Enciclopédia de Malaquias 3:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ml 3: 2

Versão Versículo
ARA Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros.
ARC Mas quem suportará o dia da sua vinda? e quem subsistirá, quando ele aparecer? porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
TB Mas quem pode suportar o dia da sua vinda? Quem subsistirá quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo de fundidor e como o sabão de lavandeiros.
HSB וּמִ֤י מְכַלְכֵּל֙ אֶת־ י֣וֹם בּוֹא֔וֹ וּמִ֥י הָעֹמֵ֖ד בְּהֵרָֽאוֹת֑וֹ כִּֽי־ הוּא֙ כְּאֵ֣שׁ מְצָרֵ֔ף וּכְבֹרִ֖ית מְכַבְּסִֽים׃
BKJ Mas quem poderá permanecer no dia da sua vinda? E quem ficará de pé quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do refinador e como o sabão dos lavandeiros.
LTT Mas quem suportará o dia da Sua vinda? E quem permanecerá de pé, quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
BJ2 Quem poderá suportar o dia da sua chegada? Quem poderá ficar de pé, quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor e como a lixívia dos lavadeiros.
VULG Et quis poterit cogitare diem adventus ejus, et quis stabit ad videndum eum ? ipse enim quasi ignis conflans, et quasi herba fullonum :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Malaquias 3:2

Salmos 2:7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
Isaías 1:18 Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.
Isaías 4:4 Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor,
Jeremias 2:22 Pelo que, ainda que te laves com salitre e amontoes sabão, a tua iniquidade estará gravada diante de mim, diz o Senhor Jeová.
Ezequiel 22:14 Estará firme o teu coração? Estarão fortes as tuas mãos, nos dias em que eu tratarei contigo? Eu, o Senhor, o disse e o farei.
Amós 5:18 Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Trevas será e não luz.
Zacarias 13:9 E farei passar essa terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus.
Malaquias 4:1 Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
Mateus 3:7 E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
Mateus 21:31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.
Mateus 23:13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
Mateus 25:10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
Marcos 9:3 E as suas vestes tornaram-se resplandecentes, em extremo brancas como a neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia branquear.
Lucas 2:34 E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado
Lucas 3:9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Lucas 3:17 Ele tem a pá na sua mão, e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.
Lucas 7:23 E bem-aventurado aquele que em mim se não escandalizar.
Lucas 11:37 E, estando ele ainda falando, rogou-lhe um fariseu que fosse jantar com ele; e, entrando, assentou-se à mesa.
Lucas 11:52 Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência! Vós mesmos não entrastes e impedistes os que entravam.
Lucas 21:36 Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem.
João 6:42 E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?
João 8:41 Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus.
João 8:55 E vós não o conheceis, mas eu conheço-o; e, se disser que não o conheço, serei mentiroso como vós; mas conheço-o e guardo a sua palavra.
João 9:39 E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam e os que veem sejam cegos.
João 15:22 Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.
Atos 7:52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;
Romanos 9:31 Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça.
Romanos 11:5 Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.
I Coríntios 3:13 a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Hebreus 10:28 Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas.
Hebreus 12:25 Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus,
I Pedro 2:7 E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina;
Apocalipse 1:5 e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
Apocalipse 2:23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.
Apocalipse 6:17 porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Apocalipse 7:14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Apocalipse 19:8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ml 3:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 23
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 3:15-18

15. Estando o povo na expectativa e discorrendo todos em seus corações a respeito de João, se porventura não seria ele o Cristo,


16. disse João a todos "eu na verdade vos mergulho em água, mas vem aquele que é mais poderoso que eu, e não sou digno de desatarlhe as correias das sandálias: ele vos mergulhará no Espirito santo e no fogo:


17. a sua pá ele a tem na sua mão para limpar sua eira e recolher o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível".


18. Assim, pois, com muitas outras exortações, anunciava a Boa Nova ao povo. MT 3:11-12


11. "Eu na verdade vos mergulho em água para a reforma mental; mas aquele que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e não sou digno de levar-lhe as sandálias; ele vos mergulhará no Espírito santo e no fogo;


12. a sua pá ele a tem na sua mão e limpará bem a sua eira; e recolherá seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível".


MC 1:7-8

7. E ele pregava: "Depois de mim vem aquele que é mais poderoso que eu, diante do qual não sou digno de abaixarme para desatar-lhe a correia das sandálias.


8. Eu vos mergulhei na água, mas ele vos mergulhará no espírito santo".


Lucas esclarece a razão das explicações dadas por João: o povo aguardava ansioso o Messias, para libertá-lo do jugo romano. E crescia a desconfiança a respeito de João: não seria ele o messias? O precursor explica singelamente que sua tarefa é apenas preceder o Messias, preparar-lhe o caminho, mergulhar na água simbolizando a purificação, para que depois venha a reforma mental. Nada mais. O que virá depois, o "outro", é mais forte, mais poderoso que ele, e os mergulhará num espírito santo e no fogo. Claramente elucida João que ele fala para a personalidade e que "outro", mais elevado, falará para a individualidade. E dá suas características: ele se satisfaz com a mudança do pensamento, com a "reforma mental" (setenta anos antes, exclamava Cícero para Catilina: "muta jam istam mentem", muda logo essa mentalidade"!). Na personalidade, isso constitui o essencial. Mais tarde, quando já no rumo certo, depois de "rejeitados os erros", então poderá chegar "outro" para ensinar o progresso "de dentro" . Só depois de arrasada a velha casa pelos demolidores, poderá vir o construtor para erguer o novo prédio.


O "outro" mergulhará a individualidade "num espírito santo", fazendo-a sintonizar com os bons espíritos, e a fará penetrar "no fogo" da purificação (cfr. IS 1:25; IS 4:4; ZC 13:9; ML 3:2) que lhes queimar á todas as impurezas; fogo do remorso que limpa, fogo da dor que resgata, fogo dos sofrimentos que corrige, fogo das provações que tempera, fogo do amor divino que purifica. Tão grande é esse "outro", que João se confessa indigno de "desatar-lhe as correias das sandálias", revelando com isso o conhecimento de sua pequenez diante da grandeza de Jesus (embora fossem primos); e confirmando a exultação e o gáudio que ele, João, experimentou ainda no ventre materno, quando recebeu a visita de Jesus no ventre de Maria: era o velho profeta Elias, diante de Yahweh, u "homem" diante de seu "deus". Jesus o classificaria, mais tarde, como "o maior ser" da personalidade (dentre os nascidos de mulher), embora o menor da individualidade (do "reino dos céus") lhe fosse superior.


Com uma imagem, João prefigura Jesus: "tem a pá na sua mão": é o Senhor, o Dono da Terra, comparada a uma eira (área de terreno liso e duro, onde se põem a secar os cereais para debulhá-los e limpálos; realmente, este planeta é uma "eira" para provação e seleção de nossos espíritos) . Prosseguindo na imagem, João mostra que o trigo (as criaturas humanas) de boa qualidade serão recolhidas ao celeiro, os frutos serão aproveitados; mas a palha (as personalidades transitórias, os corpos físicos, que só passageiramente revestem o "trigo" para depois serem abandonados) essa será queimada num "fogo inextingu ível" . Com efeito, o fogo purificador do amor divino é eterno e inextinguível em todos os universos, destruindo tudo o que é inútil, transitório e portanto prejudicial: é a palha dos defeitos, dos vícios, dos maus hábitos, da vaidade e do orgulho, do personalismo enfatuado e separador. Enquanto os grãos de trigo, moídos pela dor, irão constituir uma só farinha, formando um todo coletivo maior.


E Lucas conclui dizendo que essas, que ele exemplificou, eram as pregações de João, ao anunciar à humanidade a Boa Notícia de que o Reino dos Céus (a era da individualidade) estava próxima, já ia começar com a chegada de Jesus à Terra na missão divina, com o advento do Senhor à Sua eira.


O esclarecimento de João é taxativo e indiscutível: ele se dirige à personalidade exterior, aos planos do quaternário transitório (corpo físico, etérico, astral e intelecto), pedindo nova direção para este último e mergulhando na água o corpo físico, para que dela renasça a nova criatura. Mas o "outro", o Messias real, agiria na individualidade eterna, no trio superior, que ele mergulharia no espírito santificado e no fogo do Eu Supremo, colocando-o em contato com o Cristo Interno, com o Deus residente em cada um.


Jesus viria com a pá em sua mão: ao celeiro divino do Cristo recolheria os "maduros", ao passo que os imaturos seriam lançados ao fogo inextinguível de novas encarnações expiatórias, até que atingissem pleno amadurecimento.


Vemos, pois, duas qualidades de fogo, embora sejam ambas o mesmo fogo". Se aquele que mergulha no fogo divino está preparado, ficara inflamado pelo fogo do amor; se não no está, é consumido de dores e purificado dos carmas, queimando as impurezas. O mesmo se passa com o trigo: enquanto a palha e devorada pelo fogo, transformando-se em cinza, o grão moído, preparado e temperado é cozinhado pelo mesmo fogo, produzindo o saboroso e nutritivo pão que doura nossas mesas. O fogo é o mesmo: o efeito diferente depende da diversidade dos materiais que nele são colocados. Num provoca a destruição, noutro a criação de novas virtudes; num consome ilusões inúteis e vãs, no outro salienta as qualidades; num aniquila o mal que prejudica e atrasa, no outro prepara o alimento que sustenta e que, bem aproveitado, será assimilado ao Cristo (como o pão o é ao corpo), passando a constituir UM com Cristo, assim como Cristo é UM com Deus; ou seja, é recolhido ao celeiro".


E João, como personalidade, SABE que por maior que seja, jamais poderá chegar aos pés da individualidade: e a expressão "desatar-lhe as correias de suas sandálias" exprime bem a ideia: por mais alto que esteja pela cultura e pelo conhecimento teórico nunca chegará ao limiar da individualidade, se não realizar o encontro íntimo, por meio do Cristo.


ml 3:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 10:34-39


34. Não penseis que vim lançar paz à Terra: não vim lançar paz, mas uma espada,


35. pois vim separar o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra.


36. Assim, os inimigos do homem são os de sua própria casa.


37. Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; e quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim,


38. e quem não toma a sua cruz e não segue após mim, não é digno de mim,


39. O que acha sua alma, a perderá; mas o que perde sua alma por minha causa, a achará.


LC 12:49-53


49. Fogo vim lançar sobre a Terra, e que (mais) quero, se já foi aceso?


50. Num mergulho tive de ser mergulhado, e quanto me angustio até que ele termine!


51. Pensais que estou aqui na Terra para trazer paz? Não, eu vo-lo digo: nada mais que divisão,


52. pois de ora em diante haverá numa casa cinco pessoas em desacordo, três contra duas e duas contra três:


53. estarão divididos pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra contra sua nora e nora contra sogra.


Comecemos a análise pelo texto de Lucas, com a frase inexistente em Mateus: "vim lançar fogo sobre a Terra, e que mais quero, se já está aceso"?


O verbo grego balein é "lançar", e não "trazer", como se lê com frequência nas traduções correntes. A segunda parte da frase pode ter várias interpretações, entre as quais preferimos a literal: kaì tí thélô ei êdê anêphthê, "que (mais) quero, se já foi aceso"? (anêphthê é o aoristo segundo passivo de anaptô).


Mas podem atribuir-se-lhe outros sentidos: "e quanto desejo que já tivesse sido acesso", ou ainda: "e como estou alegre (cfr. Sir. 23:14) de já ter sido aceso".


