Enciclopédia de Ezequiel 16:62-62

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 16: 62

Versão Versículo
ARA Estabelecerei a minha aliança contigo, e saberás que eu sou o Senhor,
ARC Porque eu estabelecerei o meu concerto contigo, e saberás que eu sou o Senhor;
TB Eu estabelecerei a minha aliança contigo e saberás que eu sou Jeová,
HSB וַהֲקִימוֹתִ֥י אֲנִ֛י אֶת־ בְּרִיתִ֖י אִתָּ֑ךְ וְיָדַ֖עַתְּ כִּֽי־ אֲנִ֥י יְהוָֽה׃
BKJ E eu estabelecerei o meu pacto contigo, e saberás que eu sou o SENHOR;
LTT Porque Eu estabelecerei a Minha aliança contigo, e saberás que Eu sou o SENHOR;
BJ2 Desta maneira, serei eu que restabelecerei a minha aliança contigo[c] e saberás que eu sou Iahweh,
VULG Et suscitabo ego pactum meum tecum, et scies quia ego Dominus :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 16:62

Jeremias 24:7 E dar-lhes-ei coração para que me conheçam, porque eu sou o Senhor; e ser-me-ão por povo, e eu lhes serei por Deus, porque se converterão a mim de todo o seu coração.
Ezequiel 6:7 E os traspassados cairão no meio de vós, para que saibais que eu sou o Senhor.
Ezequiel 16:60 Contudo, eu me lembrarei do meu concerto que contigo fiz nos dias da tua mocidade; e estabelecerei contigo um concerto eterno.
Ezequiel 20:37 E vos farei passar debaixo da vara e vos farei entrar no vínculo do concerto;
Ezequiel 20:43 E ali vos lembrareis de vossos caminhos e de todos os vossos atos com que vos contaminastes e tereis nojo de vós mesmos, por todas as vossas maldades que tendes cometido.
Ezequiel 39:22 E saberão os da casa de Israel que eu sou o Senhor, seu Deus, desde aquele dia em diante.
Daniel 9:27 E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.
Oséias 2:18 E, naquele dia, farei por eles aliança com as bestas-feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra e os farei deitar em segurança.
Joel 3:17 E vós sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jerusalém será santidade; estranhos não passarão mais por ela.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
6. A Esposa Infiel (Ez 16:1-63)

Esse capítulo consiste em uma alegoria detalhada de Jerusalém como filha rejeita-da (1-7) de quem o Senhor cuidou na infância e com quem se casou na sua juventude, mas que se torna uma esposa infiel. Teríamos dificuldades de ler partes desse capítulo em público. No entanto, ele pode servir como ilustração para o pecado da ingratidão e do amor contínuo de Deus por aqueles que o abandonam e vão atrás de outros amantes. A figura de Deus como Marido não era usada com freqüência naquela época, mas temos alguns exemplos dessa situação; e.g., em Oséias e em Cantares de Salomão, se forem interpretados de forma alegórica.
O profeta traça a história de Israel e explica por que o povo precisa ser julgado. Sua ascendência é mista (3) e, portanto, considerada de categoria inferior. Como era comum fora de Israel, especialmente no caso de bebês do sexo feminino, essa criança (o povo) foi levada ao campo, para ali morrer. Nem tampouco foste esfregada com sal refere-se a um costume, ainda praticado no Oriente, de esfregar o recém-nascido com sal, significando a dedicação a Deus. Mas o Senhor viu essa criança e teve compaixão dela. Quando ela se tornou uma bela donzela, Ele se casou com ela. Alcançaste gran-de formosura (7) significa: "alcançou a condição de mulher" (Moffatt). E te calcei com pele de texugo (10) provavelmente significa "colocou sapatos de couro em seus pés" (Basic Bible). Depois do seu casamento ela se tornou ainda mais gloriosa quanto à sua beleza e força — uma possível referência à glória de Israel durante os reinados de Davi e Salomão.

Mas pasmem! Depois de todo esse amor derramado sobre ela, e depois de crescer em beleza e status, ela abandonou Aquele que a havia resgatado como uma criança rejeitada. A natureza essencial do pecado, do "eu em lugar de Deus", é descrita nos versículos 14:15: Atua fama [...] era perfeita, por causa da minha glória [...] Mas confiaste na tua formosura. Ela se prostituiu (15), i.e., voltou-se para a idolatria e fez imagens das suas jóias, do ouro e da prata (17) que tinham sido dados a ela. Ela tornou-se ainda pior do que a prostituta profissional que vende o seu corpo para ga-nhar a vida (31). Israel não tinha motivo para adorar ídolos depois de toda revelação que havia recebido de Deus. A natureza da adoração falsa de Israel chegava a ponto de sacrificar os próprios filhos (20-21) e edificar altares pagãos em lugares altos (24-25, 31). Ela havia adotado das nações vizinhas toda adoração pagã pela qual se sentia atraída: dos filhos do Egito (26), dos filhos da Assíria (28) e dos cananeus (29). Mesmo os filisteus pagãos se envergonhariam do seu caminho depravado (27). Toda essa pecaminosidade se espalhou até a Caldéia (29), não se restringindo apenas à cidade de Jerusalém, que cairia em breve.

Por causa de todo esse dinheiro (36; "lascívia", ARA) derramado, Deus derramará sobre ela a fúria da sua ira santa (37-41). Essa figura para o castigo de Judá é o castigo imposto à esposa infiel em Israel. Visto que seus pecados eram maiores do que os de Sodoma, sua irmã (48), seu castigo será maior que o de Sodoma. Seus pecados eram mais graves que os de Sodoma, em parte porque foram cometidos apesar do grande amor que havia sido derramado sobre ela. A nota geográfica do versículo 46 tem em mente o leitor parado em Jerusalém com seu rosto voltado para a Babilônia que ficava ao leste de Jerusalém. Nessa posição, Samaria ficava ao norte à esquerda e Sodoma ficava ao sul à mão direita. Sodoma provavelmente ficava na adjacência do mar Morto. Acredita-se que hoje ela está encoberta pela água (veja mapa 1).

Mas Deus é um Deus de misericórdia. Ele é santo. Ele é justo e requer justiça do seu povo. No entanto, ele mostrará misericórdia quando Israel se envergonhar (61, "confun-dir") do seu grande pecado. Nessa época, ele restabelecerá seu concerto [...] e saberás que eu sou o SENHOR (62). O seu perdão será tão completo que, depois que Israel rece-ber esse perdão, nunca mais precisará abrir a sua boca para dizer qualquer coisa acerca da vergonha que sentia (63). Isso provavelmente significa que hoje, depois que uma pessoa recebe o perdão, ela não deveria contar em seu testemunho qualquer detalhe negativo ou vergonhoso dos pecados dos quais foi perdoada.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
*

16.1-63

Ezequiel conta a história de uma criança não desejada, o casamento dela e a sua infidelidade. Oséias usou o matrimônio como analogia do relacionamento segundo a aliança entre Deus e Israel (Os 1—3; ver também Ef 5:22-33; Ap 19:7; 21:2,9). O discurso de Ezequiel parece ter uma base judicial; ele declarou a acusação de Deus contra a nação, desde os seus primeiros dias até os tempos dessa profecia.

* 16:3

o teu nascimento. Originalmente, Jerusalém era uma cidade pagã; seus primeiros habitantes são descritos como amorreus, cananeus, jebuseus e heteus (v.45; Gn 10:15,16; Js 10:5; Jz 1:21; 19:10; 2Sm 5:6). Quanto a esse respeito, a cidade não era diferente dos patriarcas, que eram de origem pagã síria (Dt 26:5; Js 24:14).

* 16:5

foste lançada. As crianças não desejadas eram freqüentemente abandonadas e deixadas ao léu para morrerem. A menina recém-nascida que Ezequiel descreve foi abandonada antes mesmo de ter sido lavada.

* 16:7

cresceste. A criança não desejada cresceu até tornar-se uma donzela bonita. O início da puberdade aparece com o desenvolvimento de seus seios (conforme 23,3) e de seus cabelos; mais tarde, a menina atingiu a idade dos amores (v.8).

* 16:8

estendi sobre ti as abas do meu manto. Ver referência lateral. Cobrir uma mulher com o manto simbolizava o começo das relações conjugais (Rt 3:9). "Descobrir" essa relação é violá-la (Dt 22:30).

dei-te juramento. O relacionamento de aliança entre Deus e Israel fora selado com um juramento: "vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus" (36.28; Lv 26:12; Jr 11:4; 30:22; contrastar com Os 1:9). Quanto ao juramento divino, ver Gn 15:7-21; 26:3; Dt 1:8.

* 16.9-14

A enjeitada se tornara uma rainha. Ela recebera todos os cuidados que lhe tinham faltado ao nascer, e mais ainda. Sua vida, sua posição social, sua riqueza e sua beleza, todas se derivavam do dom gracioso daquele que a tinha escolhido.

* 16:17 Tudo quanto a enjeitada que se fizera rainha tinha recebido de seu amoroso marido e rei, agora, se transformara em lascívia e promiscuidade (conforme Dt 6:10-12). As ações dela demonstravam a irracionalidade do pecado: não havia razão sã para tal conduta.

* 16:20

os sacrificaste. Quanto à prática de sacrifício infantil em Israel e nos países circunvizinhos, ver v.36; 20.31; Gn 22:2,13; Lv 18:21; 20.2-5; Dt 12:31; 18:10; 2Rs 16:3; 17:17; 21:6; 23:10; Sl 106:37,38; Jr 32:35; Mq 6:7. Em Jerusalém, essas práticas estiveram associadas ao vale do Filho de Hinom, ao sul da cidade.

* 16:26

te prostituíste. A falha de Israel, por não obedecer a Deus, não era apenas uma questão de idolatria descarada. Alianças com potências estrangeiras também foram consideradas como prova de falta de confiança em Deus, em face de dificuldades políticas. Tais alianças eram uma violação da lealdade de Israel exclusivamente ao Senhor (conforme 23.7; 29.16; Is 7; 8; 30; 31; Jr 2:36,37; 22.20-22; Os 7:11-13). O autor dos livros de Crônicas enfatiza esse ponto de modo especial (2Cr 14:9-15; 16.1-9; 19:1,2; 20; 25.6-8,28).

* 16:37

ajuntarei todos... contra ti. Judá havia buscado a lealdade e o afeto de seus amantes; ao invés disso, porém, eles tornaram-se o instrumento de sua humilhação e castigo. Embora as nações tivessem sido usadas por Deus para castigar o seu povo, elas levariam a culpa dos pecados que também haviam cometido (cap. 25; Is 10:5,12; Zc 1:14,15); ver nota em 14.9.

descobrirei as tuas vergonhas. A degradação pública mediante a exposição da nudez de prostitutas e adúlteras também é mencionada em Jr 13:22,26; Os 2:10; Na 3.5.

* 16:38

Julgar-te-ei... as sanguinárias. Quanto à ira de um marido ciumento, ver Pv 6:34. As riquezas e as vestes da mulher lhe seriam tomadas, e ela seria deixada tão nua como quando a história começou. Ela seria coberta não com o sangue do parto (v.6), mas com o sangue de seus ferimentos. O adultério era uma ofensa capital, punido com o apedrejamento (Lv 20:10; Dt 22:21-24; conforme Jo 7:53-8.11).

* 16:41

Queimarão. Ver 23.47; conforme Jr 32:29; 34:22; 37:8; 38:18. Uma grande parte da cidade de Jerusalém foi incendiada pelo exército babilônico (Jr 39:8).

* 16:44

o que usa de provérbios. Ezequiel, por mais de uma vez, referiu-se a provérbios populares (12.21-28; 18).

* 16:45

hetéia... amorreu. É assumida aqui a depravação moral dos hititas e dos amorreus; conforme o v.3.

* 16:49

Sodoma. Os leitores da Bíblia geralmente pensam nos pecados de Sodoma como principalmente sexuais (Gn 19:5-9), mas Ezequiel acusou a cidade de materialista e de negligência quanto aos pobres e necessitados. Jesus fez uma comparação semelhante com Cafarnaum, em Mt 11:23,24. Os pecados de Jerusalém ultrapassaram os pecados de suas irmãs, as cidades próximas.

* 16:60

uma aliança eterna. Uma vez mais, Jerusalém terá a primazia sobre as suas irmãs, mas não à base da anterior relação de aliança entre Deus e a cidade. Haverá uma nova aliança, um novo relacionamento entre Deus e a cidade, no futuro. O próprio Deus fará expiação pelos pecados da cidade.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
16.1ss Esta mensagem recorda a Jerusalém a respeito de sua anterior condição de menosprezo entre as nações cananeas. Utilizando a linguagem figurada de uma menina pequena que cresce até converter-se em uma mulher amadurecida, Deus lhe recorda que a levantou de um nível muito baixo a uma grande glorifica como sua esposa. Entretanto, traiu a confiança que Deus tinha posto nela e se prostituyó entre as nações pagãs adotando seus costumes. Se o deixarmos a Deus fora para algo, até a educação, a família, a carreira ou o prazer, estamo-lo abandonando da mesma forma.

16:3 Canaán era o nome antigo do território tomado pelos filhos do Israel. A Bíblia freqüentemente utiliza este nomeie para referir-se a todas as nações pagãs e corruptas da região. Haja-os lhe Os e os amorreos, duas nações cananeas, eram conhecidas por sua maldade. Mas agora Deus diz a seu povo que não é melhor que os cananeos.

16:15 Deus se preocupou e amou ao Judá, solo para vê-lo ir-se em detrás de outras nações e seus deuses falsos. A nação tinha crescido à maturidade e se tinha voltado famosa, mas se esqueceu de quem lhe tinha dado a vida (16.22). Esta é uma ilustração de adultério espiritual (chamado apostasia: apartar do único Deus verdadeiro). Na medida em que você se volta sábio e mais amadurecido, não se além do Unico que realmente o ama.

16:20, 21 Os cananeos praticaram o sacrifício de meninos antes de que o Israel invadisse sua terra. Entretanto, estava estritamente proibido Por Deus (Lv 20:1-3). Em tempos do Ezequiel, não obstante, o povo estava sacrificando abertamente a seus próprios filhos (2Rs 16:3; 2Rs 21:6). Jeremías confirmou que esta era uma prática usual (Jr_7:31; Jr 32:35). devido a tais atos perversos entre o povo e o sacerdócio, o templo já não era um lugar no que Deus pudesse habitar. Quando Deus abandonou o templo, deixou de ser o guia e o protetor do Judá.

16:27 As ações dos judeus eram tão repugnantes que inclusive aqueles que adoravam a outros deuses, incluindo a seu grande inimigo, os filisteus, envergonhariam-se de comportar-se dessa maneira. Os judeus os superaram em suas maldades.

16.44-52 A cidade da Sodoma, um símbolo de corrupção total, foi completamente destruída Por Deus devido a sua maldade (Gn 19:24-25). Samaria, a capital do que tinha sido o reino do norte (Israel), foi desprezada e rechaçada pelos judeus do Judá. Que a chamassem irmã da Samaria e Sodoma já era o bastante mau, mas que a chamassem mais corrupta que Samaria significava que os pecados do Judá eram uma abominação inexprimível e que sua condenação era inevitável. Consideraram-na pior não porque seus pecados fossem piores, mas sim porque sabia melhor que ninguém o que não se devia fazer. Baixo essa perspectiva, nós que vivemos em uma era onde a mensagem de Deus é bem claro para nós por meio da Bíblia, seremos piores que Judá se continuarmos em pecado! (veja-se também Mt 11:20-24).

16:49 É muito fácil assinalar com o dedo a Sodoma, especialmente por seus terríveis pecados sexuais. Ezequiel recordou ao Judá, entretanto, que a Sodoma a destruíram por sua soberba, ociosidade, gulodice e por esquecer ao necessitado que estava a seu alcance. É fácil ser seletivo em quão pecados consideramos grosseiros. Se não cometermos esses pecados tão horríveis como adultério, homossexualidade, roubo ou assassinato, podemos pensar que vivemos com retidão. Não obstante, o que acontece pecados tais como soberba, ociosidade, gulodice e indiferença ante os necessitados? Possivelmente estes pecados não sejam tão estremecedores como os outros, mas também Deus os prohíbe.

16.59-63 Apesar de que o povo tinha quebrado suas promessas e não mereciam mais que castigo, Deus não quebrantaria as suas. Se o povo retornava ao, uma vez mais os perdoaria e renovaria seu pacto. Esta promessa se cumpriu quando Jesus pagou pelos pecados da humanidade com sua morte na cruz (Hb_10:8-10). Ninguém está longe do alcance do perdão de Deus. Embora não nos merecemos mais que castigo por nossos pecados, os braços de Deus seguem estendidos. Não romperá sua promessa de nos dar salvação e perdão se nos arrependermos e nos voltamos para O.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63

7. Parábola da Mulher Infiel (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
16.3 A tua origem. Tudo que restava de Israel na época era Judá, e de Judá só restava a cidade de Jerusalém, já com brechas e despovoada. Ora, aquela Jerusalém nada mais era do que uma cidade pagã, cananita, que o rei Davi conquistara e, se ainda tinha alguma glória, era a graça divina que lhe concedia.

16.8 As abas. Símbolo de aceitar em casamento (Rt 3:9).

16.10 De animais marinhos, o couro mais fino da época era o de focas.
16.13 Nutriste-te. Esta linguagem simbólica mostra que as riquezas da agricultura da Palestina provinham da graça de Deus para com Seu povo escolhido. Isto é importante, porque os nativos habitantes daquela terra eram pagãos que, como parte da técnica agrícola, celebravam ritos imorais para, segundo os princípios da magia e da feitiçaria, tornar a terra tão fértil como eram as sacerdotisas assim prostituídas.

16.15 Confiaste. A essência do paganismo consiste em não confiar em Deus, mas sim na capacidade humana, nos ritos e nas cerimônias por intermédio dos quais imagina-se que o homem vá controlar e dominar as forças sobrenaturais do universo. Se o ser humano tem alguma virtude da qual pode-se jactar, esta provém tão-somente da graça de Deus (Jc 1:17). Lascívia. Nossas qualidades e nossos bens pertencem-nos para melhor servirmos a Deus e aos homens; nossas emoções e nosso intelecto existem para entrarmos em contato com Deus. Se desviarmos esses dons da sua finalidade especifica, estaremos em piores condições do que a mais desprezada prostituta.

16.17 Que eu te dei. O ouro usado para fazer o bezerro no deserto foi concedido ao povo de Deus pela intervenção divina no meio dos egípcios (Êx 12:36). Compare Lc 15:12-14. 16.20 Teus filhos. Os filhos do povo de Israel eram consagrados a Deus, e pertenciam-lhe individualmente. Oferecê-los em sacrifício aos ídolos era o cúmulo da infidelidade religiosa.

16.26 Os filhos do Egito. Os profetas sempre consideravam as licenças políticas, para obter poder e segurança material, como uma infidelidade a Deus, que já mostrara claramente seu poder em livrar os israelitas da escravidão do Egito, ajudando-os a lançar sete nações poderosas fora do território de Canaã, que Deus lhes tinha reservado.

16 30 Meretriz descarada. A linguagem que, Ezequiel está usando parece ser forte e violenta. Mais fortes e violentas, porém, são as atitudes pecaminosas dos que deliberadamente se recusam a seguir no caminho que Deus preparou para cada ser humano que nasce no mundo (conforme Sl 84:5; Ef 2:10.

16.31 Prostíbulo. Os lugares ande se praticava a idolatria, que já é uma prostituição, e, ao mesmo tempo, prostituição física, que era parte do culto aos ídolos de Canaã.

16.33 Longe de receber bênçãos dos ídolos, e adorá-los por isso, o povo de Israel dava, em oferta aos ídolos, todos os seus bens, os quais obtiveram pela misericórdia de Deus.
16.37 A nação infiel se tornara um espetáculo de escárnio entre as nações do mundo.
16.39 Elevados altares. Até os melhores reis de Judá não conseguiram remover esses altares. A espada do inimigo seria o bisturi para extrair o câncer desse pecado nacional.

16.41 Muitas mulheres. A aplicação da alegoria é que Jerusalém, ao ser destruída pelos caldeus, teria de sofrer humilhação nas mãos de muitas nações vizinhas, como de fato aconteceu.

16.42 Extirpar o pecado é uma maneira de satisfazer a justiça de Deus, mas há outra alternativa: é a justificação graciosa do pecador, pelos merecimentos de Cristo; Ele é a satisfação das exigências da justiça Divina; quem aceita, pela fé, a salvação concedida por Cristo, tem a paz com Deus, e sente a plenitude do seu amor, aqui e por toda a eternidade.
16.43 Mocidade. Símbolo da época na qual Israel era uma nação recém-nascida, quando surgiu da escravidão no Egito (Dn 11:1).

16.45 Tua mãe. A mãe daquela nação foi a terras de Canaã. Os israelitas tinham líderes e profetas desde o tempo de Moisés, mas, mesmo assim, abraçaram a cultura e os costumes das nações pagãs, que precisavam ser expelidas da terra para poder se constituir uma nação santa. Hetéia... amorreu. Já que a nação israelita abraçara os costumes do paganismo; podia ser considerada fiel descendente das duas mais fortes nações das vizinhanças, e não herdeira da fé e da fidelidade de Abraão e de Sara.

16.46 Samaria. A capital das dez tribos do norte, que foram levadas ao cativeiro na Assíria, um século e meio antes, em 722 a.C. A nação se denominava Israel, durante os dois séculos da sua separação da tribo de Judá, mas, visto que a palavra Israel se refere aos descendentes de Jacó, Samaria passou a significar a nação do Norte desde o tempo da sua destruição, e do seu repovoamento com elementos pagãos importados da região da Assíria.

16 49 Nota-se que o pecado carnal pelo qual o nome de Sodoma se caracterizou nem se menciona aqui (Gn 19:1-11). É que a soberba, o materialismo, a falta de compaixão e de justiça social são pecados que automaticamente levam uma nação a pecados que são mais visivelmente ignominiosos.

16 52 Advogaste. Em termos de comparação humana, o homem menos ignorante, menos pecaminoso, merece o respeito dos demais. Nesse sentido, Jerusalém justifica as demais nações.
16.60 Aliança eterna. O povo de Israel aceitou várias alianças com Deus, baseadas na obediência humana, que é falha; a nova aliança se baseará nos méritos de Jesus Cristo, que são eternos (1Co 11:25; 2Co 3:142Co 3:14).

• N. Hom. 16.63 Quando se estabelecer a nova aliança, pela qual um membro de qualquer nação poderá aproximar-se de Deus (não, porém, pela aliança concedida aos judeus, v. 61), quando a sorte dos descendentes das várias nações arruinadas pelo julgamento divino se restaurar pela graça divina (53-55), só então é que haverá o verdadeiro arrependimento, o coração quebrantado do homem que sente que seu pecado custou o sacrifício do Filho de Deus, e que vê que o amor divino não negou o supremo sacrifício em prol do pecador indigno (Rm 5:8; Rm 8:32).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
V ALEGORIA E EVENTO (16.1—19.14)


1) A noiva infiel (16:1-63)
A delinqüência de Jerusalém é agora retratada em uma alegoria poderosa e, aliás, revoltante. A cidade é comparada a uma menina bebê exposta no nascimento sem o mínimo de atenção. Javé se compadeceu dela, adotou-a e a criou e, quando se tornou núbil, fez dela sua noiva, enfeitando-a com ornamentos e roupas de rainha. Mas, em vez de mostrar gratidão e fidelidade, ela se voltou para a prostituição e cometeu fornicação com estranhos — egípcios, assírios e caldeus — seduzindo-os e até mesmo subornando-os a se tornarem seus amantes (v. 1-34). Na vida real, uma mulher dessas não escaparia do castigo reservado para uma adúltera: exposição e apedrejamento públicos (v. 35-43a). As irmãs de Jerusalém, Samaria e Sodoma, tinham se comportado de forma vergonhosa e haviam sido castigadas por isso; mas, em comparação com a sua conduta ultrajante, a das irmãs parecia realmente inocente. Tanto mais certo e esmagador seria o seu castigo (v. 43b-52).
No entanto, para Jerusalém, como para Samaria e Sodoma, havia esperança de restauração final. Javé em sua graça lembraria da sua aliança com ela e iria restabelecê-la perpetuamente, embora ela tivesse violado o seu juramento a ele (v. 53-63).

A imagem da aliança de Javé com o seu povo em termos de laços de casamento aparece em Dn 2:4,Dn 2:5 e Jr 2:2 (conforme também Is 50:1Is 54:6,Is 54:7; Is 62:4,Is 62:5). O precedente de Oséias em particular parece ter influenciado Ezequiel: lá, como aqui, a apostasia e idolatria por parte do povo de Javé são estigmatizadas como fornicação e adultério (conforme Jr 2:20-24; Is 39:1-23). v. 30. descarada-, “imperiosa” (ARC, ACF) está mais próximo do sentido original (“mando-na”, talvez), v. 33. você dá presentes a todos os seus amantes-, na verdade, os “presentes” enviados aos aliados estrangeiros por meio dos tributos, mas na alegoria a prostituta é retratada como alguém que de forma absurda contrata os seus amantes, em vez de ser contratada por eles (v. 34).

v. 36. Assim diz o Soberano, o Senhor...: o castigo da esposa que se tornou prostituta é formulado de forma mais concisa em Dn 2:3; aqui ele é elaborado, e a cada aspecto da sua infidelidade corresponde um aspecto do castigo (acerca da morte por apedrejamento, conforme Dt 22:21).

v. 44. Tal mãe, tal filha: Jerusalém é uma filha digna daqueles antigos habitantes de Canaã a quem a terra “vomitou” por causa das suas abominações (Lv 18:25,28). v. 46. Sua irmã mais velha era Samaria [...] sua irmã mais nova [...] era Sodoma: a conduta de Samaria, embora suficientemente culpável para que sofresse o desastre, era menos culpável do que a conduta de Jerusalém (conforme 23.4,11; Jr 3:6-24). Parece estranho tratar Sodoma como irmã de Jerusalém e Samaria, mas ela compartilhava os mesmos ancestrais cana-neus, sendo “mais nova” no sentido de “menor”. Acerca de uma comparação favorável de Sodoma com cidades de Israel, conforme Mt 10:15,Mt 11:24. v. 47. Você não apenas andou...: com uma formulação superior, a NEB traduz assim: “Você não se comportou da mesma forma que elas, cometendo as mesmas abominações?” v. 51. Samaria não cometeu a metade dos pecados que você cometeu: conforme a representação alegórica de Samaria e Jerusalém como Oolá e Oolibá em 23:1-49.

v. 53. eu restaurarei a sorte [...] e a sua sorte junto com elas: até mesmo para Jerusalém haveria restauração, assim como para Samaria e Sodoma, quando a vergonha diante do seu estado desgraçado representado de forma alegórica nos v. 35-43a a levaria ao arrependimento. v. 56. Você nem mencionaria o nome de sua irmã Sodoma...: de fato, uma situação deplorável, em que a antes não mencionável Sodoma foi desbancada como o exemplo de maldade pela cidade de Deus, e isso nos lábios dos pagãos, os filisteus e edomitas!

v. 60. eu me lembrarei da aliança que fiz com você nos dias da sua infância: no início da peregrinação pelo deserto (conforme Ex 24:3-8; Jr 2:2Jr 2:3). com você estabelecerei uma aliança eterna: cf.

11.19,20 (em que a palavra “aliança” não é usada); 2Sm 23:5; Is 55:3. n. 61. Eu as darei a você como filhas: Jerusalém vai recuperar a sua condição de cidade-mãe do povo de Deus (conforme Gl 4:26). não porém com base em minha aliança com você: mas por meio de um novo ato divino de pura graça. v. 62,63. você saberá que eu sou o Senhor [...] quando eu fizer propiciação em seu favor por tudo o que você tem feito: porque Deus é “rico em misericórdia” (Ef 2:4,Sl 130:8; Mq 7:18-33).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63

Ezequiel 16


4) A Alegoria da Enjeitada. Ez 16:1-63; Jr 3:1-5).

Possivelmente Ezequiel usou uma fábula conhecida e a desenvolveu em uma alegoria, de acordo com o gosto oriental. A cidade de Jerusalém, uma criança enjeitada de origem desconhecida, foi deixada à beira da estrada para morrer. Mas foi recolhida pelo Senhor, que se transforma no seu benfeitor (vs. Ez 16:1-7). Tendo crescido e se tornado uma linda moça, ela se casa com o seu benfeitor e se torna a sua consorte real (vs. Ez 16:8-14). A orgulhosa rainha se comprova ser totalmente infiel e adúltera com os cananeus e outros pagãos (vs. Ez 16:15-34). O castigo para tal conduta, que está descrita nos versículos 35:43, está justificado, uma vez que a sua depravação é pior do que a de suas duas irmãs, Sodoma e Samaria (vs. Ez 16:44-52). Não obstante, o Senhor faz gloriosas promessas de restauração para as três irmãs (vs. Ez 16:53-58), predizendo que a penitente Jerusalém experimentará uma gloriosa reconciliação através de uma aliança eterna (vs. Ez 16:59-63).

a) Jerusalém, a Criança Enjeitada. Ez 16:1-7.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 16 do versículo 1 até o 63
e) Uma mulher sem fé (Ez 16:1-63)

Este discurso procura mostrar, de maneira alegórica, que a história de Israel constitui "um registro sem interrupções de negras apostasias" (McFadyen). Foi composto em quatro movimentos: 1. Uma adaptação, talvez, de uma história popular concernente a um bebê encontrado que se tornou rainha (3-43). 2. As notórias irmãs de Jerusalém, Samaria e Sodoma, eram justas em comparação consigo (44-52). 3. Jerusalém só podia ser restabelecida juntamente com aquelas comunidades irmãs anteriormente desprezadas (53-58). 4. A penitente Jerusalém receberia uma nova aliança da parte de Deus (59-63). Quanto à comparação entre Jerusalém e uma esposa infiel, cfr. Is 1:21; Jr 3:1 e segs.; Dn 2:2-28. A alegoria é desenvolvida com uma candura que tende a chocar a mente ocidental, mas era perfeitamente normal para os orientais.

>Ez 16:3

Amorreu... hetéia (3). "A genealogia é moral, e não étnica" (Toy). Não obstante, os ancestrais arameus de Israel eram aparentados dos amorreus (ou cananeus) e tinham afinidades com certos dos heteus. Àquela criança foi negado o cuidado normal (4). "Filha de pais pagãos, recebeu tratamento pagão por ocasião de seu nascimento" (Cooke). Estendi sobre ti a ourela do meu manto (8). Quanto a esse costume, ver Rt 3:9. Na alegoria é possível que isso se refira ao pacto do Sinal, enquanto que os vers. 9-14 podem ser aplicados à crescente prosperidade da nação até os dias de Salomão. Em lugar de pele de texugo (10), leia-se "couro"; cfr. Êx 25:5.

>Ez 16:15

O processo mau, descrito no vers. 15, começou quando Israel adotou os santuários cananeus da Palestina (cfr. Ez 20:28, Jr 2:5-24). As ações descritas no vers. 18 representam o tratamento dado aos ídolos por ocasião das festividades. Teus filhos e tuas filhas... os sacrificaste (20). Embora Josias tenha eliminado essa prática iníqua durante algum tempo (2Rs 23:10) é provável que tal prática tenha sido reavivada durante os dias desesperados do cerco. O vers. 26 faz referência à perene tendência de Israel de esperar auxílio da parte do Egito; cfr. Is 30:1-23, 31. Is 30:1-23. Semelhantemente, o vers. 28 se refere à dependência à Assíria (2Rs 16:7 e segs.; Dn 5:13, Dn 5:8.9), e o vers. 29 se refere à confiança posta na Caldéia, isto é, Babilônia (2Rs 20:12 e segs.).

>Ez 16:35

Os vers. 35-43 descrevem o castigo de Jerusalém; será o castigo infligido a uma prostituta-humilhação e morte (ver o vers. 38).

>Ez 16:44

O pecado de Jerusalém não apenas era tão grave como o de seus predecessores pagãos (44-45), não apenas da mesma ordem que o pecado das ímpias cidades de Samaria e Sodoma (46), mas ainda era pior que o pecado dessas cidades (47-51). Ela seria forçada a confessar seu pecado inexprimível (52). Não é necessário supor que os feitos de Israel fossem de caráter pior que os de Samaria e Sodoma; pois sem dúvida a hediondez de sua culpa era acentuada pelo fato de seu privilégio sem paralelo de estar desposada com Jeová. Cfr. Jl 3:2.

>Ez 16:53

A promessa de restauração (53-58) é feita de tal modo que trouxe bem pouco consolo para Jerusalém. Ela só poderia ser reintegrada juntamente com Samaria e Sodoma, as quais seriam consoladas pelo vergonhoso reconhecimento que lhes seria feito pela sua vizinha até então orgulhosa e justa aos próprios olhos.

>Ez 16:60

Eu me lembrarei do meu concerto (60). Esse é o único ponto brilhante em todo o céu entenebrecido. Jeová fará com ela um pacto eterno de tal natureza que restauraria completamente as relações interrompidas, e lhe devolveria sua antiga posição. Esse é o "novo concerto" de Jr 31:31 e segs. Ver. também Ez 37:26, Is 59:21, 61.8.


Dicionário

Concerto

substantivo masculino Apresentação pública de música; show.
[Música] Audição de composições musicais que, feita de maneira pública, pode ser representada por cantores: concerto de rock.
[Música] Obra ou peça musical composta para instrumentos Conformidade harmônica de sons ou vozes; consonância.
Acordo entre pessoas ou empresas que possuem uma meta em comum.
Que se apresenta de maneira arrumada; com ordem; arrumação.
Por Extensão Sons ou ruídos que se combinam: um concerto de pássaros.
Ação de se reunir ou de participar; reunião: concerto entre culturas.
Etimologia (origem da palavra concerto). Do italiano concerto.

Concerto ALIANÇA (He 8:6), RC).

Estabelecer

verbo transitivo direto e bitransitivo Colocar em vigor; fazer existir; instituir: estabelecer responsabilidades; estabeleceu normas aos alunos.
Dar início a; instaurar: estabelecer acordos; estabelecer as pazes com o pai.
verbo transitivo direto e pronominal Fazer com que algo fique estável; estabilizar: estabelecer um plano; estabeleceu-se a paz entre os países.
Oferecer ou instaurar estabilidade; conseguir maneiras para sobreviver: o tratamento estabeleceu o paciente; estabeleceu-se com o salário da esposa.
verbo transitivo direto Designar a realização de algo; prescrever: o diretor estabelece as normas da escola.
Ocasionar a criação de; instalar: estabelecer uma empresa.
Demonstrar de maneira precisa; determinar: estabelecia a razão do assassinato.
verbo pronominal Firmar residência em; morar: estabeleceu-se na cidade pequena.
Possuir ou aceitar um plano de vida: precisava se estabelecer com a nova vida na fazenda.
Permanecer durante muito tempo; reinar: estabeleceu-se o silêncio no recreio.
Etimologia (origem da palavra estabelecer). Do latim stabiliscere.

Estabelecer
1) Fazer firme (Sl 89:4)

2) Criar (Jr 10:12). 3 Fazer (Ez 16:60).

4) Fixar; determinar (At 17:26), RA).

5) Colocar (1Co 12:28), RA).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 16: 62 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porque Eu estabelecerei a Minha aliança contigo, e saberás que Eu sou o SENHOR;
Ezequiel 16: 62 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

592 a.C.
H1285
bᵉrîyth
בְּרִית
Minha aliança
(my covenant)
Substantivo
H3045
yâdaʻ
יָדַע
conhecer
(does know)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H589
ʼănîy
אֲנִי
E eu
(And I)
Pronome
H6965
qûwm
קוּם
levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
(that rose up)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo
H854
ʼêth
אֵת
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos


בְּרִית


(H1285)
bᵉrîyth (ber-eeth')

01285 ברית b eriytĥ

procedente de 1262 (no sentido de cortar [como 1254]); DITAT - 282a; n f

  1. acordo, aliança, compromisso
    1. entre homens
      1. tratado, aliança, associação (homem a homem)
      2. constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
      3. acordo, compromisso (de homem para homem)
      4. aliança (referindo-se à amizade)
      5. aliança (referindo-se ao casamento)
    2. entre Deus e o homem
      1. aliança (referindo-se à amizade)
      2. aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
  2. (expressões)
    1. fazer uma aliança
    2. manter a aliança
    3. violação da aliança

יָדַע


(H3045)
yâdaʻ (yaw-dah')

03045 ידע yada ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

  1. conhecer
    1. (Qal)
      1. conhecer
        1. conhecer, aprender a conhecer
        2. perceber
        3. perceber e ver, descobrir e discernir
        4. discriminar, distinguir
        5. saber por experiência
        6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
        7. considerar
      2. conhecer, estar familiarizado com
      3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
      4. saber como, ser habilidoso em
      5. ter conhecimento, ser sábio
    2. (Nifal)
      1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
      2. tornar-se conhecido
      3. ser percebido
      4. ser instruído
    3. (Piel) fazer saber
    4. (Poal) fazer conhecer
    5. (Pual)
      1. ser conhecido
      2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
    6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
    7. (Hofal) ser anunciado
    8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

אֲנִי


(H589)
ʼănîy (an-ee')

0589 אני ’aniy

forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

  1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

קוּם


(H6965)
qûwm (koom)

06965 קום quwm

uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

  1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    1. (Qal)
      1. levantar
      2. levantar-se (no sentido hostil)
      3. levantar-se, tornar-se poderoso
      4. levantar, entrar em cena
      5. estar de pé
        1. manter-se
        2. ser estabelecido, ser confirmado
        3. permanecer, resistir
        4. estar fixo
        5. ser válido (diz-se de um voto)
        6. ser provado
        7. está cumprido
        8. persistir
        9. estar parado, estar fixo
    2. (Piel)
      1. cumprir
      2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
    3. (Polel) erguer
    4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
    5. (Hifil)
      1. levar a levantar, erguer
      2. levantar, erigir, edificar, construir
      3. levantar, trazer à cena
      4. despertar, provocar, instigar, investigar
      5. levantar, constituir
      6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
      7. tornar obrigatório
      8. realizar, levar a efeito
    6. (Hofal) ser levantado

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

אֵת


(H854)
ʼêth (ayth)

0854 את ’eth

provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

  1. com, próximo a, junto com
    1. com, junto com
    2. com (referindo-se a relacionamento)
    3. próximo (referindo-se a lugar)
    4. com (poss.)
    5. de...com, de (com outra prep)