brancos como a Neve" é o tema de 1:4-18, em que notamos:

1) a condenação do pecado por Deus, vv. 4-6;

2) o convite de Deus aos pecadores, v. 18a; e

3) a promessa de salvação por Deus, v. 18b (G. B. Williamson).

O grande se do versículo 19 deixa claro que Deus tem honrado a alma do homem ao dar a ele uma parcela da sua própria salvação. Ele não pode perdoar uma pessoa não arrependida. Mas no caso de verdadeiro arrependimento, a bênção acompanha o perdão espiritual. Mas, se recusardes [...] sereis devorados (20) ; Isaías coloca diante dos seus ouvintes a alternativa de "comer" ou ser "comido" — a salvação ou a espada.

  1. Corrupção Cívica (1:21-23)

Isaías lamenta com tristeza: Como (21), assim como a palavra de abertura de cada um dos quatro capítulos de Lamentações, é uma expressão de pesar, assombro e angús-tia, tudo em um suspiro significativo. Como se fez prostituta a cidade fiel! Tal é a figura gráfica da infidelidade de Jerusalém. A cidade que já fora a habitação da retidão e justiça, a amada cidade se tornou a fortaleza de opressão e assassinos. A prostituição atual também penetrou amplamente no ritual de muitas das formas de idolatria que os israelitas foram tentados a adotar (Nm 25:1-2). A prata (22) do caráter genuíno foi mis-turada com chumbo, e o vinho da verdade diluído em falsidade. Príncipes rebeldes se unem com ladrões (23), e a maldade prevalece nos lugares altos. Cada um deles ama os subornos e a corrupção da nação começa com seus governantes. Nessa situação, nada pode ser realizado sem dar um baksheesh (gratificação ou suborno). E visto que cada um pede por ele, a causa das viúvas e do órfão não recebe a devida atenção, porque "presentes de paz" são mais desejados do que a própria paz.

  1. Justiça Redentora (1:24-31)

Portanto, Deus, que é conhecido como O SENHOR Deus dos Exércitos, o Forte de Israel (24), fala em indignação: "Ai! Com vingança vou liberar meu ofendido senso de justiça" (paráfrase). Mas, embora a paciência se torne em castigo, é para que haja salva-ção. Deus castiga para que possa salvar, e pune para poder curar. A promessa de restau-ração para a santidade (25-26) envolve uma depuração espiritual que resulta em fideli-dade e justiça. A cidade infiel pode então ser chamada de cidade fiel. E voltarei contra ti a minha mão (25) indica uma parte do processo de refinamento com o objetivo de tirar todas as impurezas da superfície. Quando o "Refinador" divino tirar toda a "escó-ria", permanecerá apenas o metal puro. O julgamento de Deus nunca é apenas punitivo; ele sempre é redentor e culmina em limpeza. Assim, Sião será remida com juízo (jus-tiça) e os que se voltam para ela, com justiça (27). No entanto, a apostasia traz destruição (28), "porque o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hb 12:29).

Uma vez que esse processo de refinamento tenha seu início, o povo de Deus para sempre se envergonhará daqueles postes-ídolos de carvalhos onde praticavam suas idolatrias perversas e também dos jardins que os circundavam (29). Essas cenas de cerimônias impuras, escolhidas em vez do santuário do Senhor, deveriam se tornar uma parte sórdida das suas memórias. Eles se lembrariam delas não como lugares agradá-veis, mas como jardins sem água, com folhas murchas e solo ressequido (30). Aqui há perigo de fogo em tempos de seca — como estopai e a faísca. Eles são altamente com-bustíveis (31). O pecado é o instrumento de destruição, e todo aquele que for enganado por ele, mostra que não é sábio. Os poderosos e orgulhosos que praticam a idolatria com freqüência morrem com o ídolo que eles mesmos fizeram; ambos arderão juntamente, e não haverá quem os apague.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
*

1:1

Visão de Isaías. O título refere-se ao livro inteiro de Isaías. “Visão” significa que o livro é uma revelação de Deus.

Isaías. “O Senhor salva” (8.18).

reis de Judá. Ver Introdução: Data e Motivo.

* 1:2

ó céus... ó terra. A totalidade da criação dará testemunho contra Israel de que o Senhor os havia advertido de que eles seriam julgados se quebrassem o seu pacto com Ele (Dt 30:19; 32:1).

o SENHOR. Esse nome aponta para a revelação pessoal de Deus a Israel, bem como a sua solene promessa de que ele seria o Deus deles (Êx 3:15).

filhos. Eles eram filhos por criação, por eleição e pela aliança (45.11; 49.7; 64.8; Dt 32:6,18; Ml 2:10).

revoltados. A rebelião é uma transgressão voluntariosa contra o governo soberano e gracioso do Senhor (1.28; 43.27; 48.8; 59.13).

* 1:4

Ai. Essa é uma partícula enfática no original hebraico, usada em contextos de lamentação (1.4), porém, mais frequentemente ainda em ameaças (“ai”, 3.9,11; 5.11,18,20,21). O lamento em staccato censura a insensatez e a maldade dos filhos de Deus.

Santo de Israel. Ao usar essa designação especial Isaías chamou atenção para o esplendor do Senhor, ímpar e inspirador de respeito. Essa expressão ocorre por vinte e seis vezes em Isaías (p.ex., 5.19,24; 41.14,16,20; 60.9,14). Ver também as expressões “Santo de Jacó” (29.23), “o Santo” (10.17; 40.25), e “teu Santo” (43.15).

* 1:5

Por que. Mais prédica tão somente endurece os pecadores impenitentes.

* 1,5,6

feridos... feridas. O povo de Israel estava incapacitado de recuperar-se do castigo de Deus. A imagem da nação que sofria nos traz à mente a figura do Servo sofredor de Deus (53.4,5), o qual suportou o julgamento divino em Seu próprio corpo, como oferenda vicária (isto é, como substituto por outros).

* 1:8

A filha de Sião. Essa expressão, no hebraico, é uma personificação de Jerusalém. Sião era a colina que fora capturada por Davi (2Sm 5:7), mas esse termo geralmente representa a totalidade de Jerusalém, ou mesmo a totalidade de Judá e Israel.

Choça na vinha. Um abrigo temporário (referência lateral) usado pelos vigias durante a colheita. Ver 4.6, nota.

* 1:9

o SENHOR dos Exércitos. Essa designação de Deus apresenta-o como um guerreiro divino (13 4:30-27; 40.10; 42.13 25:59-17; 66.15,16), o comandante de todas as suas tropas, tanto as do céu quanto as da terra. A sobrevivência de Israel, em última análise, não se devia à fraqueza do adversário, mas ao poder soberano de Deus.

alguns sobreviventes. O Senhor não reverteria a sua promessa. Mesmo em meio ao julgamento, ele preservará um remanescente. Paulo citou esse versículo em Rm 9:29, apresentando a idéia de um remanescente tirado de um grupo maior, como uma expressão da graça eletiva de Deus. Em Rm 9:27, Paulo citou do ensino de Isaías sobre o remanescente, em 10:20-23. Ver também Is 4:3; 7:3, e nota; 11.11,12,16; 28.5; 37.31,32; 46.3.

Sodoma... Gomorra. O povo de Deus tinha-se tornado como os iníquos habitantes da terra de Canaã, cujas cidades tinham sido destruídas (1.10; Gn 18:20,21; 19:24,25). A sorte de Sodoma e Gomorra tipifica o terrível juízo divino contra os reinos deste mundo (3.9; 13.19; Lc 17:28,29; 2Pe 2:6-10; Jd 7 e Ap 11:8).

* 1:11

sacrifícios. Essas eram as observâncias centrais e visíveis da religião do Antigo Testamento. Embora Deus é quem tivesse ordenado que fossem realizados, esses sacrifícios não tinham valor sem a obediência de todo o coração (vs. 16,17; 1Sm 15:22,23; Sl 51:16,17; Mq 6:6-8; Mt 23:23).

não me agrado. Ao Senhor desgostava os sacrifícios oferecidos por aqueles que eram praticantes do mal (v. 16), o que ele expressou com intensidade cada vez maior: “não posso suportar” (v. 13); “a minha alma as aborrece” (v. 14).

* 1.16-18

órfão... viúvas. A preocupação com os necessitados é uma demonstração prática da verdadeira piedade (v. 23; 58.7; Sl 9:18, nota; Jr 22:16; Tg 1:27).

* 1:18

escarlata. Essa cor representa mãos “cheias de sangue” (v. 15).

brancos como a neve. Deus pode tirar de nós a mácula do pecado, sem comprometer a sua justiça, porque Jesus Cristo levou sobre si o castigo divino contra os pecadores (53.4-6; Rm 3:21-26).

* 1:19-20 O evangelho é uma espada de dois gumes: a vida eterna (v. 19) ou a morte eterna (v. 20; 66.24).

* 1:21

fiel! A piedade é demonstrada através da perseverança, da estabilidade e da coerência na obediência à vontade de Deus. Através do processo purificador, o Senhor haverá de renovar um remanescente que constituirá, novamente, uma “cidade fiel” (v. 26), porquanto ele é fiel (49.7; 55.3).

prostituta. No campo da religião, uma “prostituta” é uma pessoa idólatra, alguém que se esqueceu de Deus para servir aos ídolos (Jr 2:20; 3:1; Os 2:2; 3:1; Ez 16:23-30). Os pecados mencionados (vs. 21-23) são todos evidências de que o povo de Deus o havia abandonado.

justiça... retidão. Justiça significa relacionamentos corretos entre o povo. Ela é violada por meio do assassinato, da rebeldia, do furto e do suborno (vs. 21-23). A verdadeira justiça defende a causa dos órfãos e das viúvas tanto quanto a causa daqueles que podem subornar e dar recompensas. Os inimigos da justiça podem baixar leis que facilitem suas transgressões (10.1). A despeito de todos esses obstáculos, Deus prometeu restaurar a retidão na terra (v. 26; 32.1; 33.5,6; 42:1-4).

* 1:22

A tua prata... o teu licor. Essas são figuras simbólicas para os governantes injustos de Jerusalém (v. 23).

* 1:23

o suborno. A prática do suborno é fortemente condenada na Lei de Deus, visto que essa prática fomenta a injustiça e a discriminação (conforme Is 5:23; Êx 23:8; Dt 16:19).

* 1:24

o SENHOR. Isto é, o Proprietário, Deus, o Soberano, restaurará a justiça removendo os seus inimigos, os líderes injustos de Jerusalém.

* 1:26

como no princípio. A nova era será uma restauração, trazendo a continuação miraculosa e a renovação para a comunidade da Aliança. A liderança e o povo viverão em harmonia com a vontade de Deus (24.23; 32.1).

Cidade de justiça. A nova comunidade será composta de homens e mulheres que põem em prática a retidão e demonstrarão fidelidade a Deus e a outros seres humanos (1.21, nota).

* 1:27

redimida. Esse verbo indica o ato de “resgate”, a transferência de possessão para outrem, através do pagamento de um determinado preço. O arrependido, que virar as costas para a idolatria e a injustiça, encontrará liberdade de Satanás, do pecado e da morte, através da retidão de Cristo, que lhes é imputada e aplicada aos seus corações pelo Espírito Santo.

* 1:29

envergonhareis... confundidos. Aquilo que o povo considera honroso, será desmascarado como inútil. Os pecadores verão quão errados eles foram quando chegarem à perdição eterna (26.11; 44.9,11; 65.13 66:5).

carvalhos... jardins. Ver referência lateral. Esses eram lugares de ritos de fertilidade e de adoração pagã que o povo tinha escolhido, em preferência ao culto a Deus (65.3 e nota; 66.17).

* 1:30

que não tem água. A seca e o fogo são metáforas para indicar o julgamento. No livro de Isaías, a água significa a salvação livre, graciosa e abundante (11.9; 32.2; 41.18; 55.1; 58.11). A ausência de água significa separação das bênçãos de Deus (3.1; 50.2).

* 1:31

arderão. Ver nota em 4.4.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
Isaias

Serve como um profeta do Judá desde 740-681 a.C.

Ambiente da época: A sociedade sofria grandes transtornos. Sob o reinado do Acaz e Manasés o povo se voltou idólatra e inclusive se chegou a sacrificar meninos.

Mensagem principal: A pesar do inevitável castigo através de outras nações, o povo pôde seguir desfrutando de uma relação especial com Deus.

Importância da mensagem: Às vezes temos que sofrer o castigo e a disciplina antes de que Deus nos restaure.

Profetas contemporâneos: Oseas (753-715) Miqueas (742-687)

1:1 Isaías profetizou durante o tempo em que o Israel estava dividida em dois reino: Israel no norte e Judá no sul. O reino do norte pecou em grande maneira contra Deus e o reino do sul ia na mesma direção: perversão da justiça, opressão ao pobre, afastamento de Deus para ir em detrás dos ídolos e a busca de ajuda militar nas nações pagãs em lugar de procurá-la em Deus. Isaías chegou primeiro como profeta ao Judá, mas sua mensagem também foi para o reino do norte. Algumas vezes "o Israel" se refere aos dois reino. Isaías chegou a ver a destruição e o cativeiro do reino do norte em 722 a.C. Assim que seu ministério começou com uma advertência.

1.2-4 Aqui "o Israel" se refere ao reino do sul, Judá. O povo do Judá estava pecando em grande maneira e não queria conhecer nem entender a Deus. Através do Isaías, o Senhor apresentou seus cargos contra Judá devido a que se rebelaram e o abandonaram (Deuteronomio 28). Com a violação do pacto moral e espiritual se buscavam o castigo. Deus lhes deu prosperidade e não o serviram. Enviou-lhes advertências e não quiseram ouvir. O fogo do julgamento cairia sobre eles (veja-se 1.7).

1.4-9 Enquanto o povo do Judá seguisse pecando, não teria a ajuda de Deus e estaria isolado. Quando se sentir sozinho e separado de Deus, recorde que O não o abandona. Nossos pecados nos separam do. A única padre segura para esta classe de solidão é a restauração das relações com Deus mediante confissão de pecado, obediência a seus mandatos e comunicação regular com O (vejam-se Sl 140:13; Is 1:16-19; 1Jo 1:9).

1:7 Se estava produzindo esta destruição nesse tempo? Ao Judá a atacaram muitas vezes durante a vida do Isaías. Ser comidos (devastados) por estrangeiros era o pior tipo de castigo. Possivelmente este versículo seja uma ilustração dos resultados destas invasões ou uma predição da invasão assíria que sofreria o Israel. É muito provável que assinale a futura invasão do Judá pelos babilonios assim como a queda de Jerusalém em 586 a.C.

1:9 Sodoma e Gomorra foram duas cidades que Deus destruiu completamente devido a sua grande maldade (Gn 19:1-25). mencionam-se em outras partes da Bíblia como exemplo do castigo de Deus pelo pecado (Jr_50:40; Ez 16:46-63; Mt 11:23-24; Jd 1:7). Ficaria "um resto pequeno" de sobreviventes que Deus perdoaria porque eram fiéis.

1:10 Isaías comparou aos governantes e povo do Judá com os governantes e povos da Sodoma e Gomorra. Para escutar o que Deus queria dizer, o povo tinha que emprestar atenção e estar disposto a obedecer. Quando não entendermos a mensagem possivelmente se deva a que não emprestamos atenção nem esperamos que O nos fale.

1.10-14 Deus estava descontente com os sacrifícios, mas não revogava o sistema de sacrifícios que iniciou com o Moisés. Pelo contrário, estava fazendo um chamado a uma fé e devoção sinceras. Os líderes cumpriam com muito cuidado os tradicionais sacrifícios e oferendas nas celebrações santas, mas seguiam sendo infiéis a Deus em seus corações. Os sacrifícios deviam ser um sinal externo de fé interna, mas se faltava a fé em Deus, os sinais externos seriam vazios. Então, por que continuaram oferecendo sacrifícios? Como muitos na atualidade, depositavam mais fé nos rituais de sua religião que no Deus que adoravam. Examine suas próprias práticas religiosas: surgem de sua fé no Deus vivente? Deus não sente prazer de nossas expressões externas se falta a fé interna (vejam-se Dt 10:12-16; 1Sm 15:22-23; Sl 51:16-19; Os 6:6).

1:13 "Lua nova e dia de repouso" se referem a oferendas mensais (Nu 28:11-14) e dias de repouso semanais e anuais especiais durante o Dia de Expiação e a Festa dos Tabernáculos (Lv 16:31; Lv 23:34-39). Veja uma lista de todas as festas no quadro do Levítico 23. Apesar de que o povo não se envergonhava por seus pecados, continuava oferecendo sacrifícios pelo perdão. As oferendas e os sacrifícios não significam nada ante Deus quando surgem de um coração corrupto. Deus quer que o amemos, confiemos no e nos separemos do pecado. depois disto, O se agradará de nossos "sacrifícios" de tempo, dinheiro e serviço.

1:18 Grão ou carmesim era a cor vermelha intensa de uma tintura que virtualmente era impossível tirar da roupa. Talvez as mãos ensangüentadas dos homicidas se visualizavam aqui (veja-se 1.15, 21). Do mesmo modo, a mancha do pecado parece ser permanente. Entretanto, Deus pode tirar a mancha do pecado de nossa vida tal e como o prometeu aos israelitas. Não temos que ir pela vida manchados para sempre. A Palavra de Deus nos assegura que se estivermos dispostos e somos obedientes, Cristo nos perdoará e arrancará nossas manchas mais indeléveis (Sl 51:1-7).

