Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 4:18-18

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 4: 18

Versão Versículo
ARA Espreitavam os nossos passos, de maneira que não podíamos andar pelas nossas praças; aproximava-se o nosso fim, os nossos dias se cumpriam, era chegado o nosso fim.
ARC Espiaram os nossos passos, de maneira que não podíamos andar pelas nossas ruas: está chegando o nosso fim, estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim. Cofe.
TB Espreitam os nossos passos, de sorte que não podemos andar em nossas ruas.
HSB צָד֣וּ צְעָדֵ֔ינוּ מִלֶּ֖כֶת בִּרְחֹבֹתֵ֑ינוּ קָרַ֥ב קִצֵּ֛ינוּ מָלְא֥וּ יָמֵ֖ינוּ כִּי־ בָ֥א קִצֵּֽינוּ׃ ס
BKJ Eles procuram os nossos passos, e nós não podemos ir nas nossas ruas; nosso fim está próximo, nossos dias estão consumados, pois o nosso fim é chegado.
LTT (Os caldeus) caçaram os nossos passos, de maneira que não podíamos andar pelas nossas ruas; está chegado o nosso fim, estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim.
BJ2 Não podíamos andar em nossas ruas porque espreitavam nossos passos. Nosso fim estava próximo, nossos dias se cumpriam: sim, chegou o nosso fim!
VULG Lubricaverunt vestigia nostra in itinere platearum nostrarum ; appropinquavit finis noster, completi sunt dies nostri, quia venit finis noster.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 4:18

I Samuel 24:14 Após quem saiu o rei de Israel? A quem persegues? A um cão morto? A uma pulga?
II Reis 25:4 então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor); e o rei se foi pelo caminho da campina.
Jó 10:16 Porque se me exalto, tu me caças como a um leão feroz, e de novo fazes maravilhas contra mim.
Salmos 140:11 Não terá firmeza na terra o homem de má língua; o mal perseguirá o homem violento, até que seja desterrado.
Jeremias 1:12 E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.
Jeremias 16:16 Eis que mandarei muitos pescadores, diz o Senhor, os quais os pescarão; e depois enviarei muitos caçadores, os quais os caçarão sobre todo monte, e sobre todo outeiro, e até nas fendas das rochas.
Jeremias 39:4 E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram, então e saíram de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta dentre os dois muros; e saiu pelo caminho da campina.
Jeremias 51:33 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: A filha de Babilônia é como uma eira no tempo da debulha; ainda um pouco, e o tempo da sega lhe virá.
Jeremias 52:7 foi aberta uma brecha na cidade, e todos os homens de guerra fugiram, e saíram de noite, pelo caminho da porta, entre os dois muros que estavam junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade ao redor), e foram pelo caminho da campina.
Lamentações de Jeremias 3:52 Como ave, me caçaram os que são meus inimigos sem causa.
Ezequiel 7:2 E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Jeová acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra.
Ezequiel 12:22 Filho do homem, que ditado é este que vós tendes na terra de Israel, dizendo: Prolongar-se-ão os dias, e perecerá toda visão?
Ezequiel 12:27 Filho do homem, eis que os da casa de Israel dizem: A visão que este vê é para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão longe.
Amós 8:2 E disse: Que vês, Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do verão. Então, o Senhor me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; daqui por diante nunca mais passarei por ele.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO IV

CANÇÃO DE UM REINO DEVASTADO

Lamentações 4:1-22

Esse poema é uma canção de contrastes. Ele compara a glória antiga do reino de Judá, representada por Jerusalém, com sua infeliz condição atual. Jeremias foi uma testemunha ocular do terrível desastre em 587-586 a.C., quando Jerusalém caiu diante dos babilônios. Podemos sentir o palpitar de tristeza que preponderou durante o cerco e a subseqüente demolição da cidade. O poema é um acróstico alfabético como nos capítu-los 1:2, com a exceção de que as estrofes aqui têm duas linhas em vez de três. O pecado de Judá é o tema predominante do capítulo. Essa idéia não está completamente ausente nos capítulos anteriores, mas nesse capítulo 4 ela aparece como o motivo principal para o colapso do reino. A extensão do pecado de Judá é tratada nos versículos 1:12, e as conseqüências do seu pecado são o tema dos versículos 13:22. Assim, os motivos morais do destino de Judá ocupam a mente do poeta.

A. O PODER DEGRADANTE DO PECADO, 4:1-12

A gravidade do pecado de Judá e Jerusalém tem sua raiz na rebeldia do coração. A descrição aqui revela até que ponto uma nação pode chegar quando seus fundamentos morais são removidos. O gemido do profeta, ao lamentar acerca da glória passada de Judá e a condição devastadora na qual se encontra agora, é suficiente para quebrar o coração. "Como os poderosos caíram!".

O poeta entoa uma canção triste acerca da incrível mudança que sobreveio a essa outrora orgulhosa nação e sua capital: Como se escureceu o ouro! (1). Escurecida e deslustrada, a cidade dourada não passa de um monte de cinzas. Ele lamenta a completa destruição do Templo: Como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas; i.e., espalhadas por toda a cidade. Os jovens da nação, a esperança da sua vida futura, estão estirados pelas ruas da cidade. Em vida eles eram comparados a ouro (2) ; agora eles não passam de um amontoado de barro, semelhante a vasos de barro quebrados no monte de refugo do oleiro!

As mães de Judá, perturbadas pelo sofrimento, tratam seus bebês pior do que o fazem os animais selvagens. Apesar do fato de os chacais (3) serem animais de rapina violentos, eles não se esquecem dos seus filhotes. Enquanto as avestruzes são conheci-das por serem negligentes e cruéis com seus filhotes (39:13-17), as mães de Judá são ainda piores; elas se tornaram cruéis (desumanas). Com a morte do seu instinto mater-no, elas deixam seus bebês morrerem por falta de alimento. Os meninos clamam por pão (4), mas ninguém lhes dá atenção. Mulheres que se vestiam em carmesim (púrpu-ra) e comiam iguarias delicadas agora perambulam sem destino pelas ruas. Elas che-garam a um ponto degradante: abraçam esterco (5) em busca de comida.

Jerusalém teve um destino ainda mais triste do que Sodoma. Sodoma se subver-teu [...] em um momento (6) pela mão de Deus, mas o castigo de Jerusalém tornou-se quase insuportável. A referência a Sodoma ressalta a dimensão da culpa de Jerusalém. Ela era a cidade que tinha o Templo, a lei e os profetas. Visto que teve tanta luz e privi-légio, ela mereceu um castigo mais severo do que Sodoma. Deve ter sido difícil para um poeta judeu escrever o versículo 6. Esse versículo retrata de uma forma inesquecível a compreensão de Jeremias do poder degradante do pecado.

"Seus príncipes" — em vez de nazireus (7) — outrora belos em aparência, bem nutridos e populares no meio do povo, estão agora em uma condição deplorável. Seus rostos estão "mais escuros do que a escuridão" (8, lit.) ; seus nomes estão esquecidos; o povo não os reconhece, porque não passam de esqueletos ambulantes, mirrados e sem vida como um pedaço de pau.

A condição de Judá e Jerusalém é tão deplorável que os mortos à espada (9) são mais ditosos do que os vivos. O cerco à cidade havia privado os viventes das necessidades mais básicas da vida. Algumas mulheres piedosas (10), impelidas pela fome, cozeram seus próprios filhos, para servirem de alimento. Ninguém imaginaria que Jerusalém pudesse chegar a esse ponto! Mesmo os reis da terra (12) estão estupefatos com o destino dessa nação e dessa cidade. O pecado, depois de consumado, gera a morte (Tg 1:15).

Nos versículos 1:12, vemos "Os Efeitos Degradantes do Pecado".

1) A beleza da vida desaparece (1).

2) Os recursos da mocidade são perdidos (2).

3) A dignidade da mulher se torna pior do que a dos animais do campo (4-5, 10).

4) Os efeitos do pecado são mais amplos onde a luz foi mais brilhante (6) ;

5) Até os líderes se tornam confusos e quebrados (7) ;
6) O castigo final é pavorosamente radical (11-12).

B. O PODER DESMORALIZANTE DO PECADO, 4:13-16

A responsabilidade pela ruína de Judá é atribuída diretamente aos líderes religiosos da nação.

Foi por causa do pecado dos seus profetas e das maldades dos seus sacerdotes (13, RSV).

É na vida desses homens que vemos o poder desmoralizante do pecado. Eles poderi-am ter evitado a destruição do país. Em vez disso:

  1. Seu ensinamento e seu exemplo mutilaram a vida moral da nação.
    a) Eles não eram aptos para discernir entre a voz de Deus e a voz dos seus próprios corações. b) Eles profetizaram falsamente, dizendo: "Paz, paz, quando não há paz" (Jr 6:14).
    c) Eles su-cumbiram à pressão dos tempos e pregavam o que o povo queria ouvir; eles não expuse-ram os pecados do povo, para que pudessem ser sarados (2.14). d) Eles estavam com medo de defender o que era certo; eles colocaram a popularidade acima da justiça. e) Eles chegaram a crer na mentira como se fosse verdade, e na verdade como se fosse mentira. Jeremias já havia "trovejado", em oportunidades anteriores, contra esses falsos líderes do povo (Jr 5:31-6.13 23:11-16), mas eles frustraram todos os seus esforços para levar o povo ao arrependimento genuíno.
  2. Eles eram culpados de assassinato, talvez não diretamente, mas indiretamente. De-baixo da aparência externa da religião, derramaram o sangue dos justos no meio da nação (13). O conselho e a influência deles resultaram na morte dos justos (veja Jr 26:20-24).
  3. Chegou o dia em que o mundo deles ruiu sobre suas cabeças. Quando a cidade de Jerusalém foi destruída, eles ficaram desnorteados. Eles erram (perambulam ou tateiam) como cegos nas ruas (14). Sua confusão era resultado da cegueira dos seus corações. Eles não estavam preparados para as emergências da vida.
  4. O pecado deles se revelou. Suas máscaras foram tiradas quando suas predições provaram ser falsas. O povo então reconheceu quem eles realmente eram; impostores desprezíveis e miseráveis. O castigo deles era ser tratado como leprosos morais. Os ho-mens gritavam para eles: Desviai-vos [...] Imundo! Desviai-vos [...] não toqueis (15).
  5. Eles foram expulsos da sua terra pelo seu próprio povo. A maldição de Caim esta-va sobre eles. Eles andam errantes entre as nações (15), mas nem lá são desejados.
  6. Eles sofreram a vingança divina. A ira do SENHOR os havia espalhado (16). Ape-sar do fato de serem sacerdotes e velhos (anciãos), nenhum favor foi concedido a eles, tanto por Deus como pelos homens. Como Governante moral do universo, Deus assumiu a responsabilidade de garantir que esses falsos líderes fossem punidos.

C. O PODER ENGANADOR DO PECADO, 4:17-20

Essa seção é um reconhecimento de que a nação tinha colocado sua confiança no lugar errado. O poeta faz a confissão pelo povo. Jeremias olha para o passado — para a época do cerco da cidade (17-18), a queda da cidade (18), a fuga do rei e dos seus nobres (19), e a captura de Zedequias (20).

O profeta declara que

1) a nação foi enganada em colocar sua confiança em aliados estrangeiros. Os nossos olhos desfaleciam, esperando vão socorro (17). Jeremias e outros profetas haviam advertido Judá para não colocar sua confiança em homens, mas a nação tinha rejeitado a palavra do Senhor e continuou a confiar no Egito. Faraó havia feito uma tentativa, em certa ocasião, de livrar Jerusalém (Jr 37), mas todo o episódio foi um completo e lamentável fracasso. O salmista também tinha clamado: "Vão é o socorro do homem" (Si 60.11), mas é impressionante o que atrai as pessoas quando elas estão em descompasso com Deus.

  1. A nação tinha sido iludida ao acreditar que poderia resistir à Babilônia. Embora Jeremias tivesse proclamado repetidas vezes que Deus havia entregado o Oriente Médio nas mãos de Nabucodonosor (Jr 25), o povo de Judá não acreditou. Eles continuaram a rebelar-se até que a cidade caiu. Estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim (18).
  2. Eles foram ludibriados ao pensar que poderiam escapar se fugissem. Sobre os montes nos perseguiram (19). Isso evidentemente se refere à fuga de Zedequias e seus príncipes (Jr 39:4-7). Quando o povo começa a desobedecer a Deus, continua pen-sando que o próximo passo será o passo certo. Mas esse nunca é o caso.
  3. A nação estava iludida ao pensar que as promessas de Deus à casa de Davi eram incondicionais. Eles interpretaram mal o caráter de Deus e seus métodos de operação. Agora lamentam: O respiro das nossas narinas, o ungido do SENHOR, foi preso nas suas covas (20). A referência aqui é à captura de Zedequias pelos babilônios na "flores-ta" do Jordão, e o fim da monarquia davídica. Os versículos revelam a lealdade do povo de Judá à casa real, mas também revelam que a confiança no homem como fonte de sabedoria e força máxima está equivocadamente fora de lugar.

D. O PODER DESTRUIDOR DO PECADO, 4:21-22

Temos aqui um exemplo de como o pecado do orgulho pode destruir uma nação. Edom (veja mapa 1), embora descendente de Abraão e parente de Judá, sempre foi arro-gante e altivo em relação a Israel. Seu orgulho alcançou proporções grandiosas na sua reação à queda de Jerusalém em 587-586 a.C. Ele tinha colaborado com o inimigo, traído seus vizinhos e retido sua ajuda aos necessitados. Aproveitando-se do infortúnio do seu parente, chegou a tomar uma parte do território de Judá (Ez 35:10-12). Agora Edom se alegra de maneira perversa com o castigo de Judá e com o seu próprio livramento dos horrores da guerra. Mas no auge da sua exultação ouve-se uma voz, anunciando sua condenação.

O início do versículo 21 é repleto de ironia: Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom — i.e., divirta-se agora — o cálice chegará também para ti. A referência é ao cálice do furor de Deus como profetizado por Jeremias 25:15-28). Embebedar-te-ás: Edom experimentará todas as coisas que acompanham a embriaguez: vergonha, confu-são, tristeza e destruição.

No versículo 22, o poeta confessa abertamente que Judá e Jerusalém foram castiga-dos severamente pelas mãos do Senhor. Mas Judá sofreu seu castigo, e esse tempo aca-bou. O castigo da tua maldade está consumado. Dias melhores estão por vir para Judá. Ele nunca mais te levará para o cativeiro. A implicação é que Judá tem um futuro, mas Edom não. Quando chegar o dia do castigo de Edom, Ele descobrirá (reve-lará) os seus pecados. Edom cairá e nunca mais se levantará (Ob 18).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 12 até o 22

Causas do Cerco (Lm 4:12-20)

Lm 4:12
Não creram os reis da terra. Os habitantes de Jerusalém se consideravam invencíveis, e outro tanto pensavam muitos povos. Suas fortificações eram imensas. Foram necessários 30 meses para que os babilônios vencessem as defesas da cidade. Mas, quando romperam as muralhas, eles se precipitaram sobre as vítimas como uma matilha de chacais ferozes, que em breve tinham efetuado horrenda matança, assassinando jovens e velhos, homens e mulheres, indiscriminadamente. Jeremias tinha avisado ao povo que a cidade não era tão forte quanto o povo pensava, pois cairia na hora da provação. Ver Jr 7:4; Jr 27:14. Mas os judeus preferiam ouvir a bela história dos falsos profetas que continuavam a falar em paz e prosperidade. Se vários inimigos tinham alcançado certa medida de sucesso contra a cidade, suas defesas tinham sido reconstruídas e aprimoradas, e havia suprimento de água garantido por um túnel subterrâneo. Ver II Crô. 32:2-5; 2Cr 33:14, Esses elaborados preparativos atrasaram os babilônios, mas não os fizeram parar.

Lm 4:13

Foi por causa dos pecados dos seus profetas. As inúmeras injustiças de Jerusalém (Judá), incluindo a execução de pessoas inocentes, o que encheu a cidade com o sangue delas, finalmente requereram a destruição do lugar, em consonância com a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário). Cf. este versículo com Lm 2:14. “Visto que os profetas e os sacerdotes, por sua orientação, eram culpados pelas condições da nação, eles eram, de fato, assassinos dos inocentes” (Theophile J. Meek, in toe). Os inocentes cujo sangue fora derramado viveram antes e depois do cerco babilônico. Foi uma questão assassina do começo ao fim. “Os seres mais miseráveis, sob a pretensão do zelo pela verdadeira fé, perseguiam e matavam profetas e sacerdotes genuínos, bem como o povo de Deus, fazendo o sangue deles ser derramado no meio da cidade” (Adam Clarke, in loc.). Ver 2Cr 36:14. “Essas palavras apontam para incidentes como a morte de Zacarias, filho de Joiada (2Cr 24:21); o-sangue inocente derramado por Manassés (2Rs 24:21); e, provavelmente, outras atrocidades que não ficaram registradas, mas ocorreram durante o cerco. Contra a vida de Jeremias também foram feitas tentativas, mas sem êxito (Jr 26:7). Os verdadeiros profetas eram vistos como traidores (Jr 26:7)” (Ellicott, in loc.).

Lm 4:14

Eram como cegos nas ruas. Os profetas e sacerdotes, tão cheios de violência e iniquidade, diziam-se iluminados, mas na realidade eram homens cegos, manchados de sangue, poluídos como leprosos, e se tornaram um nojo para todos ao redor. Este versículo parece salientar sua condição moral e espiritual antes do cerco, e então seus atos literais, quando o cerco os tomou de surpresa. “Quando a cidade foi conquistada, eles fugiram e, quais cegos, não sabiam em que direção ir; antes, ficaram vagueando de lugar para lugar, buscando um refúgio" (John GUI, in loc.). Conforme este versículo com Dt 28:28; Jr 23:12; Is 29:10, “Os homens não podiam tocar em suas vestes, pois estavam empapadas de sangue (Nu 19:16)” (Fausset, in loc.).

Lm 4:15

Apartai-vos, imundos! gritavam-lhes. Aqueles homens rudes foram tratados como leprosos. Ninguém queria aproximar-se deles e tocar em suas vestes que causavam nojo. Por isso gritavam para que se mantivessem afastados e chamavam-nos de imundos. Ver Lv 13:45. Eles se tornaram como Caim, fugitivos e vagabundos na terra, párias, abandonados. “Deus dispersou os líderes de Jerusalém, pois eles haviam conduzido o povo ao pecado” (Charles H. Dyer, in loc). “Aqueles assassinos tugiram de seus próprios compatriotas e se viram igualmente repelidos entre os pagãos” (Ellicott, in loc). Ver Dt 28:65.

Lm 4:16

A ira do Senhor os espalhou. Não toram as condições adversas que espalharam aqueles réprobos. Foi o juízo divino contra eles que os tornou fugitivos. O hebraico diz, literalmente: A “face de Yahweh” os dispersou. Foi o rosto de Deus, em carranca, que os assustou e os lançou em confusão e terror. Aqueles homens iníquos tinham caído na desgraça. E todos os homens passaram a evitá-los, pois estavam debaixo da maldição divina. Os homens não tinham mais respeito pelo oficio e pela posição deles. Eles tinham perdido tanto o favor divino quanto o favor humano.

Nem se compadece dos anciãos. As pessoas de idade avançada mereciam respeito, mas não agora. A palavra “ancião" substituiu o termo “profetas" para enfatizar o horror da situação. Aqueles em quem o povo tinha confiado agora não mereciam mais confiança e favor.
Lm 4:17

Os nossos olhos ainda desfalecem. A cena agora muda de volta para o povo geral, pois o autor terminou sua diatribe contra a liderança de Judá. O povo em vão esperou alguma Intervenção de ultimo minuto, quando algum aliado os salvaria do exército babilônico. Mas essa ajuda nunca se concretizou. O povo tinha olhado para o Egito como esse aliado (ver Isa. 36:6-10; Jer. 37:5-10), mas os egípcios mostraram-se admiravelmente fracos na hora azada. “Tanto Jeremias quanto Ezequiel tinham advertido contra a futilidade de confiar no Egito como proteção (ver Jer. 37:6-10; Ez 29:6,Ez 29:7). Essa falsa esperança só produziu uma amarga tristeza quando o exército babilônico, mais rápido que as águias (Hc 1:8
Espreitavam os nossos passos. Jerusalém tornou-se como um animal caçado, e o caçador (a Babilônia) não lhe dava paz, perseguindo, matando e saqueando. Nenhum homem podia andar nas ruas, pois alí encontraria morte súbita. Os que se escondiam eram descobertos e mortos em seus lares. O dia de Jeremias estava terminado; os poucos dias que lhes restavam estavam numerados, e logo se acabaram. O fim deles tinha chegado. Este versículo pode referir-se especificamente aos ataques preliminares contra o povo, a partir dos fortes e das torres que eles haviam construído, de onde atiravam setas e lançavam mísseis em qualquer um que fosse tolo o bastante para vaguear pelas ruas.

Lm 4:19

Os nossos perseguidores foram mais ligeiros. Estas palavras descrevem as tentativas de alguns para fugir da cidade, depois que a matança começou. Mas os que fugiram foram perseguidos e alcançados com flechas pelos soldados que tinham saído depois deles como águias velozes, efetuando ainda pior matança. Até mesmo os que se refugiaram nas colinas em torno de Jerusalém foram alcançados e executados sem tardança. Além disso, os babilônios também se achavam nos vales, de forma que ninguém conseguiu escapar. Eles eram onipresentes e assassinos. Pode haver aqui uma alusão à tentativa de fuga de Zedequias, seus familiares e dos nobres. Mas eles foram capturados nas planícies de Jericó. Em Ríbla, os filhos do rei foram executados diante de seus olhos; e então Zedequias foi cegado e lançado na prisão pelo resto da vida. Os príncipes foram todos executados. Ver Jer 52:7-9. Os babilônios eram especialistas do genocídio,

Lm 4:20

O fôlego da nossa vida, o ungido do Senhor. O rei era o comandante-em-ctiefe, e foi aqui chamado de “fôlego da nossa vida”. Diz a NCV: “aquele que era a nossa própria respiração". A referência é a Zedequias, que foi apanhado como um animal em uma cova. Eles haviam dito acerca dele; “Debaixo de sua sombra viveremos entre as nações”; mas ele não ofereceu nenhuma esperança na hora da provação. Ele tinha sido o ungido de Yahweh, uma referência à unção dos reis de Judá para o seu oficio. Ele parecia ter o favor de Deus, mas perdeu esse direito por causa de sua iniquidade e fraqueza. Quanto à unção dos reis de Israel, ver 1Sm 10:1; 1Sm 16:1; I Reis 1:39-45 e 2Rs 11:12, Quanto à tentativa de Zedequias escapar, ver Jer. 39:2-7. Descrevo o que aconteceu a ele e aos que tentaram fugir com ele, na última porção das notas do vs. Lm 4:19.

Lm 4:21

Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom. Visto que Yahweh tinha um pacto com Israel (Deu. 28-30), havia esperança de vindicação tanto contra a Babilônia como contra as nações que a tinham vexado ao longo da história. Os dois últimos versículos deste capítulo contrastam 1srael com seu principal inimigo, Edom, O contraste ilustra como o juizo de Israel tinha por intuito operar retribuição, mas também a restauração final.

Israel e Edom Contrastadas.

Condição Atual Condição Futura
Edom alegra-se diante Israel é restaurada
da condenação de Israel
Israel é punida Edom é punida.

“Dentre todos os seus vizinhos, nenhum era tão odiado por Israel quanto Edom (ver Isa. 34,1-17; 63.1-6; Eze. 35:1-15; Jer. 49:7-22; Oba 1:1-21). De acordo com isso, havia certa satisfação no pensamento de que em breve chegaria a vez de Edom ser destruída, e de que essa nação teria de beber da mesma taça de vergonhosa humilhação (conforme Jer. 25:15-29; Hc 2:15,Hc 2:16). Aqui e em Gn 36:28 (= 1Cr 1:42). “O triunfo de Edom por ocasião da queda de Sião foi, tal como no Salmo 137, a tristeza coroadora do lamentador. Mas juntamente com essa tristeza houve uma visão do julgamento, que também é uma visão de esperança” (Ellicott, in loc.).

O profeta usou aqui uma de suas metáforas favoritas, o cálice amargo que intoxica e destrói. Judá teria de beber esse cálice de causar desgosto, mas logo chegaria a vez de Edom bebê-lo. Ver Jr 25:17. Está em vista o juízo, e o cálice, falando-se finalmente, era o cálice de Yahweh, embora Ele utilizasse Instrumentos humanos para fazer as nações sorver Seu vinho de ira. Ver também Jr 13:12 ; 49.7— 22. Os que beberam do cálice ficaram embriagados, ou seja, foram totalmente vencidos pela ira de Yahweh. Em seguida, foram desnudados, para serem vistos e zombados por outros. O pecado deles os tinha encontrado.

Lm 4:22

O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de Sião. Bastante é Bastante. A punição imposta pela Babilônia em seu ataque e subseqüente cativeiro tinha realizado sua obra. A iniqüídade fora punida, e o arrependimento fora inspirado por meio do julgamento. Conforme 1Pe 4:6. Os julgamentos de Deus são remediais, e não apenas retributivos. Em breve terminaria o exílio dos judeus na Babilônia. Haveria a restauração de Judá. O decreto misericordioso de Ciro enviaria de volta a Jerusalém um pequeno remanescente, e haveria um Novo Dia. Alguns estudiosos supõem que esta profecia se estenda à Era do Reino, sob o Messias, quando haverá acontecimentos revolucionários. Mas Edom cairia, e nenhuma promessa de renovação fazia parte do decreto divino. O oráculo de condenação de Edom (Jer.

49.7- 22) também termina sem nenhuma nota de esperança. Assim operava a lei da colheita segundo a semeadura, ditada pela vontade de Yahweh. Conforme Ob 1:4,Ob 1:21. Os pecados de Israel foram cobertos (perdoados e esquecidos), mas os pecados de Edom permaneceram expostos, pelo que os tremendos efeitos do juízo divino continuariam até que os edomitas desaparecessem da face da terra.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
*

4.1-22 Este capítulo, que contém o mais vívido retrato das agonias de Judá, lamenta o castigo de Sião, mas dá a certeza de que como estava cessaria.

* 4:1

o ouro!... as pedras do santuário. O ouro e os ricos utensílios do templo de Salomão foram levados embora por Nabucodonosor (2Rs 25:9).

* 4:2

Os nobres filhos... puro ouro. A idéia do ouro é imediatamente transferida para as próprias pessoas, mais valiosas do que as riquezas do templo. Na qualidade de "propriedade peculiar" (Êx 19:5), elas tinham sido muitissimamente preciosas; mas agora eram o barro mais comum.

* 4:3

Até os chacais. Is 1:2,3.

Os avestruzes. Essas aves serviam de figura proverbial da dureza de coração dos pais para com seus filhos (39:16). Essa indiferença é um tema deste capítulo (v.10), desenvolvido a partir de 2.20.

* 4:5

comidas finas. A figura de alguém rico, que se alimentava delicadamente, e que cai subitamente em grande necessidade e perigo é reverberada com freqüência nos escritos dos profetas (Am 4:1-3; 6:1; Jr 6:2).

* 4:6

maldade. Essa palavra hebraica também pode ser traduzida por "castigo" ou por "iniqüidade", de acordo com o contexto, visto que as duas idéias estão tão intimamente ligadas uma à outra. Neste capítulo, essa conexão é forte, onde o intenso sofrimento de Judá é vinculado repetidamente a seu pecado desnatural.

Sodoma. Os profetas com freqüência usam Sodoma como um arquétipo do julgamento divino contra o pecado (Dt 29:23; Is 1:10; Jr 23:14; Ez 16:46; Os 11:8; Am 4:11; Lc 17:28-30). A comparação com Sodoma é aplicável aos pecados da cidade bem como ao temível julgamento divino que lhe sobreveio.

* 4:7

seus príncipes. Algumas versões dizem aqui "nazireus". Nm 6:1-21, nota.

mais brancos... mas ruivos. Essas são cores com freqüência associadas ao corpo humano.

* 4:8

Mas agora. Ironicamente, nas dificuldades que então predominavam, ninguém se distinguia como pessoa especial; todas as distinções tinham sido obliteradas.

* 4:9

Mais felizes foram as vítimas da espada. A desgraça do povo judeu era desesperada e miserável. A morte por meio da fome não é um julgamento sumário e instantâneo; em sua lentidão revela ao máximo os horrores do juízo divino a um grau temível (Dt 28:54-57).

* 4:10

mulheres... seus próprios filhos. Ver o v.3.

* 4:11

indignação. O enfoque volta à ira de Deus; no pecado cometido por Judá há uma explicação até para esses males.