Perguntam os exegetas que "fogo" é esse, e citam o significado de "prova" ou "castigo" que se aplicava a esse termo no Antigo Testamento: e mais, o de "purificar" (ZC 13:9); "depurar os metais" (ML 3:2ss; EC 2:5:4. º Mac. 9:22): ou também "o calor das paixões" (JR 4:14; JR 20:9; JR 23:29; EC 9:8 e EC 23:16). Gregório Magno (Patrol. Lat. vol. 76 col. 1223) diz tratar-se do "Espírito Santo". Vemos, então, que entre os próprios hermeneutas se verificam as divisões preditas por Jesus; e Seus discípulos muitas vezes se separam só por causa da interpretação de Suas palavras, criando-se novas seitas a combater-se inútil e ridiculamente.


Logo depois Jesus confessa, num desabafo muito humano, o sacrifício extraordinário que fez por nós: "tive de ser mergulhado num mergulho": compreendemos como custou o doloroso baixamento de Suas vibrações divinas, para "encarnar", mergulhando na grosseria da matéria física, fato salientado por Paulo (FP 2:6-8): "Jesus que, subsistindo em forma de Deus, não julgou usurpação ser como Deus, mas esvaziou-se, tendo tomado a aparência de escravo, tornando-se semelhante aos homens e achandose na condição de homem: humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz". E esse holocausto do mergulho O angustiava, suspirando Ele pela libertação quando finalmente largasse a matéria.


Transforma depois seu ensino, que toma a forma de uma pergunta a que o próprio Mestre responde pela negativa, afirmando que veio trazer a divisão. O verbo grego dikázô exprime literalmente "dividir em dois" ou "partir ao meio", donde derivou a nossa "dicotomia".


Cita então um exemplo: uma casa de cinco pessoas, sendo 1. o pai; 2. a filha; 3. o filho casado; 4. sua esposa; e 5. a mãe (que também é a sogra). Entre todos surgiriam divisões e desacordo.


Essas mesmas palavras encontram-se em Mateus. E de fato havia a crença de que, precedendo a vinda do Messias, haveria muitas dores e catástrofes (chamadas habelê Meshiah, isto é, "as dores do Messias"), que, em MT 24:8 são ditas ôdínes. Em Sanhedrim 97a, lemos: "Na semana de anos em que deve vir o filho de David, desencadear-se-ão guerras no sétimo ano, mas no fim do sétimo ano chegará o filho de David".


A doutrina pregada por Jesus torna-se, pois, a ocasião (embora não a causa) desses conflitos, que terminarão em perseguições violentas e sanguinárias, e "os inimigos do homem são os de sua própria casa", fato explicado com pormenores alguns séculos antes pela Bhagavad-Gita.


Quando Jesus compara o amor que a Ele devemos ter, maior que o dedicado a pais e filhos, emprega o termo philéô, que exprime o amor terno e instintivo; e não agapáô, que é a afeição respeitosa dirigida a um benfeitor. Entre os israelitas daquela época era comum ser o mestre colocado antes do pai: "o pai nos colocou neste mundo, mas o mestre, que nos ensina a sabedoria, nos dá a vida do outro mundo" (Tratado Baba Messias, 2, 11).


A frase seguinte (vers. 38) apresenta maior dificuldade. A cruz constituía um suplício infamante, só aplicado a escravos e criminosos de baixo nível. Jesus não havia ainda, com sua crucificação, enobrecido esse emblema. No entanto, o fato de "carregar sua cruz" era corrente, pois os condenados carregavam até o local do suplício a trava superior, onde seriam pregados ou amarrados. Uma vez presos a ele, era ele suspenso e pendurado nos postes já permanentemente fincados no chão para esse efeito. A cruz (staurós, derivado da palavra tau que designava a letra T) era bastante conhecida na antiguidade como símbolo, quer a "ansata" no Egito, símbolo da imortalidade e da junção espírito-matéria; quer a Jaina na Índia (conhecida também como svástica; em sânscrito svasti quer dizer "saudar") antiquíssima, simbolizando a criação do fogo pelo atrito e adotada mais tarde como símbolo do "sinal da cruz" que o cristão traça sobre si mesmo; e por isso figura nas catacumbas de Roma e no "púlpito" de Santo Ambrósio em Milão, Itália.


Realmente a metáfora "carregar sua cruz" para significar a aceitação da prova, não aparece na literatura rabínica. Mas Cristo exige para seus discípulos, que carreguem sua cruz e O sigam (literalmente: " sigam após mim", akolouthei opísô mou): caminhamos como crucificados na carne, seguindo Seu exemplo.


O último versículo de Mateus é um ensinamento em forma axiomática, realçado pela contradictio in términis (contradição entre as palavras), formando bela antítese. A oposição entre alma e corpo (vida material e vida espiritual) era comum entre os rabinos. Lemos em Talmud, 66 a: "Que fará um homem para viver? - Dar-se-á a morte. Que fará um homem para morrer? - Dar-se-á a vida".


Cristo adota o pensamento, acrescentando uma condição taxativa: por minha causa: quem acha sua alma, locupletando-a com as satisfações terrenas, sem cogitar do espírito, a perde; mas quem, por causa do Espírito, perde sua alma nas dores e dificuldades terrenas, a encontrará mais aperfeiçoada; após transpassar o túnel estreito e escuro do túmulo.


A continuação do ensino se vai aprofundando aos poucos em revelações fortes mas de meridiana clareza.


Sigamos a mesma ordem, comentando antes o texto de Lucas.


Em primeiro lugar: a individualidade (Jesus) declara ter vindo "lançar fogo sobre a Terra". Com efeito, a matéria inerte e mesmo a vivificada pela força da vida animal e psíquica, pode considerar-se apagada se não tiver em si o "fogo" do Espírito desperto, consciente de si, a trabalhar pela evolução.


Quem lança esse fogo nos seres humanos é a individualidade, ao assumir seu legítimo posto de supremacia na criatura humana. Para lançar, porém, esse fogo espiritual, a individualidade necessita mergulhar no corpo físico, encarcerando-se na carne; e durante toda a sua permanência nesse mergulho, vive angustiada (synéchomai), ansiosa por libertação, a fim de voar livre em seu mundo próprio.


O Espírito, individualização da Centelha Divina, quando consegue comunicar seu fogo próprio espiritual (o "mergulho de fogo", cfr. MT 3:11; MC 1:8; LC c: 16, vol. 1 página 119 ss) ao ser humano, sente em si a alegria de vê-lo arder na espiritualização integral; no entanto, seu aprisionamento lhe faz sofrer todas as restrições de um cárcere cheio de lutas. Com efeito, o domínio da individualidade numa criatura lança-a em lutas titânicas externas, embora garantindo uma paz interior inabalável.


Mas a "descida" da individualidade traz, não a paz, à personalidade, mas a divisão em dois, a "dicotomia" entre matéria e espírito. Se bem que a matéria nada mais seja que a condensação (congelamento) do espírito, ocorre que, no momento de a individualidade assumir o comando, a personalidade adquire a consciência de uma dualidade, da nítida separação (dicotomia), com a característica de oposição entre espírito e matéria. Centenas, e talvez milhares de autores já se referiram a essa luta entre os dois pólos "opostos" (positivo e negativo, Sistema e Antissistema, alma e corpo). Há pois raz ões ponderosas de afirmar que, no mergulho na carne, a individualidade vem produzir, de início, a dicotomia entre espírito e matéria.


Essa divisão, todavia, não reside unicamente nas extremidades opostas. Também os planos intermediários estarão sujeitos a ela. Assim, numa "casa" (ou seja, numa pessoa humana), onde há cinco pessoas (o pai: o espírito; a mãe: a inteligência; o filho: o corpo astral; com sua esposa: o duplo etérico; a filha: a carne), a luta entre os elementos é grande e contínua. O pai ("espirito") quer impor-se ao filho (corpo astral, emoções), mas estas se opõem a ele; a mãe (inteligência) quer superar a filha (a carne), mas esta se rebela e não quer obedecer a ela, vencendo-a com o sono, o cansaço, etc. ; a sogra (ainda a inteligência) busca dominar a nora (as sensações físicas), mas estas são mais poderosas e levam de vencida a inteligência. Quem não conhece a dificuldade de a inteligência desarraigar hábitos (vícios) como de fumo, de bebidas, de gula, de preguiça, etc"? Ou os obstáculos causados à intelig ência pela fadiga do corpo? Ou o descontrole que o espírito sofre, perturbado pelas emoções da cólera e da raiva, do amor descontrolado e do ciúme, etc. ?


Bem razão tem a individualidade de proclamar que não veio "lançar a paz, mas a espada". E por isso," os inimigos do homem são os de sua própria casa", isto é, as máximas lutas que uma criatura tem que enfrentar são, realmente, contra seus próprios veículos inferiores, que causam os maiores distúrbios e perturbações, obstáculos e embaraços na caminhada da senda evolutiva. Muito mais fácil derrotar um inimigo externo que a si mesmo: "vencedor verdadeiro é o que vence a si mesmo", lemos algures. Indispensável, pois, harmonizar os veículos entre si e depois sintonizá-los com o Espírito.


Daí a conclusão: não é digno do Espírito, do Cristo Interno, quem "mais ama seu pai ou sua mãe, seu filho ou sua filha". No sentido em que estamos examinando a questão, essas palavras exprimem os veículos mais densos (da personalidade): seu intelecto, suas emoções, suas sensações, seu comodismo.


Quem mais ama essas partes personalísticas do que ao Cristo Interno, não é digno do Cristo Interno: está voltado para as falsas realidades transitórias terrenas, externas a seu verdadeiro EU, ao invés de apegar-se à realidade real perene, eterna, infinita. Não é digno da realidade, quem se apega às apar ências. Não é digno da individualidade eterna, quem valoriza mais a personalidade momentânea.


Não é digno do Espírito quem lhe prefere a matéria. Não é digno do Cristo, quem lhe antepõe o mundo e suas ilusões.


Consequentemente, para ser digno do Cristo-que-em-nós-habita, e que constitui nosso verdadeiro e real Eu Profundo, é indispensável "tomar sua cruz", ou seja, carregar seu corpo físico e seus demais veículos (quando estamos de pé, de braços abertos, temos a configuração de uma cruz) e seguir o exemplo que Jesus nos deu. O mergulho do Espírito na matéria densa é uma crucificação, é "ser pregado na cruz". Essa cruz tem que ser carregada até o fim (até o "Gólgota", que quer dizer "caveira"), por maiores angústias que isso nos cause ("num mergulho tive que ser mergulhado, e quanto me angustio até que ele termine" ...) . Jamais podemos deixar que a "cruz" (o corpo) carregue e arraste nos so Eu para o pólo oposto, para Satanás (a matéria); mas carregá-la nós para o cimo da montanha, que é o Espírito, seguindo passo a passo o Cristo Interno. Este é o caminho certo da evolução, ditado taxativamente por Jesus, a individualidade mais evoluída, que nos deu Seu exemplo, servindo-nos de modelo, como nossa irmão mais velho, "primogênito entre muitos irmãos" (RM 8:29).


Não se trata, porém, de despersonalizar-se por motivos de fuga, de covardia; mas por uma causa que é a única que vale: por causa da união, da fusão, da unificação com o Cristo Interno, dessa personalidade transitória, que se anula para ser substituída pela individualidade permanente e divina. Só por esse motivo ("por minha causa", diz o Cristo) é que vale a despersonalização da criatura. E o homem Jesus, símbolo da individualidade, deu-nos o exemplo com indiscutível clareza, como veremos a seu tempo, em comentários futuros.