1:21, 22 A "cidade fiel" se refere a Jerusalém, que representa a toda Judá. Deus compara a conduta de seu povo a de uma rameira. O povo deu as costas à adoração do Deus verdadeiro para adorar ídolos. Sua fé era pobre, impura e adulterada. A idolatria, já seja externa ou interna, é adultério espiritual, pois o idólatra viola seu compromisso com Deus por ir atrás de outra coisa. Jesus chamou adulteros às pessoas de seus dias, mesmo que eram estritos no religioso. A Igreja é a "Esposa" de Cristo (Ap 19:7) e pela fé podemos nos revestir com sua justiça. tem-se voltado impura sua fé? Peça a Deus que o restaure. Mantenha sua devoção ao forte e pura.

1:25 Deus prometeu refinar a seu povo como um metal em uma fundição. Este processo requer fundir o metal e limpar o de escórias até que o trabalhador veja sua própria imagem no metal líquido. Devemos ter a disposição de nos submeter a Deus, lhe permitindo limpar nosso pecado ou nossa imperfeição até que reflitamos sua imagem.

1:29, 30 Através da história, o carvalho foi um símbolo de fortaleza, mas o povo as adorava. Ezequiel menciona que as arvoredos de carvalhos se usavam como lugares de adoração idolátrica (Ez 6:13). É você devoto dos símbolos de fortaleza e poder que se opõem a Deus, querendo tomar o lugar do em sua vida? Possui interesses e compromissos onde seu amor por eles linda com a adoração? Que Deus seja sua primeira lealdade. Todo o resto desaparecerá com o tempo e se consumirá sob seu escrutínio.

1:31 Uma faísca na estopa acende um fogo rápido e devorador. Deus compara aos homens fortes cujas más ações os devoram até arder como a estopa. Nossas vidas podem destruir-se logo por uma pequena mas mortal faísca de maldade. Que perigos de "incêndios" potenciais deve retirar de sua vida?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
I. repreendo e PROMESSA (Is 1:1)

Este capítulo apresenta a maioria das grandes idéias cobertos por todo o livro, e, portanto, serve para introduzir não apenas nesta seção, mas o todo. Há aqui descrição e condenação do pecado, o aviso do juízo vindouro, apelar para o arrependimento, e garantia do perdão e da bênção. Estes são os temas que se repetem tantas vezes em tudo o que Isaías escreveu.

1. Título (Is 1:1)

2 Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra; para o Senhor falou: Eu tenho alimentado e educado os filhos, e eles se rebelaram contra mim. 3 O boi conhece o seu possuidor, eo jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende. 4 Ah, nação pecadora , povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! Deixaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, que estão afastados e ido para trás. 5 Por que haveis de ainda ser atingidas, para que vos revolta mais e mais? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. 6 Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, mas feridas, contusões e chagas vivas: eles não foram fechadas, nem atadas, nem amolecidas com óleo. 7 vosso país está assolado; suas cidades se queimaram com o fogo; a vossa terra os estranhos a devoram em vossa presença, e está devastada, numa subversão de estranhos. 8 E a filha de Sião é deixada como a cabana na vinha, como a choupana no pepinal, como uma cidade sitiada. 9 Se o Senhor dos exércitos não nos deixara para nós um pequeno remanescente, que deveria ter sido como Sodoma, que deveria ter sido como a Gomorra.

. Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra Isso soa muito parecido com Dt 32:1 . Para aumentar a solenidade da mensagem, Deus lembra o povo por esta personificação dos montes da Judeia que suas más ações são gravadas de forma indelével nas páginas da história e vai condená-los. Ou Deus declara a todos os céus ea terra a ingratidão e pecaminosidade do povo Ele foi lidando. O próprio Deus vai falar ao seu povo, e repreendê-los pessoalmente por seus pecados.

1. Condenação de Deus do seu povo (1: 2-3)

A mensagem de Deus para que declarou solenemente sons como up-to-date como se estivesse preparado como parte do sermão do próximo domingo. Filhos rebeldes são encontrados em todos os tempos, eo pathos de fundamento de pai é mais tocante. No entanto, este não é um pai terreno, mas o Deus-Criador Si mesmo; e nós somos as crianças. O amor, misericórdia e graça salvadora de Deus são mostrados como certamente nesta acusação do pecado, como em qualquer chamada para a salvação. O fato de que Deus cuida é mais surpreendente.

A atitude de Deus é iluminada pela ênfase da ordem das palavras em hebraico: "Sons Tenho criados e educados, mas 'tis eles que se rebelaram contra mim! "A reação dos filhos agora é contrastada com a de animais irracionais.

Deus se queixa de que os animais mudos, os animais do campo, demonstrar uma fidelidade e humilde dependência de seu mestre que Israel se recusa a ter para com o Criador. Em contraste com esses animais, o homem pecador parece estúpido (Acaso não sei) e impensada (não entende ).

Amós (Am 3:1-2 ; 28-31) e restauração (vv. Is 1:25-27 ). É a punição com a finalidade de purificação e de redenção, mas alguns vão ser rebelde e serão destruídos (vv. Is 1:28-31 ). Aqueles que se arrependem por causa da punição será restaurado (vv. Is 1:25-27 ). Então, mais uma vez, como nos versos Is 1:19-20 , temos dois destinos oferecidos ao povo para que eles escolham que será deles.

A previsão de julgamento é feito tudo o mais solene pela multiplicação anormal de nomes de Deus no versículo 24 : . Senhor, o SENHOR dos Exércitos, o Poderoso de Israel O hebraico é 'adon (Senhor ), YHWH (Jeová ), tseba'oth (anfitriões ). A KJV representa as duas primeiras palavras por "Senhor" e "Senhor". Desde tseba'oth , como usado aqui, é provavelmente o equivalente a "todo-poderoso", toda a expressão pode ser parafraseada: "O Senhor Deus onipotente, o Poderoso Aquele que é Israel. "Desta forma Isaías sublinha a solenidade e certeza da previsão do julgamento que está a ser pronunciado.

Os inimigos de Deus nesta passagem não eram nações inimigas que ameaçavam 1srael, mas sim as pessoas perversas dentro da nação escolhida. Deus não estava chamando inimigos aqueles a quem o povo chamado inimigos. E Deus, por essa razão tinha que procurar dar-lhes uma perspectiva diferente. É sempre assim. Ele é tão verdadeiro hoje como era no tempo de Isaías, que tendem a colocar a culpa por toda a maldade nos outros, em vez de olhar para o mal dentro. A nação culpa outras nações, eo indivíduo culpa de outras pessoas. Mas Deus aponta o verdadeiro inimigo pelo pecado.

O julgamento de Deus que está previsto neste caso não vai resultar em destruição, mas de purificação por remoção dos ímpios e sua maldade. Em seguida, a cidade será restaurado à sua antiga glória. A cidade fiel (v. Is 1:21) tinha se tornado uma prostituta, mas agora ele será chamado, A cidade de justiça, cidade fiel (v. Is 1:26 ); sua prata tornou-se em escória, mas Deus diz que Ele vai limpar bem a tua escória (v. Is 1:25 ). No entanto, versículos 28:30 deixar claro que aqueles que não irá se arrepender e mudar os seus caminhos será totalmente destruído. Se eles persistirem em sua impiedade e idolatria, eles serão destruídos com os seus ídolos. (Parece bastante certo que os carvalhos e os jardins do versículo 29 referem-se a árvores sagradas de cananeu natureza-culto.)

O tipo de purificação pelo fogo divino que é retratado como fundição no versículo 25 não é gentil. Mas esse tipo de limpeza drástica divina é a única coisa que pode ajudar um mundo como em que vivemos. A ciência, filosofia, psicologia e sociologia pode analisar a maldade trágica do homem, mas nunca pode redimir o homem dela. O segredo da paz entre os homens é um segredo espiritual, e somente Deus pode dar. Então, nós faria bem para orar pelo fogo purificador de Deus, doloroso que isso possa ser. "Cria em mim um coração puro, ó Deus; e renova um espírito reto dentro de mim "( Sl 51:10 ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
1.1 Visão. Heb hazôn, conteúdo de uma revelação ou comunicação divina endereçada aos homens. A palavra era usada em outra forma para significar "vidente", nome antigamente dado aos profetas. De Isaías. O próprio livro define o nome do seu autor. Uzias... Judá. Estes quatro reis governaram sucessivamente sobre Judá em Jerusalém, na última parte do oitavo século antes de Cristo. Seus reinados se descrevem nos trechos bíblicos citados no rodapé.

1.2 O Senhor é quem fala. Um testemunho da inspiração da Bíblia.

1.8 Choça... no pepinal. Estas choças e palhoças construíam-se nas vinhas e nas hortas para serem ocupadas temporariamente pelos colhedores durante a colheita, sendo abandonadas durante o resto do ano. Da mesma forma, Jerusalém seria abandonada, depois de deixar de tomar parte no propósito divino, o de ser uma cidade missionária.

1.9 Sobreviventes. Já aqui aparece a doutrina de um remanescente fiel que, séculos mais tarde, sobreviveria aos castigos e ao Cativeiro, assunto que se desenvolve mais amplamente na segunda metade do livro. Sodoma... Gomorra. Conforme Gn 18:16-19.28; Jr 23:14). Perante a justiça divina, ninguém sairia impune (Sl 130:3), mas o próprio Deus se oferece a nos revestir da brancura da santidade, ao invés da cor de carmesim que representa nossa vida de pecados.

1.21 Prostituta. Uma cidade cujos habitantes são infiéis a Deus, infiéis à sua vocação, apóstatas e idólatras, é prostituta perante Deus. Descrições semelhantes se lêem em Jr 36:1 Jr 36:0; Ez 16 e 23.

1:21-25 O metal não purificado pouco valor tem; o caráter humano, não liberto dos vícios, não supera o caráter do irracional.
1.26 Restituir-te-ei os teus juízes. Na época da teocracia, Deus colocou juízes sobre a seu povo, para guiá-lo segundo a vontade divina, impondo à verdadeira justiça. Na igreja de Cristo, no NT, Jesus é o Senhor soberano (Mt 19:28), e os apóstolos, os guias do povo de Deus. Possivelmente, pois, isto se refere ao NT, escrito pelos apóstolos, e que agora, juntamente com o AT, se constitui em nossa única norma de doutrina e de vida, de fé e de conduta.

1.29 Carvalhos... jardins. Trata-se dos lugares onde se praticavam os ritos do culto pagão, uma mistura de idolatria com pecados sensuais. São os "altos", tantas vezes mencionados na Bíblia (conforme 1Rs 14:23; Jz 3:7); nestes altas havia postes-ídolos que os israelitas deveriam cortar (Êx 34:13), senão, eles mesmos seriam derrubados (vv. 30 e 31 deste mesmo capítulo de Isaías).

1.31 Estopa. Parte mais grossa do linho, que se separa por meio do sedeiro; depois elimina-se a mesma como um detrito.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
Isaías

I. ORÁCULOS PARA JUDÁ E JERUSALÉM

(1.1—12.6)

Os primeiros 12 capítulos de Isaías contêm tanto um registro dos seus ensinos quanto uma espécie de relato de um período da sua vida; a maior parte do material é datada do período inicial do seu ministério. O tema central é a condição moral e religiosa de Jerusalém; o profeta oferece uma análise penetrante da Jerusalém em que ele vivia e contrasta a realidade sombria contemporânea com as glórias futuras que Deus planejou para a cidade. Muitos oráculos breves foram compilados e colocados em ordem para apresentar esse contraste de forma completa e eficaz.

1) Jerusalém, presente e futuro (1.1—
5.30)
Os caps. 1—5 não apresentam nenhum material biográfico; eles servem como prefácio do livro, e chamam atenção para a seriedade da situação em Judá e Jerusalém. O que o profeta queria inculcar na mente dos seus contemporâneos de diversas formas e em diferentes ocasiões é apresentado como um todo ao leitor, dando-nos um retrato impressionante da sociedade em que Isaías vivia. Para essa sociedade, o profeta predisse primeiro o castigo e depois a transformação.
a) O título (1.1)
O versículo inicial apresenta ao leitor o profeta — a sua família, a esfera do seu ministério e a sua época (v. Introdução). O termo Visão, em vista do seu escopo, significa algo como “revelação”, em vez de uma única experiência visionária; é um termo que autentica o profeta e a sua profecia. E provável que esse título esteja relacionado aos caps. 1—12 somente, em virtude da frase a respeito de Judá e Jerusalém; os caps. 13—23 são oráculos, que têm títulos individuais, a respeito de nações estrangeiras.

b) A enfermidade de Judá (1:2-31)
O capítulo apresenta ao leitor a situação que defrontou Isaías durante todo o seu longo ministério; um retrato sombrio dos pecados e deficiências de Judá é pintado por meio do uso de breves parágrafos da pregação do profeta. Os v. 7,8 estão relacionados à situação que seguiu a invasão de Senaqueribe durante o reinado de Ezequias em 701 a.C.; mas não podemos datar a maioria dos breves oráculos compilados nesse capítulo. Eles são expressos numa variedade de formas. Os v. 2,3 lembram o tribunal (os céus e a terra são chamados como testemunhas) e assim também os v. 18ss (vamos refletir— i.e., apresentem argumentos). Outras partes do capítulo são lamentos (v. 4-9,21ss); o Ah do v. 4 e a expressão Vejam como do v. 21 são a linguagem da lamentação. Em terceiro lugar, há oráculos de desafio direto à nação (v. 10

17,24-31).
O retrato sombrio não é impessoal nem totalmente sem esperança; repetidamente o profeta faz um apelo direto a seu povo, para que mudem de atitude e comportamento. Enquanto a situação exata deixada pelos exércitos de Senaqueribe era transitória, o futuro político geral para Judá ainda seria de fraqueza e perigo, invasão e conquista, durante os séculos seguintes; e a apostasia e as injustiças sociais de Judá também duraram um longo período. Por isso, a palavra do profeta teve função e relevância em Judá muito tempo depois do seu contexto original; e, aliás, as suas palavras constituem um desafio a qualquer comunidade em qualquer época.
v. 2-23. Com o intuito de ampliar a metáfora do profeta, poderiamos descrever os v. 2-9 como o diagnóstico da enfermidade da nação, os v. 10-23 como a receita para a cura, e os v. 24-31 como o prognóstico. A enfermidade é dupla: é moral e religiosa (v. 2ss) e também psicológica (v. 5-9). O relacionamento de amor entre Deus e o seu povo foi rompido por causa da estupidez e desobediência voluntária do povo. Isaías ressalta desde o início a santidade de Deus; o Santo de Israel (v. 4) é uma expressão-chave em todo o livro. O desastre físico, por outro lado, deve ter sido muito óbvio a todos; Jerusalém tinha escapado de ser capturada, mas o restante de Judá fora devastado pelos exércitos assírios. Por meio de comparações muito hábeis, o profeta retrata de forma muito vívida essa situação (v. 8) e sutilmente realça a causa moral do desastre com a referência às cidades ímpias de Sodoma e Gomorra (v. 9,10). Muitos judeus provavelmente consideraram essa comparação censurável; a nação não estava observando de forma meticulosa as exigências rituais da adoração a Deus? E verdade, responde Isaías; mas Deus rejeita toda essa parafernália de observância exterior, a não ser que seja acompanhada de justiça social e de consideração pelos desprivilegiados (v. 17). Esse foi um tema constante de todos os profetas do século VIII (e.g., Dn 6:6-28; Am 4:1-5; Mq 3:19ss). É notável que a acusação de infidelidade total a Deus (prostituta, v.


21) — mais típica de Oséias do que de Isaías — esteja fundamentada mais na injustiça social do que na idolatria mencionada anteriormente no v. 29.
O profeta oferece uma escolha à nação (v. 18ss). Jerusalém e Judá podem ser libertos dos seus pecados e podem usufruir a prosperidade se (e somente se) a nação escolher o caminho da obediência {Se vocês estiverem dispostos a obedecer). Se não, nada além de guerra e invasão pode ser esperado.

v. 24-31. Nesse parágrafo, não há nada condicional; as intenções definitivas e inabaláveis de Deus para com a sua cidade santa são afirmadas claramente. Os verdadeiros inimigos (v. 24) de Jerusalém não são externos, mas aqueles dentro da capital que a esvaziaram de justiça e de procedimentos corretos. Por isso, a necessidade da cidade não é de paz mas de justiça e de retidão (v. 27); ela precisa de purgação e purificação, para que possa ser chamada verdadeiramente de cidade fiel (v. 26). No contexto, redimida (v. 27) é aproximadamente equivalente a “purificada”. Finalmente faz-se a acusação de idolatria (v. 29ss); os detalhes mencionados estão relacionados às práticas cultuais de fertilidade dos cananeus. (O sentido desses versículos fica ainda mais claro na NTLH.) Isaías não dá indicação alguma de quando essa transformação deve ocorrer; de fato, suas palavras são um apelo a seus contemporâneos para que iniciem a transformação.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
CAPÍTULOS 1:39

I. PROFECIAS REFERENTES A JUDÁ E JERUSALÉMIs 1:1-23). Esta introdução de Isaías assume a forma de um grande julgamento-a grande acusação, como Ewald lhe chama, formulada contra o povo escolhido. Deus é ao mesmo tempo queixoso e juiz. Céu e terra são chamados a apoiar a queixa (2), sendo o profeta a principal testemunha. A acusação feita contra o povo escolhido é de rebelião absoluta nascida do seu coração ímpio e antinatural. Aí se radicavam todos os males que assolavam o país. Embora a mensagem do Senhor Deus tivesse sido transmitida pela boca dos profetas Amós e Oséias, não lhe haviam dado ouvidos, e a perversidade daquele povo conduzira a muitas infrações patentes da lei moral. O resultado de tal estado de coisas é que Aquele que os havia criado e mantido continuava desconhecido e a desgraça que se abatera sobre o país constitui testemunho eloqüente da realidade deste afastamento da fé.

Fala o Senhor (2). É significativo que, no próprio começo deste livro, Isaías acentua o fato de ele conter a mensagem autêntica do Senhor Deus (ver Sl 1:4; Dt 32:1). Note-se a ênfase desta afirmação de rebeldia: "Criei filhos e exalcei-os, mas eles prevaricaram contra Mim". O boi... o jumento (2). Os próprios animais do campo são capazes de demonstrar uma dependência e uma dedicação mais natural e mais perfeita do que o povo escolhido do Senhor. O Santo de Israel (4); esta expressão aplicada ao Senhor não ocorre antes do tempo de Isaías. É provável que seja criação sua. A visão que lhe veio dentro do Templo foi de um Senhor sentado num alto e sublime trono (Is 6:1), de um Senhor superlativamente santo (Is 6:3); e foi, sem dúvida, movido por essa inspiração no próprio início do seu ministério que Isaías continuou a referir-se a Deus como o Santo de Israel. Não é possível determinar todo o significado desta expressão para Isaías, mas provinha de alguém que vira o Senhor e que, em todo o seu ministério subseqüente, se consagra a dar ao seu povo igual consciência da majestade e poder dAquele a quem ele contemplara dentro do santuário. Temos aqui como que um relicário da glória e beleza da santidade, tudo compreendido na personalidade de Deus, o autor do Concerto.

>Is 1:5

Se mais vos rebelaríeis? (5). A vossa terra está assolada... (7). Durante a vida de Isaías, ocorreram pelo menos três invasões do solo sagrado de Judá, uma delas pelas forças combinadas de Israel e da Síria cerca de 734 a.C., e as outras pelas forças dos assírios -a primeira sob o comando de Sargom em 712 a.C., e a outra sob o comando de Senaqueribe em 701 a.C. (Ver apêndice 3 do livro de Reis, "Os Grandes Impérios no Período da Monarquia"). O ataque sírio vem mencionado no capítulo 7, e os outros nos capítulos 22:26. Numa subversão de estranhos (7). Uma variante sugerida por Ewald produz um efeito muito mais forte: "... numa subversão como a de Sodoma". Filha de Sião (8). Trata-se de uma personificação, aludindo a referência à Cidade Santa. Esta expressão não é infreqüente nos escritos mais especificamente poéticos do Velho Testamento. Ver 2Rs 19:21; Sl 45:12. Cheyne salienta que em Lm 2:8 esta expressão parece designar a cidade sem quaisquer habitantes; enquanto que em Mq 4:10 parece aplicar-se aos habitantes sem a cidade. O quadro evocado é o de Jerusalém desolada, contemplando as ruínas que ficaram depois de a violenta maré da batalha e da invasão se ter perdido à distância. No vers. 8 as várias idéias da cabana, da choupana, ambas abrigos toscos erguidos nos campos durante a colheita e da cidade sitiada são todas quadros de solidão. Já como Sodoma seríamos, isto é, teríamos sido totalmente destruídos. Assim, logo no princípio do seu livro, Isaías introduz uma expressão significativa, o remanescente (9). A promessa divina desde eras passadas diz respeito à continuidade da raça escolhida e Àquele que sairia do meio do povo de Israel. A ênfase recai sobre a soberania do propósito divino. É o Senhor que deixa um remanescente. É pela Sua graça que a nação não é totalmente derrubada numa catástrofe semelhante à que engoliu Sodoma e Gomorra. Ver nota sobre Is 7:3.

>Is 1:10

3. FORMALISMO NA ADORAÇÃO E A EXIGÊNCIA DIVINA (Is 1:10-23). Nesta parte das suas profecias, Isaías descreve as muitas maneiras como os filhos de Israel, aqui ousadamente designados como o povo de Gomorra (10), procuravam o favor de Deus sem de qualquer forma satisfazer os altos e santos requisitos dos mandamentos. Oblações, luas novas, sábados, incenso, o sangue de bezerros e a gordura de carneiros, a assembléia convocada e o encontro solene (11-14). Estavam patentes aqui todos os adornos externos da vida religiosa, mas faltava o essencial da fé, e o povo observava um aparato vão sem o espírito que constitui o cumprimento de toda a lei. Contrastando com esta terrível negação da fé, o profeta expõe a lei eterna e os requisitos do Santo de Israel (16-17). O fundamental era a retidão e o cumprimento da ordem de atender necessidades como as dos órfãos e das viúvas. Temos aqui uma das mais nobres passagens de Isaías, freqüentemente comparada com as severas e inequívocas profecias de Amós (ver Jl 5:15, etc.).

>Is 1:12

Pisar os Meus átrios (12). Esta tradução não reproduz todo o conteúdo do original, a que anda aliada uma idéia de afronta. O sentido é pisar a pés os átrios do Senhor. Surgir perante o trono do Senhor Deus com toda a aparência de constituir um insulto para o céu e uma afronta para toda a glória da revelação do divino poder e santidade. Solenidades (14). Eram estas as festividades engastadas no próprio coração da lei e mandamentos de Deus. Quando delas andava ausente o estado de espírito que as transformava na expressão de um amor e de uma dedicação que procuravam tão-somente a Deus, até os sábados, a festa do Pentecostes, a festa da Páscoa, das trombetas e dos tabernáculos, o dia da propiciação-tudo se Lhe tornava odioso, uma ofensa contra o Seu glorioso mandamento. Sangue (15), em hebraico, "sangues", isto é, manchas de sangue. Lavai-vos, purificai-vos (16). Não bastava a purificação cerimonial; esta tinha de ser acompanhada de uma reforma positiva. Praticai o que é reto (17). Este versículo coloca-nos perante alguns dos males sociais que Isaías tanto se esforçava por condenar. Ver o vers. 23 mais abaixo.

>Is 1:18

4. CONDIÇÕES DE BÊNÇÃO (Is 1:18-23). Com estas palavras, apresenta-se ao povo o ponto crucial da questão. Note-se a maneira como Isaías acentua o poder da razão. "Deus discute com o homem -eis o primeiro artigo de religião para Isaías. O profeta salienta mais o aspecto intelectual do sentido moral do que o outro, sendo característica de toda a sua carreira a freqüência com que neste capítulo emprega as palavras saber, considerar, raciocinar" (G. A. Smith, Isaiah, pág. 10). Vinde então e arguí-Me (18). Cheyne traduz esta frase da seguinte forma: "Vinde agora, encerremos o nosso raciocínio". Por outras palavras, só há uma resposta final à rebelião do homem-o perdão livre de Deus.

A oferta de perdão aqui feita não constitui a continuação de um raciocínio de conjunto, mas o final de um debate e a conciliação de uma dissensão: Escarlate... carmesim (18), termos praticamente sinônimos que designam o vermelho vivo obtido da cochonilha (um inseto) e que contrastam fortemente com a cor da neve e da lã natural, não-tingida.

>Is 1:21

5. CASTIGO E REDENÇÃO (Is 1:21-23). Esta passagem suplementar no final do primeiro capítulo exprime de forma concentrada a certeza do castigo divino para todos quantos desobedecem e se revoltam (Is 21:24-28-31), e a certeza da redenção do Senhor, que será bem real e não tardará (25-27). Virão certamente tribulações, mas serão definitivamente arredadas, e o Senhor Deus remirá Sião e o remanescente do povo.

>Is 1:23

Os teus príncipes são rebeldes... (23). A forma como as classes dirigentes se haviam entregado à corrupção e à opressão é sempre descrita em termos ousados por Isaías. A doença partia da cabeça e alastrava por toda a estrutura política. Ver o vers. 17 acima. Purificai inteiramente (25), literalmente, com um álcali, tendo o profeta ido buscar a metáfora aos processos de fundição. Ver vers. 22. Ao fazer ligas de prata, costumava-se usar estanho ou chumbo. Os carvalhos e os jardins (29) estavam associados com a idolatria e ritos pagãos.


Dicionário

Escoriar

verbo transitivo Arranhar, ferir levemente a pele.

Impureza

substantivo feminino O que há de impuro, de estranho numa coisa: impureza do ar.
Falta de limpeza, de asseio; sordidez.
Coisa impura.
Figurado Impudicícia, imoralidade: viver na impureza.
substantivo feminino plural Tudo o que inquina a pureza de uma substância: as impurezas da água.

[...] impureza de coração não significa apenas malícia e abuso dos prazeres sexuais, mas também a fatuidade, o orgulho, o interesse egoísta e outras falhas morais, cujas manchas são bem mais difíceis de remover do que aquelas existentes na superfície das coisas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os limpos de coração•••


Mão

As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
(a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
(b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
(c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
(d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
(e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

Purificar

verbo transitivo Tornar puro: purificar o ar, os metais. (Sin.: depurar, sanear.).
Livrar de manchas morais: purificar o coração.

Tornar limpo ou puro, Ser purificado ou limpo significa ficar livre de defeitos que desqualificariam para o uso ou para a atividade religiosa. Ser eticamente puro significa demonstrar-se, nos pensamentos e na conduta, escolhido por Deus.

Tirar

verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Isaías 1: 25 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E voltarei contra ti a Minha mão, e purificarei como com pureza ① as tuas escórias; e tirar-te-ei todo o teu metal impuro.
Isaías 1: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

739 a.C.
H1252
bôr
בֹּר
separar, fazer distinção, discriminar, preferir
(to discern)
Verbo - presente infinitivo ativo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H5493
çûwr
סוּר
desviar-se, afastar-se
(and removed)
Verbo
H5509
çîyg
סִיג
um afastar-se ou desviar-se
([like] dross you)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6884
tsâraph
צָרַף
fundir, refinar, provar
(and I will try)
Verbo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H913
bᵉdîyl
בְּדִיל
mistura, estanho, impureza
(the tin)
Substantivo


בֹּר


(H1252)
bôr (bore)

01252 בר bor

procedente de 1305; DITAT - 288d; n m

  1. limpeza, pureza

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

סוּר


(H5493)
çûwr (soor)

05493 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9:12)

uma raiz primitiva; DITAT - 1480; v

  1. desviar-se, afastar-se
    1. (Qal)
      1. desviar-se do rumo, entrar
      2. partir, afastar-se do caminho, evitar
      3. ser removido
      4. chegar ao fim
    2. (Polel) desviar
    3. (Hifil)
      1. fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
      2. pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
    4. (Hofal) ser levado embora, ser removido

סִיג


(H5509)
çîyg (seeg)

05509 סיג ciyg ou סוג cuwg (Ez 22:18)

procedente de 5472 no sentido de refugo; DITAT - 1469a; n m

  1. um afastar-se ou desviar-se
  2. escória (geralmente de prata)

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

צָרַף


(H6884)
tsâraph (tsaw-raf')

06884 צרף tsaraph

uma raiz primitiva; DITAT - 1972; v.

  1. fundir, refinar, provar
    1. (Qal)
      1. fundir, refinar
      2. provar
      3. provar (se verdadeiro)
      4. fundidor, acrisolador, ourives (particípio)
    2. (Nifal) ser refinado
    3. (Piel) ser um fundidor
      1. fundidor (particípio)

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

בְּדִיל


(H913)
bᵉdîyl (bed-eel')

0913 בדיל b ediyl̂

procedente de 914; DITAT - 203c; n m

  1. mistura, estanho, impureza
    1. referindo-se a Israel (metáfora)