* 4:12

os reis da terra. É possível que essa frase refira-se à suposta inexpugnabilidade de Sião, reforçada pelo dramático fracasso dos assírios que não conseguiram tomar a cidade, depois que Senaqueribe conquistou o resto de Judá, em 701 a.C. (13 12:19-37'>2Rs 18:13—19.37).

* 4:13

seus profetas... seus sacerdotes. Ver a nota em 2.20 e Jr 5:30,31; Mq 3:9-12.

* 4:14

Erram como cegos nas ruas. Dt 28:28,29.

andam contaminados de sangue. Deus, em sua ira, fez os sacerdotes e profetas de Sião se tornarem ritualmente imundos. Em outro lugar (Is 59:3) a frase refere-se a sangue derramado pela culpa. Ironicamente, o sangue que contaminava esses errantes cegos era o próprio sangue deles.

* 4:15

imundos! Lv 13:45.

Quando fugiram errantes. Cumpriu-se assim a maldição de Dt 28:65,66.

* 4:17

povo. Caracteristicamente, Israel e Judá buscaram ajuda nos pactos políticos, e não no Senhor (Is 7; 30.1-5; Jr 24).

* 4:19

as aves dos céus. Jr 4:13.

* 4:20

o ungido do SENHOR. Essa é uma referência à esperança no rei davídico, especialmente após as reformas instituídas por Josias (2Rs 22 e 23). Essa reforma, embora religiosa, tinha também asseverado a independência de Judá e parecia confirmar a antiga promessa feita a Davi (2Sm 7). O último rei de Judá, deportado por Nabucodonosor, foi Zedequias (2Rs 25:7). Não obstante, Jeremias prometera a salvação final através do Renovo justo de Davi, o Messias (Jr 23:5-8).

* 4:21-22

ó filha de Edom. Esse era um dos inimigos históricos de Israel. A inimizade dos edomitas era mais escandalosa por causa de uma antiga afinidade de sangue; Edom era outro nome para o irmão gêmeo de Jacó, Esaú (Gn 25:30). Mas a nação de Edom também cairia por sua vez (Obadias e Jr 49:7-22).

O castigo da tua maldade está consumado. Em outras palavras, "Tua culpa terá fim". Por causa da misericórdia e da compaixão de Deus, a culpa de seu povo chegaria ao fim e, em contraste com Edom, os judeus seriam libertados. Ver Is 40:2 e Jr 49:7-22.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1ss Este capítulo contrasta a situação anterior ao sítio de Jerusalém com a situação que o precedeu. Os sons e sinais de prosperidade se foram devido ao pecado do povo. Este capítulo adverte a não supor que quando a vida vai bem, sempre seguirá assim. Devemos evitar nos glorificar em nossa prosperidade para que não cair em bancarrota espiritual.

4.1-10 Quando uma cidade estava sob sítio, a muralha da cidade, construída para dar amparo, selava às pessoas que estava em seu interior. Não podiam sair aos campos em busca de comida nem água devido a que o inimigo estava acampado ao redor dela. Quando os mantimentos se terminaram na cidade, o povo observou que seus inimigos colhiam e comiam o produto dos campos. O sítio era uma prova de vontade para ver quem resistia mais. Jerusalém esteve sitiada durante dois anos. A vida se voltou tão difícil que o povo até se comia a seus filhos e os cadáveres os deixavam para que se apodrecessem nas ruas. perdeu-se toda esperança.

4:6 Sodoma, destruída pelo fogo que desceu do céu devido à maldade (Gênese 18:20-19.29), chegou a ser um símbolo do julgamento final de Deus. Mesmo assim o pecado de Jerusalém foi muito maior que o da Sodoma!

4.13-15 Estar poluído ou imundo significava não ser digno de entrar em templo nem adorar a Deus. Os sacerdotes e profetas deviam ter sido os mais cuidadosos em manter a pureza cerimoniosa para assim continuar levando a cabo seus deveres ante Deus. Entretanto, muitos sacerdotes e profetas fizeram o mal e se poluíram. Como líderes da nação, seu exemplo levou a povo ao pecado e provocou a queda final da nação e de Jerusalém, sua cidade capital.

4:17 Judá pediu ajuda ao Egito para brigar em contra do exército babilônico. Egito deu falsas esperanças ao Judá, começaram a ajudar, mas logo se retiraram (Jr_37:5-7). Jeremías advertiu ao Judá que não se aliasse ao Egito. Disse aos líderes que confiassem em Deus, mas se negaram a escutá-lo.

4:20 Sedequías, apesar de ser chamado "o ungido do Jeová", teve pouca profundidade espiritual e pouco poder de liderança. Em vez de depositar sua fé em Deus e escutar ao Jeremías, o verdadeiro profeta de Deus, escutou aos falsos profetas. Para piorar a situação o povo decidiu seguir e confiar em seu rei (2Cr 36:11-23). Escolheram o caminho da confiança e complacência falsas ao querer sentir-se seguros em vez de seguir as instruções que Deus dava a seu povo através do Jeremías. Mas ao objeto de sua confiança, o rei Sedequías, capturaram-no.

4:21, 22 Edom era o archienemigo do Judá, mesmo que tinham um antepassado comum, Isaque (vejam-se Gn 25:19-26; Gn 36:1). Edom ajudou ativamente a Babilônia no sítio de Jerusalém. Como recompensa, Nabucodonosor deu ao Edom as terras dos subúrbios do Judá. Jeremías disse que Edom seria julgado por sua traição contra seus irmãos. (Vejam-se também Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; Am 9:12; Ob 1:1-21)


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22

IV. O povo sofredor (Lm 4:1)

1 Como é que o ouro se tornar dim! como é alterado o ouro mais puro!

As pedras do santuário são derramadas na cabeça de todas as ruas.

2 Os preciosos filhos de Sião, comparáveis ​​a ouro puro,

Como eles são reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!

3 Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos;

A filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto.

4 A língua da criança que mama se apega ao céu da boca de sede:

Os meninos pedem pão, e ninguém lho reparte.

5 Os que comiam iguarias delicadas desfalecem nas ruas;

Eles que se criavam em escarlata abraçam monturos.

6 Para a iniqüidade da filha do meu povo é maior do que o pecado de Sodoma,

Isso foi subvertida como num momento, sem que as mãos foram impostas sobre ela.

7 Os seus nobres eram mais alvos do que a neve, eles eram mais brancos do que o leite;

Eles eram mais vermelhos de corpo do que os rubis, e mais polidos era como a de safira.

8 Seu semblante é mais negro do que a carvão; eles não são reconhecidos nas ruas:

Seus cleaveth de pele para os ossos; ele secou-se, tornou-se como um pau.

9 E os que são mortos à espada, são melhores do que os que são mortos à fome;

Para estes pinho de distância, atingidas através de, por falta dos frutos dos campos.

10 As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos;

Eles serviram de alimento na destruição da filha do meu povo.

O poeta se lembra de duas características do cerco-humilhação e fome. Ele desenvolve a característica de humilhação nos versículos


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1- 22 Sião lamenta-se da sua triste situação nos vv. 1-12. Confessa seus pecados nos vv. 13-20. Ameaça-se a Edom e conforta-se a Sião nos vv. 21 -22. Este capítulo tem relação com o cap. 2.
4.1,2 Pedras do santuário. Lit. "pedras de santidade”. Puro ouro. Estas figuras descritivas são inspiradas pelos materiais usados na construção do templo, mas nestes versículos são uma descrição do alto e sagrado valor que Deus atribui ao seu povo que, aqui, nestas circunstâncias, tem se desvalorizado.

4.3 Avestruzes. É sabido que estas descuidam de suas crias (39:13).

4.6 Num momento. A destruição de Sodoma foi instantânea, mas Jerusalém ficou agonizando por, muito tempo. Sodoma foi destruída pela mão de Deus, mas no caso de Jerusalém, Deus usou as forças do inimigo do povo. Na destruição de Sodoma, não houve mais oportunidades para o arrependimento, depois do início do julgamento, ao passo que Jerusalém tivera um profeta espiritual, Jeremias, pela boca do qual Deus oferecia várias oportunidades para o povo se arrepender.

4.12 Até os pagãos estavam influenciados pela crença popular entre os judeus que dizia que Jerusalém era inviolável. Jeremias protestava contra este falso senso de segurança, Jr 27:14. N. Hom. A cegueira espiritual:
1) Os próprios profetas e sacerdotes sofreram disto, ainda que tivessem menos desculpa e mais influência paro desviar o povo;
2) Esta cegueira podia distinguir a força do inimigo, mas não podia perceber que os pecados do povo eram a causa da invasão;
3) A causa da cegueira era a maldade dos sacerdotes, v. 13;
4) O resultado disto fê-los aterrarem pelas ruas, sendo chamados de imundos, vv. 14, 15. Eram leprosos espirituais que contaminavam o povo, Lv 13:45.

4.17 Povo que não podia livrar. O Egito, no qual Judá havia posto sua esperança, apesar das advertências dos profetas (Jr 37:7).

4.20 Ungido do Senhor. Trata-se aqui de Zedequias, o último rei de Judá (2Rs 25:4-12; Jr 52:7-11).

4.21 Regozija-te e alegra-te. É o ensinamento de Ec 11:9 - ria e divirta-se com os prazeres deste mundo, se este é o único alvo da sua vida, mas nem por isso evitará o julgamento. divino. Uz. A terra onde Jó morava (1:1). Aparentemente, houve vários pequenos reinos nesta área (Jr 25:20).

4.22 Edom. Três profetas predisseram a destruição de Edom pela sua atitude de malícia para com Jerusalém no dia da angústia desta, quais sejam, Jeremias (49:7-13), Ezequiel (25:12-14) e Obadias (11-13). Nota-se que, embora os caps. 1-3 terminem com uma oração pela misericórdia divina, o cap. 4:21-22 traz uma profecia de que Edom será punido pela sua traição contra a nação irmã, Judá. O pecado de Sião será "coberto", consumado, perdoado, mas o pecado de Edom será "descoberto" e abertamente punido.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
IV. QUARTO LAMENTO (4:1-22)

Para manter a simetria do livro, esse capítulo foi preparado para corresponder de perto ao cap. 2. Assim como no cap. 2, aqui também a antiga glória da nação é contrastada fortemente com a sua miséria presente, e os oficiais, especialmente os profetas profissionais (4.13 2:14), são castigados por terem enganado o povo. A ira de Javé é também considerada claramente a razão da desgraça presente (conforme 3.6,11,16).

1) A glória se foi (4:1-16)
Essa seção é dividida em três subseções pelos v. 6, 11 e 16, atribuindo cada descrição em última instância à ira de Javé. v. 1-6. Essa seção trata dos filhos de Sido; antes preciosos como ouro, agora são descartados como escória. pedras sagradas: não é uma referência aos blocos do templo, mas, como sugere J. A. Emerton {ZAW 79 [1967], p. 233-6), “sagradas” (qõdes) é equivalente aos cognatos acadianos, árabes e aramaicos que significam “jóia”. Assim, a expressão pedras sagradas corresponde ao ouro fino do v. la. A atitude negligente das avestruzes (v. 3) em relação a seus filhotes é proverbial (39:13-18). A menção da destruição terrível de Sodoma (v. 6) destaca novamente o uso de imagens dos textos de advertência da aliança (conforme Dt 29:220ss), e realizado pelas mãos de homens ímpios, e não por Deus. v. 7-11. Essa subseção trata dos líderes que antes eram tão orgulhosos e facilmente reconhecidos por sua aparência, que agora não são reconhecidos nas ruas, mas compartilham o destino comum e a aparência comum. O termo príncipes usado na NVI na verdade é “nazireus” no TM, mas o sentido do termo aparentemente é de nobreza, como, e.g., em Gn 49:6, em que José é o nãzir dos seus irmãos (conforme Dt 33:16). A sua aparência está terrivelmente afetada pela fome a que a cidade está sujeita. Esses retratos vívidos e horrendos têm todos a marca do relato de uma testemunha ocular. Há épocas em que os sobreviventes quase aparentam ter ficado com a parte pior. v. 11. consumiu os seus alicerces-, retoma a metáfora arquitetônica e corresponde a seu uso em 2.8ss. v. 12-16. As defesas de Jerusalém eram tão impressionantes que seria difícil alguém imaginar que ela pudesse ser capturada, mas ela caiu em virtude da fraqueza interior causada pelo pecado dos seus profetas e pelas maldades dos seus sacerdotes (v. 13). Os que haviam sido encarregados especialmente de instruir o povo acerca das exigências de pureza de Deus falharam, e agora estão sujos de sangue (v. 14), e são eles mesmos a origem da impureza. Assim, vendo o povo que os sacerdotes estão contaminados pelo contato com cadáveres (Lv 21.1ss), não vai se aproximar deles, e eles não encontram lugar para empregar os seus talentos, v. 16. 0 próprio Senhor os espalhou-, assim como no cap. 2, o Senhor não vai aceitar agora o símbolo religioso como um substituto da justiça.


2) Juncos quebrados: Amigos infiéis (4:17-22)
Como no cap. 2, a confiança depositada em lugar errado foi amargamente retribuída: ficávamos à espera de uma nação que não podia salvar-nos (v. 17). Apesar das advertências de Jeremias, a nação esperou a ajuda do Egito contra os babilônios (Jr 37:7), mas isso era algo fútil. O muro foi rompido, e toda a resistência chegou ao final. Os reis e seus soldados fugiram da cidade, mas foram capturados no vale perto de Jerico quando Zedequias foi aprisionado (Jr 52:6-24; 2Rs 25:3-12). As expressões o próprio fôlego e sob a sua sombra (v. 20) aplicadas ao rei de Judá são derivadas do uso egípcio associado ao faraó. Os títulos tão pomposos eram de pouco consolo agora que o rei estava preso numa prisão babilónica. O Egito e Zedequias não eram as únicas fontes de desapontamento; Edom na verdade se alegrou com a queda de Judá (Ob 10-16). Isso era um ato de extrema traição por parte de um “irmão”, e Sião é consolada a pensar que embora o seu próprio castigo seguiu, de maneira justa, o seu percurso completo, a mesma justiça seria aplicada a Edom (v. 21).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22

Lamentações 4

IV. O povo Sofredor de Sião. Lm 4:1-22.

Neste capítulo temos algo da narrativa da testemunha ocular tanto da culpa de Sião quanto do seu castigo. O inspirado poeta-profeta primeiro descreve seu destino como povo, e então dá a explicação moral desse destino.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 12 até o 20

B. As Causas e o Clímax da Catástrofe de Sião. Lm 4:12-20. Aqui o escritor luta com a explicação moral de tal infelicidade. Os versículos 12:16 destacam que aquilo que os pagãos julgavam ser impossível de acontecer com Sião – que ela pudesse ser invadida pelo inimigo – foi realizado em conseqüência dos pecados dos seus profetas, sacerdotes e anciãos. Judá destruiu-se por causa do pecado.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 17 até o 20

17-20. Conforme o fim se aproxima, a esperança de ajuda estrangeira é malograda e as tentativas de fuga são frustradas. Até o rei é aprisionado, e assim toda a esperança de viver em uma terra estrangeira sob o seu governo desaparece.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 13 até o 20
b) As conseqüências do pecado (Lm 4:13-25). O povo, igualmente, fora levado a perceber que a confiança em um aliado terreno (tal como o Egito, Jr 37:7) estava condenada ao desapontamento (17); e nem mesmo a possessão do reino davídico podia servir de garantia da bênção e da proteção divinas (20). O ungido do Senhor (20). Era Zedequias, o último infeliz rei de Judá, cuja sorte é descrita em 2Rs 25:4-12. Dessa maneira, os líderes eclesiásticos, os políticos, o próprio rei-todos se tinham mostrado impotentes para desviar os julgamentos de Deus da nação culpada da qual foi dito: é vindo o nosso fim (18).

Dicionário

Andar

verbo intransitivo Dar passos; caminhar: só consigo me acalmar andando.
Ser transportado (por um veículo): andar de ônibus.
Movimentar-se voluntária ou involuntariamente: pôr um animal para andar.
Passar, estar, achar-se (em relação à saúde): fulano não anda nada bem.
Caminhar sem destino; vaguear: andar em alguns lugares pode ser arriscado.
Fazer passar; decorrer: a vida anda sem parar.
Desenvolver-se ou ir adiante; progredir: a empresa anda bem.
Ter uma ocupação temporária: andava na faculdade.
Ter uma relação íntima com; estar acompanhado por: anda com várias.
Ter pressa; apressar-se: anda lá com isso!
Ter um valor aproximado; orçar: o sapato anda pelos 500 reais.
verbo transitivo direto e intransitivo Fazer uma viagem: andar o Brasil; passou a vida a andar.
verbo predicativo Possuir certo estado, condição: ando super estressada.
Ter determinada existência; estar: o capitalismo anda ao lado da exploração.
verbo auxiliar Expressa a ideia de continuidade da ação do verbo a que se junta: anda chorando, anda a falar mal de você.
substantivo masculino Ação de se movimentar de um lado para outro; marcha: andar apressado.
O que decorre; decurso: pelo andar da doença, não passa desse mês.
Divisória de um prédio, edifício: vivo no quinto andar.
Etimologia (origem da palavra andar). Do latim ambulare, "passear, caminhar".

caminhar, ir, marchar, seguir, passar, transitar. – Andar é mover-se dando passos para diante, sem relação a pontos determinados. – Ir é andar, ou mover-se de um lugar para outro, de qualquer modo que se faça este trânsito: e tem relação a um ponto determinado a que a pessoa ou coisa se dirige. – Caminhar é fazer caminho, ir de viagem de um lugar para outro. – Marchar é “andar ou caminhar compassadamente: dizse especialmente da tropa de guerra quando vai com ordem de marcha”. – Seguir é propriamente “continuar a viagem começada, marchando ou caminhando para diante”. – Passar é “dirigir-se para algum ponto atravessando um caminho ou uma certa zona, distrito ou paragem”. – Transitar exprime a ideia geral de “passar além, fazer caminho, viajar”.

Cofe

hebraico: 1 letra do alfabeto hebraico, macaco

Cofe V. ALFABETO HEBRAICO 19.

Dias

substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Espiar

espionar, espreitar. – Da diferença notada entre espia e espião provém a diferença que se deve notar entre espiar e espionar. Quem espia procura ver e observar disfarçadamente para proveito próprio, ou para algum fim, que lhe interesse. Quem espiona faz o papel de espião, procura ver e ouvir, espia por incumbência de outrem, por paga ou por ofício. – Entre espiar e espreitar nota-se a diferença que consiste em espiar dizer apenas que se procura seguir para observar, sem que o espiado saiba disso, ou de modo que só venha a sabê-lo depois de traído; e espreitar sugere ideia de emboscada, de bote armado às ocultas, de traição para prender, para apanhar, etc. O bandido espreita no caminho o viandante, para o matar ou roubar. A polícia espia um sujeito perigoso (segue-lhe os passos para saber o que anda fazendo).

verbo transitivo direto Observar (algo ou alguém) de modo secreto, sem que alguém perceba, com o propósito de conseguir informações; espionar.
[Brasil] Olhar: espiavam o filho, enquanto o mesmo dormia.
Aguardar por; esperar.
verbo transitivo direto e intransitivo Olhar secretamente; ver às escondidas: espiavam o menino pela.
Janela; espiavam (alguém) durante o evento.
Etimologia (origem da palavra espiar). Talvez do gótico spaíhôn.
verbo transitivo direto Fixar ou prender com espia; segurar utilizando um cabo.
Etimologia (origem da palavra espiar). De origem controversa.

Fim

substantivo masculino Circunstância que termina outra: fim de um livro.
Extremidade no tempo e no espaço: fim do ano.
Interrupção de; cessação: o fim de uma luta.
Perda da existência; morte, desaparecimento: sentir chegar o fim.
Objetivo para o qual se tende; intenção: alcançar seus fins.
Parte que está no final de; final: fim de semana.
O que motiva ou determina algo; motivo, razão: fins lucrativos.
Destino: o fim do homem.
expressão Pôr fim a. Terminar, concluir: pôs fim ao casamento.
locução prepositiva A fim de. Com a intenção de; para: casou a fim de ser feliz.
locução adverbial Por fim. Finalmente: por fim, apresento os resultados da tese.
Etimologia (origem da palavra fim). Do latim finis.is.

O fim é aquilo que se pretende realizar na vida real, quer no campo empírico, quer no meio social, quer na educação. Por exemplo, o fim do educador espírita é o desenvolvimento da espiritualidade do educando. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -


Maneira

substantivo feminino Modo ou método particular de fazer alguma coisa; jeito.
Caráter pessoal que o artista atribuí à sua obra.
Abertura lateral ou posterior das saias, permitindo que elas passem pelos ombros ou pelos quadris.
Aparência externa; feição.
substantivo feminino plural Modos corteses, educados de proceder ou de falar em sociedade; compostura e afabilidade no trato: boas maneiras.
locução prepositiva À maneira de. Do mesmo modo que: ele filmou os acontecimentos à maneira de uma câmera fotográfica.
locução conjuntiva De maneira que. Do modo como: podemos esculpir essa massa da maneira que quisermos.
Etimologia (origem da palavra maneira). Do latim manaria, manuaria; feminino de manuarius.a.um.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Passos

masc. pl. de passo

pas·so 2
(latim passus, -a, -um, particípio passado de pando, -ere, estender, abrir, mostrar, expor ao sol)
adjectivo
adjetivo

Que secou ao sol ou a que se retirou humidade (ex.: figos passos, uvas passas). = PASSADO, SECO

Confrontar: paço.

pas·so 3
(latim passus, -a, -um, particípio passado de patior, pati, suportar, sofrer)
adjectivo
adjetivo

Antigo Que sofre. = SOFREDOR

Confrontar: paço.

pas·so 1
(latim passus, -us, afastamento das pernas)
nome masculino

1. Acto de mover um pé a seguir ao outro para andar.

2. Espaço percorrido de cada vez que se estende ou se põe um pé adiante do outro.

3. Acto de passar de uma parte para outra.

4. Modo de andar. = ANDAMENTO, MARCHA

5. Som produzido pelo acto de caminhar.

6. [Militar] Cada um dos vários modos de marchar.

7. Andamento (do cavalo ou do muar) mais lento que o trote.

8. Cada uma das diferentes posições do pé na dança.

9. Lugar ou sítio por onde se passa de uma parte para outra. = ABERTA, ESTREITO, PASSAGEM

10. Vestígio ou sinal do pé no terreno. = PEGADA

11. Medida antiga equivalente a dois pés e meio ou 82 centímetros.

12. Figurado Procedência.

13. Lance ou sucesso digno de reparo.

14. Adiantamento, progresso.

15. Esforço, diligência, trabalho. (Mais usado no plural.)

16. Acção ou acto da vida ou procedimento do homem.

17. Cada uma das fases de um processo. = ETAPA

18. Coisa que causa riso ou estranheza.

19. Episódio ou parte de uma obra literária ou de outro texto ou discurso. = EXCERTO, PASSAGEM, TRECHO

20. Cada um dos episódios da paixão de Cristo.

adjectivo
adjetivo

21. Representação de um desses episódios.

advérbio

22. Devagar e sem fazer ruído.


a cada passo
A cada momento.

a dois passos
A curta distância; proximamente, com pequeno intervalo, pouco depois.

ao mesmo passo
Conjuntamente, simultaneamente.

ao passo que
À medida que, à proporção que, ao mesmo tempo. = ENQUANTO

Indica contraste ou oposição. = ENQUANTO

a passos agigantados
O mesmo que a passos largos.

a passos contados
Vagarosamente; pouco a pouco mas sensivelmente e de modo visível.

a passos descansados
O mesmo que a passos lentos.

a passos largos
Aceleradamente, depressa.

a passos lentos
Lentamente, demoradamente.

a poucos passos
O mesmo que a dois passos.

ceder o passo a
Deixar passar adiante.

Reconhecer superioridade.

contar os passos
Andar devagar.

dar um passo
Tomar uma resolução, empreender qualquer coisa.

e troca o passo
Usa-se para indicar a segunda parte de uma data sem um ano definido, geralmente em relação a datas consideradas antigas (ex.: isso é de mil novecentos e troca o passo).

marcar passo
Ficar no mesmo lugar.AVANÇAR

passo a passo
Lentamente.

passo geométrico
Medida de cinco pés.

passo livre
Desembaraçado de perigos ou inimigos.

ser um passo
Ser uma coisa divertida.

travar o passo
Andar a passo miúdo e apertado.

Confrontar: paço.

Ruas

fem. pl. de rua

ru·a
nome feminino

1. Via ladeada de casas (nas povoações).

2. [Por extensão] Os habitantes de uma rua; a plebe.

3. Álea e, em geral, todo o espaço por onde se pode caminhar num jardim ou horta.

interjeição

4. Expressão usada para afastar ou mandar embora. = FORA


Vindo

adjetivo Chegado; que apareceu, surgiu, veio ou chegou.
Procedente; que teve sua origem em: clientes vindos da China; carro vindo de Paris.
Etimologia (origem da palavra vindo). Do latim ventus.a.um.

vindo adj. 1. Que veio. 2. Procedente, proveniente, oriundo.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(Os caldeus)
Lamentações de Jeremias 4: 18 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

(Os caldeus) caçaram os nossos passos, de maneira que não podíamos andar pelas nossas ruas; está chegado o nosso fim, estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim.
Lamentações de Jeremias 4: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3117
yôwm
יֹום
dia
(Day)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H4390
mâlêʼ
מָלֵא
encher, estar cheio
(and fill)
Verbo
H6679
tsûwd
צוּד
e pegue
(and take)
Verbo
H6806
tsaʻad
צַעַד
passo, ritmo, passo largo
(paces)
Substantivo
H7093
qêts
קֵץ
fim
(in the course)
Substantivo
H7126
qârab
קָרַב
chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
(he had come near)
Verbo
H7339
rᵉchôb
רְחֹב
()
H935
bôwʼ
בֹּוא
ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
(and brought [them])
Verbo


הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

יֹום


(H3117)
yôwm (yome)

03117 יום yowm

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

  1. dia, tempo, ano
    1. dia (em oposição a noite)
    2. dia (período de 24 horas)
      1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
      2. como uma divisão de tempo
        1. um dia de trabalho, jornada de um dia
    3. dias, período de vida (pl.)
    4. tempo, período (geral)
    5. ano
    6. referências temporais
      1. hoje
      2. ontem
      3. amanhã

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

מָלֵא


(H4390)
mâlêʼ (maw-lay')

04390 מלא male’ ou מלא mala’ (Et 7:5)

uma raiz primitiva; DITAT - 1195; v

  1. encher, estar cheio
    1. (Qal)
      1. estar cheio
        1. plenitude, abundância (particípio)
        2. estar cheio, estar completo, estar terminado
      2. consagrar, encher a mão
    2. (Nifal)
      1. estar cheio, estar armado, estar satisfeito
      2. estar concluído, estar terminado
    3. (Piel)
      1. encher
      2. satisfazer
      3. completar, terminar, concluir
      4. confirmar
    4. (Pual) estar cheio
    5. (Hitpael) reunir-se contra

צוּד


(H6679)
tsûwd (tsood)

06679 צוד tsuwd

uma raiz primitiva; DITAT - 1885; v.

  1. caçar
    1. (Qal) caçar
    2. (Poel) caçar, perseguir obstinadamente
    3. (Hitpael) fazer provisão

צַעַד


(H6806)
tsaʻad (tsah'-ad)

06806 צעד tsa ad̀

procedente de 6804; DITAT - 1943a; n. m.

  1. passo, ritmo, passo largo
    1. passo, ritmo
    2. passo, passos (referindo-se ao curso da vida) (fig.)

קֵץ


(H7093)
qêts (kates)

07093 קץ qets

forma contrata procedente de 7112, uma extremidade; DITAT - 2060a; n. m.

  1. fim
    1. fim, no fim de (referindo-se ao tempo)
    2. fim (referindo-se ao espaço)

קָרַב


(H7126)
qârab (kaw-rab')

07126 קרב qarab

uma raiz primitiva; DITAT - 2065; v.

  1. chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
    1. (Qal) aproximar, vir para perto
    2. (Nifal) ser trazido para perto
    3. (Piel) levar a aproximar, trazer para perto, fazer vir para perto
    4. (Hifil) trazer para perto, trazer, presentear

רְחֹב


(H7339)
rᵉchôb (rekh-obe')

07339 רחב r echob̂ ou רחוב r echowb̂

procedente de 7337; DITAT - 2143d; n. f.

  1. lugar ou praça ampla ou aberta

בֹּוא


(H935)
bôwʼ (bo)

0935 בוא bow’

uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

  1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    1. (Qal)
      1. entrar, vir para dentro
      2. vir
        1. vir com
        2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
        3. suceder
      3. alcançar
      4. ser enumerado
      5. ir
    2. (Hifil)
      1. guiar
      2. carregar
      3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
      4. fazer suceder
    3. (Hofal)
      1. ser trazido, trazido para dentro
      2. ser introduzido, ser colocado