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Capítulo XLVIII

Paz por dentro


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Aceita a fatalidade do progresso.

Trabalha e segue adiante.


Medita na necessidade dos outros.

Procura colocar-te no lugar do próximo, exercitando compreensão.


Não guarde ressentimentos.

Auxilia para o bem geral quanto se te faça possível.


Atende às próprias obrigações.

Não tentes felicidade fora da consciência tranquila:


Observa que não estás sem motivo em teu grupo familiar.

Honra os encargos que abraçaste.


Ama sem o cativeiro das afeições possessivas.

Agradece o carinho que recebes sem exigi-lo.


Estuda e melhora-te para ser mais útil.

Não intentes transformar a ninguém pela força.


Ampara sem reclamar retribuição.

Atravessa as dificuldades com paciência.


Não zombes dos sentimentos alheios.

Não peças para que outrem caminhe com teus passos.


Habitua-te à simplicidade e à disciplina.

Suporta com calma aquilo que não possas modificar.


Usa o descanso apenas como pausa para mais trabalho.

Não te queixes.


Não percas tempo com atividades inúteis.

Conserva, quanto possível, os contatos com a natureza.


Abençoa todos os companheiros, sem lamentar os que se afastem de ti.

Não te voltes para trás.


Evita o pessimismo.

Recorda sempre que a esperança é uma luz eterna.


Não te envaideças com vantagens que são empréstimos de Deus.

Considera por vitória o desempenho dos próprios compromissos.


Cultiva equilíbrio e serenidade.

Foge a qualquer forma de violência.


Aceita a realidade de que possuis unicamente aquilo que constróis por amor.

Entrega-te a Deus, na oração, cada dia.

Desse modo, terás contigo a paz por dentro e assim pacificarás.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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