Daí se chega à conclusão: "quem acha sua alma (sua psiquê) a perderá". De fato, quem na Terra descobre sua personalidade (psiquismo) e a coloca no pedestal, acima de tudo, acaba perdendo-a, porque ela é destruída pela "morte", no fim de cada ciclo de existência terrena (cfr. HB 9:27). No entanto, aquele que, por causa do Cristo Interno, aniquila ainda na vida terrena sua personalidade ("perde sua alma") esse a encontrará, isto é, descobrirá sua individualidade eterna, residente no imo de si mesmo.


Em nosso atraso confundimos muito a individualidade com a personalidade. Julgamos que esta constitui nosso verdadeiro eu imortal, que jamais será destruído. No entanto, ao progredirmos, verificamos nosso engano: o Eu profundo, a Individualidade, é a única coisa que permanece. Mas para descobrir ("achar") seu verdadeiro Espírito Eterno, é mister perder sua "alma" (personalidade) transitória.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
B. A RESPOSTA DO SENHOR, Ml 3:1-5

A última pergunta: "Onde está o Deus do juízo?", dá o impulso para um pronuncia-mento divino: Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o SENHOR dos Exércitos (1). "Por mais que a situação esteja ruim, em breve Deus virá para corrigir as injustiças". 2

Dois eventos são preditos aqui:
1) A vinda do mensageiro do Senhor que preparará o caminho para Deus;

2) A vinda do próprio Senhor, chamado particularmente o anjo (mensageiro) do concerto.

  • A Vinda do Precursor (3.
    - 1a)
  • O pensamento aqui é o exarado em Isaías 40:3-5; 52.7; 57.14. O segundo Evangelho cita a primeira destas profecias de Isaías junto com esta passagem sob estudo, para afirmar que João Batista as cumpriu (Mc 1:2-3).

    Douglas Rawlinson Jones deu a interpretação cristã desta profecia: "O ensino aqui é que, embora os sacerdotes contemporâneos sejam bajuladores, o Senhor enviará um ver-dadeiro mensageiro que preparará sua vinda para julgar. Logo entendemos que este personagem era um profeta, um autêntico Elias (4.5). Assim que verificamos que Jesus visitou punitivamente o Templo, então, sob todos os aspectos, reconhecemos que João Batista é aquele que cumpriu a promessa do arauto". 3

  • A Vinda do Senhor (3.1b-5)
  • De repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais. Esta profecia nos ensina que o julgamento começa na casa do Senhor (Ez 9:6-1 Pe 4.17). O Senhor não é o nome sagrado Yahweh, nem é Adonai, a palavra usada pelos judeus para substi-tuir Yahweh na leitura. 40 termo empregado aqui é raro: ha-Adon (o equivalente literal de "o Senhor"), que é anteposta ocasionalmente a Yahweh, como em Êxodo 23:17; Isaías 1:24. No dia de Pentecostes, Simão Pedro declarou: "A esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:36). A confissão cristã mais primitiva era as palavras: "Jesus é o Senhor" (cf. 1 Co 12.3; Fp 2:11). A crença cristã afirma que Jesus é Deus, não Deus Pai, mas Deus Filho: "Deus estava em Cristo" (2 Co 5.19). Jesus Cristo não era mero homem entre os homens, nem era um anjo mascarado de homem, nem era uma divindade secundária criada na eternidade, mas era o Deus Todo-poderoso, o único Deus que é, que veio a nós como Jesus de Nazaré. "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer" (Jo 1:18). Este, em quem cremos, é a pessoa que Malaquias anuncia.

    O anjo ("mensageiro", ECA) do concerto.' J. M. Powis Smith observa: "Este 'anjo' dificilmente pode ser idêntico ao precursor, a saber, 'o meu anjo', mencionado no começo [do] versículo. Aqui, sua vinda é apresentada simultaneamente à manifestação de 'o Senhor', que só pode ser o próprio Yahweh, e a profecia anuncia explicitamente que a vinda de 'o meu anjo' precede a revelação de Yahweh". T. T. Perowne fez uma análise definitiva sobre este título de nosso Senhor.

    A idéia de o anjo que permeia esta profecia atinge o ponto culminante no Mes-sias (como ocorre com as idéias do profeta, do sacerdote e do rei no Antigo Testa-mento), pois, no mais alto sentido, ele é o Anjo de Deus para os homens. O Anjo, ou Mensageiro, cuja presença desde o início foi reconhecida na 1greja (Atos 7:38; Êx 23:20-21; Is 63:9), acabou com estes "prelúdios da encarnação" quando "se fez carne e habitou entre nós". Em cumprimento de promessa e profecia (Is 42:6-55.3), como Mensageiro e Mediador (11b 12,24) do concerto (feito antes da lei, Gl 3:17, embora fosse, em virtude de sua posterior instauração, "um concerto novo", Jr 3L31-34; Hb 8:7-13), o Senhor veio para inaugurá-lo e ratificá-lo com seu sangue (Mt 26:28; Hb 13:20). Ao mesmo tempo, defendeu sua afirmação de ser "o Deus do juízo", a quem desejavam, pela obra de justiça perspicaz que executa (2-5). 6

    a) O Senhor purificará (Ml 3:2-4). Há um objetivo duplo na vinda do Senhor:

    1) Purifi-car o sacerdócio e

    2) julgar os pecadores (3.5). Ao apresentar esta verdade, Malaquias dá a impressão de misturar a primeira e a segunda vindas de Cristo. A primeira, também foi ocasião de exame e separação, de acordo com a reação daqueles a quem o Senhor veio, ao recebê-lo ou rejeitá-lo. "Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem sejam cegos" (Jo 9:39). Lemos ainda no quarto Evangelho: "Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado" (Jo 3:18). Todo indivíduo está em estado de graça ou fora dela, sob o favor de Deus ou debaixo de sua ira, e "cada um será depurado com fogo" (Mac 9.49), de modo idêntico o fogo do batismo com o Espírito Santo ou a labareda da geena. Por isso, lemos aqui: Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros (2).

    João Batista reproduziu Malaquias quando declarou: "Ele vos batizará com o Espí-rito Santo e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará" (Mt 3:11-12). "O poder do fogo, sabemos, é duplo", comentou João Calvino, "pois queima e purifica; queima o que está corrupto, mas purifica o ouro e a prata, para retirar deles a escória. Não há que duvidar que o profeta queria incluir ambos os aspectos".7 É necessário considerar que "Deus é um fogo consumidor" (Hb 12:29) que tem de queimar a escória, ou, por sua graça, consome o pecado dentro de nós, ou nos destrói com o pecado no inferno.

    Deus também é como o sabão dos lavandeiros. O lavandeiro era a pessoa que alvejava tecidos. "Nos evangelhos anglo-saxões, João Batista é chamado 'o lavandeiro'". Esta idéia é paralela à do ourives.

    E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao SENHOR trarão ofertas em justiça (3). Depois do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, lemos em Atos que "grande parte dos sacerdotes obedecia à fé" (Atos 6:7). "Mas de modo mais amplo e básico", ressalta Pusey, "como Sião e Jerusalém são títulos para a Igreja, e o Israel que cria era o verdadeiro Israel, assim 'os filhos de Levi' são os verdadeiros levitas, os apóstolos e seus sucessores no sacerdócio cristão". 9 O propósito desta puri-ficação é tornar possível que os israelitas levem ao Senhor ofertas em justiça. Pedro declara acerca dos crentes: "Vós também [...] sois edificados [...] sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo" (1 Pe 2.5). O autor de Hebreus diz na mesma linha de pensamento: "Temos um altar. [...] Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hb 13:10-15). O sacrifício mais valioso que podemos oferecer ao Senhor somos nós mesmos (Rm 12:1).

    Malaquias prossegue: E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao SE-NHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros anos (4). Estes dias antigos são os antes da decadência de Israel (cf. Is 1:25-27; Jr 7:21-26; Os 2:15-11.1).

    Nos versículos 1:3, temos "Como Malaquias viu o Messias":
    1) A profecia proclama-da, 1 (cumprida em João Batista, Mt 3:1-10; e em Jesus, o Messias, Mt 3:11-12; Jo 1:35-36) ;

    2) A pureza prometida, 2;

    3) A purificação feita, 3 (G. B. Williamson).

    b) O Senhor julgará (3.5). Lemos no versículo 5: "Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o salário do jornaleiro, e oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exérci-tos" (ARA). Esta é a resposta à pergunta: "Onde está o Deus do juízo?" (2.17). Depois de o Templo estar limpo e a casa de Deus preparada para o Mestre, Deus virá e corrigirá as injustiças que fazem os homens duvidar da bondade divina. Os feiticeiros serão julga-dos por Deus. Este é o único "pecado religioso" condenado. Os outros são transgressões sociais — adultério, falso juramento, injustiça e desumanidade. Como os grandes profe-tas, Malaquias entende que os pecados contra a ordem social são os delitos com os quais Deus está particularmente preocupado. O profeta destaca especialmente a maldade das pessoas que exploram os fracos e os desamparados, que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro (5). Malaquias estava tão profundamente preocupado com a moralidade das pessoas como estava com a adora-ção que prestavam.

    SEÇÃO VI

    DÍZIMO, O CAMINHO DA BÊNÇÃO

    Malaquias 3:6-12

    Agora, o profeta passa a lidar com outro obstáculo no caminho do livre derra-mamento das bênçãos de Deus em Israel. A nação não estivera disposta a pagar o preço do favor divino. As "janelas do céu" se fecharam, porque o povo retivera "os dízimos e as ofertas". Assim que os levasse ao Templo, as "chuvas de bênçãos" cairi-am na terra.

    Antes de acusarmos Malaquias de espírito legalista, não nos esqueçamos de que a recusa de Israel em dizimar era "sinal externo de ter se afastado de Deus".' A negligên-cia neste ponto era sintoma de incredulidade e desobediência, e o arrependimento não podia ser mostrado de modo mais prático que pelo pagamento dos dízimos.

    A. A ACUSAÇÃO, 3:6-9

    Malaquias inicia o assunto e faz um contraste entre a constância do Senhor e a inconstância e facilidade do povo em errar: Eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos (6). Por um lado, Deus afirma: "Eu sou Yahweh, o 'EU SOU O QUE SOU' (Êx 3:14) ; vós ainda sois 'filhos de Jacó', enganadores e trapacei-ros". Por outro lado, afirma: "Eu sou o Deus de amor imutável, por isso, vós... não sois consumidos". Martinho Lutero exclamou: "Se eu fosse Deus, partiria o mundo em pe-daços!" É porque o Senhor é Deus, não somos destruídos. Pusey parafraseia belamente este versículo: "Deus podia ter rejeitado com justiça a eles e a nós; mas não muda. Ele é fiel ao concerto que fez com os pais deles; não os consumiu; mas com esse seu amor inalterável, esperava arrependimento da parte deles. Nossa esperança não está em nós mesmos, mas em Deus".

    No versículo 7, Deus insiste na acusação: Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes. Deus é fiel, mas o povo, como seus pais, é incrédulo. A queixa é que Deus os abandonou, mas o Senhor põe a culpa no lugar certo — neles. Pusey faz a ligação entre os versículos 7:6: "Eu não mudo; vós é que não vos converteis do mal. Eu sou de santidade inalterável; vós é que sois de perversida-de inalterável". 3 Por meus estatutos, Deus quer dizer toda expressão de sua vontade revelada na Torá (os primeiros cinco livros do Antigo Testamento, mas comumente am-pliada com o sentido de "a lei" — a revelação de Deus para Israel).

    Tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos. Os desobedientes e inconstantes têm de voltar ao caminho do qual se desviaram. "A idéia não é meramente tomar certa direção específica, mas voltar pelo mesmo caminho, re-troceder os passos dados".4 Esta é a idéia que o Antigo Testamento apresenta sobre arre-pendimento e conversão (cf. Is 55:7). Arrependimento é, basicamente, mudança de atitu-de e propósito (conceito incluso na palavra grega metanoia, utilizada no Novo Testamen-to), mas tal transformação tem de necessariamente manifestar-se em ação (cf. Mt 3:8: "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento"). Mas que ação? Como nos exemplos anteriores (1.6; 2.17), as pessoas a quem o profeta se dirigia exigiram que Malaquias fosse mais específico: Em que havemos de tornar?

    O profeta responde com uma pergunta que já é a resposta: Roubará o homem a Deus? (8). O tom é de incredulidade. Será que o homem que é fraco e humano consegue roubar o Criador? Todavia, vós me roubais. O verbo hebraico traduzido por roubais ocorre somente aqui e em Provérbios 22:23. É possível que o texto original tivesse o verbo "trapacear", visto que há apenas uma pequena diferença entre os dois textos hebraicos. Em que te roubamos? O profeta responde: Nos dízimos e nas ofertas. Pela lei,

    1) o dízimo (décima parte) de todo o produto, bem como dos rebanhos e do gado, pertencia ao Senhor e devia ser-lhe oferecido (Lv 27:30-32) ; e

    2) esta porção era entregue aos levitas pelos serviços que prestavam (Nm 18:21-24). Neemias teve de lidar mais de uma vez com este erro reprovado aqui (cf. Ne 9:38-10:32-39; 13 10:14).

    Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação (9). A palavra hebraica traduzida por nação (goy) significa normalmente nação pagã. Não há meio de traduzir adequadamente a palavra, mas Barnes sugere: "Ó vós totalmente gentios". 5 Os sacerdotes e o povo estão sob acusação. O versículo seguinte mostra que a maldição é colheitas ruins e os conseqüentes sofrimentos.

    B. O DESAFIO, 3.10

    O profeta lhes mostra como voltar ao Senhor: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro (10). Pelo visto, não tinham deixado de dizimar de todo, mas não entregavam tudo. É possível que o povo como um todo retivesse uma parte, porque julgavam que precisavam mais que os sacerdotes. Mais provavelmente, grande parte do povo deixa-ra de dizimar completamente, ao passo que os fiéis piedosos passavam necessidade para cumprirem com suas obrigações religiosas de modo total.' Talvez, este relaxamen-to fosse motivado e desculpado pela pobreza em que viviam. Mas Malaquias encara como símbolo de afastamento e de um profundo desprezo a Deus. Por isso, o profeta ordena que o povo leve todos os dízimos à casa do tesouro. Este lugar era indubitavelmente a grande câmara que rodeava três lados do Templo. Mais ou menos nessa época, Tobias a desviou de seu propósito original, que era servir de depósito dos dízimos e ofertas alçadas do povo, e designou-a ao sumo sacerdote. Mas Neemias a restabeleceu à sua finalidade apropriada (Ne 10:38-13:5-9,12,13). T. T. Perowne escre-veu com competência: "Não é improvável que as 'câmaras', que eram contíguas à altu-ra de três andares nas paredes do Templo de Salomão, tivessem sido projetadas para servir de depósito (1 Rs 6.5,6). Na grande reforma feita por Ezequias, foram 'prepara-das', ou construídas ou restauradas, em alguma parte da área do Templo para receber o enorme afluxo de dízimos e ofertas (2 Cron 31.11,12) ".7

    O desígnio de Deus em exigir que o povo levasse todos os dízimos ao depósito era para que houvesse mantimento na minha casa. Antes da reforma de Neemias, "os levitas e os cantores [...] tinham fugido cada um para a sua terra", porque "o quinhão dos levitas se lhes não dava". Com a insistência de Neemias, ajudado talvez pelas determi-nações de Malaquias, "os dízimos do grão, e do mosto, e do azeite" foram levados "aos celeiros" (Ne 13:10-12). "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho [de Cristo], que vivam do evangelho" 1Co 9:14). Embora por razões particulares Paulo não tenha exercido este privilégio, considerou-o tão inteiramente justificado quanto a prática vigente no Antigo Testamento 1Co 9:9-14). Se o dízimo era a porcentagem de doação para os judeus sob o antigo concerto, os crentes do Novo Testamento darão me-nos? (cf. Hb 7:8). A Igreja de Jesus Cristo não achou melhor meio de prover suas necessi-dades senão pela reverberação do comando de Malaquias. A congregação que dizima é uma comunidade apta a enfrentar toda situação, boa ou ruim, que surgir. O cristão que não dizima tem grande dificuldade em defender sua mesquinhez. Será que consegue fugir da acusação de que seu relaxo também é sinal de seu desprezo a Deus?

    C. A PROMESSA, 3.10e-12

    Deus anexa uma promessa gloriosa à sua ordem de dizimar: E depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abas-tança (10). Esta é, literalmente, uma promessa de chuva (cf. Gn 7:11-8.2; 2 Rs 7.2,19). A frase sugere que os judeus passavam por seca e colheitas ruins. Mesmo assim, o sinal de chuva era símbolo de bênçãos (ver Zc 10:1-14.17). Que dela vos advenha a maior abastança é mais habilmente traduzido por "uma bênção mais do que suficiente" (VBB; cf. ARA). E repreenderei o devorador, ou seja, "o gafanhoto ou a seca ou o crestamento ou o mofo ou o granizo, o que quer que naquele tempo fosse o devorador". B A promessa continua: Para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos exércitos (11).

    "Como em Ageu e Zacarias e, na verdade, no Antigo Testamento em geral (Ag 2:19; Zc 8:9-13), a idéia de bênçãos não é um estado nobre e espiritual, mas uma perfeição e saúde da vida social total, cujo sinal é a fertilidade. Na terra que é abençoada, tudo e todos são férteis para cumprir a função pela qual foram criados".9 O profeta prevê que todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos exércitos (12). "Quando as nações circunvizinhas vi-rem a prosperidade que virá depois da liberalidade do povo para com Deus, elas conclui-rão acertadamente que foi a ação do Senhor que abençoou o povo".'

    É lógico que temos de acrescentar uma nota aos versículos 10:12. A prosperidade material e a saúde física não acompanham invariavelmente a fidelidade a Deus. Mas a saúde e a prosperidade espirituais sim. Quando chega a adversidade, o cristão cujos dízimos estão todos pagos acha-se em posição de orar e ser ouvido. No Novo Testamento temos uma fórmula superior à de Malaquias. O ancião João escreveu a um cristão cha-mado Gaio: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma" (3 Jo 2). As maiores riquezas da fé acham-se em passagens como Romanos 8:28-39, que nos asseguram que Deus trabalha em cada detalhe da vida daquele que o ama e que nada no universo criado pode separar tal indivíduo do amor do Pai que está em Cristo Jesus.

    Esta exposição dos versículos 6:12 segue o esboço desta seção que tem o título: "Dízimo, o caminho da bênção":

    1) A acusação, 6-9;

    2) O desafio, 10abcd;

    3) A promessa, 10e-12.
    Outra análise que sugerimos traz o título: "A chamada de Deus para dizimar":

    1) O reconhecimento da propriedade de Deus, 8;

    2) 0 critério da mordomia cristã total, 9;

    3) A expressão da adoração sincera, 10;

    4) A confissão de fé na promessa de Deus, 10b; e em sua providência, 11,12 (G. B. Williamson).

    SEÇÃO VII

    O TRIUNFO FINAL DOS JUSTOS
    Malaquias 3:13-4.3

    Anteriormente, o profeta fizera uma análise perspicaz sobre as pessoas que não fizeram distinção entre o bem e o mal (2.17). Nesta seção, Malaquias volta ao mesmo tema. Antes, disse: "Vocês têm cansado o SENHOR com as suas palavras. [...] Quando afirmam: 'Todos os que fazem o mal são bons aos olhos do SENHOR, e Deus se agrada deles" (NVI). Agora, repete o assunto e estabelece mais detalhes.

    A. O CETICISMO, Ml 3:13-15

    As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o SENHOR (13). A atitude dos judeus fora de ceticismo crescente. Agora, a crítica que fazem é vocal. Afirmam: Que temos falado contra ti? Esta não é uma pergunta de boa-fé. Implica em negação da acusação de Malaquias e desafia-o a apresentar mais provas (cf. 1.2,6; 2.14; 3.7,8). Fala-do significa falar em conjunto. "Quando foi que falamos assim entre nós?", é o sentido. Pelo visto, tinham o hábito de conversar e comparar as promessas de Deus com o estado miserável em que estavam. Mesmo assim, confessaram que não sabiam em que tinham criticado Deus.

    O profeta apresenta a acusação: Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? (14). Ao lembrar que os pagãos orgulhosos e prós-peros da Babilônia e reparar que as nações ao redor tinham abundância de todas as coisas, ao passo que sofriam na pobreza e na miséria, diziam: "Em que nos beneficia adorarmos o único Deus verdadeiro, detestarmos os ídolos e, atormentados pela consci-ência de pecados, andarmos penitentemente diante de Deus?"

    Quem são estes céticos e críticos? Na ótica de Perowne, essas palavras são "a blasfêmia franca de quem 'se assenta na roda dos escarnecedores'".1 Mas segundo J. M. Powis Smith, são palavras de "seguidores de Yahweh que perdem a fé e correm o risco de se desviar de Yahweh".2 Ao menos exteriormente serviam a Deus e guardavam os seus preceitos. A tendência a considerar a mera observância externa como a verdadeira reli-gião tem laivos do farisaísmo que vigorava nos dias do Novo Testamento. A frase andar de luto traz a mesma conotação. Ainda que não exclua uma dor interna genuína, a frase hebraica alude primariamente às roupas que estas pessoas usavam como sinal de humi-lhação e contrição. Isto recorda o aviso de Jesus registrado em Mateus 6:16-18.

    O versículo 15 resume o caso do povo contra Deus. Jones fez uma tradução livre das bem-aventuranças dessa gente:

    Bem-aventurados os arrogantes e irreligiosos; Bem-aventurados os malfeitores, porque prosperam; Bem-aventurados os que colocam Deus à prova, porque escapam de todo castigo.3

    Palavras audazes! Talvez seja este o significado da pergunta que fizeram anterior-mente: "Onde está o Deus do juízo?" (2.17). Com amargura, foram coagidos a colocar a maldade nas alturas, ao mesmo tempo em que o próprio Senhor permitia que ela ficasse impune.

    B. As PESSOAS QUE CRÊEM EM DEUS, Ml 3:16-18

    Então, aqueles que temem ao SENHOR falam cada um com o seu compa-nheiro (16). Certos intérpretes, ao seguirem a Septuaginta, a Versão Siríaca e o Targum, optam por esta leitura: "Assim (ou tais coisas) falavam uns aos outros os que temiam ao Senhor".4 Mas a maioria dos intérpretes considera que as pessoas no versículo 16 são outro grupo de judeus. Jones escreve: "Em contraste com os céticos arrogantes estão aqueles que, apesar dos problemas, 'temem ao Senhor'. São estes os que detêm o espírito de reverência e respeito humildes. É possível que 'aqueles que [...] falam cada um com o seu companheiro' se refira à discussão levantada entre os fiéis em virtude da análise franca que o profeta fez da situação. Neste caso, Malaquias lhes dá a garantia divina de que precisam".5 Se esta for a interpretação correta, da mesma forma que os irreligiosos em Israel conversavam em conjunto (13,14), assim faziam os religiosos. Porém, as conversas de ambos os grupos diferiam grandemente. O texto profético não registra o que o remanescente piedoso dizia, embora a declaração os que se lembram do seu nome indique o tópico das conversas. Falavam entre si que o Senhor fora bom com eles mesmo em meio aos sofrimentos. Em todo caso, a profecia nos informa que o SENHOR atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao SENHOR. Aqueles que temem ao Senhor sabem que seus nomes estão registrados indelevelmente na escritura divina. "Trata-se de uma estabilidade que, associada com a fé do Antigo Testamento no Deus vivo, conduz à autêntica crença bíbli-ca na bênção da vida futura"'

    E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro (17). A palavra hebraica traduzida por parti-cular tesouro (segullah) é a mesma usada em Êxodo 19:5 ("propriedade peculiar", e é traduzida melhor por "tesouro peculiar"). O segullah era a parte da propriedade que a pessoa reivindicava para si como seu tesouro especial e particular. "É isto que Israel representa para Deus em relação ao mundo; é o que aqueles que o temem são em relação a Israel": No Novo Testamento, a Igreja é um povo de propriedade exclu-siva de Deus (1 Pe 2.9,10). Poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. A palavra poupar é digna de nota. Ensina-nos que aqueles que para Deus são um tesouro peculiar, não o são por méritos próprios, mas pela grande misericór-dia divina. Pusey expressa este pensamento em uma paráfrase ampliada: "Eu os pouparei, embora sejam ex-pecadores; eu os pouparei, pois se arrependeram e me servem com um culto de confissão piedosa, 'como um homem poupa a seu filho que o serve'. Sobre o filho que se recusou a trabalhar no vinhedo do Pai, mas depois se arrependeu e foi, o Senhor disse que 'fez a vontade do pai".8 Esta é a doutrina de Malaquias da salvação pela graça.

    Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve (18). No dia do juízo, as pessoas poderão distinguir as ovelhas das cabras, o trigo do joio. A decisão concludente de Deus é a única solução cabal ao problema levantado nesta seção (cf. Dn 12:2; Mt 25:32-46).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 5

    MALAQUIAS 3.1-5

    Não há interrupção entre Ml 2 e Ml 3. Continuamos com a argumentação que concluiu Ml 2.

    Ml 3:1
    Eis que eu envio o meu mensageiro. Uma resposta para o problema do mal é: embora existam injustiças gritantes, logo tais coisas serão anuladas, quando o mensageiro especial de Deus vier, para julgar este mundo ímpio. A promessa é escatológica e messiânica.

    Interpretações sobre o Mensageiro, a) É um anjo do Senhor (Gn 16:7; Gn 22:11; Ex 3:2; Is 63:9). b) É Elias (Mal. 4:5-6), ou João Batista, que vem para ampliar e cumprir a missão de Elias numa época diferente. Jesus forneceu essa interpretação do texto em Mat. 11:7-10. Talvez Elias, reencamado, seja a idéia, isto é, a mesma entidade cumprindo duas missões em épocas diferentes, c) É uma pessoa divina indefinida, d) O próprio Yahweh é o mensageiro divino que endireitará tudo. e) Alguns intérpretes vêem o Messias aqui, como operador real e aplicador das missões de Elias e João Batista.

    Os vss. Ml 3:2-3; Amós 5:18-21; Zac. 1:14-18). Mais tarde o profeta falará desse dia como o que queimará totalmente todos os ímpios (Ml 4:1)” (Craíg A. Blaising, in loc.).

    Ele vem como Salvador e Juiz, mas devemos lembrar que Seus julgamentos são restauradores, não meramente retríbutivos. Redenção e restauração são realizações dos julgamentos de Deus. Ver Restauração, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. O fogo queimará e destruirá, mas também purificará para salvar. O sabão áspero do lavandeiro queima e dói, mas também purifica. O vs. Ml 3:3 continua descrevendo a idéia. Sendo removia a escória do metal, o novo dia chegará; brilhará a luz do dia perfeito. A operação será efetiva como o texto afirma. Conforme Is 1:25; Jer. 6:29-30; Eze. 22:17-22; 13 8:38-13:9'>Zac. 13 8:9.

    O julgamento é um dedo da mão amorosa de Deus. Quando Deus julga, expressa Seu amor, porque o julgamento opera o propósito da restauração.

    Ml 3:3

    Este versículo repete o anterior, com a adição de que a tribo de Levi. que se tornou uma casta sacerdotal, será o primeiro objeto da purificação quando o Messias-Mensageiro vier ao Seu templo. A prata agora torna-se o objeto da purificação. A casta sacerdotal será como prata purificada sete vezes nas chamas do julgamento do Refinador. Ver Sl 12:6.

    A casta sacerdotal será como ouro fino, purificado e precioso. O julgamento deve começar na casa do Senhor (Jr 25:29; Ez 9:6; I Red. Ez 4:17). Ele remove de Seus santos toda a escória, e, quando o trabalho terminar, eles sairão do forno purificados e restaurados. O trabalho divino não pode falhar e é sempre benéfico. Cf, Rm 8:29; 23:10; Sl 66:10; Pv 17:3; Is 48:10; He 12:10.

    Ml 3:4

    A casta sacerdotal, purificada, parará de oferecer sacrifícios defeituosos (Ml 1:12,Ml 1:13), transformando-se em uma companhia espiritual à altura de suas responsabilidades. Os sacerdotes cumprirão suas missões com perfeição para o benefício de todos. Yahweh ficará contente e aceitará seu serviço. Haverá acesso a Deus por seu ministério. Ver no Dicionário o verbete intitulado Acesso. Os abusos de Mal. 1:6-2.9, tão graves e variados, serão eliminados. A época áurea voltará para Jerusalém quando a luz do dia perfeito brilhar. Haverá mudança no coração (Ml 2:6; Pv 4:23) e as ofertas tornar-se-ão aceitáveis. Conforme Mal. 2:12-13. Haverá sacrifício de louvor e vida dedicada; a sinceridade substituirá o profissionalismo cético. Ver Rm 12:1; He 13:15,He 13:16 e 1Pe 2:5. O próprio Deus se aproximará de Seu povo (cf. Ml 2:17, e ver He 11:4,He 11:5,He 11:6).

    Ml 3:5

    Chegar-me-ei a vós outros para juízo. Este versiculo lista uma série de pecados representativos da casta sacerdotal, tão comuns nessa comunidade, todos terríveis e condenáveis. Por causa de tais atividades, o julgamento deve cair; o dia da retaliação não está longe. Os sacerdotes estão na corte divina como réus, e Yahweh é o Juiz que sabe de tudo e não deixará nada deslizar. A luz do dia divino iluminará a cena inteira. O Juiz é também a testemunha principal e trará evidências esmagadoras contra a casta. O julgamento será conforme a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver no Dicionário).

    A lista de pecados alerta para o fato de que o julgamento será contra toda a nação, porque não havia um único homem inocente no país. Cf. Eze. 20:34-38. Yahweh parecia indiferente e distante de Seu povo (Ml 2:17), como eles afirmaram, mas, agora, Ele se aproxima com Sua espada terrível. Perguntaram “Onde está o Deus do juízo?" e receberam a resposta: “Está na casa de Israel para purificá-la". Os feiticeiros, adúlteros e pecadores de todo o tipo, culpados de perversidades, não escaparão, O julgamento não deixará escapar os que juraram falsamente, nem os que defraudaram o salário do jornaleiro, nem os que abusaram dos direitos dos estrangeiros. Os que não temeram ao Senhor terão pesadas razões para sentir terror quando chegar o dia da vingança. Ver no Dicionário o artigo denominado. Este termo freqüentemente significa espiritualidade como entendida no Antigo Testamento: respeito ao divino e obediência à lei mosaica, com coração sincero, inspirado pelo Espírito. Outras vezes, como aqui, está em vista o temor literal, não meramente a expressão de uma fé sincera.

    Referências contra feitiçaria (Ex 22:18), adultério (Ex 20:14; Lv 20:10), juramentos falsos (Lv 19:12), defraudação e injustiças sociais (Lv 19:33), abuso de viúvas e órfãos (Êxo. 22:22-24), abuso de estrangeiros (Dt 24:17; 27.29). Cf. Zc 7:9,Zc 7:10; Zc 8:16,Zc 8:17. A lei era o guia do povo (Dt 6:4 ss.), determinando as características da espiritualidade como entendida no Antigo Testamento. Mas o auto-interesse se tornou o guia da vida daquela casta sacerdotal. O julgamento mudaria tudo.


    Champlin - Comentários de Malaquias Capítulo 3 versículo 2
    Quem poderá subsistir:
    Conforme Is 13:6; Ez 30:2-3; Jl 1:15; Jl 2:11; Am 5:18-20; Am 8:9-14; Ap 6:17.Ml 3:2 Como o fogo do ourives:
    Conforme Mt 3:10-12; 1Co 3:13.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 14
    *

    3.1-5 Esta seção refuta as duas declarações cínicas de 2.17. A alegação de que Deus não diferencia entre o bem e o mal é respondido no v. 2 referindo-se ao ministério de purificação do Anjo da aliança. A segunda declaração, “Onde está o Deus do juízo?” (2.17), é respondido no v. 5. Os judeus estavam buscando ao Senhor para julgar as nações, mas ao invés disto, o Senhor virá a eles para juízo (v. 5).

    * 3.1 meu mensageiro. Ver 4.5; também Is 40:3 (onde “preparar o caminho” também ocorre). Era prática comum no Oriente Próximo enviar mensageiros à frente do rei visitante com o objetivo de anunciar sua vinda e para remover quaisquer embaraços ou obstáculos. Este mensageiro (Mt 11:10) será o último do seu tipo a aparecer antes da vinda do Senhor, que é “O Anjo da Aliança.”

    de repente. Esta expressão está quase sempre associada nas Escrituras com uma circunstância infeliz e desastrosa (Nm 12:4 (logo); Is 47:11; conforme 2Pe 3:10).

    Anjo da Aliança. Uma pessoa distinta de “meu mensageiro”, ele purificará os sacrifícios, os sacerdotes, e a nação (vs. 2-5). Este “Anjo da Aliança” é o Messias, e essa profecia é cumprida em Jesus que sozinho realizou o sacrifício perfeito em favor do seu povo.

    * 3.3 purificará os filhos de Levi. Os sacerdotes haviam sido instrumentos na condução do povo ao erro. O trabalho de purificação irá iniciar-se com eles, e a partir deles irá se espalhar para toda a nação. Os levitas eram o modelo para a nação, que deveria ser “reino de sacerdotes” (Êx 19:6).

    justas ofertas. Ver 1.11, “ofertas puras.” Por causa da obra do Mensageiro da Aliança, a adoração correta e apropriada será novamente oferecida, visto que os corações e vidas dos ofertantes estarão purificados (Sl 4:5; Sf 3:9).

    * 3.5 Chegar-me-ei a vós outros para juízo. Esta seção começou com os cínicos religiosos acusando o Senhor de injustiça. Ela termina com um processo segundo a aliança no qual o Senhor faz acusações ao seu povo. Os pecados específicos mencionados no v. 5 são claramente proibidos pela lei do Senhor. A causa fundamental desses pecados é que “não me temem.”

    *

    3.6-12 O povo não estava apenas trazendo ofertas defeituosas mas também estavam retendo o dízimo, aparentemente devido às colheitas fracas. Mas reter o dízimo é roubar do Senhor. Como conseqüência, o justo Senhor negou as bênçãos. O pecado do povo também evidenciava uma falta de confiança no Senhor em suprir as suas necessidades se eles cumprissem seus mandamentos. Desta maneira o Senhor os conclama a colocá-lo sob prova. Se eles agissem assim, a provisão resultante seria tão grande que as nações notariam a diferença e anunciariam a bem-aventurança de Israel.

    * 3.6 eu, o SENHOR, não mudo. A imutabilidade ou o caráter imutável de Deus pode ser visto em seu propósito de abençoar seu povo eleito. Deste modo eles não são destruídos (Êx 34:6, 7; Jr 30:11).

    * 3.7 tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros. O mandamento para se arrepender está ligado com uma promessa (cf. Zc 1:3; Tg 4:8). O pecado separa o homem de Deus e leva Deus a esconder a sua face (Is 59:2).

    * 3.8 dízimos. A palavra significa um décimo. A prática do dízimo é mencionada nos relatos da vida de Abraão (Gn 14:20) e Jacó (Gn 28:22) e foi codificada na lei de Moisés (Lv 27:30; Nm 18:26; Dt 14:22-29).

    ofertas. Porções de sacrifícios de animais destinados aos sacerdotes (Êx 29:27,28; Lv 9:22).

    *

    3.10 casa do Tesouro. Este termo refere-se à sala no templo designada para a armazenagem de ofertas consagradas (2Cr 31:11 ref. lat.; Ne 10:38, 39; 12:44; 13:12).

    provai-me. Este é o inverso do modelo bíblico normal, em que Deus prova tipicamente os seres humanos (Sl 11:5; 26:2; 66:10; Pv 17:3; Jr 11:20; 12:3; 17:10). Somente em algumas situações os homens são convidados a testarem a Deus (i.e., provar suas promessas e justificar seus mandamentos, Is 7:11,12; 1Rs 18:22-46).

    janelas do céu. Ver Gn 7:11.

    * 3.13 4:6 A última seção retorna à profecia de 3:1-5 acerca do mensageiro (Mt 11:10) e a vinda de Deus. De várias maneiras o começo da seção nos traz à mente um salmo de lamentação. As lamentações, entretanto, são interpretados como sendo duras palavras contra o Senhor. Havia, porém, aqueles que percebiam as mesmas injustiças, sem contudo concluir que era inútil servir ao Senhor. O primeiro grupo disse duras palavras e recebeu a resposta de Deus; o último temeu ao Senhor, o que o levou a escrever um memorial a respeito deles. Ele prometeu que eles seriam sua possessão especial no grande dia do Senhor.

    Uma referência ao “dia” (v. 17) novamente introduz o último dia de julgamento, um dia de destruição para os ímpios mas de salvação para os justos. Os versos finais retornam ao mensageiro prometido e exortam o povo a guardar a lei de Moisés.

    * 3.14 Inútil. A palavra significa “vazio” ou “em vão.”

    aproveitou. O termo hebraico normalmente refere-se ao ganho injusto. A cobiça é inconsistente com o desejo pela verdade divina (Sl 119:36)

    * 3.16 Então. A conversa e a conduta daqueles que temiam a Deus é causada pelas palavras anteriores de murmuração e é colocada aqui como um contraste a esses.

    memorial escrito. A expressão do modo como está aqui só pode ser encontrada nesta passagem, mas referências a um livro especial são achados em outros lugares (Êx 32:32; Sl 69:28; Dn 7:10).

    *

    3.17 Eles serão para mim. Esta expressão refere-se ao remanescente descrito no v. 16.

    particular tesouro. No estágio inicial da revelação do Antigo Testamento a nação de Israel é chamada de “propriedade peculiar” de Deus (Êx 19:5; Dt 7:6; 14:2).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    3:1 Há dois mensageiros neste versículo. O primeiro pelo general se entende que é João o Batista (Mt 11:10; Lc 7:27). O segundo mensageiro é Jesus, o Messías, para quem tanto Malaquías como João o Batista prepararam o caminho.

    3.2, 3 No processo de refinar os metais, este é esquentado com fogo até que se funde. As impurezas se separam e sobem à superfície. Logo são retiradas, para deixar o metal puro. Sem aquecimento nem fundição, não haveria purificação. Quando as impurezas são retiradas da superfície, a imagem do metalúrgico aparece em uma superfície Lisa e pura. Quando somos desencardidos Por Deus, seu reflexo em nossa vida será cada vez mais claro para os que nos rodeiam. Deus diz que os líderes (aqui os levita) devem estar especialmente dispostos a passar pelo processo de purificação de suas vidas.

    3.6-12 Malaquías insistiu ao povo a que entregasse seus dízimos, e que deixasse de ficar com o que pertence a Deus. O sistema do dízimo começou durante o tempo do Moisés (Lv 27:30-34; Dt 14:22). Levita-os recebiam uma parte do dízimo devido a que não podiam ter posses de terra (Nu 18:20-21). Durante os dias do Malaquías, os dízimos não eram utilizados para manter aos operários de Deus, assim que os levita foram trabalhar para ganhar o sustento. Tudo o que temos provém de Deus; assim quando não queremos lhe retornar ao parte do que nos deu, roubamo-lhe. Quer ficar egoístamente com cento por cento do que lhe deu, ou está disposto a entregar a décima parte para o progresso do Reino de Deus?

    3:7 A paciência de Deus parece inesgotável! Ao longo da história, seu povo desobedeceu, e inclusive se burlou de suas leis; mas sempre O esteve disposto a aceitá-los, se se arrependerem. Entretanto, aqui ainda se atrevem a dizer que nunca o desobedeceram! (Em que temos que nos voltar?) Muitos lhe deram as costas ao perdão e à restauração porque não quiseram reconhecer que pecaram. Não siga o exemplo deles. Deus está preparado para perdoar a tudo o que volta para O.

    3.8-12 O povo nos dias do Malaquías desobedeceu o mandamento de Deus de dar o dízimo de seus ganhos ao templo. Possivelmente puderam ter tido medo de perder tudo pelo que tinham trabalhado tanto, mas julgaram mal a Deus nisto. "Dêem e lhes dará!", diz O (Lc 6:38). Quando damos, devemos recordar que as bênções que Deus promete não sempre são materiais e possivelmente não as experimentemos aqui na terra, mas com segurança as receberemos em nossa vida futura com O.

    3:10 O alfolí (celeiro) era um lugar no templo onde se guardavam grãos e outros mantimentos doados como dízimos. Os sacerdotes viviam destas doações.

    3.13-15 Estes versículos confrontam a atitude arrogante do povo para Deus. Quando dizemos: "O que aproveita que guardemos sua Lei?", estamos dizendo: "Que proveito obtenho eu?" Nosso enfoque é egoísta. Nossa pergunta devesse ser: "Que proveito obtém Deus?" Devemos adorar a Deus só pelo fato de que O é Deus e é digno de ser adorado.

    3:16 O ponto é que Deus recordará a todos aqueles que permanecem fiéis ao, amam-no, temem, honram e respeitam.

    3:17 Ao povo de Deus lhe chama "especial tesouro", jóia. Uma jóia é feita de matéria bruta que se expõe ao tempo, calor e pressão para convertê-la em uma pedra preciosa. A pedra então deve ser atalho para que sua beleza real possa ser vista. Um artesão toma a pedra e a talha com cinzel para retirar um extremo, reduz o enguiço, pole-a e a coloca no entorno adequado para que possa mostrar sua beleza. Esteja disposto a permitir que Deus faça de você uma jóia; lhe peça que o cinzele e o pule em onde o necessite; e seja paciente enquanto O trabalha. Assegure-se de estar preparado para a mudança, devido a que quando Deus começa a fazer uma jóia, não se detém até que é perfeita.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    Os israelitas dos dias de Malaquias perguntou descaradamente, Onde está o Deus da justiça (Ml 2:17 )? A resposta é dada em Ml 3:1 ). Para o rebelde e cínico de Judá, sua mensagem era de julgamento. Como um refinador de ouro e prata Ele vai separar o genuíno da escória; e como uma mais ampla Ele irá limpar as manchas do pecado, os corações imundos dos filhos de Levi e dos outros habitantes da terra. O julgamento, declara o Deus da justiça, será rápido e repentino. O dia de Deus não vai trazer conforto e felicidade para aqueles que não têm medo de mim. Vai ser escuridão e desespero (conforme Jl 5:20 ; . Sf 1:15 ). O julgamento é especialmente pronunciada sobre feiticeiros, que praticam magia negra com a ajuda de espíritos do mal (conforme Ex 22:18. ); sobreos adúlteros, a classe mencionada em 2: 10-16 (conforme Lv 20:10. ; Dt 22:22. ; Ez 16:1. ; Lv 19:12. ; Jr 29:23. ; Pv 19:5. , Ex 22:23 ; Jl 2:6. ).

    Eu, o Senhor, não mudo. vingança eterna O Deus imutável jurou sobre o pecado. Por causa disso, a punição sobre o impenitente é certo. Da mesma forma, a Sua misericórdia sobre o arrependido é eterno. Por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos(v. Ml 3:6 ; conforme Lm 3:22. ). Esta seção inteira (3: 1-6) responde petulante Israel. Deus ainda ama a justiça (conforme Is 57:15 ), e "não tem por inocente o culpado" (N1. Is 14:18 ).

    "Eles perecerão, mas tu permanecerás;

    Sim, todos eles se envelhecerão como um vestido;

    Como roupa os mundarás mudá-los, e eles devem ser alterados:

    Mas tu és o mesmo,

    E os teus anos não terá fim "( Sl 102:26. ).

    VI. Retenção de dízimos e ofertas repreendeu (Ml 3:7)

    7 Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus juízos, e não os guardastes. Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos. Mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? 8 Roubará o homem a Deus? mas vós me roubar.Mas vós dizeis: Em que te roubamos? . Nos dízimos e nas ofertas 9 Vós sois amaldiçoados com a maldição; para vos roubar-me, toda esta nação.

    O espírito de Israel tinha sido uma das contendas e insatisfação com Deus. Ela queria manter seus maus caminhos e ainda exercer plena afirmação de bênçãos de Deus. Jeová novamente traz sua cara a cara com o verdadeiro problema, o pecado; neste caso, o pecado de fraudar Ele. Vós me roubar, ou seja, "fraudar me", em dízimos e ofertas. A ênfase é sobre o pronome mim. O dízimo não é um presente do homem a Deus. É o pagamento de uma dívida. É devido de Deus (conforme Lv 27:30. ; Nu 18:20. ; Dt 14:22. ). As ofertas foram as ofertas alçadas, "ofertas levantado na apresentação ao Senhor para Si próprio" (conforme Ex 29:27 ). É tudo uma parte da aliança que o Senhor e Israel fizeram juntos. Aqui se vê a ligação definitiva entre sinceramente trazer os dízimos e ofertas, e as bênçãos de Deus sobre suas vidas. Não é o mesmo princípio, a base de discussão de Paulo da doação cristã em Fp 4:18 ? Se o homem cuida dos interesses materiais do ministério, Deus vai cuidar dele. Era verdade nos dias do antigo Israel, e nos dias de Paulo; e é verdade no nosso. Dai, e Deus vai ver que você receber. E como muitas vezes os presentes enviados do céu (conforme Lc 6:38 )! Este, contudo, é apenas um lado da moeda. O outro é o lado de Deus. Quando o dízimo é negado Deus, Ele é defraudado, tanto material como espiritualmente. Ele não tem amor cheio do adorador.

    B. JEOVÁ PEDE o dízimo todo (3: 10-12)

    10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção, que não haja lugar suficiente para recebê-la . 11 ​​E eu vou repreender o devorador por amor de vós, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide lançará o seu fruto antes do tempo no campo, diz o Senhor dos exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão feliz; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.

    Para que a triste condição descrita pode ser sanada, Jeová faz um apelo e um desafio: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro ..., e prova de mim nisto. A força do verso Ml 3:10 é visto na palavra inteira (kol ), uma expressão da totalidade (conforme Sl 111:1 ). Eles também trouxeram algumas ofertas, mas reteve outros que pertenciam a Deus. A lealdade dividida desses israelitas é clara: parte de Deus, a parte restante para si próprios. O salmista exclama: "Eu odeio homens que são meio a meio, eu amo a tua lei" (Sl 119:1:. Sl 119:113 , Moffatt). A propositura em de todos os dízimos envolve um coração-profunda lealdade a Jeová. Aquele que não traz em seus dízimos e ofertas não ama o Senhor de todo o coração. Esta resposta de toda a alma de toda a apresentação dos dízimos é a resposta do homem ao amor de Deus expresso em Ml 1:2 e Ml 3:6)

    13 As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? 14 Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; e qual o lucro que é que temos mantido seu cargo, e que nós em andar de luto diante do Senhor dos exércitos?15 e agora nós chamamos os soberbos; sim, os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapar.

    Não é apenas a retenção do dízimo uma queixa ao Senhor, mas o espírito contínuo de Israel de reclamação e murmuração é totalmente injusto. Jeová chama a reclamação, a atitude impertinente, stout (chazaq) palavras, ou seja, teimoso, obstinado, palavras endurecidos. Chazaq é a mesma palavra que foi usada de Faraó, quando foi dito que ele endureceu o seu coração (Ex 8:15 ). Jeremias disse a atitude judaica: "Eles têm as suas faces mais do que uma rocha" (Jr 5:3 ).

    Esse é o espírito que Jeová está condenando-o espírito que considera a adoração a Deus para ser vã e inútil. Isso faz com que seus possuidores para colocar tudo em uma base mercenário. O que há nela para mim? torna-se a pedra de toque de valor. "O, ímpio orgulhoso prospera", dizem eles; "E mesmo aqueles que dolorosamente tentar Deus são entregues por ele quando entrar em dificuldade (conforme : Sl 73:1. ;) Então, por que ir para todo o incômodo de manter as leis e ordenanças de Jeová? É inútil fazê-lo! "


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
  • Eles desobedeceram à sua Palavra (Ml 3:1-39)
  • Em Ml 2:17, o povo fala com zomba-ria: "Em que o enfadamos? Nisto, que pensais: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Se-nhor, e desses é que ele se agrada". Deus responde-lhe ao prometer que enviará seu mensageiro Ooão Batis-ta), aquele que anunciará o Anjo da Aliança (Jesus Cristo). Jesus vai ao templo, expõe os pecados e purifi-ca os pátios. Em seu ministério, ele revelou os pecados dos líderes re-ligiosos, tanto que eles, por fim, o crucificaram. Há uma aplicação fu-tura aqui, quando o Dia do Senhor purifica Israel e separa os verdadei-ros dos falsos. Por que o Senhor não se desfaz apenas desse povo rebel-de? O versículo 6 responde: ele não muda e tem de ser fiel à sua promes-sa (Lm 3:22).

    O povo desobedeceu ao Se-nhor ao roubar seus dízimos e ofer-tas. Na verdade, quando o povo de Deus não é fiel em seu doar, não apenas rouba ao Senhor, mas tam-bém a si mesmo. O Senhor adiou a chuva e estragou a colheita por cau-sa do egoísmo deles. E claro que dar o dízimo não é "barganhar" com o Senhor; todavia, Deus promete abençoar e cuidar dos que são fiéis em seu serviço cristão (Fp 4:10-50). Sem dúvida, o Senhor não é destituí-do; ele quer nosso dízimo e ofertas como uma expressão de nossa fé e amor. Quando o amor do crente por Cristo esfria, em geral nota-se isso na área do servir cristão. Se todo membro da igreja desse ao Senhor o que lhe é devido (10% de sua ren-da, o dízimo) e, a isso, acrescentas-se as ofertas (como uma expressão de gratidão), nossas igrejas locais te- riam mais que o suficiente para seus ministros. E eles poderíam compar-tilhar generosamente com todos os outros ministros bons que merecem receber ajuda.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    3.1 Meu mensageiro. Este título e predição são aplicados a João Batista no NT (Mc 1:2 e paralelos). Anjo do Aliança. Só pode ser a Anjo de Jeová, que é o próprio Senhor Jesus Cristo antes da encarnação. Este versículo trata de sua primeira vinda. De repente, virá ao seu templo. Um dos motivos da vinda de Cristo foi a restauração de um culto verdadeiro e aceitável a Deus. O templo contaminado pela avareza (Jo 2:13-43) já não serve. Logo no ano 70 d.C. foi destruído (conforme Jo 2:19, Jo 2:20). No seu lugar, o Senhor Jesus oferece Seu próprio corpo como o sacrifício da nova aliança. Agora a Igreja universal é verdadeira é o seu templo; o santuário do Seu Espírito (conforme Co 6.19, 20; Ef 2:20-49).

    3:2-5 Estes versículos referem-se à segunda vinda de Cristo. Seria mais um caso em que a primeira e segunda vindas de Cristo encontram-se num mesmo trecho (conforme Is 61:1,Is 61:2).

    3.3 A purificação da prata e do ouro lembra-nos do julgamento dos crentes 1Co 3:1215). O processo começa quando se dá o novo nascimento e completa-se na vinda de Cristo (conforme Rm 5:1-45; 1Pe 1:3-60). As provas e tribulações na vida fazem parte da disciplina que produz no crente a maturidade e "o fruto da justiça" (conforme He 12:5-58).

    3.6 A pessoa e o plano de Deus são imutáveis. Mesmo que alguns pequem, o plano de Deus não se frustra. Israel tem parte nesse plano, embora mereça a destruição. Eleita pela graça, Israel é preservada pela graça (Rm 11:5, Rm 11:15).

    3.7 Tornai-vos para mim. Este é um dos elementos básicos na conversão. Deus sempre responde ao verdadeiro arrependimento pela salvação, restauração e bênção. Em que havemos de tornar? Não reconheceram a necessidade do arrependimento.

    • N. Hom. 3:10-12 Quatro bênçãos prometidas ao dizimista:
    1) Mantimento na casa do Senhor: não faltarão meios para dar prosseguimento a Seu trabalho (10a);
    2) Bênçãos imprevistas de natureza espiritual (10b);
    3) Produtividade nos campos e nos negócios (11);
    4) Reconhecimento das bênçãos divinas por parte do mundo. Torna-se, portanto, um bom testemunho (12). No NT, no entanto, somos chamados a renunciar a tudo por amor a Ele, que tudo entregou por nós (conforme Rm 12:1; Lc 14:33).

    3.14,15 Registra-se o queixume daqueles que só têm interesse e só dão valor às coisas terrestres. O espiritual é desprezado em preferência às coisas materiais.
    3:16-18 Estes versos respondem à reclamação acima, "Inútil é servir a Deus" (14):
    1) Existe uma maravilhosa comunhão entre os que servem o Senhor (16a);
    2) Deus está propondo um relatório acerca das vidas dos servos consagrados a Ele (16b);
    3) Quando o Senhor voltar, galardoará Seus servos fiéis (conforme Mt 25:21; v. 17);
    4) Os que seguem ao Senhor agora serão juízes do mundo (1Co 6:2; v. 18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 18
    v. 2-4. como o fogo do ourives e como o sabão dos lavadores-, O propósito do juízo de Javé é a purificação do caráter (conforme Refinador, Refinação, NBD). Lit. ofertas com justiça-, Quando a transformação dos sacerdotes tiver acontecido, ofertas que agradam ao Senhor serão novamente apresentadas no templo, v. 5. Mas o que é um processo de depuração para alguns será castigo para outros. Os que são responsáveis pela injustiça social não pecam simplesmente contra o seu próximo, mas também contra o Senhor. Por meio do seu comportamento, mostram que não têm respeito por ele. O próprio Deus será a principal testemunha contra eles no dia do juízo (conforme Sf 1:14-36; Sf 3:1-36).

    V.    OS DÍZIMOS E A BÊNÇÃO DO SENHOR (3:6-12)

    O profeta chama o povo ao genuíno arrependimento, isto é, o arrependimento que demonstra a sua autenticidade por meio do comportamento que custe alguma coisa, v. 6,7a. Visto que Deus é imutável no seu caráter e fiel à sua promessa (conforme Nu 23:19He 13:8; Jc 1:17), os descendentes de Jacó não foram destruídos, apesar de sua infidelidade e rebeldia, v. 7b. O chamado para o arrependimento não é atendido pelo povo porque evidentemente não há consciência de pecado, v. 8,9. Os dízimos e ofertas exigidos pela Lei (Lv 27:30; Nu 18:21-4) estão sendo retidos; daí a maldição da colheita escassa (conforme 3.11). v. 10. Conforme Dt 28:2-5; Ez 34:25

    31. Ponham-me à prova-, Que os que duvidam da bondade e justiça de Deus descubram, por meio da busca sincera da honra dele, o desejo que ele tem de derramar [...] tantas bênçãos. O depósito do templo era o local em que eram guardados os dízimos destinados ao templo e administrados pelos levitas (1Cr

    9.26,29). v. 11. Uma volta autêntica a Deus terá conseqüências ecológicas para a terra: o ATOS reconhece uma relação íntima entre bênção física e bênção espiritual, v. 12. Então todas as nações os chamarão felizes-, conforme Gn 12:2,318:18; Sl 72:16,Sl 72:17; Is 61:6-23; Jr 4:1,Jr 4:2; Jr 33:7-24.

    VI.    A VINDICAÇÃO DOS JUSTOS NO DIA DO SENHOR (3.13—4.3)
    O profeta retoma o tema do juízo. v. 13. Vocês têm dito palavras duras contra mim\ Novamente, a ação fala mais alto que as palavras. v. 14. Parafraseando, ficaria assim: “Não vale a pena o sacrifício exigido para servir a Deus em épocas como esta” (conforme 21:15). Os levitas seriam os mais prejudicados pela falta dos dízimos do povo. v. 15. Conforme o Sl 73:0; Sl 87:6; Is 4:3Is 65:6; Ez 7:10; Ez 12:1; Ap 20:12; o “livro das crônicas” na corte persa (Et 6:1) pode fornecer uma alegoria aqui. v. 17. O remanescente fiel é muito precioso para Javé: o meu tesouro pessoal (conforme Êx 19:5,6; Dt 7:6; Dt 14:2,Dt 14:21; Dt 26:18Sl 135:4; Tt 2:14; 1Pe 2:9). v. 18. O dia do juízo tornará clara a diferença entre o justo (os que servem a Deus) e o ímpio (os que não o servem). Por isso, de fato faz sentido servir a Deus mesmo numa época em que parece que a maioria o abandonou!


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 3

    F. "Que Temos Falado Contra Ti?" 3:1 - 4:3.

    Essencialmente uma recapitulação de 2:17 - 3:6, esta seção dá ao assunto uma ênfase um tanto diferente. Aqui se torna evidente que nem todo o povo da aliança levantou suas vozes contra Deus para acusá-lo de injustiça. O povo justo e temente a Deus encontraria, no dia do Senhor, a libertação, a vitória e ricas bênçãos.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Malaquias Capítulo 3 do versículo 1 até o 5
    Ml 3:1

    O anjo do concerto (1). Esta frase deve ser considerada em oposição ao Senhor, a quem vós buscais, pois a palavra "anjo", em hebraico, significa tanto um ser celeste angélico como um mero mensageiro. O dia do Senhor será dia de trevas e não de luz (cfr. Jl 5:20); não obstante, seu propósito será purificar e não destruir. Contraste-se isso com o sabão dos lavandeiros (2). Nos evangelhos anglo-saxônicos, João Batista é chamado de "lavandeiro" (em Inglês, "the Fuller"). Os filhos de Levi (3). O julgamento terá início pela casa do Senhor, na pessoa dos sacerdotes, purificando-os e habilitando-os para sua elevada função (4). O versículo 5 mostra que o profeta se preocupava com a moralidade do povo, tanto quanto com sua adoração. O Juiz que haveria de vir exporá e condenará os obreiros da iniqüidade de todas as espécies. Pervertem o direito... do estrangeiro (5). Visto que o "estrangeiro" geralmente contava com poucos amigos para protegê-lo e para assegurarem que lhe seria feita justiça, na lei é-lhe demonstrado cuidado especial (cfr. Lv 19:10, 33). Não mudo (6). O amor do Senhor por Israel era inalterável e por esse motivo Israel não era destruído (cfr. Lm 3:22).


    Dicionário

    Aparecer

    verbo transitivo indireto e intransitivo Começar a ser visto, tornar-se visível, mostrar-se, surgir: a doença apareceu do nada; a aurora está prestes a aparecer.
    verbo intransitivo Estar publicado: este livro apareceu este ano.
    Surgir sem razão aparente; ocorrer, surgir: o sucesso não aparece sem esforço.
    Figurado Brilhar, fazer-se notar: este daí só quer aparecer.
    Manifestar-se: seu orgulho aparece em todas as ocasiões.
    verbo transitivo direto e predicativo Sobressair-se por alguma qualidade ou característica positiva; revelar-se: sua inteligência aparece em seu comportamento.
    Etimologia (origem da palavra aparecer). Do latim apparescere “ficar visível”.

    Como

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    Dia

    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).


    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    Fogo

    substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
    Fogueira, incêndio, labareda, lume.
    Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
    Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
    Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
    Fuzilaria, guerra, combate.
    Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
    Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
    Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
    Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
    Fazer fogo, acender.
    Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
    Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
    Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
    Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
    A fogo lento, pouco a pouco.
    Tocar fogo na canjica, animar.
    Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
    interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
    substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.

    Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.

    Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).

    [...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

    Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

    [...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

    O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3


    Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.


    Ourives

    Ourives ARTÍFICE que faz objetos de ouro e de prata (Is 40:19); (At 19:24).

    Fabricante e/ou vendedor de artefatos de ouro e prata.

    substantivo masculino e masculino plural Pessoa que comercializa, conserta, reforma ou fabrica objetos feitos de ouro ou de prata.

    Quando

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    Sabão

    substantivo masculino Produto detergente obtido pela mistura de um álcali e um corpo graxo, e que serve para a limpeza em geral.
    Parte desse produto (líquida ou sólida).
    Figurado Crítica intensa; repreensão, descompostura: passar um sabão em alguém.
    Geologia Rocha levemente decomposta encontrada em alguns subsolos do nordeste brasileiro.
    Botânica Árvore da família das sapindáceas, encontrada no Nordeste e Sudeste brasileiros, com propriedades adstringentes cujos frutos são usados para fazer sabão; pau-de-sabão, saboeiro.
    [Popular] Solo escorregadio.
    [Artes] Tipo de fandango (dança) que se originou em Pernambuco no século XIX.
    Etimologia (origem da palavra sabão). Do latim sapo.onis.

    substantivo masculino Produto detergente obtido pela mistura de um álcali e um corpo graxo, e que serve para a limpeza em geral.
    Parte desse produto (líquida ou sólida).
    Figurado Crítica intensa; repreensão, descompostura: passar um sabão em alguém.
    Geologia Rocha levemente decomposta encontrada em alguns subsolos do nordeste brasileiro.
    Botânica Árvore da família das sapindáceas, encontrada no Nordeste e Sudeste brasileiros, com propriedades adstringentes cujos frutos são usados para fazer sabão; pau-de-sabão, saboeiro.
    [Popular] Solo escorregadio.
    [Artes] Tipo de fandango (dança) que se originou em Pernambuco no século XIX.
    Etimologia (origem da palavra sabão). Do latim sapo.onis.

    sabão s. .M 1. Substância detergente, usada com água para lavar roupa, utensílios, superfícies etc. 2. Pedaço dessa substância solidificada. 3. Quí.M Qualquer sal metálico de ácido derivado de gordura. 4. Descompostura, repreensão. 5. Terra escorregadia.

    Sera

    abundância

    Será

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    (Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


    Subsistir

    verbo intransitivo Preservar a sua intensidade (força ou ação); sobreviver ou perdurar: mesmo com a tragédia, subsiste forte.
    Seguir sem que haja destruição; não ser estragado nem suprimido; remanescer: uma lei que subsiste; a arquitetura barroca ainda subsiste; os anos passam, mas a esperança subsiste.
    Permanecer vivo; conservar-se: mesmo com a tecnologia, seus hábitos arcaicos subsistiram.
    Figurado Sobreviver numa situação precária e muito difícil; morar: eles subsistem em pequenas casas sobre o rio.
    verbo transitivo indireto Viver de acordo com suas necessidades; conseguir seu próprio sustento; sustentar-se: subsiste da aposentadoria.
    verbo transitivo direto Enfrentar algum perigo e continuar vivo; sobreviver: subsistiu a muitas tragédias.
    Etimologia (origem da palavra subsistir). Do latim subsistere.

    verbo intransitivo Preservar a sua intensidade (força ou ação); sobreviver ou perdurar: mesmo com a tragédia, subsiste forte.
    Seguir sem que haja destruição; não ser estragado nem suprimido; remanescer: uma lei que subsiste; a arquitetura barroca ainda subsiste; os anos passam, mas a esperança subsiste.
    Permanecer vivo; conservar-se: mesmo com a tecnologia, seus hábitos arcaicos subsistiram.
    Figurado Sobreviver numa situação precária e muito difícil; morar: eles subsistem em pequenas casas sobre o rio.
    verbo transitivo indireto Viver de acordo com suas necessidades; conseguir seu próprio sustento; sustentar-se: subsiste da aposentadoria.
    verbo transitivo direto Enfrentar algum perigo e continuar vivo; sobreviver: subsistiu a muitas tragédias.
    Etimologia (origem da palavra subsistir). Do latim subsistere.

    Subsistir
    1) Existir (Fp 2:6)

    2) Permanecer (Jo 9:41), RA).

    3) Manter-se em pé (Na 1:6); (Lc 11:18).

    4) Conservar em ordem e harmonia (Cl 1:17).

    Suportar

    verbo transitivo direto Resistir; aguentar algo doloroso; manter-se firme diante de uma situação desfavorável: suportava a dor; suportou a pobreza.
    P.met. Tolerar; aceitar sem se opor: suportou as injúrias e não disse nada!
    Aguentar; não ceder ao que está sobre: a coluna suporta o telhado.
    Ter capacidade para transportar ou segurar: o caminhão suporta 200 quilos.
    verbo transitivo direto e pronominal Aturar-se; ter um convívio pacífico: suportava o colega chato; nunca se deram bem, mas se suportavam.
    Etimologia (origem da palavra suportar). Do latim supportare.

    suportar
    v. tr. dir. 1. Sustentar o peso de, ter sobre si. 2. Sofrer com paciência. 3. Fazer face a, resistir à ação enérgica de, ser firme diante de. 4. Acomodar-se a, admitir, achar tolerável. 5. Estar à prova de: S. críticas.

    Vinda

    substantivo feminino Ato ou efeito de vir; chegada: estamos ansiosos pela sua vinda!
    Ato ou efeito de estar presente por um tempo: a vinda do artista para a exposição.
    Ato ou efeito de regressar, de voltar; regresso: a ida foi conturbada, mas a vinda foi bem mais tranquila.
    Etimologia (origem da palavra vinda). Feminino de vindo.

    vinda s. f. Ação ou efeito de vir; regresso, volta.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Malaquias 3: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Mas quem suportará o dia da Sua vinda? E quem permanecerá de pé, quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
    Malaquias 3: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    430 a.C.
    H1287
    bôrîyth
    בֹּרִית
    espalhar, dispersar, peneirar, selecionar
    (you did scatter)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3526
    kâbaç
    כָּבַס
    lavar (usando os pés), ser lavado, executar o trabalho de um lavandeiro
    (he washed)
    Verbo
    H3557
    kûwl
    כּוּל
    tomar, conter, medir
    (and will I nourish)
    Verbo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H4310
    mîy
    מִי
    Quem
    (Who)
    Pronome
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H6884
    tsâraph
    צָרַף
    fundir, refinar, provar
    (and I will try)
    Verbo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H784
    ʼêsh
    אֵשׁ
    fogo
    (burning)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    בֹּרִית


    (H1287)
    bôrîyth (bo-reeth')

    01287 ברית boriyth

    procedente de 1253; DITAT - 288e; n f

    1. lixívia, potassa, sabão, sal alcalino (usado para lavar)

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    כָּבַס


    (H3526)
    kâbaç (kaw-bas')

    03526 כבס kabac

    uma raiz primitiva; DITAT - 946; v

    1. lavar (usando os pés), ser lavado, executar o trabalho de um lavandeiro
      1. (Qal) lavador, lavandeiro, pisoeiro (particípio)
      2. (Piel) lavar (roupas, pessoa)
      3. (Pual) ser lavado
      4. (Hotpael) ser pisoado

    כּוּל


    (H3557)
    kûwl (kool)

    03557 כול kuwl

    uma raiz primitiva; DITAT - 962; v

    1. tomar, conter, medir
      1. (Qal) medir, calcular
      2. (Pilpel) sustentar, manter, conter
        1. sustentar, suportar, nutrir
        2. conter, segurar, restringir
        3. suportar, resistir
      3. (Polpal) ser suprido
      4. (Hilpil) conter, segurar, resistir
        1. conter
        2. sustentar, resistir

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    מִי


    (H4310)
    mîy (me)

    04310 מי miy

    um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

    1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    צָרַף


    (H6884)
    tsâraph (tsaw-raf')

    06884 צרף tsaraph

    uma raiz primitiva; DITAT - 1972; v.

    1. fundir, refinar, provar
      1. (Qal)
        1. fundir, refinar
        2. provar
        3. provar (se verdadeiro)
        4. fundidor, acrisolador, ourives (particípio)
      2. (Nifal) ser refinado
      3. (Piel) ser um fundidor
        1. fundidor (particípio)

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    אֵשׁ


    (H784)
    ʼêsh (aysh)

    0784 אש ’esh

    uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

    1. fogo
      1. fogo, chamas
      2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
      3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
      4. fogo do altar
      5. a ira de Deus (fig.)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado