Enciclopédia de Jonas 1:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jn 1: 15

Versão Versículo
ARA E levantaram a Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
ARC E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria.
TB Levantaram, pois, a Jonas e lançaram-no ao mar; e o mar cessou da sua fúria.
HSB וַיִּשְׂאוּ֙ אֶת־ יוֹנָ֔ה וַיְטִלֻ֖הוּ אֶל־ הַיָּ֑ם וַיַּעֲמֹ֥ד הַיָּ֖ם מִזַּעְפּֽוֹ׃
BKJ Então eles tomaram Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria.
LTT E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria.
BJ2 E tomaram Jonas e o lançaram ao mar e o mar cessou o seu furor.
VULG Et tulerunt Jonam, et miserunt in mare : et stetit mare a fervore suo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jonas 1:15

Josué 7:24 Então, Josué e todo o Israel com ele tomaram a Acã, filho de Zerá, e a prata, e a capa, e a cunha de ouro, e a seus filhos, e a suas filhas, e a seus bois, e a seus jumentos, e as suas ovelhas, e a sua tenda, e a tudo quanto tinha e levaram-nos ao vale de Acor.
II Samuel 21:8 Porém tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha tido de Saul, a saber, a Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos da irmã de Mical, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita.
Salmos 65:7 o que aplaca o ruído dos mares, o ruído das suas ondas e o tumulto das nações.
Salmos 89:9 Tu dominas o ímpeto do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar.
Salmos 93:3 Os rios levantam, ó Senhor, os rios levantam o seu ruído, os rios levantam as suas ondas.
Salmos 107:29 Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as ondas.
Mateus 8:26 E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.
Lucas 8:24 E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE

metade do século IX a 722 a.C.
A ASCENSÃO DA ASSÍRIA
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.

O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).

JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.

TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is 7:7-8).
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois 1:000 novilhos 14:000 ovelhas, 500 cervos.
1.000 patos, 500 gansos 10:000 pombos 10:000 peixes,
10.000 ovos 10:000 pães, 10.000 jarras de cerveja, 10.000 odes de vinho, 300 jarros de azeite...
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO I

O COMISSIONAMENTO E DESOBEDIÊNCIA DE JONAS

Jonas 1:1-3

Em II Reis 14:25, ficamos cientes que Jonas, filho de Amitai, era um profeta expe-riente e de confiança, a quem veio a palavra do SENHOR (1). Tratava-se de um ho-mem a quem Deus falava e revelava sua vontade. A passagem de II Reis também nos informa que era um nativo de Gate-Hefer, da Galiléia, local mais tarde conhecido por Caná (ver mapa 2). É bem possível que esta cidade, situada quase cinco quilômetros a nordeste de Nazaré, tenha sido visitada muitas vezes por Jesus durante os 30 anos de obscuridade em Nazaré. No entanto, sabemos com certeza que foi aqui que Cristo com-pareceu a uma festa de casamento e fez seu primeiro milagre registrado (Jo 2:1-11; cf. tb. Jo 4:46-21.2). Os fariseus que disseram a Nicodemos: "Da Galiléia nenhum profeta sur-giu" (Jo 7:52), devem ter se esquecido de Jonas.

Em Caná, a tumba de Jonas provavelmente chamava a atenção para Jesus, como ocorria com os visitantes nos dias de Jerônimo. E talvez, como sugere Robinson, "foi aqui que o jovem Jesus começou a perceber algo da significação da missão de Jonas e da sua própria"1(ver Introdução para inteirar-se de mais comentários relativos ao conhecimen-to de Jesus sobre o profeta).

A tradição considera que Jonas, cujo nome significa "pomba", é o jovem profeta tími-do mencionado em II Reis 9:1-11. O nome do seu pai, Amitai, significa "verdadeiro"; e reputa-se tradicionalmente que estava entre os 7:000 mencionados em I Reis 19:18 que não se curvaram a Baal.

Jonas deve ter ficado surpreso com a comissão de profetizar em Nínive (2), e a considerou com temor e perspectiva desagradabilíssima. Era preciso fazer uma viagem árdua por terra de uns 800 quilômetros (ver mapa 1). E, para piorar a situação, Nínive era uma grande cidade: a metrópole do mundo gentio localizada à margem esquerda do rio Tigre a uns 65 quilômetros ao norte da junção de Zab. Era a magnífica capital do poderoso Império Assírio, inimigo constante e temido de Israel. Durante os dias de Jeú, Israel fora forçado a pagar tributo ao rei assírio, Salmaneser III. Jonas também sabia dos sofrimentos que a Síria suportara para repelir os recentes ataques assírios. As atro-cidades assírias, que depois aterrorizaram as nações ocidentais sob o governo de Tiglate-Pileser III, talvez já estivessem em prática durante o tempo de Jonas. E a malícia ("mal-dade", BV; NTLH; NVI) geral de Nínive, que Deus declarou que tinha subido até o céu, não era menos famosa que seu poder e grandeza (Na 3).

O fato de Deus estar preocupado com a maldade de Nínive indica que, desde o início, o seu amor ia muito além das fronteiras desse povo proclamado como seu escolhido, mesmo que se considerassem exclusivos do alcance do cuidado divino (2).

Jonas, vencido pelo medo, concluiu que a tarefa não era para ele. Sentia que a ordem de Deus era autêntica, mas ao mesmo tempo se lhe ocorriam muitos elementos imponderáveis. Mais tarde, confessou (4,2) que não foi o sofrimento físico ou o perigo que o intimidara. Seu receio era que Nínive se arrependesse e que Deus perdoasse e poupas-se a cidade. Em tal situação, seria considerado falso profeta. Ser desacreditado dessa maneira pelos seus compatriotas talvez fosse particularmente objetável a Jonas, pois, pelo visto, era profeta popular e altamente estimado em Israel. Em tempos de opressão, prometera dias de prosperidade. Esse anúncio, como nos lembra Schultz, "foi muito bem recebido. [...] Indubitavelmente o cumprimento de sua predição, na totalidade do territó-rio de Israel sob o reinado de Jeroboão, aumentou-lhe a popularidade na sua pátria. Não há indicação de que ele possuísse uma mensagem de advertência ou julgamento para entregar ao seu próprio povo (II Reis 14:25) ".2

Caso Nínive se arrependesse, esse tremendo inimigo de sua nação seria poupado. Para sua fé limitada e nacionalismo estribado isto era insuportável.
Esse conflito interior ficou tão forte que Jonas esperava fugir desse compromisso afastando-se de casa e das circunstâncias em que ocorrera a incumbência. Ele se levan-tou para fugir... da face do SENHOR (3). Decidiu ir o mais longe que pudesse e na direção oposta a Nínive. Escolheu Társis, provavelmente Tartesso, uma colônia fenícia na Espanha perto do Estreito de Gibraltar, porque era o ponto mais ocidental ao qual os navios velejavam, ao sair da Palestina. O lugar também é mencionado em Isaías 23:1-12 e Ezequiel 27:12-25.

Segundo G. Campbell Morgan, para entendermos o ponto de vista de Jonas "é neces-sário que lembremos o preconceito nacional dos hebreus contra todos os outros povos na questão da religião. Embora cressem que Jeová fosse um Deus amoroso, consideravam-no exclusivamente deles. A incumbência de entregar uma mensagem a uma cidade que não pertencia ao concerto, além de ser a metrópole que era o centro de um poder que fora tirânico e cruel, deveria ter sido assustador para Jonas".

De nossa perspectiva atual é fácil censurar Jonas. Pensamos que um homem de sua categoria e experiência já deveria saber que não se pode fugir de Deus. Mas se lembrar-mos que séculos mais tarde, mesmo depois da resplandecente luz do Pentecostes, o exce-lente apóstolo judeu de nosso Senhor, Simão Pedro, passou por um período semelhante de confusão, talvez sintamos mais simpatia por Jonas e tenhamos mais entendimento de sua atitude. Pedro tinha pregado com tanto poder em Jerusalém que multidões de com-patriotas judeus creram em Cristo. Mas, quando, durante um período especialmente particular de oração, o Senhor o instruiu a pregar o Evangelho aos gentios, foi inflexivelmente contra a ordem. "De modo nenhum, Senhor", disse ele. Foram necessárias uma revelação especial e certas circunstâncias quase milagrosas e providenciais para fazer com que este apóstolo cumprisse seu compromisso na casa de Cornélio (At 10). O livro de Gálatas também reflete a luta entre os cristãos primitivos antes que os gentios fossem aceitos na 1greja em condições iguais aos hebreus.

Mesmo hoje, é preciso que cada um de nós considere nossa vida à luz destes aconte-cimentos. Como escreveu alguém: "Cada um de nós ou está na caravana para Nínive ou no navio para Társis, [...] percorrendo o caminho de Deus ou o seu próprio. [...] Alguns vão a Társis religiosamente. Cantam e oram, ao mesmo tempo em que fazem as coisas à sua maneira, indo em direção diametralmente oposta à vontade de Deus".
Jonas saiu de sua cidade natal na Galiléia, dirigiu-se a oeste e depois virou para o sul à cidade portuária de Jope (ver mapa 2), único porto apropriado na costa mediterrâ-nea da Palestina. Foi ali que a uns oito séculos depois o Senhor falou com o apóstolo Pedro sobre pregar aos gentios (At 10). Neste porto marítimo, Jonas achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele. Ao procurar racionalizar sua ação, talvez o profeta fugitivo tivesse concluído que seus acha-dos foram providenciais. Havia um navio que ia para a cidade que ele queria ir e tinha dinheiro para a passagem! Mas esta não era uma situação organizada pela providência divina. Deus nunca incentiva a desobediência. Tratava-se de uma tentação da qual Sata-nás tirou proveito.

Quando Jonas entregou os siclos ao comissário de bordo, nem imaginava o custo total desta viagem. Ele não estava propenso a pagar o preço para ir a Nínive, mas a viagem a Társis foi muito mais cara. O caminho da desobediência sempre é muito mais caro. Servir a Deus pode nos custar muito, mas não servi-lo é o ápice no gasto excessivo inconseqüente.

SEÇÃO II

A INTERPOSIÇÃO DE DEUS
Jonas 1:4-2.10

A. A TEMPESTADE, 1:4-14

Deus não revoga seu chamado nem muda seu propósito para com os homens (Rm 11:29). Também não desiste facilmente daqueles a quem chama, para deixá-los na deso-bediência. Ele procura por todos os meios trazê-los de volta para os seus caminhos. No caso de Jonas, Deus "encerrou os ventos nos seus punhos" (Pv 30:4) e mandou (4; lit., "arremessou" ["lançou", ARA]) ao mar um grande vento, de forma que houve uma grande tempestade que ameaçava despedaçar o navio.

O mau tempo não era novidade para os marinheiros do mar Mediterrâneo, mas o vento forte e súbito era tão implacável que os marinheiros (5; lit., "marujos", marinhei-ros experientes) temeram. Com medo da morte, cada um deles orou intensamente ao seu deus. A situação parecia tão desesperadora que eles ficaram excessivamente aterro-rizados. Lançaram ao mar os equipamentos do navio e, talvez, a carga inteira para alivi-ar a embarcação. Enquanto isso, Jonas havia descido aos lugares do porão (o compar-timento de carga do navio), onde dormia um profundo sono e "roncava" (LXX).

Pelo visto, o ronco chamou a atenção do mestre do navio (6; "capitão do navio", BV; NTLH), que, depois de acordar o passageiro suspeito, perguntou: Que tens, dormente? Levanta-te. O termo hebraico traduzido por dormente diz respeito a alguém em sono profundo, um sono livre de preocupações (cf. Rm 11:8). O capitão exigiu explicações! Queria saber por que Jonas dormia a sono solto numa hora dessas. Ele pediu: "Levante-se e fale com o seu Deus, para ver se Ele tem pena de nós e nos salva!" (BV). A palavra hebraica usada para se referir a Deus é o nome genérico aplicado a todos os seres divi-nos. É o mesmo termo encontrado no Antigo Testamento para se referir a deidades ima-ginárias como "os deuses das nações". Este uso mostra o entendimento religioso dos marinheiros e não o conceito de Jonas sobre Deus.

Ao perceber que esta tempestade não era comum, os marinheiros estavam determi-nados a encontrar a razão desse fenômeno climático. Disseram: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por que causa nos sobreveio este mal... e a sorte caiu sobre Jonas (7). Lançar sortes era método comum entre os antigos para resolver ques-tões incertas (Nm 26:55; Js 7:14-1 Sm 10.20,21; Atos 1:26).

Com a investigação dos marinheiros, Jonas se identificou como hebreu que temia Jeová, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca (9). As Escrituras confirmam o fato de que Deus é o Criador dos céus, dos mares e da terra (cf. Sl 8:1-4; 65:5-7; 107:23-32; 139:7-12; Mc 4:35-51). Jonas também reconheceu sua culpa. Os marinheiros, convictos da grandeza do Deus dele, ficaram apavorados com a infidelidade do profeta. Perguntaram: Por que fizeste tu isso? (10; "Que é isto que fizeste!", ARA). É provável que deste ponto em diante Jonas tenha começado a perceber algo da enormidade do que fizera. A repreen-são dos descrentes pode ter aumentado seu sentimento de condenação e arrependimento.

Convicto de que a tempestade era o julgamento divino sobre ele, o profeta viu que seu pecado envolvera e colocara em risco a vida de outras pessoas. Isto reforçou a prova de sua culpabilidade. Sem esperança de escapar do julgamento, sentia-se pronto para ser lançado ao mar e morrer afogado, pois isto salvaria a vida dos seus companheiros de bordo (11,12).
Em sentido real, o profeta se tornou o sacrifício deles. "O quadro de Jonas lançado ao mar mostra um paralelo e um contraste espiritual [com a morte de nosso Senhor]. A tempestade mais violenta é a ira de Deus contra o pecado; essa manifestação concentrou-se na pessoa de nosso Senhor e só podia ser acalmada por sua morte na cruz. A experiên-cia de Jonas foi terrível, mas foi só o Senhor Jesus Cristo que vivenciou completamente as palavras da oração do profeta: 'Todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim' (2.3b, ARA) ".

É possível que outros barcos estivessem em perigo com a tempestade que o pecado de Jonas provocou. Além do próprio pecador, o pecado sempre fere outras pessoas — na maioria das vezes, muitas outras pessoas.

Esta experiência de Jonas é prova notável de que não se pode fugir de Deus — fato proclamado no Salmo 139:7-10. O profeta desobediente fora dormir, ciente que tinha conseguido fugir do Senhor. Ele não percebeu que Deus estava presente e em ação para frustrar seus planos autodeterminados.

Os marinheiros remavam, esforçando-se (13; "remavam com todas as suas for-ças", BV) para colocar o navio em segurança e salvar o profeta. Quando viram que os esforços eram inúteis, oraram ao Deus de Jonas para que não os responsabilizasse pela morte dele. Clamaram: "O Senhor [...] não nos mate por causa do pecado deste homem, não nos condene pela morte dele, pois disso nós não temos culpa — porque essa tempesta-de caiu sobre ele por razões que o Senhor mesmo sabe" (14, BV). É interessante observar que quando os marinheiros mencionaram o Deus de Jonas não usaram o termo genérico comum, mas utilizaram o termo SENHOR, Jeová, o único Deus vivo e verdadeiro.

B. O LANÇAMENTO DE JONAS AO MAR, 1:15-17

Sem esperança de se salvarem de outro modo, os marinheiros seguiram com relu-tância a sugestão de Jonas. Eles o apanharam e o lançaram ao mar (15).

As águas imediatamente se aquietaram. A frase cessou... da sua fúria pode ser traduzida por: "O mar saiu da sua raiva". A tempestade parou tão de repente que os marinheiros ficaram aterrorizados diante do Senhor. O testemunho do profeta e as ma-nifestações milagrosas do poder de Deus lhes encheram o coração de medo e reverência. Cultuaram na presença de Jeová (15,16). E assim foi que Jonas se tornou missionário a despeito de seu fracasso inicial; que o Senhor, ao julgar o profeta desobediente, revelou aos marinheiros pagãos que é o Deus que misericordiosamente se importa com todos (Sl 76:10) ; e que Jonas, nestes marinheiros, "vê pagãos que se converteram ao temor do Senhor. Tudo de que ele fugira para que não acontecesse é justamente o que acontece bem diante de seus olhos e por sua própria mediação".

Em ato de disciplina misericordiosa, Jeová deparou ("designou", RSV; "ordenou", LXX; NTLH) um grande peixe, para que tragasse a Jonas (17). O texto não nos informa que tipo de peixe era. Nem o fato de Mateus 12:40 falar de uma "baleia" nos ajuda muito, pois a palavra grega usada ali significa, literalmente, "um enorme peixe" ou um monstro marinho.

É interessante observar que J. D. Wilson conta uma analogia atual da experiência de Jonas. Ele narra um incidente no qual um cachalote, perto das ilhas Falkland, engo-liu um membro da tripulação de um navio. Três dias depois, o indivíduo foi salvo, reani-mado da inconsciência e, subseqüentemente, viveu com boa saúde. 3

O profeta permaneceu dentro do peixe por três dias e três noites. Pelo que dedu-zimos, esta expressão de tempo é um termo coloquial que meramente indica período curto e indefinido, como em Josué 2:16. Jesus a usou com este sentido em Mateus 12:40, visto que o Novo Testamento declara repetidamente que sua ressurreição aconteceu "ao terceiro dia" (Mt 16:21; Mac 9.31; Lc 9:22-1 Co 15.4).

Na "fuga do dever" de Jonas, vemos que :
1) Fugir do dever não é fugir do controle de Deus, 1.4;

2) As circunstâncias favoráveis na fuga não justificam as desculpas, 1.3;

3) Fugir de Deus e do dever é mais dispendioso do que render-se – quer em penosas experi-ências, quer em perda moral, 1.15.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 6 até o 17

Jonas 1:6-17

Chegou-se a ele o mestre do navio, e lhe disse. Jonas havia desaparecido da cena. O capitão do navio saiu à procura dele. No porão, o mestre do navio achou Jonas a dormir, o que o deixou espantado. O navio precisava de toda a “ajuda sob a forma de oração” que pudesse obter. E talvez o Deus de Jonas fosse precisamente Aquele que poderia salvar o dia. O capitão ordenou que o envergonhado Jonas saísse de seu beliche e fosse para o convés da embarcação. Ali, ao contemplar o temível temporal, automaticamente ele começaria as suas orações intercessórias diante de seu Deus. Conforme disse certo homem: “É preciso crer em tudo, pois é daí que vêm os milagres”. O capitão estava disposto a crer em tudo e sentia-se feliz porque agora mais um “deus" estava sendo solicitado. “Que tremenda lição objetiva é essa, para o povo de Deus, naquele tempo como agora, despertar da apatia e orar por pessoas que perecem neste mar da vida” (John D.
Hannah, in loc.). Note o leitor o termo que designa Deus aqui, Elohim, o Poder. Em suas superstições politeistas, o capitão do navio, como é lógico, não tinha consciência do Poder divino.

IMPÉRIO ASSÍRIO — NÍNIVE, A CAPITAL

OBSERVAÇÕES

Os 1mpérios Assírio e Babilõnico posterior ocuparam muito do mesmo espaço geográfico, exceto pelo fato de que os territórios assírios se estendiam mais a oeste e ao sul, englobando, inclusive, parte do Egito. Os 1mpérios Medo-Persa, Grego e Romano eram maiores, mas ainda não muito extensos quando comparados a padrões modernos. O império assírio tinha cerca de 1600 Kms de leste a oeste e cerca de 800 Kms de norte a sul.
A Assíria e a Babilônia tiveram ambas impressionantes histórias, compartilhando de um idioma comum, conhecido como assírio-babilônico ou acadiano.
Uma avançada civilização se desenvolveu na Babilônia em cerca de 3000 A.C., permanecendo o centro cultural da Mesopotâmia até o século VI A.C. O poder político e militar oscilava para lá e para cá, entre a Assíria e a Babilônia. No período de 900 a 600 A.C., a Assíria passou a atuar como opressora e invasora nas narrativas bíblicas. A Bíblia sempre distingue entre Assíria e Babilônia.

Jn 1:7

E diziam uns aos outros: Vinde, e lancemos sortes. Os marinheiros, que evidentemente eram “teístas", pensavam que deuses estavam por trás das calamidades, supondo, naturalmente, que havia alguma causa por trás do que estava acontecendo. Algum deus, em algum lugar, tinha sido ofendido. E lançaram sortes para descobrir qual deles seria o culpado. Ver no Dicionário o artigo chamado Sortes. Isso funciona em todos os tipos de circunstâncias e era comum no antigo Oriente Próximo e Médio. Conforme Lv 16:8; Js 18:6; 1Sm 14:42; Ne 10:34; Ex 3:7 e At 1:26. Esta última referência mostra-nos que até os apóstolos de Jesus usaram o método para escolher o substituto de Judas 1scariotes, Talvez pedrinhas fossem marcadas com os nomes das pessoas envolvidas, misturadas em um receptáculo, e então uma era retirada ou sacudida para fora do receptáculo. A idéia era que a divindade que quisesse que seu adorador desobediente fosse punido, interviria e se certificaria de que a má sorte seria eliminada. Devia haver alguma causa divina. E também havia a crença de que bastava a presença de uma pessoa impia para trazer calamidades àqueles com quem ela se associasse. Portanto, seria vantajoso para aqueles marinheiros “livrar-se” da má influência.

Jn 1:8
Declara-nos, agora, por causa
de quem nos sobreveio este mal. Antes do lançamento das sortes, os marinheiros se prepararam por meio da oração, para garantir que a pessoa culpada seria apanhada. A declaração final do vs. Jn 1:7 diz-nos que a sorte caiu sobre Jonas, mas devemos compreender que isso aconteceu depois das orações preparatórias. Tendo identificado o culpado, os marinheiros o interrogaram: quiseram saber quem ele era; de onde vinha; por que estava na embarcação, e coisas semelhantes. Coisa alguma que Jonas dissesse mitigaria a situação. Seja como for, ele seria executado, a fim de que a tempestade cessasse. Talvez os marinheiros estivessem apenas curiosos. Nesse caso, o interrogatório era apenas uma medida anterior à execução. Os marinheiros descobriríam a “razão” daquela grande calamidade, e isso lhes daria razão para proceder à matança. Isso justificaria o que estavam prestes a fazer. Os marinheiros queriam uma “confissão de culpa”. Talvez até quisessem certificar-se de que a sorte lhes dissera a verdade.

Jn 1:9

Ele lhes respondeu: Sou hebreu, e temo ao Senhor. Jonas identificou-se com sua raça (um hebreu); seu Deus, Yahweh-Elohim; sua situação espiritual ideal: ele temia o Senhor, a frase típica do Antigo Testamento que indica a espiritualidade básica (ver sobre Temor, no Dicionário e em Sl 119:38 e Pv 1:7,Gn 24:7; Ed 1:2; Ex 20:11 e Sl 95:5.

Jn 1:10
Então os homens ficaram possuídos de grande temor.
Tendo descoberto que Deus estava por trás de Jonas, os marinheiros ficaram grandemente assustados e, consternados, quiseram saber por que o profeta havia tentado daquela maneira a paciência divina, o que terminou pondo em perigo tanto a vida dele mesmo como a de todos a bordo do navio. A conversa revelou a história inteira: Jonas tinha sido chamado para cumprir uma missão, contra a qual estupidamente se rebelara e assim provocou a ira celeste. Yahweh-Elohim governa tanto a terra quanto o mar (Sal. 65:5-7; 107.23-32; 139.7-12; Mar. 4:35-41; Atos 27). Não admira, pois, que os atos de Jonas tivessem sido tão provocantes aos olhos de Yahweh. Talvez aqueles marinheiros presumissem que Deus os considerava responsáveis e cúmplices, por terem vendido a passagem a Jonas para levá-lo a Társis. Temos aqui um toque estranho — aqueles marinheiros pagãos compreenderam, melhor do que Jonas, a seriedade da obediência a Deus. O desobediente Jonas, com a consciência calejada, foi capaz de dormir em meio à tempestade (vs. Jn 1:5), enquanto os marinheiros pagãos é que tiveram de enfrentar a ira de Deus. Além disso, há a questão de privilégios. O profeta do Senhor também não estava desperto quanto a essa questão.

Jn 1:11
Que te faremos, para que o mar se nos acalme? Aqueles marinheiros não eram assassinos no coração; também não eram soldados que ganhavam a vida decepando cabeças e traspassando corações. Portanto, indagaram se o profeta tinha alguma sugestão quanto ao que deveria ser feito. Talvez o Deus de Jonas exigisse algo que fosse menor que a execução capital. Talvez o autor sagrado esteja salientando a natureza misericordiosa da conduta dos marinheiros, a fim de mostrar que aqueles marinheiros pagãos também mereciam a atenção de Yahweh. Os judeus não tinham o monopólio do Ser divino. Além disso, fora Jonas, o hebreu, quem causara toda aquela dificuldade. “Os marinheiros são espécimens do mundo pagão que homens, como Jonas, anelam por excluir da misericórdia de Deus" (James D. Smart, in loc.). “Naqueles pobres homens houve incomum grau de humanidade e sentimentos de ternura” (Adam Clarke, in loc.). Metaforicamente, como aplicação, vemos aqui a prefiguração da missão gentílica da igreja cristã. “Pois Deus amou o mundo de tal maneira” (Jo 3:16). Ver Rm 2:14,Rm 2:15 quanto às tentativas gentílicas de piedade, que são respeitadas por Deus.

Jn 1:12

Respondeu-lhes: Tomai-me, e lançai-me ao mar. Jonas, o ofensor, não viu esperança em Yahweh-Elohim sugerir alguma medida mais branda. Jonas, o profeta desobediente, merecia ser morto. Ele devia ser lançado ao mar. E o mar, uma vez que o engolisse, ficaria satisfeito, pois tinha sido nomeado por Yahweh para causar toda aquela dificuldade. Jonas estava certo de que era a causa da calamidade, e de que somente diante de sua morte as coisas se aquietariam. A fé hebraica de Jonas lhe havia ensinado que o ofensor tinha de pagar com a própria vida. De um lado, por causa da justiça, Jonas tinha de morrer. De outra parte, por motivo de misericórdia, os marinheiros inocentes tinham de viver. Jonas não demonstrara interesse pela misericórdia divina para com Nínive, e sentia não merecer essa misericórdia. A graça divina, destacada no Novo Testamento, resolvería esse caso de melhor maneira, mas Jonas, o profeta desobediente, não sabia disso. Nem há evidência de que ele tenha experimentado o arrependimento, na tentativa de evitar o desastre. Ele simplesmente se submeteu ao julgamento de Deus e queria terminar toda aquela situação o mais rápido possível. De qualquer maneira, uma crença antiga dizia que os sacrifícios oferecidos ao deus (deuses) do mar podiam fazer parar as tempestades. Algumas vezes, a vítima tinha a chance de lutar — era posta em um barco e ficava a vaguear no mar, sem velas e sem remos. Se os deuses sorrissem para ela, as ondas poderiam levá-la a alguma praia. A história budista de Mittapindaka ilustra essa idéia. O indivíduo culpado era deixado a vaguear em uma jangada! Talvez Jonas, tão decidido a não pregar em Nínive, preferisse morrer (conforme Jn 4:3,Jn 4:8). Mas o misericordioso e sábio Deus tinha outro plano, que resolvería a questão. Esse plano requeria dupla dose de misericórdia e amor. Mas cristianizar este versículo e ver Jonas como um tipo de Cristo, que se ofereceu livremente para fazer expiação, certamente é um exagero.

Jn 1:13

Entretanto os homens remavam, esforçando-se por alcançar a terra.
Apesar da solução simplista apresentada por Jonas, os bondosos marinheiros tentaram evitar a execução dele e remaram arduamente para levar a embarcação à terra, presumivelmente porque, à distância, podiam vê-la, A tempestade, porém, estava por demais feroz, e os esforços deles foram inúteis. A história não poderia mesmo terminar com esforços humanos heróicos. Antes, deveria ser encerrada com uma intervenção divina direta. Jonas teria de sobreviver para cumprir sua missão; o poder e a misericórdia de Deus garantiríam esse resultado. Afinal de contas, milhares de pessoas na Assíria seriam salvas, se a vida de Jonas fosse poupada. Ele precisava sobreviver. Sua missão requeria que ele sobrevivesse. Contraste o leitor a compaixão daqueles homens com a falta de compaixão de Jonas. Eles trabalharam arduamente para salvar a vida de um homem. Mas Jonas estava indisposto a mexer um dedo em favor de tantas vidas humanas. Os marinheiros não puderam forçar o avanço da embarcação para furar a muralha de ondas. Mas o Poder divino eventualmente derrotaria o muro de separação entre judeus e gentios (ver Ef 2:14.).

Jn 1:14

Então clamaram ao Senhor e disseram: Ah! Senhor! Havia chegado o momento drástico. Jonas precisava ser jogado fora da embarcação. Os marinheiros pediram que sangue inocente não fosse lançado na conta deles como homicídio, pois Jonas não era inocente e quase havia causado a morte deles através de sua rebelião contra Deus. Portanto, clamaram que Yahweh considerasse a natureza do caso e permitisse a execução de Jonas, sem feri-los. Eles oraram ao Deus de Jonas como o Principal Ator do caso. Deus tomou a decisão de provocar a tempestade; aparentemente era Dele a decisão de que Jonas fosse sacrificado; e a decisão teria de ser Dele para trazer a calma às águas agitadas. Tendo reconhecido a soberania e a providência de Yahweh, eles lançaram Jonas nas águas turbulentas.

Ó SIÃO SE APRESSE

Ó Sião se apresse para sua missão alta cumprir,
Para dizer a todo mundo que Deus é luz,
Que aquele que fez todas as nações não querer Que uma única alma se perde nas sombras.
Publique as boas-novas, noticias de paz,
Boas-novas de Jesus, redenção e liberdade.
(Mary A. Thomson)

TEMOS UMA HISTÓRIA PARA CONTAR ÀS NAÇÕES

Temos uma história para contar às nações Que guiará seus corações para a retidão,
Uma história de verdade e de misericórdia, Uma história de paz e de luz.
A escuridão cederá para uma madrugada,
E a madrugada cederá para a luz do meio-dia, O reino de Cristo chegará à terra,
O Reino de amor e de luz.
(Colin Sterne)

Jn 1:15
E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar. Portanto, eles tomaram Jonas, resignado à sua sorte, e lançaram-no nas temidas águas; instantaneamente o mar parou em sua agitação e em suas ondas raivosas. O sacrifício foi aceito, e Yahweh tornou a intervir e falou de paz às águas turbulentas. A teoria foi comprovada peia experiência. A providência e a soberania divinas novamente cumpriram seus propósitos.
... a cujas ordens o mar irado espumeja.

(Shakespeare, Ant. e Cleópatra)

Conforme com as palavras de Jesus, que acalmaram as águas (ver Lc 8:24). Deus poupa os penitèntes que se entregam à oração, pelo que aqui poupou os inocentes, uma vez que o culpado foi separado deles, No mar estabeleceu-se a “calmaria”, embora até tão recentemente estivesse empolado. O relato bíblico é adornado por Pirke Eliezer (cap. 10, foi. Lc 10:2): Jonas foi arriado por meio de uma corda, e, assim que mergulhou na água, esta cessou em sua turbulência. Eles o puxaram de volta e deixaram-no mergulhar de novo, o que aconteceu por três vezes, até que, mergulhando mais fundo, sua cabeça desapareceu sob as águas. Dessa vez, as águas se aquietaram e não mais se mostraram agitadas.

Jn 1:16

Temeram, pois, estes homens em extremo ao Senhor. Aqueles marinheiros pagãos chegaram a reconhecer o poder e a jurisdição de Yahweh sobre todas as coisas e, em atitude de profundo respeito, ofereceram a Ele um sacrifício, talvez uma oferenda de cereais. Além disso, fizeram votos, cuja natureza não nos foi revelada. Eles não se converteram ao yahwismo, mas pelo menos incorporaram Yahweh em seu panteão. Eles tinham visto uma lição sobre o poder divino, a qual jamais esqueceríam. E novamente aqueles homens contrastaram com o profeta de Israel. Ali estavam eles, adorando Yahweh e fazendo toda a espécie de promessas, sem dúvida relacionadas, de alguma maneira, à pessoa e à dignidade de Deus; mas o desobediente Jonas estava nas águas. Ele havia abandonado Yahweh e, segundo todas as aparências, também fora abandonado por Ele. Podemos estar certos de que a oferenda foi feita em meio a louvores e ações de graça. Mas o infeliz Jonas estava cortado de toda a alegria.

Jn 1:17

Deparou o Senhor um grande peixe. Yahweh, porém, não tinha rompido definitivamente com Seu profeta. Ele nomeou um grande peixe (tradicionaimente uma baleia) para que cuidasse de Jonas. E o grande peixe engoliu o pobre Jonas, aumentando assim a duração da sua vida. No ventre do grande peixe, Jonas podia sobreviver por mais tempo do que dentro da água. Na seção VI da Introdução, relato a história de um Jonas moderno, que ajuda a ilustrar a historicídade do relato do livro de Jonas. “Cada acontecimento da história ocorreu por ordem direta de Deus (Jn 1:2,Jn 1:4,Jn 1:17; Jn 2:3,Jn 2:10; Jn 3:1,Jn 3:2; 4.6-8). Por trás dessa idéia jaz a crença na soberania divina sobre os eventos da vida, de forma que cada um deles está relacionado ao Seu propósito. A palavra e os atos de Deus são os principais fatores determinantes da vida” (James D. Smart, in loc.). Ver no Dicionário o verbete chamado Teísmo.

Três dias e três noites. Isso subentende a intervenção divina, que protegeu a vida do fugitivo. Essa expressão é usada por diversas vezes no Novo Testamento acerca da permanência de Jesus no sepulcro (sheol?), por esse período de tempo. No caso de Jesus, foi parte de três dias e três noites: parte da sexta-feira, todo o sábado, e parte do domingo. Ver Mt 12:40, onde é feita a comparação do caso de Jesus com o caso de Jonas. Foi durante esse prazo que Jesus teve Sua missão de misericórdia no hades (ver I Ped. 3:18-4.6). Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o verbete chamado Descida de Cristo ao Hades, quanto a essa importante dimensão do ministério de Cristo. Ver também no Dicionário o artigo denominado Três Dias e Noites.

No ventre do peixe. A palavra “peixe” pode designar, aqui, qualquer dos grandes animais existentes no mar. Não há razão alguma em supormos que um peixe “especial” tenha sido criado para a ocasião. O cachalote tem o equipamento necessário para devorar um homem. Nas pinturas cristãs primitivas esse “peixe” é pintado como um dragão do mar, mas por certo isso é incorreto. A palavra hebraica correspondente, dag (grande peixe), não determina que tipo de animal está envolvido, como também não o fez a tradução grega da Septuaginta, ketos. Nos escritos de Homero (como a Odisséia xii.97), essa palavra grega é usada para indicar qualquer peixe grande, incluindo golfinhos e tubarões.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1.1-2.10 O livro do profeta Jonas pode ser dividido em duas partes principais, sendo cada uma delas introduzida pela expressão, “Veio a palavra do SENHOR a Jonas.” A primeira divisão compreende duas seções: o chamado, fuga, e julgamento de Jonas (cap. 1), e o salmo de ação de graças (cap. 2).

* 1.1-17 Esta passagem descreve a resposta desobediente de Jonas à sua comissão como profeta que deveria ir a Nínive, mas não nos diz o motivo de Jonas ter fugido da presença de Deus (que não é revelado até 4.2). Aqui nós presenciamos a interação de Jonas com os marinheiros gentios, que envolve um tema proeminente na segunda divisão do livro — a misericórdia do Senhor aos gentios. Apesar da desobediência de Jonas e de sua hipocrisia, os marinheiros não desprezam o Deus de Jonas, mas vêem nitidamente a mão do Deus de Israel e respondem com adoração. Em contraste com Jonas, os marinheiros gentios são cuidadosos em evitar o pecado pessoal perante Deus (v. 14). O profeta de Deus é julgado, mas os gentios são poupados, um evento que prenuncia a reação dos ninivitas e o cancelamento do juízo sobre eles na segunda divisão do livro.

*

1.1 Veio a palavra do SENHOR a Jonas. Com algumas variações, esse tipo de enunciação é usada outras 112 vezes no Antigo Testamento para descrever a revelação de uma mensagem divina ao profeta.

Jonas, filho de Amitai. O receptor da revelação do Senhor é Jonas (“pomba”), filho de Amitai (“leal” ou “fiel”). Esta designação identifica o profeta como o personagem histórico de 2Rs 14:25, que proclamava que Jeroboão II (793-753 a.C.) iria reaver o território dos sírios ao norte. Compare a mensagem de Jonas ao reino de Jeroboão com as palavras de Amós e Oséias, que profetizaram durante o período do declínio espiritual de Israel na última parte do mesmo século (Introdução. Data e Ocasião).

* 1.2 vai... Nínive. A soberania do Senhor sobre todas as nações está implícita na ordem a Jonas. Ele é o Juiz de toda a terra (Gn 18:25). Nínive, a última capital do Império Assírio, estava localizada no lado leste do Rio Tigre, diretamente oposta à moderna cidade de Mosul no norte do Iraque. O sítio arqueológico tem sido amplamente escavado e ostenta uma longa e rica história.

clama contra ela. Jonas entendia que seu pronunciamento acerca do julgamento pelo Senhor contra o temido e odiado Império Assírio era revogável (4.2, nota). Ele sabia que sua mensagem oferecia oportunidade para o arrependimento.

sua malícia subiu até mim. Na última profecia de Naum (século VII a.C.), a capital assíria, Nínive, é o foco da ira divina e é retratada como a personificação do mal e da crueldade (Na 3:1-7). A máquina de guerra assíria foi responsável por atrocidades cruéis; em 612 a.C., esse mesmo império iria cair vítima de um cruel destruidor.

* 1.3 Társis. A identificação precisa desta Társis é difícil, embora seja freqüentemente identificada como porto de mineração de Tártesso, no sul da Espanha. Algumas vezes, porém, o termo designa o distante litoral mediterrâneo em geral.

da presença do SENHOR. Porque Deus está presente até mesmo “nos confins dos mares” (Sl 139:9), escapar era impossível.

* 1.4 o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento. O Deus de Jonas é o Criador e Senhor do mar (Gn 1:10, 21; Êx 14:21; Mc 4:41).

*

1.7 lancemos sortes. O lançar de sortes era uma forma comum de adivinhação no mundo antigo, um método usado para descobrir a vontade dos deuses. Este método de discernir a vontade do verdadeiro Deus não foi proibido no antigo Israel, pois o Senhor governava até mesmo sobre as sortes (Nm 26:55; Js 18:6-10; Ne 10:34; Pv 16:33; At 1:24-26).

* 1.9 Sou hebreu. Ver nota em Gn 14:13. Jonas se identifica em termos étnicos. O termo “hebreu” era usado pelos israelitas para identificar a si mesmos diante da estrangeiros (Gn 40:15; Êx 1:19; 3:18; 10:3).

temo ao SENHOR. Jonas também se identifica em termos religiosos. O Senhor seu Deus não é apenas uma divindade pessoal, familiar, ou nacional. Ele é o Deus supremo e soberano, o Criador da terra e mar.

o Deus do céu. Um título antigo (Gn 24:3, 7) também comumente usado no período persa depois do Exílio (2Cr 36:23; Ed 1:2; Ne 1:4, 5; 2:4).

*

1.17 Deparou o SENHOR. Lit. “O Senhor designou.” A mesma palavra hebraica também ocorre em 4:6-8; em cada ocorrência indica um exemplo surpreendente da soberania de Deus sobre o mundo natural.

um grande peixe. A espécie de baleia ou peixe que engoliu a Jonas não pode ser identificada com segurança. Sugestões incluem a baleia cachalote ou um grande tubarão. O peixe era o instrumento de Deus para resgatar Jonas das profundezas do mar (“o ventre do abismo,” 2.2).

três dias e três noites. Jesus se referiu ao livro de Jonas a fim de comunicar verdades relacionadas com sua própria mensagem e missão (Mt 12:38-41; 16:4; Lc 11:29-32). Ele fala do “sinal do profeta Jonas” não só com referência aos três dias e três noites em que Jonas esteve no peixe (Mt 12:39, 40), mas também com relação à eficácia da pregação de Jonas. Sem contemplar nenhum milagre, os ninivitas reconheceram que a mensagem de Jonas tinha autoridade divina, e assim responderam com arrependimento.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
JONAS profetizou ao Israel e Assíria em 793-753 a.C.

Ambiente da época: Nínive era a cidade mais importante de Assíria e logo seria a capital do imenso império assírio. Mas Nínive era também uma cidade perversa.

Principal mensagem: Jonás, que aborrecia aos capitalistas e malvados assírios, recebeu um chamado de Deus a advertir aos assírios que lhes chegaria castigo se não se arrependiam.

Importância da mensagem: Jonás não queria ir ao Nínive, e tratou de fugir de Deus. Mas Deus tem formas de nos ensinar a obedecê-lo e segui-lo. Quando Jonás pregou, a cidade se arrependeu e Deus reteve o castigo. Até os mais perversos podem salvar-se se seriamente se arrependem e se voltam para Deus.

Profetas contemporâneos: Joel (853-796?) Amós (760-750)

1:1, 2 Jonás se menciona em 2Rs 14:25. Profetizou em tempos do Jeroboam 2, rei do Israel de 793-753 a.C. Possivelmente era membro dos filhos dos profetas" que se mencionam em relação com o ministério do Eliseu (2Rs 2:3).

Deus disse ao Jonás que pregasse no Nínive, a cidade mais importante de Assíria, um incipiente poder mundial nos dias do Jonás. Em menos de cinqüenta anos, Nínive seria já a capital do vasto império assírio. Jonás não fala muito da maldade do Nínive, mas o profeta Nahum nos oferece maior informação. Diz Nahum que Nínive tinha cansado em pecados como (1) pensar coisas más contra Deus (Na 1:9), (2) explorar ao necessitado (Na 2:12), (3) ser cruel na guerra (Na 2:12-13), (4) adorar ídolos, prostituição e bruxaria (Na 3:4). Deus disse ao Jonás que fora ao Nínive, como oitocentos quilômetros ao nordeste do Israel, a lhes advertir do iminente castigo e a declarar que podiam alcançar misericórdia e perdão se se arrependiam.

1:3 Nínive era uma cidade poderosa e perversa. Desde menino Jonás tinha aprendido a odiar aos assírios e temer suas atrocidades. Aborrecia-os tanto que não queria que recebessem misericórdia de Deus. Jonás temia que se arrependessem (4.2, 3). Sua atitude era representativa da relutância do Israel a falar com outros do amor e a misericórdia de Deus, embora essa era a missão que Deus lhes tinha dado (Gn 12:3). Eles, como Jonás, não queriam que os que não fossem judeus (gentis) obtiveram o favor de Deus.

1:3 Jonás sabia que Deus tinha uma tarefa para ele, mas não queria cumpri-la. Tarsis pode ter sido um dos tantos portos ocidentais de Fenícia. Nínive estava ao este. Jonás tratou de i-lo mais ao oeste possível. Quando Deus nos ordena algo em sua Palavra, às vezes fugimos por temor ou teima, com a desculpa de que Deus nos está pedindo muito. Possivelmente foi temor, ou irritação pela amplitude da misericórdia de Deus, o que fez que Jonás fugisse. Mas a fuga o meteu em problemas piores. Ao final, Jonás entendeu que é melhor fazer o que Deus manda. Mas já tinha tido que pagar um alto preço por fugir. É melhor obedecer de um princípio.

1:4 antes de estabelecer-se na terra prometida, os israelitas tinham sido nômades que foram de lugar em lugar em busca de bom pasto para seu gado. Embora não eram um povo de marinheiros, sua localização nas costas do Mediterrâneo e perto dos vizinhos poderes marítimos de Fenícia e Filistéia lhe permitiu vincular-se muito com navios e marinheiros. A nave em que se embarcou Jonás provavelmente era um navio de carga com coberta.

1:4 A desobediência do Jonás pôs em perigo a vida da tripulação do navio. Temos a gan responsabilidade de obedecer a Palavra de Deus porque nossos pecados e desobediências podem pôr em perigo aos que nos rodeiam.

1.4, 5 Enquanto a tormenta rugia, Jonás dormia sob coberta. Embora estava fugindo de Deus, a consciência não lhe incomodava. Mas o que não nos sintamos culpados não sempre é sinal de que estamos atuando bem. Como a gente pode negar a realidade, não podemos medir a obediência pelo que sentimos. Por isso é importante que nos comparemos com as normas divinas.

1:7 Os tripulantes jogaram sorte para descobrir ao culpado. Deu-lhes resultado, mas solo porque Deus interveio para que Jonás soubesse que não podia fugir dele.

1.9-12 E um não pode procurar o amor de Deus e fugir do ao mesmo tempo. Jonás logo compreendeu que em nenhuma parte podia esconder-se de Deus. Mas antes de que Jonás pudesse voltar para Deus, teve que deixar de ir em sentido contrário. O que lhe pediu Deus que faça? Se quisermos mais do amor e o poder de Deus, temos que estar dispostos a cumprir com as responsabilidades que nos dá. A gente não pode dizer que acredita em Deus se não fazer o que Deus diz (1Jo 2:3-6).

FUGA DO JONAS : Deus disse ao Jonás que fora ao Nínive, a capital do Império Assírio. Muitos dos coterráneos do Jonás sofreram as atrocidades dos cruéis assírios. Ao lugar onde menos queria ir Jonás em uma viagem missionária era ao Nínive. Por isso se foi em outra direção. Tomou um navio no Jope que se dirigia ao Tarsis. Mas Jonás não pôde escapar de Deus.

1:12 Jonás sabia que tinha desobedecido e que a tormenta era por culpa dela, mas não disse nada até que os marinheiros jogaram sorte e a sorte caiu sobre ele (1.7). Então esteve disposto a perder a vida para salvar aos marinheiros, embora não tinha querido fazer o mesmo pela gente do Nínive. Jonás odiava tanto a quão assírios tinha perdido toda perspectiva.

1:13 Ao tratar de salvar a vida ao Jonás, aqueles marinheiros pagãos demonstraram ter mais compaixão que Jonás, porque este não queria anunciar aos ninivitas o castigo que Deus ia impor lhes. Os cristãos devem nos envergonhar cada vez que um incrédulo mostra mais compaixão que nós. Deus quer que nos preocupemos de todas as pessoas, sejam salvas ou não.

1.14-16 Jonás desobedeceu a Deus. Em sua fuga, deteve-se e se submeteu a Deus. Então a tripulação da nave adorou a Deus porque viram que a tormenta amainava. Deus pode utilizar até nossos enganos para que outros lhe conheçam. Pode ser doloroso, mas reconhecer nossos pecados pode ser um tremendo exemplo aos que não conhecem deus. É triste que aqueles marinheiros pagãos fizeram o que a nação do Israel inteira não fez: oraram e prometeram servir a Deus.

1:17 Muitos trataram que dizer que este relato é ficção, mas a Bíblia não o apresenta nem como um sonho nem como uma lenda. Não joguemos a um lado este milagre como se a gente pudesse escolher em que milagre da Bíblia acreditar e em qual não. Uma atitude assim nos levaria a pôr em dúvida qualquer parte da Bíblia e a perder confiança em que a Bíblia é a fidedigna Palavra de Deus. A experiência do Jonás a usou Cristo como ilustração de sua morte e resurreción (Mt 12:39-40).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. a desobediência de Jonas (Ob 1:1)

1 Ora, a palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai, dizendo: 2 Levanta-te, ir a Nínive, a grande cidade, e clama contra ela; porque a sua malícia subiu até mim.

O escritor do livro de Jonas diz nada de idade de Jonas quando Deus o chamou, nem das circunstâncias em que foi chamado; estes pormenores não são necessários para a mensagem do livro. Mas ele faz algum coisas crystal clear: (1) Jonas estava convencido de que Deus o havia chamado; (2) ele sabia a quem Deus estava enviando; e (3) ele sabia por que a mensagem era para ser dado. Deus lhe havia dito para clamar contra Nínive; porque a sua malícia subiu até mim.

Muitas vezes acontece, quando Deus chama, que Ele não faz os detalhes da missão conhecida até que sejam necessários. Ele não é como um rei terreno, que deve dar a todos o seu comando desde o início e enviar seu servo fora de sua presença. O soberano divino vai com seu mensageiro, preenchendo os detalhes como eles são necessários. Então Jonas foi ordenado a clamar contra Nínive; mas o texto exato da mensagem parece não ter sido revelado até que ele precisava para entregá-lo (conforme Jn 1:1 sugere duas fraquezas na teologia de Jonas. (1) Ele acreditava que o Senhor para ser uma divindade local. Se ele pudesse, mas chegar fora do território de Israel, ele pensou que poderia libertar-se da chamada onerosa; então ele se levantou para fugir para Társis, da presença do Senhor.

É comum que a teologia de alguém para ser colorido por seus desejos. Em última análise, os homens acreditam essencialmente o que eles querem acreditar. Mas Deus tem uma maneira de bater a teologia de um homem livre do invólucro de erro em que a sua racionalização vestiu-lo. Quando Jonas foi cercado por uma tempestade e um monstro marinho, ele novamente reconhecido Jeová para ser "o Deus do céu, que fez o mar ea terra seca" (v. Jn 1:9 ).

(2) A segunda prova da inexatidão do pensamento teológico de Jonas era o seu aparente idéia de que se pode desobedecer a Deus com impunidade. As circunstâncias que levaram Deus em sua vida logo provou a falsidade dessa noção.

Quando Deus ordenou a Jonas, ele se levantou para fugir ao invés de obedecer. Ele desceu a Jope.

A desobediência a Deus é sempre um curso para baixo. Simbolicamente, isso é visto em experiências de Jonas: (1) que desceu a Jope, (2), ele desceu para o navio (v. Jn 1:5 , (3), ele desceu para o mar) (v. Jn 1:15 , (4) ), ele desceu para o peixe (v. Jn 1:17 ), e (5), ele logo estava nas partes mais baixas da terra (Jn 2:6)

1. The Storm (1: 4-16)

4 Mas o Senhor enviou um grande vento sobre o mar, e houve uma grande tempestade no mar, de modo que o navio estava a ser quebrado. 5 Então os marinheiros tiveram medo, e clamavam cada um ao seu deus; e lançavam as cargas, que estavam no navio no mar, para iluminá-lo a eles. Jonas, porém, descera ao íntimo do navio; e ele se deitou, e estava dormindo. 6 O mestre do navio veio a ele, e disse-lhe. Que tens, ó tu que dormes? levanta-te, clama ao teu Deus, se é que Deus se lembre de nós, para que não pereçamos. 7 E dizia cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por que causa este mal em cima de nós. . E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jn 8:1 ), e maldade entre os ninivitas continuou desmarcada. Mas, para a misericórdia do Senhor, todos esses e próprio Jonas teria sido perdida.

Jonas sabia que o desastre comum tinha golpeado por causa de sua desobediência pessoal (v. Jn 1:12 ), mas tão de mau gosto foi a tarefa que Deus lhe havia designado para fazer que ele preferia morrer a si mesmo se humilhar e obedecer. Leve-me para cima, e lançou-me frente para o mar, ele aconselhou os homens que perguntou como eles podem desviar a ira de Jeová.

Relutância dos marinheiros para dar cumprimento à directiva de Jonas ilustra o fato embaraçoso que os pagãos às vezes mostram maior respeito por seus semelhantes do que "o povo de Deus." Assim como Jonas esteve disposto a deixar uma cidade populosa ser destruído, por isso muitos "cristãos, "em desobediência ao espírito de amor, e em desprezo para o comando direto de Cristo, reter tanto o pão físico e espiritual de milhões de seus semelhantes. Como resultado, muitos aniquilará nesta vida, e as almas de milhões morrerão para sempre.

2. A Fish (Jn 1:17)

17 E o Senhor preparou um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e Jonas esteve no ventre do peixe três dias e três noites.

Assim como o mar recebeu Jonas, o Senhor, em misericórdia, teve um grande peixe, esperando para engoli-lo.

A deglutição de Jonas era por meios naturais; sua preservação por três dias e noites foi um raro tipo de milagre. No entanto, aqueles que acreditam no Deus da Bíblia não duvidar da possibilidade de tal milagre.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. Resignação — a lição da paciência de Deus (1)

Jonas, em vez de ir para Nínive, cor-reu na direção oposta. Ele fugiu "da presença do Senhor", o que signifi-ca que deixou sua função de profe-ta. Ele sabia que não poderia fugir da presença do Senhor (SI 139:7ss), porém podia renunciar ao seu cha-mado e parar de pregar. Ele tornou- se um profeta desobediente.

  • Sua desobediência originou-se de muitas causas
  • Primeiro, ele tinha a atitude erra-da em relação à vontade de Deus e pensava que esse chamado era algo difícil e perigoso. Ele teve a atitude errada em relação ao teste-munho, pois achou que podia "ligar e desligar" seu testemunho quando quisesse e não percebeu que, inde-pendentemente de onde estivesse, ele testemunhava a favor do Senhor, ou contra ele. Jonas também tinha a postura errada em relação aos seus inimigos: ele queria vê-los arruina-dos.

  • Sua desobediência seguiu um caminho descendente
  • Desceu até Jope, embarcou em um navio, foi lançado no mar e foi tra-gado por um grande peixe. A deso-bediência sempre leva ao declínio. Todavia, observe que, com frequên-cia, as coisas parecem trabalhar a favor do crente desobediente, pois o navio estava esperando por ele, e ele tinha o dinheiro para comprar a passagem. Ele estava tão em paz que conseguiu até dormir em meio à tempestade!

  • Sua desobediência teve conseqüências trágicas
  • Ele perde a voz de Deus, pois ago-ra o Senhor tem de falar com ele por intermédio de uma tempestade. Ele perdeu sua energia espiritual e adormeceu no porão do navio. Ele perdeu o poder na oração e até a vontade de orar. Os pagãos oravam, mas Jonas dormia. Ele perdeu, para sempre, seu testemunho e sua in-fluência para os homens do navio, porque foi a causa da tempestade. Ele também quase perdeu a vida. O Senhor foi muito paciente e longâ- nimo com ele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    1.1 Jonas, filho de Amitai. Este profeta viveu em Samaria durante o reinado de Jeroboão II (782-753 a.C.) quando Israel ainda não percebia que a Assíria estava prestes a destruí-la (cf.Jl 7:10, que mostra a tentativa de Amós em dar-lhe o alarme).

    1.2 Nínive. Capital do império assírio (Gn 10:12), ao nordeste da Palestina. Jonas tinha que pregar contra os seus pecados, que eram tão grandes, que exigiam a intervenção divina (o modo de dizer isto é "subiram até Deus”, embora seja óbvio que Deus sempre veja tudo).

    1.3 Társis. Provavelmente uma cidade que ficava no sul da Espanha, de onde os fenícios traziam o metal que ali se refinava, em troca de outras mercadorias. A fuga de Jonas tinha por finalidade escapar de uma incumbência difícil, e, talvez, evitar a conversão e a preservação daquela nação que seria uma ameaça para Israel. Jope era realmente o porto marítimo mais acessível a Judá e a Israel; de lá, Jonas pretendia ir ao lugar mais afastado de Nínive que ele conhecia.

    1.7 Lancemos sortes. Para se lançar sortes, pequenas pedras nas quais se escrevia alguma coisa eram colocadas em um recipiente, sacudidas juntas, para então se tirar uma delas, que seria a resposta certa. Há vários exemplos do lançar sortes na narrativa do Antigo Testamento: Lv 16:8; Js 18:6; 1Sm 14:42; Nu 10:34. Na Bíblia, este ato foi ligado à oração da fé, como se vê no último relato sobre o assunto, em At 1:23-44. Hoje não há mais necessidade de se lançar sortes, pois os crentes têm a Bíblia e o Espírito do Senhor para guiá-los.

    1.9 Temo ao Senhor. A Bíblia fala de dois tipos de temor:
    1) Há o medo dos homens e das coisas, demonstrado pelos marinheiros no v. 10;
    2) Há o temor do Senhor, que é a piedade, o respeito para com as coisas eternas, que traz consigo o ódio ao mal, Sl 19:9; Pv 1:7; Pv 8:13. Este temor foi demonstrado por Jonas de uma maneira bem imperfeita, por causa da sua desobediência (v. 3) e seu descontentamento (4:10-11).

    1.12 Por minha causa. Jonas, a estai altura, já sabia que a sua desobediência era a causa do problema (conforme v. 4 com He 12:6, He 12:11).

    1.14 E não faças cair sobre nós este sangue. Os homens estavam pedindo a Deus que não os culpasse pela morte de Jonas, ao lançá-lo ao mar. Fizeste como te aprouve. Conforme Sl 115:3.

    1.17 Deparou... um grande peixe. Deus havia preparado um meio de restaurar Jonas à vida, e levá-lo a cumprir sua missão. Note-se que não era uma baleia (que não é um peixe, mas sim um mamífero, e que aliás não tem garganta de tamanho suficiente para tragar um homem). Este foi um dos muitos milagres que sempre acompanharam a interferência divina na história humana, e das quais a mensagem bíblica está repleta; foi mencionado pelo Senhor Jesus Cristo e por Ele interpretado (Mt 12:39, Mt 12:40).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. CAPÍTULO 1: O Senhor SALVA MARINHEIROS PAGÃOS DA MORTE NA TEMPESTADE
    v. 1. A palavra do Senhor veio-, sete dos Doze Profetas começam dessa forma (Oséias, Joel, Miquéias, Sofonias, Ageu, Zacarias). Jonas, filho de Amitai-. identifica Jonas como a personagem histórica de 2Rs 14:25 que profetizou misericórdia para Israel (conforme v. 26), profecia que se cumpriu no reinado de Jero-boão II (c. 793-753 a.C.). Jonas = pomba; Amitai = verdade. O uso da terceira pessoa na narrativa significa que o próprio Jonas não precisa ser necessariamente o autor, embora as informações, pressupondo a historicidade, tenham vindo obrigatoriamente do próprio Jonas. v. 2. Vá [a] Nínive: outros profetas denunciaram nações estrangeiras de uma distância segura. Se a proclamação fosse meramente predição, poderia ter sido feita igualmente bem a partir da Galiléia. O fato de que Jonas tinha de ir à real situação em Nínive e anunciar a destruição dos seus habitantes só poderia significar que Deus desejava dar-lhes homem”. Jesus havia reivindicado poder e glória, mas os seus inimigos propositadamente destruíram o seu prestígio e lhe tomaram a credibilidade por meio da humilhante desgraça da crucificação. Jesus é de fato maior do que Jonas na sua disposição de perder prestígio e de ser mal interpretado como um impostor. E nada menos do que o sinal do profeta Jonas, de ressurreição factual da morte, era necessário para que se tornasse novamente um Príncipe e Salvador digno de crédito.

    a oportunidade de arrependimento e redenção (J. H. Hertz).

    grande cidade-. Nínive estava situada à margem leste do rio Tigre, perto da atual Mossul. As ruínas são marcadas pelas colinas chamadas Kuyunjik e Nabi Yunus (profeta Jonas) que atualmente são habitadas e não foram escavadas ainda apesar de ocultarem o palácio de Esar-Hadom. Nínive foi uma das quatro cidades fundadas por Ninrode, ou Assur, depois de deixar a Babilônia (aqui provavelmente temos uma alusão às palavras “a grande cidade” de Gn 10:11,12). Na época do reinado de Tiglate-Pileser I (1114-1076 a.C.), foi estabelecida como um palácio alternativo a Assur e Calá. Senaqueribe reconstruiu e fortificou a cidade de forma intensa e abrangente como última capital da Assíria (c. 705 a.C.). v. 3. Társis: um lugar rico em prata, ferro, estanho e chumbo (Ez 27:12; Jr 10:9). O termo provavelmente significa “lugar de fundição”. Os navios de Társis eram barcos fenícios carregando metais fundidos para os portos fenícios de Jope, Tiro etc. Társis poderia ser qualquer colônia fenícia do Mediterrâneo Ocidental rica em depósitos de metais.

    Tartesso na Espanha ou Sardenha são possibilidades. Ir a Nínive significava 800 quilômetros para nordeste através do deserto. Ir a Társis significava mais Dt 3:0 quilômetros para o oeste (conforme “na direção oposta”, GNB). fugiu: missionários muitas vezes têm vontade de fugir. Até Jeremias pensou em silenciar a palavra de Deus (Jr 20:9). Elias quis desistir (1Rs 19:3,1Rs 19:4).

    Por que Jonas fugiu? Veja as razões que Jonas dá em 4.2. Entre as sugestões, estão:
    (1)    Medo de ir a uma cidade hostil e cruel.

    (2)    Os rabinos sugeriram que Jonas previu que o arrependimento de Nínive refletiria de forma adversa sobre os israelitas, que, apesar de muitas advertências proféticas, não tinham se arrependido. Ele não estava disposto a aceitar a misericórdia sendo concedida ao inimigo de Israel, porque uma Nínive perdoada poderia cair sobre o indefeso Israel como o “bastão da minha ira [da ira de Deus]” (Is 10:5). “Você precisaria ser francês, ou russo, que três vezes e duas vezes, respectivamente, viram durante sua vida a violência com que a Alemanha dilacerou as entranhas de seu país, para entender completamente como um homem como Jonas deve ter pensado acerca da Assíria. Três vezes, ao menos, a ameaça havia chegado perto, três vezes o sopro quente da destruição havia sido sentido, três vezes a ameaça tinha se voltado para outros” (Ellison).

    (3)    Ele estava com medo da perda de prestígio, como de um falso profeta cujas palavras não se cumpririam.

    da presença do Senhor: conforme Gn 3:8; 4:16; Êx 33:14; 2Rs 13:23; 2Rs 24:20; Sl 51:11; Sl 95:2Sl 139:7; Is 64:1-23. O Senhor pode nos expulsar da sua presença, ou o homem, como Jonas, pode tentar fugir dela. Isso não precisa significar que Jonas pensava a respeito da presença de Deus como presença cultual localizada somente em Israel (conforme v. 9 e NBCR). A idéia de Deus ter só uma influência local de fato existe (1Rs 20:28; 2Rs 5:17), mas Amós, contemporâneo de Jonas, ensina a autoridade mais ampla do Senhor para julgar as nações (Jl 1:3,Jl 1:6,Jl 1:9,Jl 1:11,Jl 1:13). Jonas, o profeta de ótima reputação em virtude de sua profecia cumprida em relação às fronteiras restabelecidas de Israel, agora tenta abandonar o seu chamado e renunciar à sua comissão. De forma experimental, ele está tentando fugir do Senhor (mas v. 2,4) e fugindo especialmente do palco dramático em que Deus está realizando os seus propósitos e juízos. Jope: importante porto do Mediterrâneo, em que mais tarde Pedro recebeu ordem para visitar o gentio Comélio (At 10:5). encontrou um navio [...] Depois de pagar a passagem: recursos na mão e um navio oportuno não devem ser considerados necessariamente direção circunstancial! A interferência divina poderia ter levado Jonas a ter um acidente, a não encontrar um leito no navio ou não ter dinheiro suficiente para a passagem. Por que o Senhor, que obstruiu Balaão para não profetizar contra Israel (Nu 22:22ss), permitiu que Jonas prosseguisse no caminho da desobediência? Deus não força o homem manipulando-o como a um fantoche; antes, ele molda a experiência de vida de Jonas para produzir nele o consentimento da sua vontade em direção ao que Deus decidiu. Em cada ocasião, o homem pode se recusar a seguir (Ellul, p. 24). Jonas precisava

    (1)    aprender a lição do poder e da onipresença de Deus;
    (2)    aprender que o caminho da desobediência é desconfortável, passando pela tempestade e pelo estômago de um peixe;
    (3)    ser engolido pelo “peixe”, que certamente era algo significativo não somente para o distante futuro em relação à ressurreição de Jesus, mas era em Sl um “sinal” possivelmente para os ninivitas e certamente para Israel.
    v. 4. tempestade: a LXX traz klydõ«, vagalhão, rebentação. Essa não era uma demonstração despropositada do poder do Senhor sobre os elementos, nem mesmo para dobrar o inflexível Jonas, mas para lhe dar um sentimento de preocupação pelos marinheiros e, assim, pelos ninivitas. v. 5. marinheiros: heb. mallãhtm, “marujos” (conforme Ez 27:9, 29). tinha desrído ao porão-, ao compartimento de carga do navio. O heb. sephinãh provavelmente representa a terminologia náutica fenícia, mas está relacionado ao verbo heb. sãphan, “cobrir”.

    Os israelitas, embora vivessem não muito longe da costa, eram essencialmente um povo do interior sem muita intimidade com o mar (a experiência marítima é mencionada somente em Jonas, no Sl 107:0 e em Ez 27, que também está associado à cidade de Tiro dos fenícios). Com o vento uivante e a terrível rebentação, não é de admirar que o desgastado profeta tenha descido ao porão e estivesse dormindo profundamente (sofrendo com o choque cultural!), v. 6. 0 capitão-, essa é a única ocorrência de um capitão de navio no ATOS. Como o único profeta da Ga-liléia, podemos esperar que Jonas use algumas palavras que poderiam ser peculiares ao dialeto do Reino do Norte. Também devemos esperar que, visto que os judeus não eram um povo acostumado com o mar, uma série de termos náuticos e oceanográficos tenham sido tomados por empréstimo dos marinheiros fenícios que faziam parte da tripulação do navio de Társis com quem Jonas teve contato, e de fato foi isso que ocorreu. seu deus...: heb. ’elõhim, que está em concordância com a palavra comum dos pagãos (v. Kidner).

    v. 9. Eu sou hebreu: o epíteto “hebreu” praticamente nunca ocorre no ATOS, a não ser em narrativas do período mais antigo, e aí principalmente na boca de um estrangeiro falando dos israelitas (Gn 39:14,17; Êx 2:61Sm 4:6,1Sm 4:9) ou de um israelita que quer se identificar para estrangeiros (Gn 40:50; Êx 3.18; 5:3) (John Bright, History of Israel, p. 84). do Senhor, o Deus dos céus: os fenícios adoravam “o senhor (ba‘al) do céu”, e, nas circunstâncias em que Jonas estava, quem teria dado uma resposta mais sensata e mais compreensível à pergunta dos marinheiros? Portanto, a expressão não é necessariamente um título pós-exílico de data posterior (conforme Gn 24:3,7Dt 4:39), embora tenha sido usada em Daniel na presença de reis que adoravam a outros deuses. Teoricamente, Jonas acreditava no reinado onipresente de Deus, mas não experimentalmente e psicologicamente, como ele estava descobrindo naquele momento, v. 10. O que foi que você fez? Não é uma pergunta, mas uma exclamação de horror. Jonas evidentemente já lhes contou antes a respeito da sua fuga, e vamos encontrar exemplos posteriores da forma de administrar as palavras no sentido de suprir informações necessárias que foram omitidas anteriormente.

    v. Yl. joguem-me no mar. isso era suicídio? Remorso por fazê-los sofrer? Morte substitutiva? Por que há tanta certeza de que a tempestade vai se acalmar quando ele for jogado no mar? A bordo do navio, Jonas viu os “estrangeiros” como pessoas. O profeta e os seus inimigos naturais experimentaram a sua humanidade comum sobre o navio que se contorcia e estava a ponto de se quebrar. Jonas não somente sente o parentesco dos gentios com ele mesmo, mas a suscetibilidade e abertura deles para o conhecimento do seu Deus (G. A. Smith). Tudo de que ele tentou fugir e, assim, evitar, está acontecendo diante dos seus olhos, e pela sua própria mediação ele vê os pagãos se voltando para o temor do Senhor, v. 13. de volta à terra: os navios do mundo antigo navegavam perto da costa, mantendo-se à vista da margem, se esforçaram ao máximo: os homens tentam demonstrar a sua preocupação pela vida de Jonas ao tentar evitar sacrificá-lo. O clímax é atingido não quando Jonas sente a sua humanidade comum com os pagãos (o Senhor está ensinando algo a Jonas) nem quando ele descobre o temor deles pelo seu Deus, mas quando, a fim de garantir a eles a misericórdia poupadora de Deus, ele oferece a sua própria vida [...], portanto, Deus ainda nos força a aceitar nova luz e a realizar tarefas estranhas (G. A. Smith). Deus “torna concreta para ele a situação da outra pessoa. Agora isso é digno de consideração: Jonas não queria levar a salvação a Nínive. Ele tem de levar a salvação aos homens no navio. Quer goste quer não, Jonas não pode escapar do significado do seu nome.

    Ele é a ‘pomba’ ” (Ellul, p. 34). v. 14,15. não nos deixes...', com uma oração nos lábios, eles jogam Jonas no mar. Os homens pensavam que estavam sacrificando Jonas para salvarem a Sl mesmos. Certamente uma vida foi dada no lugar de muitas. Compare essa decisão serena de Jonas de ser o bode expiatório com a declaração de Moisés: “risca-me do teu livro que escreveste” (Ex 32:32). O mar se acalma de forma miraculosa (conforme Mt 8:23Mt 8:27). Jonas os salvou humanamente e materialmente; eles não se afogarão por culpa dele. Mas ele também os salva espiritualmente (Ellison). v. 16. adoraram o Senhor com temor, oferecendo-lhe sacrifícios-, a repetição (no heb.) do nome do Deus da aliança deixa claro que os sacrifícios não foram feitos ao deus do mar, mas ao Deus de Jonas, Javé (conforme Kidner).

    v. 17. um grande peixe-, heb. dãg gãdôl, LXX kêtos (“mostro marinho”). Os hebreus não eram um povo muito acostumado ao mar, e não podemos esperar distinções biológicas do século XXL Até pessoas modernas às vezes descrevem mamíferos que respiram, como por exemplo as toninhas, como sendo peixes grandes. A ausência da palavra “baleia” é um acidente da tradução para as línguas ocidentais, como inglês e português, e não uma questão de inspiração bíblica. A palavra dãg (“peixe”) incluía moluscos, crustáceos e até mesmo focas (e eventualmente também mamíferos que respiram). No NT, o grego kêtos é traduzido na 5A (também RV e RSV) por “baleia”, mas “monstro marinho” é zoologicamente menos específico (aqui na NVI: grande peixe). O único lugar de se encontrar um depósito renovável de oxigênio debaixo das ondas espumantes do mar é a faringe de um mamífero que respira (um cetáceo). Falando em termos zoológicos, um homem engolido por um peixe iria se afogar no peixe tão rapidamente quanto na água do mar. Parece haver poucas razões para se criarem dificuldades para o cético, e não se resolve o debate ao fazer a concessão (como todo cristão deve fazer) ao fato de que o Senhor poderia, se quisesse, manter vivo de forma miraculosa um homem dentro de um peixe que extrai o oxigênio da água, se, de fato, as palavras das Escrituras inspiradas são igualmente aceitáveis para um mamífero marinho que extrai o oxigênio do ar e para um peixe estritamente definido. As baleias existem em dois grupos principais: as que se alimentam de plâncton, com um esôfago estreito, incapaz de engolir um ser humano (Spermaceti), e as grandes baleias dentadas (Odontoceti), que comem lulas gigantes e grandes focas, e são capazes, portanto, de engolir (e digerir) um homem. Ocasionalmente, são citados casos de homens que foram resgatados pouco depois de terem caído do barco no mar, estando os homens ainda vivos na presa da baleia. No entanto, uma investigação por meio de Lloyds do capitão do “Estrela do Oriente” desacreditou a história de marinheiro contada por James Bartley (Expository Times, xvii, 1905-1906, p. 521; xviii, 1906-1907, p. 239).

    O milagre então é um milagre de crono-metragem, assim que o Senhor enviou a criatura marinha para engolir Jonas, pois, se não fosse isso, ele teria se afogado no mar. Embora o fato da ocorrência possa ser questionado, não há razão científica para insistir em que esse evento muito raro não possa ter acontecido. No entanto, não podemos estar “tão obcecados por aquilo que está acontecendo dentro da baleia e assim perdermos de vista o drama dentro de Jonas” (Gaebelein).
    Por que Jonas foi engolido pelo grande peixe?
    (1)    Para salvá-lo do afogamento.
    (2)    Para disciplinar o profeta.
    (3)    Para proporcionar uma prefiguração da morte e ressurreição daquele que é maior do que Jonas e que também veio da Galiléia.
    (4)    Como uma parábola encenada (muito semelhante à triste experiência matrimonial de Oséias que se tornou típica do juízo do Senhor sobre o seu povo adúltero e também da separação dele desse povo) do fato de Israel ser engolido pela Babilônia e depois ser vomitado (“Nabucodonosor [...] como uma serpente nos engoliu” [heb. tanmn\ [Jr

    41.34] e “[Eu] o farei vomitar o que engoliu” [Jr 51:44]). Aceitar esse significado típico não significa negar que o milagre de fato ocorreu. Deve-se observar, no entanto, que a palavra para “serpente” em Jeremias é traduzida de diversas formas por “dragão”, “monstro marinho” etc. (George Gansdale, Animais of Biblelands, 1970, v. “Whale”, p. 137, “Dragon”, p. 252).

    Qual era o estado psicológico de Jonas? Ele estava dando a sua vida pelos marinheiros e esperava morrer afogado. Alguns comentaristas argumentam que ele de fato morreu afogado e foi depois ressuscitado. Jonas pode bem ter perdido a consciência, mas sem mais evidências bíblicas a discussão continua um tanto acadêmica.

    três dias e três noites: conforme Mt 12:40. Desorientado nesse tenebroso confinamento, Jonas deve ter sido incapaz de medir o tempo. A linguagem no caso da ressurreição de Jesus mostra que isso é uma expressão para representar um dia inteiro e porções de dias adjacentes, i.e., não mais do que 36 horas. Observe Dn 6:1,Dn 6:2: “Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura [...] Depois de dois dias ele nos dará vida novamente; ao terceiro dia nos restaurará, para que vivamos em sua presença”. Essas palavras de um profeta contemporâneo de Jonas certamente tinham de significar alguma coisa para os seus dias, como também precisam encontrar o seu cumprimento maior na morte e ressurreição do Senhor Jesus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jonas Capítulo 1 do versículo 4 até o 17
    II. A FUGA DE JONAS E A PERSEGUIÇÃO DE JEOVÁJo 1:4-43). Assim também foi a experiência de Jonas.

    O relato do navio a ponto de naufragar é gráfico e realista- o violento temporal, os marinheiros (5; lit., "sais") de muitas raças e religiões, seu pânico, o excitado interrogatório de Jonas, a relutância dos marinheiros em tomar a providência extrema sugerida pelo profeta, os marinheiros a remar freneticamente. A Septuaginta adiciona o detalhe que foi o ronco de Jonas, a dormir nos lugares do porão (5; lit., "partes internas da coberta inferior") que atraiu a atenção do mestre do navio para o suspeito viajante.

    >Jn 1:10

    O comportamento de Jonas é contrastado com o comportamento dos marinheiros pagãos. Estes estavam possuídos, de forte senso de obrigação religiosa e se admiravam da temeridade de Jonas, que fugia da presença de seu Deus (10). Mostraram-se escrupulosos quando parecia inevitável que Jonas fosse lançado ao mar; e quando o mar finalmente se acalmou, demonstraram temor apropriado para com Jeová (16).

    Não obstante, esse incidente claramente mostra que Jonas não era um covarde. Ele se mostrava comparativamente calmo e equilibrado. Professou sua fé e sua culpa deliberadamente, e de igual modo deliberado preferiu afogar-se para que outros não viessem a perecer por sua causa. Não há dúvida que ele considerava sua morte iminente como castigo de Jeová. A comparação do comportamento do Jonas com os dos personagens da At 27 e Mc 4:35-41 (e paralelos) prova ser instrutiva.

    >Jn 1:17

    Deparou pois o Senhor um grande peixe (17). Note-se que o único lugar onde é empregado o termo "baleia" (e mesmo assim não em todas as versões) é em Mt 12:40, onde a palavra grega assim traduzida significa "enorme peixe". G. C. Aalders (The Problem of the Book of Jonah) salienta que há certo número de enormes criaturas marinhas, capazes de tragar um homem adulto de forma bastante fácil e se refere a um caso real mencionado no Princeton Theological Review (1927). Esse peixe talvez tenha sido o "cachalote", que de fato é encontrado no Mediterrâneo, e que não tem a garganta estreita da verdadeira baleia, a qual, de qualquer modo, não é encontrada naquelas águas. A informação que Jonas ficou aprisionado no ventre do peixe por três dias e três noites (17), se sua intenção foi ser aceita literalmente, provavelmente não foi suprida pelo próprio Jonas, o qual, mesmo que tivesse mantido a consciência durante todo o tempo, dificilmente teria tido meios de marcar a passagem dos dias. Portanto, esse período deve ter sido calculado à base da informação suprida pelos marinheiros. Por outro lado, três dias e três noites pode ser apenas uma expressão aproximada para um período mais curto de tempo (cfr. Jo 3:3 e Js 2:16). A adição de três noites não empresta necessariamente exatidão à expressão, e sabemos que algures a expressão "depois de três dias" é equivalente a "ao terceiro dia". Cfr. as referências do Novo Testamento sobre a duração do sepultamento de Jesus (por exemplo, 1Co 15:4). Mt 12:40 mostra que "três dias e três noites" era expressão considerada então como suficientemente exata para denotar um período de não mais de trinta e seis horas.


    Dicionário

    Cessar

    verbo transitivo direto e intransitivo Interromper a continuação de; deixar de continuar; acabar: as chuvas cessaram.
    verbo intransitivo Fazer parar; dar fim a; interromper: cessaram com as manifestações.
    Cessar de. Deixar de (fazer alguma coisa); desistir: cessou de lutar.
    Etimologia (origem da palavra cessar). Do latim cessare.

    Fúria

    substantivo feminino Grande exaltação colérica.
    Cólera, ira, raiva.
    Ímpeto de valentia, de delírio, de insânia.
    Poética Inspiração, estro, entusiasmo.
    Pessoa excessivamente irritada, furiosa.
    substantivo feminino plural Divindades pagãs.

    furor (furibundo, furioso, furente, enfurecido, furial); cólera, raiva, ira (colérico, encolerizado, raivoso, enraivecido, raivado, iroso, irado, iracundo); insânia, sanha (insano, sanhudo, assanhado). – Entre fúria e furor há uma diferença essencial: a fúria não é mais que o efeito, ou a manifestação do furor. É o furor um como súbito delírio, ou uma perda momentânea de consciência, produzida por algum grande choque moral, por alguma paixão violenta. Destes dois vocábulos derivamse: – furibundo = cheio de furor; – furioso = atacado de fúria; – furente = posto em fúria; – enfurecido = tornado furioso; – furial = próprio da fúria, em acesso de furor. Ergueu-se o homem furibundo (e este adjetivo só se aplica ao homem). Homem, vento, mar, tempestade, cão furioso. Alma, olhar, palavras, gesto furente. Quando enfurecido, o bicho é temeroso, o homem é ridículo. Dança furial; festa, cena, balbúrdia furial. – Cólera, raiva e ira (principalmente cólera e ira) dão muitos como sendo sinônimos perfeitos. Dizemos, não há dúvida – cólera divina, ou – ira divina; cólera ou ira de Deus: não diremos, porém – raiva de Deus, conquanto se defina a raiva como manifestação de cólera. De ira diz Roq. que “é palavra puramente latina, que, segundo uns, vem de uro “queimar”, “arder”; e segundo outros, vem de ire (quod à se it qui irascitur: hinc qui iram deponit dicitur ad se redire. Donat.) Segundo Cícero, a ira é uma paixão impetuosa que nos excita a tomar vingança daquele de quem nos julgamos ofendidos com injúria. A ira e a loucura só se distinguem em durar aquela menos tempo que esta, como disse Catão o velho: Iratus ab insano non nisi tempore distat. E o poeta lírico: Ira furor brevis est. 408 Rocha Pombo – Cólera (e melhor cholera) é palavra latina vinda do grego cholê, que significa “bílis”, “fel”; e no sentido translato ira, agastamento. Diferença-se de ira em que se refere à “bílis”, suposta causa da ira. Lê-se no Palmeirim: “Levantar a cólera a alguém” – que é a verdadeira tradução do dito de Aristófanes que os franceses traduzem: Remuer la bile à quelqu’un. Não nos parece que cólera seja mais violenta que ira, a não ser que demos a esta palavra o valor da francesa colère: o que seria cometer um grande galicismo; antes pensamos que às vezes é até menos forte que ira, quando só representa enojo, agastamento. (Como, por exemplo, quando nos referimos à cólera de Aquiles...) – Raiva (do latim rabies) significa, em sentido reto, uma doença, que melhor se chama hidrofobia; em sentido translato é a ira levada ao último grau; supõe, não só agitação violentíssima com furor, senão permanência deste furor, e mais ardente e insaciável desejo de vingar-se, sem consideração a nenhum respeito, como fazem os cães danados, que nem a seus próprios donos poupam: cão com raiva seu dono morde – diz um antigo provérbio. E nisto diferença-se particularmente de cólera e de ira, que, posto que impetuosas, são transitórias, e não cegas e implacáveis como a raiva”. – Da diferença aí estabelecida entre cólera, raiva e ira provém a que se nota entre os respectivos derivados. – Colérico diz propriamente “atacado de cólera”; e também se emprega esta palavra para designar – o que é propenso à cólera, o que facilmente se encoleriza: gênio, temperamento colérico. – Encolerizado quer dizer – levado à cólera, posto em cólera, cheio de cólera. – Como diz S. Luiz, “a terminação em oso, nos adjetivos, exprime muitas vezes a propriedade, a força, a tendência, a propensão natural: assim chamamos rixoso, estudioso, amoroso, etc., o homem que é dado a rixas, que é inclinado aos estudos, que tem propensão para os sentimentos de amor, etc.” A terminação em undo exprime abundância, profusão, excesso, talvez frequência, profundeza, etc.; assim dizemos – venerabundo “o que faz demonstrações de profundo respeito”; furibundo “o que mostra excesso de furor”; rubicundo “o que mostra grande vermelhidão, vermelhidão ardente”, etc. A terminação em ado, nos particípios perfeitos dos verbos, exprime o estado atual passivo do sujeito; a existência do atributo do sujeito no tempo ou época de que se fala; assim em amado, enfeitado, estimado, etc. – Iroso, pois, é propriamente o homem inclinado à ira64, que tem, da sua condição, e como por natureza, facilidade de deixar-se possuir desta paixão; que é propenso a irar-se, etc. – Iracundo é o homem excessivamente iroso (e também irado excessivamente); que abunda (por assim dizer) nesta paixão; que é violentamente dominado dela; cujas iras são frequentes, talvez arrebatadas, impetuosas, etc. – Irado é o homem que atualmente (ou no momento) está tomado de ira. – Iroso e iracundo “designam a paixão, o hábito da ira: irado designa o estado atual do sujeito: por onde, pode um homem estar irado sem ser iroso, nem iracundo; e pode ter esta paixão, estando atualmente de ânimo quieto e tranquilo”. – Distinções análogas devem notar-se em relação a raivoso, enraivecido e raivado: – raivoso significa – “inclinado à raiva; suscetível, por natureza, de enraivecer-se facilmente”; enraivecido e raivado dizem – “atacados de raiva presentemente ou de momento”. Estes últimos indicam estado [e só se usam mesmo com o verbo estar; e o primeiro, raivoso, indica modo de ser, condição (e só este se usa com o verbo ser)]. Entre enraivecido e raivado só há diferença de intensidade, sendo o primeiro mais 64 Irascível é melhor ainda com esta significação. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 409 forte, e indicando raivado aquele “que está ligeiramente movido de raiva”. – Insânia entra aqui só em sentido translato, dizendo o estado de ânimo que se caracteriza por sinais de loucura aparente. O homem insano está como doido, demente, fora de si, como enfermo de paixão. – Sanha, “segundo d. fr. Francisco de S. Luiz no Glossário oriental, vem do hebraico sanah, do verbo sana “ter ódio”; e segundo a etimologia é o mesmo que ira inveterada. É também palavra castelhana (saña); e este era o nome português por que entre nossos antigos era conhecida a paixão a que os latinos chamavam ira, como diz positivamente El-Rei d. Duarte: “Da ira o seu próprio nome em nossa linguagem é sanha, que vem de um arrebatado fervor de coração por desprazer que sente com desejo de vingança” (Leal Conc., 96). No tempo de El-Rei d. Manoel, e ainda depois, era muito usada a palavra sanha em lugar de ira. Daremos um exemplo, tirado das Trovas de Diego Brandão à morte de El-Rei d. João lI; falando, daquele príncipe perfeito, diz: Era um mesmo no prazer e na sanha, Das coisas virtuosas havia cobiça; A todos igualmente fazia justiça, Sem se lembrarem as teias d’aranha. (Canç. Ger., f. 91). Tendo sido a palavra latina ira adotada no uso vulgar da língua, com razão daremos à de sanha o valor de ira furiosa, ou assanhada, como a do animal que mostra os dentes ameaçando”. (Roq.) – Temos, por fim, que sanhudo designa o indivíduo de natureza propenso a sanha, de temperamento caracterizado por uma ira violenta e capaz de excessos de maldade e que assanhado diz apenas – “atacado de sanha”. Emprega-se também esta última forma para indicar aquele que se mostra preso de grande alvoroço. É muito usual dizer-se: crianças assanhadas com a festa, etc.

    Fúria FUROR (Sl 7:6, RA; Lc 8:24).

    Jonas

    Uma pomba. Filho de Amitai (Verdadeiro), natural de Gate-Hefer, pequena aldeia de Zebulom, na Galiléia, hoje chamada el-Meshad. Jonas é mencionado em 2 Rs 14.25 – ele havia anunciado o aumento do reino de israel, o qual recuperaria os seus antigos limites, tendo este fato a sua realização no valor e predomínio de Jeroboão
    ii. Viveu, provavelmente, durante o reinado desse rei, ou talvez, antes, pelo tempo de Jeoacaz. Este Jonas é geralmente identificado com o principal personagem do livro de Jonas.

    1. Veja Jonas, o profeta.


    2. Jonas, filho de Amitai, o profeta de Gate-Hefer, é mencionado apenas uma vez na Bíblia em II Reis 14:25. Creditado como o que predisse, no reinado de Jeroboão II, a devolução das fronteiras de Israel pelos sírios. Gate-Hefer ficava no território de Zebulom e supõe-se que a profecia foi proferida no início do século VIII a.C.


    3. Jonas, o pai de Simão Pedro (Mt 16:17, onde em nossas versões é chamado de Barjonas); também chamado de João. Jonas é a forma hebraica para o nome. Era pai de Simão Pedro e de André. Veja João, item 3.


    Jonas [Pomba] -

    1) Profeta de Israel, filho de Amitai, natural de Gate-Hefer, que predisse a vitória de Jeroboão II sobre a Síria (2Rs 14:23-25). É o autor do livro que leva seu nome (Jn 1:1);
    v. JONAS, LIVRO DE).

    2) Pai de Simão Pedro (Jo 1:42), RC).

    Jonas 1. Pai de Pedro (Mt 16:17).

    2. Profeta, filho de Amati e natural de Gat-Jefer, ao norte de Nazaré. Segundo 2Rs 14:25, profetizou antes de o reino de Israel estender-se até o norte da Síria, sob o reinado de Jeroboão II. O livro que leva seu nome faz parte da coleção dos profetas menores. Jesus refere-se a ele, comparando sua permanência no ventre do peixe com o tempo que mediaria entre sua morte e sua ressurreição (Mt 12:39-41; 16,4; Lc 11:29ss.).


    Lançar

    verbo transitivo Atirar com força, arremessar: lançar uma pedra.
    Fazer cair: lançar alguém ao chão.
    Dirigir: lançar os olhos pelos lados.
    Afastar; separar; expulsar.
    Figurado Fazer renascer; infundir, gerar: aquilo me lançou no coração um grande temor.
    Espalhar, semear: lançar a semente à terra.
    Derramar, verter, despejar, entornar: lançar água num jarro.
    Fazer brotar: as árvores lançavam seus rebentos.
    Proferir, exclamar: lançar pragas.
    Atribuir, imputar: lançar a responsabilidade sobre alguém.
    Enterrar, sepultar: lançaram-no numa cova rasa.
    Fazer cair: aquilo me lançou numa grande tristeza.
    Estender, pôr em volta: lancei-lhe um braço ao pescoço.
    Escrever, traçar: lançou algumas linhas no papel.
    Escriturar nos livros competentes: lançar uma quantia no livro-caixa.
    Iniciar, dar princípio: lançar os alicerces de um prédio.
    Promover, tornar conhecido: meu programa já lançou muitos artistas.
    Lançar à conta de, atribuir, dar como causa.
    Lançar a âncora, fundear.

    Levantar

    verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
    verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
    verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
    verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
    Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
    Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
    Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
    Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
    Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
    Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
    Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
    verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
    verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
    Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
    Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
    Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
    Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
    verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
    Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

    Mar

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

    oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.

    O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

    O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18


    Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


    1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


    2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


    3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

    ====================================

    O MAR

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).


    Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jonas 1: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria.
    Jonas 1: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    760 a.C.
    H2197
    zaʻaph
    זַעַף
    pai de João, o Batista
    (of Zechariah)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    H2904
    ṭûwl
    טוּל
    arremessar, lançar
    (And cast)
    Verbo
    H3124
    Yôwnâh
    יֹונָה
    filho de Amitai e natural de Gate-Hefer; quinto dos profetas menores; profetizou durante
    (Jonah)
    Substantivo
    H3220
    yâm
    יָם
    mar
    (Seas)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H5375
    nâsâʼ
    נָשָׂא
    levantar, erguer, carregar, tomar
    (to bear)
    Verbo
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    זַעַף


    (H2197)
    zaʻaph (zah'-af)

    02197 זעף za aph̀

    procedente de 2196; DITAT - 569a; n m

    1. fúria, furor, turbulência, indignação

    טוּל


    (H2904)
    ṭûwl (tool)

    02904 טול tuwl

    uma raiz primitiva; DITAT - 797; v

    1. arremessar, lançar
      1. (Pilpel) jogar fora, carregar embora, arremessar
      2. (Hifil) jogar, lançar, atirar
      3. (Hofal)
        1. ser arremessado, ser jogado para baixo
        2. ser lançado, ser atirado, ser lançado fora, ser derrubado

    יֹונָה


    (H3124)
    Yôwnâh (yo-naw')

    03124 יונה Yonah

    o mesmo que 3123, grego 2495 Ιοανας e 920 βαριωνας; n pr m

    Jonas = “pomba”

    1. filho de Amitai e natural de Gate-Hefer; quinto dos profetas menores; profetizou durante o reinado de Jeroboão II e foi enviado por Deus para profetizar também em Nínive

    יָם


    (H3220)
    yâm (yawm)

    03220 ים yam

    procedente de uma raiz não utilizada significando rugir; DITAT - 871a; n m

    1. mar
      1. Mar Mediterrâneo
      2. Mar Vermelho
      3. Mar Morto
      4. Mar da Galiléia
      5. mar (geral)
      6. rio poderoso (Nilo)
      7. o mar (a bacia grande no átrio do templo)
      8. em direção ao mar, oeste, na diração oeste

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    נָשָׂא


    (H5375)
    nâsâʼ (naw-saw')

    05375 נשא nasa’ ou נסה nacah (Sl 4:6)

    uma raiz primitiva; DITAT - 1421; v

    1. levantar, erguer, carregar, tomar
      1. (Qal)
        1. levantar, erguer
        2. levar, carregar, suportar, sustentar, agüentar
        3. tomar, levar embora, carregar embora, perdoar
      2. (Nifal)
        1. ser levantado, ser exaltado
        2. levantar-se, erguer-se
        3. ser levado, ser carregado
        4. ser levado embora, ser carregado, ser arrastado
      3. (Piel)
        1. levantar, exaltar, suportar, ajudar, auxiliar
        2. desejar, anelar (fig.)
        3. carregar, suportar continuamente
        4. tomar, levar embora
      4. (Hitpael) levantar-se, exaltar-se
      5. (Hifil)
        1. fazer carregar (iniqüidade)
        2. fazer trazer, ter trazido

    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo