Enciclopédia de Habacuque 1:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hc 1: 10

Versão Versículo
ARA Eles escarnecem dos reis; os príncipes são objeto do seu riso; riem-se de todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomam.
ARC E escarnecerão dos reis, e dos príncipes farão zombarias: eles se rirão de todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomarão.
TB Ele zomba dos reis e se rirá dos príncipes; mofa de todas as fortalezas, porque amontoam o pó e as tomam.
HSB וְהוּא֙ בַּמְּלָכִ֣ים יִתְקַלָּ֔ס וְרֹזְנִ֖ים מִשְׂחָ֣ק ל֑וֹ ה֚וּא לְכָל־ מִבְצָ֣ר יִשְׂחָ֔ק וַיִּצְבֹּ֥ר עָפָ֖ר וַֽיִּלְכְּדָֽהּ׃
BKJ E zombarão dos reis, e os príncipes serão desprezados por eles; eles se rirão de todas as fortalezas, pois amontoarão terra, e as tomarão.
LTT E escarnecerão dos reis, e dos príncipes farão zombaria; eles se rirão de todas as fortalezas, porque amontoarão terra, e as tomarão.
BJ2 Ele zomba dos reis, príncipes são para ele motivo de riso. Ele se ri de toda fortaleza; ele amontoa[h] terra e a toma!
VULG Et ipse de regibus triumphabit, et tyranni ridiculi ejus erunt ; ipse super omnem munitionem ridebit, et comportabit aggerem, et capiet eam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Habacuque 1:10

II Reis 24:12 Então, saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, e sua mãe, e seus servos, e seus príncipes, e seus eunucos; e o rei de Babilônia o levou preso, no ano oitavo de seu reinado.
II Reis 25:6 E tomaram o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla; e procederam contra ele.
II Crônicas 36:6 Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei da Babilônia e o amarrou com cadeias, para o levar à Babilônia.
II Crônicas 36:10 E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do Senhor, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.
Isaías 14:16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
Jeremias 32:24 Eis aqui os valados! Já vieram contra a cidade para tomá-la, e a cidade está dada nas mãos dos caldeus, que pelejam contra ela pela espada, e pela fome, e pela pestilência; e o que disseste se cumpriu, e eis aqui o estás presenciando.
Jeremias 33:4 Porque assim diz o Senhor, o Deus de Israel, sobre as casas desta cidade e sobre as casas dos reis de Judá, que foram derribadas com os trabucos e à espada.
Jeremias 52:4 E aconteceu, no ano nono do seu reinado, no mês décimo, no décimo dia do mês, que veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela e levantaram contra ela tranqueiras ao redor.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JOSIAS E A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

639-605 a.C.
JOSIAS
Josias (639. 609 .C.) foi coroado rei de Judá aos oito anos de idade. O escritor de Crônicas observa que, no oitavo ano de seu reinado (632 a.C.), Josias "começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Cr 34:3). Entre o décimo segundo e décimo oitavo ano (628-622 a.C.), Josias se dedicou a um programa de reforma radical. Despedaçou ou queimou objetos, altares e ídolos pagãos, erradicou os sacerdotes pagãos e'prostitutos cultuais, profanou os altos e remove elementos pagãos que haviam sido colocados no templo do Senhor. Seu programa abrangeu não apenas Jerusalém, mas também as cidades dos territórios de Manassés, Efraim e Simeão. A reforma chegou até ao território de Naftali que, em outros tempos, havia pertencido ao reino do norte, Israel, mas sobre o qual o rei de Judá pôde exercer influência devido ao enfraquecimento do poder da Assíria. Josias profanou o alto em Betel instituído por Jeroboão, filho de Nabate, ao queimar os ossos dos sacerdotes de deuses estrangeiros em seus altares pagãos.' No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei no templo do Senhor? Não se sabe ao certo a natureza desse livro, mas ao ouvir a leitura de suas palavras, Josias rasgou as vestes e exclamou:
"Grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2Rs 22:13). A fim de cumprir as prescrições do Livro da Lei, Josias aboliu os médiuns e feiticeiros, os ídolos do lar e todas as outras abominações vistas na terra de Judá e em Jerusalém.
O escritor de Reis afirma que nem mesmo a reforma ampla de Josias foi suficiente para evitar o julgamento iminente do Senhor e cita as palavras da profetisa Hulda: "Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará" (2Rs 22:16-17). Para seu consolo, Josias recebeu a garantia de que não testemunharia a calamidade vindoura.


A MORTE DE JOSIAS
A queda da Assíria em 612 a.C.havia provocado um desequilíbrio no poder no Oriente Próximo, Preocupado com a força crescente da Babilônia, o faraó Neco (610-595 a.C.) enviou um exército à Síria para ajudar o que restava das forças assírias e conter os babilônios, afirmando ter recebido essa ordem de Deus. Josias não acreditou no discurso do rei egípcio e o confrontou em Megido, no norte de Israel, em 609 .C., onde morreu em combate. Sua morte prematura aturdiu a nação. Jeremias compôs lamentos' e, cento e trinta anos depois, o profeta Zacarias faria referência à morte de Josias como uma ocasião de grande pranto.

HABACUQUE
A morte de Josias interrompeu de forma brusca o programa de reformas em Judá. Deus parecia ter abandonado seu povo e reis subseqüentes não manifestaram nenhum desejo de seguir ao Senhor. Neco não ficou satisfeito com o governo de Jeoacaz, filho de Josias. Por isso, em Ribla, na Síria, ordenou que fosse substituído por seu irmão Jeoaquim (Eliaquim). Consternado com a destruição e violência ao seu redor, o profeta Habacuque clamou ao Senhor e recebeu uma resposta inesperada: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos no anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar-lhes todos vêm para fazer violência. Habacuque 1:5-90

NABUCODONOSOR ASSUME O PODER
Avançado em anos, Nabopolassar, rei da Babilônia, colocou o exército sob o comando de seu filho e sucessor ao trono, Nabucodonosor. Em 605 a.C, Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao rio Eufrates (próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria).? Marchando para para o sul, Nabucodonosor invadiu Judá na tentativa de garantir a lealdade de Jeoaquim de Judá, o antigo vassalo e aliado de Neco.
Quando Jeoaquim estava prestes a se render, Nabucodonosor foi informado da morte de seu pai e voltou à Babilônia pelo caminho do deserto, levando consigo alguns objetos do templo do Senhor e vários jovens da família real e da nobreza de Judá. Quatro desses jovens se mostraram conselheiros valiosos para o novo rei: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira e menor de quatro deportações que acabariam resultando no exílio dos habitantes de Judá na Babilônia.

Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO I

A QUEIXA DE HABACUQUE

Habacuque 1:1-4

  1. TÍTULO, 1.1

Embora Habacuque seja chamado profeta (nabi), não é um mensageiro no sentido tradicional. A função do profeta era falar com o povo em nome de Deus para proclamar a vontade divina que foi recebida em revelação especial. No caso dele, vemos justamente o inverso: Fala com o Senhor em nome do povo. Mantém um discurso com Deus e o faz de maneira tal que quase chegamos a classificá-lo de cético em vez de profeta. "Este é o começo da especulação em Israel".'

É possível que o que realmente temos aqui seja um vislumbre da vida interior de um profeta; os conflitos secretos antes da proclamação. De certo modo, um tanto quanto diferente, temos a mesma coisa no caso de Oséias, cujos problemas matrimoniais lhe prepararam o coração para a mensagem que tinha de anunciar. Com Habacuque, pode ser a elaboração trabalhosa, na bigorna da vida, de um ponto teológico fundamental de sua pregação pública. Esta idéia estaria de acordo com a argumentação de Davidson,2 a qual defende que o verdadeiro tema do livro é a destruição dos caldeus narrada no capítulo 2.

Peso (1; "oráculo", ECA; "sentença", ARA; "mensagem", NTLH; "advertência", NVI) implica revelação. Refere-se muitas vezes a acontecimentos futuros e também é usado com relação ao pronunciamento de destruição (cf. Ob 1).

  1. O PROBLEMA DO PROFETA, 1:2-4

É precisamente no ponto de identificar a ocasião da queixa que surge a maior diver-sidade de interpretações. Há pelo menos cinco opiniões nitidamente diferentes, cada qual com uma defesa elaborada de sua posição. A interpretação que requer mais malaba-rismo do texto é a que identifica o ímpio (4) com os próprios caldeus. Porém, o estabele-cimento da veracidade da leitura do versículo 6 no tempo futuro, sensatamente elimina esta identificação. O candidato mais provável, ainda que com pouca probabilidade, é o Egito. Se a profecia for colocada durante o primeiro reinado de Jeoaquim, há boas razões para o Egito ser o objeto da queixa de Habacuque. O referido rei de Judá era vassalo do Egito durante o reinado de Faraó-Neco, que há pouco matara Josias e estabelecera posi-ção segura na Ásia a leste da Palestina.

Outra resposta mais provável e que recebe apoio considerável é identificar o ímpio com a Assíria, que fora o foco da atenção de Naum. Este terror das nações oprimia Judá e exercia grande influência em seus assuntos internos. Igualmente foram os caldeus que deram um fim a esta grande e temível nação.

Há um argumento a favor da opinião de que a queixa é dirigida à interferência estrangeira: a ausência de exortação ao arrependimento. Supõe-se que haveria tal exor-tação se a queixa fosse por causa das "maldades nacionais".3 Seguir esta linha de argu-mentação leva à conclusão de que

1) a profecia foi escrita durante os dias de Josias, quando a idolatria era proibida; e que

2) o profeta levantava um lamento por seu povo em virtude da opressão imerecida que os estrangeiros exerciam sobre eles.

Contudo, é muito provável que esta queixa seja ocasionada pelo mal dentro da pró-pria nação do profeta de Judá. Esta é a interpretação tradicional e a que faz mais sentido no quadro geral, como revela a natureza da segunda queixa.

Até quando? (2), o profeta clama, mas Deus não ouve. Então questiona o Senhor. Por que é que Deus nada faz? Trata-se do problema clássico: "A verdade está sempre no patíbulo. O mal está sempre no trono". A situação excruciante surge da vasta discrepân-cia entre fé e fato. Se Deus é justo e soberano, por que o justo sofre enquanto o ímpio prospera? Esta é a pergunta feita por milhares de pessoas de todas as épocas. O proble-ma que Habacuque trata em nível nacional é o mesmo que o livro de Jó menciona na esfera pessoal. É mais fácil lidar com o problema em nível pessoal; portanto, a prova para a fé de Habacuque é muito mais severa.

Só quem possui fé em um Deus bom tem problema com relação ao governo do mun-do. Quem acredita em politeísmo ou numa deidade indiferente ou má, não tem problema com as injustiças flagrantes no mundo. É a fé monoteísta que tem de lutar por sua exis-tência em face dos fatos que a desafiam.

Muitos julgam que é um atrevimento questionar a operação de Deus. Esta posição é falsa e a prova é a inclusão das reclamações de Jó e Habacuque na Bíblia. Se precisarmos de mais provas, ouçamos o grito do Calvário: "Deus meu, Deus meu, por que me desampa-raste?" (Mt 27:46; Mac 15.34). Provavelmente, é mais errado abafar as dúvidas sinceras do que dar expansão a elas no esforço sério de achar uma pista para o significado da vida. G. A. Smith tinha razão quando observou em um dos seus comentários incisivos: "Não são os temperamentos mais rudes, mas os mais excelentes que são expostos ao ceticismo".

No versículo 2, o profeta usa dois verbos para denotar clamor. O primeiro (clama-rei) é usado especialmente como clamor de ajuda; o segundo (gritarei) significa gritar quando a pessoa leva um susto. Ambos os verbos também são empregados em 19:7.

As injustiças civis eram abundantes (3), situação também prevalecente no século VIII a.C., nos dias de Amós e Oséias que clamaram com veemência contra tais perversões. Há três pares de substantivos usados para destacar a situação: iniqüidade e ve-xação (perversão), destruição e violência, e contenda e litígio (cf. Is 58:4). Esta é a paráfrase do versículo: "Será que eu tenho de assistir a todo esse pecado e a toda essa tristeza à minha volta para sempre? Para qualquer lugar que olhe, existe violência e chantagem. Homens que dão a vida por uma discussão e uma briga" (BV).

A lei (4) é a Torá, o termo judaico para referir-se à lei de Moisés. Sentença e juízo (ambos tradução de mishpat) dizem respeito à prática ou costume estabelecido. 4 A Torá era o manancial de toda a justiça legal, mas aqui as pessoas eram despojadas de seus benefícios, principalmente porque o ímpio cerca o justo. O verbo hebraico traduzido por se afrouxa quer dizer "fica entorpecida" ou "fica paralisada" (cf. Gn 45:26, onde é traduzido por "desmaiou"). Esta era a situação que vigorava durante o reinado de Manassés, com um partido governante que não temia a Deus. A verdadeira liberdade e justiça estão firmemente baseadas na religiosidade e na retidão. Sempre que estas ca-racterísticas estão ausentes, a justiça é pervertida. Habacuque deduz que mesmo onde haja algo semelhante à justiça, sai o juízo pervertido (o julgamento "sai pervertido", Smith-Goodspeed; cf. "a justiça é torcida", ARA). O ímpio torce o julgamento "justo" para seus próprios fins.

SEÇÃO II

A RESPOSTA DE DEUS

Habacuque 1:5-11

  1. A OBRA DE DEUS, 1:5

A resposta de Deus para Habacuque é esta certeza consoladora: Eu estou emepenhado. A frase vede entre as nações mostra o lugar onde o Senhor trabalha. A mesma palavra é traduzida no versículo 13 por "os que procedem aleivosamente". Diversos expositores sugerem que o versículo 5 deveria ter a leitura: "Vede, incrédulos" (i.e., judeus incrédu-los; 1 cf. Atos 13:41: "Olhem, escarnecedores", onde a NVI segue a LXX). 2

No original hebraico, o aviso: maravilhai-vos, e admirai-vos contém duas formas do mesmo verbo. Taylor sugere a seguinte reprodução: "Estremecei e ficai horrorizados". 3

O profeta declara: Vós não crereis no que Deus fará. Era inacreditável que a colos-sal estátua de ferro da Assíria tivesse pés de barro e logo estatelaria no chão.4 Ou, talvez fosse incrível aos judeus que Deus lhes entregasse nas mãos uma nação estrangeira -que tinha o Templo, os sacrifícios e a cidade de Davi.

A frase em vossos dias limita a profecia à vida das pessoas a quem o profeta se dirigia, se quisermos manter a integridade do livro.

  1. O INSTRUMENTO DA OBRA DE DEUS, 1:6-11

O vocábulo caldeus (6) é derivado da palavra hebraica kasdim, que é o termo babilônico e assírio kaldu mencionado nas inscrições assírias de cerca de 880 a.C. Os kaldu habitavam na região mais baixa da Babilônia. Em 721 a.C., Merodaque-Baladã tornou-se rei e reinou por 12 anos (Is 39:1). De acordo com as inscrições, foi chamado rei da terra dos kaldu. Sob o reinado de Nabopolassar e Nabucodonosor, os kaldu tornaram se a classe governante na Babilônia. A princípio, há indícios de que Nabopolassar foi vice-rei da Babilônia durante o reinado de Assurbanipal da Assíria e seu sucessor. Du-rante uma insurreição de povos vassalos do sul, provavelmente em 612 ou 611 a.C., juntou forças com os rebeldes e declarou independência da Assíria.

Pela época da data tradicional de Habacuque, já fazia 20 anos que Nabopolassar estava no trono e era bem conhecido em Judá. Esta data limita a significação profética da primeira visão. No esforço de explicar isto, Driver sustenta que a palavra suscito significa: "Estou suscitando para estabelecer e confirmar", para dizer que a Babilônia ainda não estava em posição de desafiar o domínio da Assíria.

Em seguida, Habacuque passa a fazer uma descrição dos invasores caldeus.

  1. Seu Caráter (1,6)

Os caldeus eram nação amarga e apressada, "uma nação selvagem e ameaçadora dominada por impulsos violentos, que sem pensar cometiam ações terríveis".5

  1. Sua Arrogância (1,7)

A declaração: Dela mesma sairá o seu juízo e a sua grandeza, é mais bem traduzida por "criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade" (ARA). Os caldeus tornaram-se "lei para si mesmos" (cf. NTLH), ao presumirem superioridade política. Juízo é mishpat, que ocorre no versículo 4 (ver comentários ali) ; aqui indica direito legal e moral. O direito internacional não era um conceito para tais tribos bárbaras, nem havia a idéia de lei natural que estipulasse os cânones universais da justiça. O poder era o que determinavam, e os padrões de justiça eram erigidos em sua supremacia militar.

  1. Sua Tática (1,8)

Os leopardos estão entre os animais mais velozes de todos e que ficam à espreita de suas presas, sobre as quais pulam inesperadamente. Os lobos à tarde são mencionados duas vezes nas Escrituras (cf. Sf 3:3). Eram símbolos de ferocidade "por causa das súbi-tas destruições que, na avidez da fome, cometiam nos rebanhos naquela hora do dia".6 Os seus cavaleiros espalham-se por toda parte tem esta interpretação: "As suas tropas de cavalos marcham orgulhosamente" (BV). As águias referem-se aos abutres, não aos urubus que se alimentam de carne putrefata; trata-se do abutre que, em vôos ou de pontos altos, vasculha o território em busca de presas vivas.

  1. Suas Conquistas (1,9)

Este é um dos versículos mais difíceis do livro. A primeira frase está devidamente inteligível, mas a seguinte é dúbia, e deixa o texto ambíguo. Esta tradução: "O terror deles vai adiante deles" (RSV), é reconhecidamente uma emenda do texto. Certos comen-taristas dão o significado de que a conquista do território é tão veloz e ávida que parece que o engolem. Esta interpretação apóia-se na palavra hebraica traduzida por buscará. Está relacionada a um verbo que em Gênesis 24:17 é traduzido por: "Deixa-me beber", ou literalmente, "obriga alguém a engolir eles". Como o vento oriental, cujo poder de secar é tão eficaz que parece beber a umidade, "sorvem" suas vítimas.

A interpretação mais consistente diz que esta passagem refere-se às conquistas, que se assemelhavam ao forte vento oriental que irredutivelmente avançava.

  1. Sua Invencibilidade (1,10)

Não há poder que resista à vitória arrasadora dos caldeus. Eles marcharão com menosprezo sobre todos que ousarem resistir. Amontoando terra diz respeito à tática militar de fazer montículos até à altura do muro dos defensores. Assim, os guerreiros atacantes estavam em nível com os defensores e anulavam a proteção dos muros.

  1. Sua Exaltação (1,11)

A primeira frase é excessivamente difícil.' Pelo visto, há três etapas na auto-exaltação dos caldeus:

1) Estavam tão cheios de orgulho por terem tomado as fortalezas que muda-ram de direção e passaram para novas conquistas, talvez para Judá.
2) E se farão cul-pados é tradução apoiada por Lehrman.

3) 0 terceiro passo é fortalecer o seu deus. Este é o consenso, em oposição a atribuindo este poder ao seu deus. Em todo caso, signi-fica que, ao divinizar seu próprio poder, se tornaram culpados de negar a Deus.

Eaton argumenta que esta descrição (6-11) não estabelece com precisão o avanço dos exércitos babilônicos. Se este julgamento for aceito, não há porque nos inquietar. A visão de Habacuque é uma descrição do tipo apocalíptico de uma visitação de julgamento. Certos expositores defendem que estes invasores são figuras apocalípticas sem terem contrapartes históricas em particular. Talvez, a posição aceitável seja que, mesmo que esta não seja descrição histórica detalhada, é referência a um determinado povo e sua tarefa como instrumento de Deus.
Temos aqui, implicitamente, uma filosofia da história que se harmoniza com os vis-lumbres dos grandes profetas, como Isaías. Deus é o Senhor da história, que transforma a fúria dos homens em Seu louvor. O Todo-Poderoso usa os homens que têm outros objetivos e atribuem seu poder a outras fontes para atingir seus propósitos na história. Assim, seu governo está seguro e, ao mesmo tempo, as nações permanecem responsáveis por suas ações. Contudo, esta fé levanta outro problema, talvez até mais grave para Habacuque, o qual ele continua a questionar.

SEÇÃO III

HABACUQUE REPLICA A DEUS

Habacuque 1:12-17

Agora, a pergunta de Habacuque não é: Por que este tipo de mundo?, mas: Por que o Senhor é como é? Este é um novo tipo de especulação em Israel. O profeta tem uma fé básica no tipo de Deus conhecido por Israel, e soa-lhe incompatível que o Todo-poderoso use um instrumento tão injusto como os caldeus. Nós não morreremos (12) pode ter a leitura: "Tu não morrerás" (Moffatt; cf. NVI; NTLH). Se esta leitura for mantida, torna-se expressão de fé apesar das dúvidas do profeta. O significado também se ajusta à última parte do versículo que relata por que Deus estabeleceu a nação caldéia — para castigar, ou seja, para corrigir seu povo.

Habacuque não tem dúvida sobre a santidade de Deus. Esta característica divina é de natureza absoluta e moral: Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação ("maldade", NVI) não podes contemplar (13). A santidade de Deus não pode tolerar o pecado e qualquer forma de mal. Mas o problema é que o povo escolhido para ser castigado é mais justo que o povo que administra o castigo. O medo toma conta do coração do profeta ao ver o avanço voraz dos caldeus e perceber que logo o seu povo, até o remanescente fiel, será apanhado na rede.

Os homens tornam-se como os desgraçados peixes do mar (14), ou as minhocas (cf. "cardumes", BV), sem líder diante do avanço inexorável. O quadro da pesca é desenvolvi-do. O pescador (a Caldéia) os apanha com o anzol (15) e atrai muitos peixes do mar com a rede e a rede varredoura ("arrastão", ECA). Este processo continua até encher as redes. Depois, amontoa os peixes na praia para que morram.'

Sacrificar até sua rede (16) deve ser comparado ao versículo 11, e indica que adora-vam sua força e poder. Queimar incenso ao seu arrastão sugere que viviam no luxo, regozijando-se em auto-adoração, fazendo da força seu deus.

Desesperado, Habacuque conclui seu lamento no versículo 17 com estas palavras comoventes (tradução de Smith-Goodspeed) :

Continuará ele esvaziando sua rede para sempre, E nunca cessará de aniquilar as nações?


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Habacuque Capítulo 1 versículo 10
Amontoando terra:
2Sm 20:15.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1.1

ao profeta Habacuque. Ver Introdução: Autor.

Sentença. Ou, “oráculo”, “profecia”, é geralmente um termo técnico usado para indicar profecia de julgamento contra uma nação estrangeira (Is 13:1; 15:1; Na 1.1; Ml 1:1, nota).

revelada. A mensagem divina tomou a forma de uma revelação sobrenatural declarada à visão ou audição interior do profeta (Mq 1:1).

* 1.2-4

A primeira queixa de Habacuque: o profeta está aflito e angustiado por ver como o povo de Deus continuamente se desviava de uma vida alicerçada na Aliança. Ele não vivia mais como um povo salvo e escolhido (Êx 19:4-6). Mas Habacuque está ainda mais inquieto pela aparente inatividade do Senhor. Qualquer violação da Aliança deveria trazer maldições e julgamento (Dt 28:15-68). Desta maneira, ele apelava ao Senhor, numa linguagem que lembra a dos salmos de lamentação individual, para reparar uma situação aparentemente sem solução. O diálogo apaixonante de Habacuque e sua luta angustiada com o Senhor dominam a primeira parte do livro (1.2-2.20).

* 1.2

Até quando. A pergunta impaciente, característica dos salmos de lamentação (Sl 13:2; 62:3; Jr 47:6), indica a insistência e perseverança no apelo do profeta ao Senhor, o Juiz final nas questões de desobediência à sua Aliança.

clamarei eu. Isto indica o alto clamor de alguém em profunda aflição (Sl 22:24; 30:2).

Violência. Este termo resume a transgressão deliberada, brutal e insensível dos direitos e privilégios dos membros da comunidade da Aliança.

não salvarás. Habacuque observa dolorosamente a aparente indiferença e inatividade do Senhor em face do sofrimento injusto.

* 1.3

Por que. A pergunta dá continuidade à queixa (conforme Lm 5:20).

opressão. Lit. “trabalho” ou “labuta” que leva à angústia, à exaustão, e ao desespero.

contendas, e o litígio. A maldade sem controle resulta numa comunidade dividida repleta de suspeitas, acusações, e ataques pessoais.

* 1.4 a lei se afrouxa. Lit. “A lei está entorpecida.” A palavra para “lei” (hebraico torah) denota o padrão divinamente revelado para a vida dentro da Aliança. O poder e a influência dos ímpios tinham deixado a lei ineficaz.

o perverso. Aqueles em Israel que rejeitavam a vontade e a lei do Senhor.

* 1.5-11 A primeira resposta de Deus: o Senhor enviará os babilônios para julgar seu povo. Ele usa instrumentos incomuns contra seu povo infiel — os terríveis babilônios (conforme Is 10:5, 6).

* 1.5 maravilhai-vos... não crereis. O método de Deus — a vitória dos perversos sobre os “mais justos” (v. 13) — iria colocar uma pedra de tropeço para a fé dos que ouviam Habacuque.

*

1.6 suscito. O Deus soberano de Israel controla toda potência da História, incluindo os agressivos caldeus.

caldeus. Também chamados de babilônios, ou neo-babilônios, os caldeus atingiram o poder quando o Império assírio caiu. Nínive, a capital da Assíria, foi destruída em 612 a.C. Os caldeus governaram até que sua capital, a Babilônia, foi destruída pelos persas em 539.

* 1.7 eles mesmos... direito. Isto descreve a arrogância do inimigo por vir, cujos padrões de ação e honra eram inteiramente egoístas.

* 1.8, 9

Figuras intensas retratam a velocidade e resolução desses guerreiros ferozes e conquistadores.

* 1.10 Eles escarnecem dos reis. Os assustadores exércitos babilônios olham para os obstáculos como desafios e tratam sua oposição com menosprezo.

amontoando terra, as tomam. Rampas de cerco construídas pelos invasores para obter acesso aos muros fortificados de uma cidade.

* 1.11 cujo poder é o seu deus. Ou, “este seu poder e seu deus.” O orgulho, especialmente a deificação do seu próprio poder, é uma ofensa contra Deus, o único que merece nossa adoração.

* 1.12-17 A segunda queixa de Habacuque: o plano do Senhor de usar os perversos babilônios para punir Israel parece estar em flagrante oposição ao próprio caráter revelado de Deus.

*

1.12 desde a eternidade. Sendo o eterno Deus da História e Senhor do seu povo, ele tem liberdade de escolher os agentes do castigo. Mas apesar de afirmar esta verdade, a revolta de Habacuque a nega.

meu Deus, ó meu Santo. Um relacionamento pessoal com o Deus incomparável, o Santo, faz com que a confusão se torne em convicção de que a angústia presente não será o fim. E Habacuque vai ainda livrar-se da confusão em que se encontra.

ó Rocha. Este antigo nome mosaico para Deus enfatiza a fidedignidade e proteção divinas (Dt 32:4, nota).

* 1:14

Por que fazes. Uma ousada acusação de Habacuque. Se o Senhor tolera as más ações dos babilônios, ele se torna responsável pela sorte de suas vítimas.

homens como os peixes. A figura da Babilônia como um pescador pegando peixes indefesos é desenvolvida nos vs. 14-17. A pesca era uma importante atividade na Babilônia, que estava localizada na região dos rios Tigre e Eufrates e era delimitada ao sul pelo Golfo Pérsico. Alguns antigos afrescos de parede encontrados no Oriente Médio retratam governantes vitoriosos levando seus cativos em redes de pescaria.

não têm quem os governe. Não havia quem os protegesse. Reis no antigo Oriente eram vistos como os protetores do seu povo (1Sm 8:20). Uma acusação implícita também pode estar presente aqui, visto que o Senhor era o Rei e protetor do seu povo (Dt 33:5; Is 63:18, 19).

*

1.16 sacrifício. Os instrumentos de seu sucesso são idolatrados e adorados (v. 11, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
HABACUC profetizou para o Judá desde 612-589 a.C.

Ambiente da época: Os últimos quatro reis do Judá foram homens malvados que rechaçaram a Deus e oprimiram a seu povo. Babilônia invadiu Judá duas vezes antes de que finalmente a destruíra em 586. Era um momento de temor, opressão, perseguição, imoralidade e falta de lei.

Mensagem principal : Habacuc não entendia por que Deus parecia não fazer nada com a maldade da sociedade. Logo se deu conta que unicamente a fé em Deus daria respostas a suas perguntas.

Importância da mensagem : Em vez de questionar os caminhos de Deus, devemos nos dar conta de que O é totalmente justo, e devemos acreditar que O está ao leme e que algum dia o mal será finalmente destruído.

Profetas contemporâneos : Jeremías (627-596) Daniel (605-536) Ezequiel (593-571)

1:1 Habacuc viveu no Judá durante o reinado do Joacim (2 Rseis 23:36-24.5). Profetizou entre a queda do Nínive (capital de Assíria) em 612 a.C. e a invasão do Judá em 589 a.C. Com Assíria desorganizada, Babilônia se convertia na potência mundial dominante. Este livro narra o diálogo do profeta com Deus ao lhe perguntar: "por que Deus parece indiferente ante o mal? por que parecesse como se a gente malvada fica sem castigo?" Embora outros livros proféticos levam a Palavra de Deus ao homem, este livro leva as perguntas do homem a Deus.

1.2-4 Habacuc, entristecido pela corrupção que via seu redor, derrubou seu coração a Deus. Na atualidade, a injustiça segue flagrante, mas não permita que a preocupação o faça duvidar de Deus nem se revele em seu contrário. Pelo contrário, estude a mensagem que deu ao Habacuc e reconheça os planos e propósitos do a longo prazo. Pense que Deus faz o que é bom, embora não entenda por que obra dessa forma.

1:5 Deus respondeu às perguntas e preocupações do Habacuc lhe assegurando que realizaria maravilhas que o assombrariam. Quando as circunstâncias que nos rodeiam se voltam quase insuportáveis, perguntamo-nos se Deus nos esqueceu. Entretanto, recordemos que O está ao leme. Tem um plano e julgará aos malfeitores a seu tempo. Se formos na verdade humildes, estaremos dispostos a aceitar a resposta de Deus e a esperar o momento.

1.5ss Deus disse aos habitantes de Jerusalém que se surpreenderiam do que estava a ponto de fazer. O povo veria uma série de feitos incríveis: (1) Judá, seu próprio reino independente e próspero, logo seria uma nação submetida; (2) Egito, uma potência mundial durante séculos, seria esmagada quase por completo; (3) Nínive, capital do Império Assírio, seria tão saqueada que o povo esqueceria onde estava localizada; e (4) os caldeos (babilonios) levantariam-se com grande poder. Eram palavras realmente surpreendentes, mas o povo viu seu cumprimento.

1:6 Os caldeos (babilonios), que viviam ao noroeste do golfo Pérsico, surgiram com grande poder ao redor de 630 a.C. e começaram a impor-se no Império Assírio. Já para 605 a.C. tinham conquistado a Assíria e Egito para converter-se na primeira potência mundial. Entretanto, eram tão malvados como os assírios porque procuravam cativos (1.9), estavam orgulhosos de suas táticas de guerra (1,10) e confiavam em seu poderio militar (1.11).

1:10 Os exércitos podiam conquistar cidades fortificadas porque construíam aterros, maciço de terra que acumulavam contra as muralhas.

1:11 Os babilonios estavam orgulhosos de seu poderio militar, estratégia, seus exércitos e armas. Como não respeitavam ao ser humano, seus exércitos levavam a sua nação riquezas, botas de cano longo, prisioneiros e tributos das nações conquistadas. Tal é a essência da idolatria: pedir aos deuses que fabricou sua ajuda para obter o que desejam. A essência do cristianismo é lhe pedir ao Deus que nos fez que nos ajude a obter o que desejamos. A meta da idolatria é sua glória; a meta do cristianismo é a glória de Deus.

1:13 Judá receberia seu castigo de mãos dos babilonios. Habacuc se sentiu consternado porque Deus ia utilizar a uma nação mais malvada que Judá para castigá-la. Mas os babilonios não sabiam que Deus os utilizava para que Judá voltasse para O e o orgulho de Babilônia por suas vitórias seria sua ruína. O mal é autodestructivo e nunca está fora do alcance de Deus. O pode utilizar qualquer instrumento, embora seja pouco comum, para nos corrigir ou nos castigar. Quando nos merecemos o castigo ou a disciplina, como podemos nos queixar pela classe de "vara" com a que Deus nos castiga?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. Habacuque pergunta por que Deus permite tirania de errado (Hc 1:1)

2 Senhor, como clamarei eu, e tu não ouvir? Eu clamo a ti, da violência, e tu não salvarás. 3 Por que tu me mostrar a iniqüidade, e olhai para a perversidade? para a destruição ea violência estão diante de mim; e há contendas, eo litígio se levantasse. 4 Portanto, a lei se afrouxa, ea justiça nunca se manifesta; para o ímpio cerca o justo; portanto, a justiça é pervertida.

Habacuque fala em linha reta desde o ombro até o Senhor e não é repreendido por Ele. Como clamarei eu, e tu não me escutarás? Habacuque em desespero soluça: . Eu choro ... eu grito Aqui são duas palavras distintas para chorar: (1) chorar em perigo para ajudar (shawa' ; conforme Sl 18:6 ; Sl 22:24 ; 19:7 ). Em 19:7)

5 Eis que vos entre as nações, e olhar, e me pergunto maravilhosamente; Eu estou trabalhando para uma obra em vossos dias, o que vocês não vão acreditar que ele for contada. 6 Pois eis que suscito os caldeus, essa nação feroz e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para possuir habitação -Locais que não são suas. 7 Eles são terríveis e terrível; seu julgamento e sua dignidade proceder a partir de si mesmos. 8 Os seis cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, se mais ferozes do que os lobos a tarde; e os seus cavaleiros pressionar orgulhosa em: sim, os seus cavaleiros vêm de longe; eles voam como a águia que se apressa a devorar. 9 Eles vêm todos eles para a violência; o conjunto de suas faces é para a frente; e eles ajuntam cativos como areia. 10 Escarnecem dos reis, e dos príncipes fazem zombaria a ele; ele derideth todas as fortalezas; para ele amontoa pó, e toma-a. 11 Em seguida, ele deve varrer por como um vento, e deve passar sobre, e ser culpado, mesmo que ele cujo poder é o seu deus.

Jeová responde de Habacuque "porquê" com, Eis que ... Eu estou trabalhando [nos bastidores] uma obra em vossos dias, o que vocês não vão acreditar que ele for contada. Eis que ... olha ... maravilha: . aqui estão três imperativos Eis que vos entre as nações, diz o Senhor. Ele os convida a observar Suas operações entre as nações que estão prontos para julgamento. Judá não será exceção (conforme Jr 25:32. ). Olha, e maravilhai (conforme : Is 29:9. , Is 29:10 ;) porque eu estou trabalhando uma obra em vossos dias, o que vocês não vão acreditar ainda que seja disse. manifestações divinas são frequentemente classificado como de trabalho (conforme Hc 3:2 , Hc 3:12 ; . Sl 44:1 ). Pois eis que suscito os caldeus. Lo é outra palavra enfática para a atenção (conforme "ai", "lo", "ir" de Is 6:1. , KJV).

Assegurando-se da realidade de Deus, ele proclama corajosamente, nós não morreremos (v. Hc 1:12 ), não importa o que pode acontecer. E neste dia de tumulto e maldade grosseira e descarada, nós também precisamos de uma nova visão de Deus. Nós, também, preciso vê-lo tão pessoal, soberano, santo, eterno, todo-cuidar-o Jeová de manutenção da aliança. A Igreja primitiva, também, enfrentou dias mais difíceis, mas fez exploits porque tinha uma visão semelhante de e fé em Deus (conforme At 4:24 ).

Para Habacuque Deus era real, e não menos assim foram as tristes realidades sobre ele. Estes confundiu até mesmo como eles fizeram o salmista (Sl 73:1 ).

Nos versículos 14:17 , vemos como realisticamente ele enfrentou seus problemas, os caldeus diabólicas (babilônios), que ainda adoravam os instrumentos de destruição. "Será que tudo isso acontecendo para sempre? ? Deve mal nunca triunfará "Habacuque vem corajosamente a Deus e diz-lhe tudo (conforme Lc 11:5 ). A palavra-chave aqui é "importunação", ou seja, sem pudor; ou seja, não tendo nada que cause vergonha. E é por isso Habacuque podia falar tão abertamente a Deus!


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. O profeta questiona (1)

A. Por que Deus está em silêncio e inativo? (vv. 1-4)

Esse é o primeiro problema que con-funde o profeta. Ele olhou para o mun-do e viu violência (1:2-3,9; 2:8,17), iniqüidade, opressão, contenda e lití-gio. A lei não era imposta, não havia proteção legal para o inocente que era sentenciado como culpado. As cortes eram manipuladas por advoga-dos egoístas e juizes cruéis. Toda a na-ção sofria por causa da perversidade do governo. No entanto, parecia que Deus não fazia nada a respeito disso. Ao lado desses problemas internos, havia a ameaça do Império Babilônio que assolava o cenário político.

Nos versículos 5:11, Deus res-ponde ao profeta: "Realizo, em vos-sos dias, obra tal, que vós não cre-reis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus [...] para apoderar-se de moradas que não são suas [para conquistar as nações e ser meu instrumento de disciplina para o povo]". Como é verdadeiro que Deus opera em nosso mundo, e nós não percebemos isso (Rm 8:28; 2Co 4:17). Em At 13:41, Pau-lo cita o versículo 1:5 e aplica-o à propagação do evangelho entre os gentios. Nesses versículos, o Senhor descreve o exército caldeu, e a ima-gem não é das mais bonitas. Eles são amargos e impetuosos, pavorosos e terríveis, "voam como águia que se precipita a devorar". Não é neces-sário contar a Habacuque como os caldeus são terríveis, pois ele já sa-bia como eles eram perversos.

B. Como Deus pode usar uma nação tão pecadora para uma causa santa? (vv. 12-17)

A resposta que Deus fornece, nos versículos 5:11, apenas cria novos problemas para Habacuque. Ele não entendia como o Senhor podia usar uma nação tão perversa para disci-plinar seu povo escolhido, os judeus. Habacuque afirma algo em que quer dizer isto: "É verdade que nós pe-camos e merecemos o castigo, mas os caldeus são muito mais perversos que nós. Se alguém merece discipli-na, estes são os caldeus". Um Deus santo pode sentar e assistir a seu povo ser pego como peixe ou pisado como inseto (vv. 14-15)? Os caldeus poderíam se vangloriar desta forma: "Nossos deuses deram-nos vitória. Jeová não é o Deus verdadeiro".

Não há nada de errado com o fato de o crente lutar com os proble-mas da vida e tentar resolvê-los. Às vezes, parece que Deus não se im-porta com seu povo, que abandonou os seus e ajuda os pagãos. Muitos milhões de crentes foram martiriza- dos por causa de sua fé. Podemos adorar, crer e servir com honestida-de a um Senhor cujos caminhos são aparentemente tão contraditórios?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1:1-4 O clamor do profeta a Deus.
1.1 Habacuque. A vida particular deste profeta assim como a dos outros profetas menores e pouco conhecida (conforme NCB, p. 892).

1.2 O enigma da oração não respondida. O enigma para Habacuque era o silêncio, a aparente inatividade e despreocupação da parte de Deus em vista do pecado.
1:3-5 Habacuque, olhando ao redor, vendo o pecado espalhado por todas as direções, ficou perplexo em face do porque de Deus não agir. O livro inicia com uma interrogação e termina com uma exclamação (conforme 1.2 com 3.19). Este tem sido o clamor dos crentes em todas as épocas. Deus, porém, sempre responde, no tempo determinado por sua vontade.
1.5- 11 Resposta do Senhor à oração de Habacuque.

1.5 O Senhor vai responder a oração de Habacuque de maneira não conhecida ou imaginada por ele (conforme At 13:40-44).

1.6 Deus irá levantar os caldeus para punir o seu povo desobediente. Caldeus. Uma tribo de semitas (também chamados babilônios), que ocupara a região entre a Babilônia e o Golfo Pérsico. Fortificando-se, marchou contra os assírios c. 630 a.C. Vinte e cinco anos mais tarde tinha conquistado a maior parte do Oriente Próximo.

1.6- 11 Os caldeus viriam a ser o instrumento nas mãos do Senhor para julgar e humilhar tanto os judeus como as outras nações que se esqueceram de Deus.
1.6- 8 O instrumento descrito.
1.9- 10 O instrumento atuando.
1.11 O última pecado do instrumento.
1.12- 17 O segundo enigma de Habacuque. Note a série de perguntas que Habacuque lança a Deus nestes versículos.
1.12 Não morreremos. Habacuque sabe, que, mesmo que Deus castigue a Israel, Ele não irá destruir por completo o seu povo eleito.

1.13- 17 Habacuque fica perplexo ao saber que o Senhor usará um povo sem o temor de Deus como o seu instrumento de punição e pergunta a Deus por quanto tempo os caldeus continuarão na ascendência.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 1 até o 17

1)    Título (1.1)

A introdução é caracterizada pela simplicidade e por um senso de autoridade espiritual. O nome e o ofício de Habacuque são mencionados, mas a atenção se concentra na natureza e origem de sua mensagem. O termo Advertência (algumas versões trazem “oráculo”) indica um comunicado divino recebido para ser transmitido como uma declaração solene e marcada pela autoridade. “Peso” (ARG, ACF) destaca a responsabilidade que é transferida para o agente humano. (V. uma análise detalhada de massã' em Zacarias, TOTT, p. 162-3, nota adicional). A expressão revelada deixa propositadamente vago o meio pelo qual essa revelação foi transmitida (conforme Jl 3:7).


2)    Habacuque protesta contra Deus (1:2-4)

As condições: Um espírito de anarquia está amplamente difundido, e, como hoje, usa como armas a destruição e a violência. Gomo resultado da amargura entre facções rivais, há luta e conflito por todo lado\ em todos os lugares, predomina o caos moral. Não muito tempo antes, sob Josias, a lei (torah) havia sido redescoberta e reaplicada à vida da comunidade (2Rs 21:0). Agora ela é novamente inoperante (se enfraquece-, “se afrouxa”, ARA; lit. “está entorpecida”). Designada por Deus para a orientação da vida do seu povo em questões morais e também rituais, ela está sendo abertamente escarnecida e desconsiderada e, por conseqüência, levada ao descrédito. Em todos os lugares, parece que o poder está do lado das pessoas erradas, de maneira que os “maus levam vantagem sobre os bons” (NTLH). Os justos em vão esperam por apoio ou reparação do tribunal. A justiça que eles esperam não é nada mais do que uma caricatura dela, pois é pervertida. Os defensores da verdade e da pureza que ainda há são escarnecidos ou ignorados. A lei (torah) é rejeitada, e, por conseqüência, a justiça (mispât) é abandonada.

0 efeito: Para Habacuque, a repugnância desse trágico estado de coisas é acentuada porque ele enxerga a situação de forma muito clara (v. 3a). Aliás, ele praticamente censura Deus por compeli-lo a olhar para a condição desesperadora do seu povo. Uma atitude escapista (conforme Sl 55:6,Sl 55:7; Jr 9:2) é impossível. A sensibilidade tanto para as mazelas quanto para as necessidades da sociedade surge do relacionamento com Deus.

Contudo, o maior problema e a causa que está na raiz da sua angústia são que Deus parece tanto silencioso — sem que tu ouças — quanto inativo — sem que tragas salvação (v. 2). E isso, muito mais do que a falta de obediência à lei, a injustiça e a opressão que causam a perplexidade do profeta. O seu grito é Até quando...? (conforme Sl 89:46; Jr 12:4; Zc 1:12Ap 6:10). As suas intercessões têm sido urgentes e sofridas, e de fato o seu terror explode às vezes em um grito de exclamação: Violência! (uma oração de uma palavra). Ele está confuso e magoado porque o Deus que ele conhece e a quem ele chama pelo nome da aliança, JavéSenhor, não intervém. Mas o pior está por vir: “os enigmas da condução divina da história estão se tornando ainda mais obscuros” (von Rad, p. 190).


3) Deus responde (1:5-11)

Olhem as nações: (conforme “Por que me fazes ver a injustiça...?”, v. 3). O olhar de Habacuque precisa de uma mudança de direção. Também requer ser focalizado, como sugere o imperativo Olhem. A resposta que ele recebe corresponde à dupla queixa que ele fez. Deus lhe informa que, apesar de todas as aparências, ele não está inativo — nos dias de vocês farei algo. E se ele esteve silencioso foi só por causa da relutância do profeta e do povo que ele representa em aceitar a solução que Deus está propondo — não creriam se lhes fosse contado (conforme Is 53:1). Deus não estava afastado, como imaginava Habacuque, deixando que as coisas acontecessem sem a sua supervisão. Ele já havia começado a agir, mas de maneira que se mostraria inacreditável e inaceitável. A duplicação Olhem [...] fiquem atônitos e pasmem indica a Habacuque como ele ficaria completamente aturdido quando fosse confrontado com a incompreensibilidade do plano de Deus. As idéias preconcebidas podem bem ter tornado mais difícil para ele aceitar a resposta de Deus, mas as suas orações não podem ser consideradas infrutíferas.

Observação: Paulo usa esse versículo no seu sermão na sinagoga em Antioquia da Pi-sídia (At 13:40,At 13:41). Ele o cita da LXX, “que se adaptava mais ao seu propósito” (F. F. Bruce, ActsThe English Text, p. 279), e prossegue em aplicá-lo à extraordinária salvação oferecida pelo evangelho, como também ao terrível julgamento que aguarda os que a rejeitam.

Os versículos seguintes (6-11) descrevem a arma forjada pelo Todo-poderoso como a vara da sua ira (Is 10:5). E suficiente para fazer tremer o coração mais valente. Estou trazendo: a ARA diz: “Pois eis que suscito”, uma tradução mais próxima do original hebraico. Mas isso dificilmente estaria se referindo ao estabelecimento da Babilônia como potência mundial, mas ao fato de que a sua atenção está se voltando agora para Judá. Por isso, a NVI aqui traduz melhor a idéia do original. Em relação ao retrato que se faz nesses versículos das forças babilônias, tem-se dito que “não está em harmonia com o real progresso e a verdadeira natureza dos exércitos de Na-bopolassar depois de 625” (Eaton, p. 89). Isso, no entanto, não parece dar reconhecimento suficiente à natureza poética e dramática desse retrato do inimigo.

E provável que Habacuque já soubesse da imensa força militar e da natureza dos babilônios. A crueldade e determinação deles eram tais que nada parecia poder barrá-los. Movidos por ambição egoísta e por ganância, eles vêm para apoderar-se de moradias que não [lhes] pertencem. A ameaça de invasão por eles deixa a população aterrorizada (v. 7a, 9a). Eles não reconhecem nenhum tratado internacional de conduta militar, não prestam contas a nenhum poder superior; é uma nação que cria a sua própria justiça e promove a sua própria honra. A natureza desses padrões, que eles determinam sozinhos, pode ser aferida do pânico que eles inspiram.

Imagens muito fortes são usadas para retratar a cavalaria do inimigo: como leopardos por causa da rapidez e a brusquidão com que se lançam sobre as suas vítimas, como lobos no crepúsculo por causa da crueldade e da implacabilidade com que perseguem o seu inimigo, e como ave de rapina que mergulha para devorar a presa por causa da imprevisão do seu ataque.

Embora o texto dos versículos restantes desse parágrafo (9-11) seja incerto, o retrato que transmite não é. violência é melhor traduzido por “despojo” (v. 9a). A expressão seguinte é considerada pela maioria dos tradutores uma referência aos “rostos” do inimigo (conforme ARA, ARC e ACF). “Um mar de faces avança” (NEB), “as suas faces ardentes como o vento oriental” (JB em inglês). Se optarmos pela última, a figura de uma tempestade de areia pode estar por trás da afirmação seguinte: fazendo tantos prisioneiros como a areia da praia. A deportação em massa segue o ataque. Eles não são intimidados por homens de renome nem detidos pela fortaleza mais robusta, constroem rampas de terra e por elas as conquistam é uma referência aos montes de terra feitos no cerco diante da cidade murada, possibilitando o avanço dos invasores para que assaltassem a fortaleza (conforme Jr

32.24). A descrição chega ao seu clímax com as palavras passam como o vento e prosseguem.

A sua carreira de conquistas é tão devastadora quanto um furacão. Em todo esse esboço das forças babilônias, a marca predominante é a do seu avanço rápido e irresistível.
O princípio segundo o qual eles operam é o que tem motivado muitos déspotas antes e depois deles — “o poder define o direito” (v. 7b). No caso deles, no entanto, esse mal é aumentado e tornado mais abominável pelo fato de que deifícam e adoram a sua invencibilidade — têm por deus a sua própria força (v. 11). E isso, acima de tudo, que os faz merecer o veredicto: homens carregados de culpa. Não é de admirar, então, que essa seção precisasse ser prefaciada com a declaração: fiquem atônitos e pasmem; pois nos dias de vocês farei algo em que não creriam se lhes fosse contado (v. 5). Deus fala desse panorama horrendo como uma ação sua, direta e pessoal (observe a repetição da primeira pessoa: “farei”, “estou”; v. 5,6). Não se pode esperar disso tudo outro efeito sobre o seu servo que não uma profunda perplexidade.


4) O profeta objeta (1:12-17)

Habacuque, pronto para expressar a sua objeção à estratégia divina, primeiro se fortalece na reafirmação da sua fé. (1) Deus é eterno. Ele, sem dúvida, encontra conforto nessa verdade (conforme Dt 33:27; Sl 90:1). O corolário “nós não morreremos” (nr. da NVI; o texto traz tu não morrerás\ conforme Ml 3:6) pode bem representar uma emenda feita por um escriba antigo para quem a associação entre “Deus” e “morrer” era considerada irreverência (conforme “tu és imortal”, NTLH). (2) Senhor —    aquele que pelo amor leal da aliança se compromete a abençoar o seu povo. (3) Deus —    supremo, poderoso, confiável. (4) Santo — santo no seu caráter e justo nas ações (uma convicção da qual o profeta se nega a abrir mão). (5) Rocha — o refúgio permanente de todos os que confiam nele. Assim, Habacuque recita o que ele sabe de Deus e, empregando duas vezes o pronome pessoal possessivo meu, se apega àquela grande realidade. Além disso, ele confirma que entendeu o plano que Deus lhe revelou, isto é, que os babilônios vão ser uma ferramenta para aplicar o castigo (v. 12b). Essa combinação entre fé e compreensão constitui, por um lado, o fundamento em que ele se apóia para enfrentar a crise, e, por outro, a causa da sua perplexidade. Essa perplexidade ele agora traz a público.

O rumo proposto por Deus parece estar em contradição aberta com o seu caráter. Como pode aquele cujos olhos sempre devoraram o mal (Ap 1:14) “suportar” a traição de homens maus? v. 13. perversos-, (“infiéis”, RSV; conforme fidelidade, 2.4b). Anteriormente Habacuque tinha lamentado que os ímpios prejudicam os justos (v. 4); agora ele encara o fato de que os ímpios devoram os que são mais justos que eles. Vítimas inocentes vão sofrer um destino pior do que antes, e Deus aparentemente não é nada mais do que um espectador — calado. O que é muito mais desconcertante ainda é que ele está ativamente usando um agente impuro na execução do seu propósito (v. 12b,14). A relação imediata entre as ações de Deus e as dos homens é destacada pela referência a ambos com a mesma metáfora (conforme o “tu” implícito com respeito a Deus, v. 14; ele e sua com respeito aos caldeus, v. 1517). Com o seu protesto a plenos pulmões, precisamos questionar se o profeta não foi longe demais na sua censura a Deus (v. 14), e se não se infiltrou uma medida de exagero no retrato do pescador reverenciando a sua rede. A irrupção chega ao clímax com a pergunta desafiadora que é lançada diante de Deus para que a responda (v. 17).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Habacuque Capítulo 1 do versículo 5 até o 11
III. A RESPOSTA DE DEUS Hc 1:5-11

Os caldeus, que já estavam distribuindo destruição entre as nações circunvizinhas, haveriam de voltar-se contra Judá e tornar-se-iam, nas mãos de Deus, um instrumento de castigo. Essa é a obra de que Deus diz: vós não crereis (5), tão incrível pareceria ela. Pois os caldeus adoravam seu próprio poder (11), e para eles o direito era sua força. Eram lei para si mesmos (
- 7b) e zombavam de toda autoridade (10). Em lugar de entre as nações (5; em heb., gaboyyim), leia-se "vós obreiros da iniqüidade" (em heb., bôgh’-dhîm), ou "criaturas infiéis" (Moffatt). No versículo 8, pode-se omitir a segunda vez em que aparece seus cavaleiros. Águias (8), naturalmente, é o abutre. O versículo 11 é obscuro. Talvez seja melhor corrigir o texto, traduzindo-o como: "e seu espírito (isto é, propósito) se altera e ele levanta um altar para seu deus (I. C. C.), isto é, lendo-se wayyâsem, "e ele levanta", em lugar de w’âshem, "e ele é culpado". Contudo, W. A. Wordsworth traduz: "Eu apontarei aquele cujo poder é o de seu Deus", isto é, o rei messiânico.


Dicionário

Escarnecer

verbo transitivo direto e transitivo indireto Fazer escárnio de algo ou alguém; zombar ou ridicularizar alguém ou alguma coisa: seus filhos a escarneceram.
Censurar sem piedade, ridicularizar ou zombar.
Fazer pouco de alguém - escarnir.
Etimologia (origem da palavra escarnecer). Escar(nir) + ecer.

de escarnir

v. tr. e int., fazer escárnio de; motejar; zombar; mofar; troçar; ludibriar.


Escarnecer Zombar (Pv 3:34); (At 17:32).

Zombaria; escárnio

Faraó

casa grande

Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

P.D.G.


Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

1) (Gn 12:10-20:)

2) (Gen 39—50:
3) (Exo 1—15:
4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
7) (2Rs 23:29-35:)

8) (Jr 44:30);

Farão

substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.

Fortalezar

verbo transitivo direto Fortificar; guarnecer.

Reis

livro da historia dos reis

Reis PRIMEIRO LIVRO DOS

Livro que continua a contar a história dos reis israelitas começada nos dois livros de Samuel. Este livro se divide em três partes:


1) A morte de Davi e o começo do reinado de Salomão (1—2).


2) O reinado de Salomão (3—11).


3) A divisão da nação em dois reinos, o do Norte (Israel) e o do Sul (Judá), e a história dos reis que governaram até a metade do século nono a.C. Neste livro é contada a história do profeta Elias, que combateu os profetas de BAAL (12—22).

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REIS, SEGUNDO LIVRO DOS

Livro que conta a história dos dois reinos, sendo uma continuação de 1Rs. Pode ser dividido em duas partes:


1) A história dos dois reinos, desde o ano 850 a.C. até a queda de Samaria e o fim do Reino do Norte em 721 a.C. (1—17).


2) A história do Reino do Sul, desde 721 a.C. até a conquista e a destruição de Jerusalém por NABUCODONOSOR, em 586 a.C., ficando Gedalias como governador de Judá (18—25).


Réis

substantivo masculino plural Moeda antiga; unidade monetária brasileira que também circulava em Portugal, com várias cédulas e moedas facionadas entre mil réis.
Não confundir com: reis.
Etimologia (origem da palavra réis). Plural de real.

substantivo masculino plural Moeda antiga; unidade monetária brasileira que também circulava em Portugal, com várias cédulas e moedas facionadas entre mil réis.
Não confundir com: reis.
Etimologia (origem da palavra réis). Plural de real.

Terra

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


Zombar

verbo transitivo indireto e intransitivo Debochar; procurar tornar ridículo por meio de gestos, atitudes ou palavras irônicas: não se deve zombar dos desfavorecidos; você está zombando?
Desdenhar; tratar alguém com desdém ou desprezo: zombou da nota do colega.
verbo transitivo indireto Não levar em consideração; ser indiferente a: zombava de Deus.
verbo transitivo direto Caçoar; dizer alguma coisa de maneira engraçada: zombava do perigo.
Etimologia (origem da palavra zombar). De origem questionável.

zombar
v. 1. tr. ind. Fazer zombaria; escarnecer, chacotear. 2. Intr. Gracejar. Sin.: zombetear.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Habacuque 1: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E escarnecerão dos reis, e dos príncipes farão zombaria; eles se rirão de todas as fortalezas, porque amontoarão terra, e as tomarão.
Habacuque 1: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

625 a.C.
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3920
lâkad
לָכַד
capturar, tomar, apanhar
(and they took)
Verbo
H4013
mibtsâr
מִבְצָר
conduzir através de, levar alguém consigo
(he went)
Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
H4428
melek
מֶלֶךְ
rei
(king)
Substantivo
H4890
mischaq
מִשְׂחַק
()
H6083
ʻâphâr
עָפָר
terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
([of] the dust)
Substantivo
H6651
tsâbar
צָבַר
(Qal) empilhar, amontoar
(and lay up)
Verbo
H7046
qâlaç
קָלַס
zombar, escarnecer
(and mocked)
Verbo
H7336
râzan
רָזַן
()
H7832
sâchaq
שָׂחַק
rir, brincar, zombar
(that he may make us sport)
Verbo


הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

לָכַד


(H3920)
lâkad (law-kad')

03920 לכד lakad

uma raiz primitiva; DITAT - 1115; v

  1. capturar, tomar, apanhar
    1. (Qal)
      1. capturar, apanhar
      2. capturar (referindo-se a homens) (fig.)
      3. tomar (por sorteio)
    2. (Nifal)
      1. ser capturado
      2. ser pego (referindo-se a homens em armadilha, cilada) (fig.)
    3. (Hitpael) agarrar um ao outro

מִבְצָר


(H4013)
mibtsâr (mib-tsawr')

04013 מבצר mibtsar

também (no pl.) fem. (Dn 11:15) מבצרה mibtsarah

procedente de 1219; DITAT - 270g; n m

  1. fortificação, fortaleza, cidade fortificada, forte

מֶלֶךְ


(H4428)
melek (meh'-lek)

04428 מלך melek

procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

  1. rei

מִשְׂחַק


(H4890)
mischaq (mis-khawk')

04890 משחק mischaq

procedente de 7831; DITAT - 1905f; n m

  1. objeto de escárnio

עָפָר


(H6083)
ʻâphâr (aw-fawr')

06083 עפר ̀aphar

procedente de 6080; DITAT - 1664a; n m

  1. terra seca, poeira, pó, cinzas, terra, chão, argamassa, entulho
    1. terra seca ou solta
    2. entulho
    3. argamassa
    4. minério

צָבַר


(H6651)
tsâbar (tsaw-bar')

06651 צבר tsabar

uma raiz primitiva; DITAT - 1874; v.

  1. (Qal) empilhar, amontoar
    1. referindo-se a cereal, terra ou prata

קָלַס


(H7046)
qâlaç (kaw-las')

07046 קלס qalac

uma raiz primitiva; DITAT - 2029; v.

  1. zombar, escarnecer
    1. (Piel) escarnecer de
    2. (Hitpael) zombar, caçoar, fazer pilhéria de

רָזַן


(H7336)
râzan (raw-zan')

07336 רזן razan

uma raiz primitiva; DITAT - 2142; v.

  1. (Qal) ser pesado, ser judicioso, ser imponente

שָׂחַק


(H7832)
sâchaq (saw-khak')

07832 שחק sachaq

uma raiz primitiva; DITAT - 1905c; v.

  1. rir, brincar, zombar
    1. (Qal)
      1. rir (geralmente em desprezo ou escárnio)
      2. divertir, brincar
    2. (Piel)
      1. fazer pilhéria
      2. gracejar
      3. tocar (abrangendo música instrumental, canto, dança)
    3. (Hifil) rir com escárnio