Cantares do Infinito
Versão para cópia
SEBASTIÃO LASNEAU
Festa para O Livro dos Espíritos
Em cascatas de luz os Céus beijam Brasília E Almas dos Altos Cimos comungam felizes, Glorificam o ensino e as nobres diretrizes Que orientam todo ser em sua ingente trilha.
Um dossel no planalto. . .
E a excelsa Estrela brilha.
Cantam vozes do Além, entre os áureos matizes Que no amor de Jesus têm robustas raízes, São bênçãos desatadas. . .
Tudo é maravilha!
Eis a festa forjada pelos encarnados 1nspirada, porém, no estro dos Sempre Vivos Que se estribam no amor, formoso, em apogeus.
Louva-se, hoje, esse Livro que em todos os lados 5ai libertando os homens das sombras cativos, Para a vida abundante no seio de Deus.
Sebastião Lasneau
(Soneto psicografado por José Raul Teixeira, em 14/4/2007, durante o 2o Congresso Espírita Brasileiro, em Brasília, DF.) Revisão em conjunto com o médium. Reformador de Junho de 2007.
Trabalho e Fidelidade
Saudamos, de coração, Com carinho fraternal, A todos que aqui estão Neste Encontro Regional.
Quando estamos albergados Nas terras do Paraná, Pensamos no que será Ser fiel aos postulados.
Postulados da doutrina Que o Espiritismo nos traz, Que tanta luz descortina Quando a penetramos mais.
Que sob as bênçãos de Deus Cada Espírito se aprume, Que no amor sempre ache lume, Na rota dos apogeus.
Que, à luz da reencarnação, Possa, então, glorificar-se, E, pela renovação, Às leis do Pai integrar-se.
Saber da imortalidade D´alma é mui desconcertante, Porque nos dá cada instante Mais responsabilidade.
Somos sempre responsáveis Por aquilo que fazemos.
Sendo cruéis ou amáveis, Por tudo responderemos.
Filhos de Deus, registramos, Com grande felicidade, Que o nosso amor à verdade Faz com que nos construamos.
Cerrar fileiras, de fato, Em torno do mundo novo, É dar à vida bom trato, Enquanto se ensina ao povo.
Trabalhar pela alegria De ver alguém mais feliz Sob a flórea diretriz Da Doutrina, a cada dia.
Servir na mediunidade Sem ter medo de afirmar Que o trato da caridade Impõe-nos sempre estudar.
Pelo empenho do altruísmo, Dar o pão a quem carece, Bem cuidar do que padece Longe de todo pieguismo.
Somos todos destinados Aos esforços por vencer, P´ra vivermos libertados, Disciplinando o querer.
P´ra ser fiel à Doutrina, Que na Terra hoje reluz, Basta repensar Jesus, Como Allan Kardec ensina.
Sebastião Lasneau
Psicografia de Raul Teixeira, durante o 4º Encontro Estadual Espírita do Interior, em 15. 09. 2001, em Cascavel, Pr.
Trabalho ativo
Cada dia que passa é uma beleza Encontrada nos vãos de nossa vida, Na vibração da Doutrina querida, Com seu brilho, sua luz, sua grandeza!
Como pode deter-se o operário Da notável Mensagem do Infinito, Ante tudo o que nela está escrito, E que vivido é o seu melhor salário?
O tempo que esvoaça é porta aberta De oportunidade a aproveitar-se, No qual cada um vai adaptar-se, A fim de realizar na ocasião certa.
Os cuidados tranquilos que devemos Às bases e à pureza doutrinárias, Ao estudo e às tarefas multifárias, São convites p’ra que nos dediquemos.
Os encontros pela fraternidade.
As discussões e propostas felizes, Dar-nos-ão as formosas diretrizes Que nos trarão veraz felicidade.
E a consciência desse compromisso, Que alimentamos com fidelidade, Convoca-nos à sã argucidade Na vigilância sem temor omisso.
Vibre Kardec em decisões maduras Onde o progresso e a paz – sempre evocada -, Sejam a luz pulsante em nossa estrada, Que eleve a Terra a novas estruturas.
Sebastião Lasneau
Psicografia de Raul Teixeira, em 16. 11. 1990, em reunião do Conselho Federativo Nacional, na Federação Espírita Brasileira, em Brasília-DF.
Ó meu Brasil
Ó meu Brasil elegante e faceiro!
Quero envolver-te em meu cantar ligeiro, Quero guardar-te na admiração Que pulsa forte ao ver-te em crescimento, Que felicita, assim, meu sentimento, Que vibra dentro do meu coração.
Brasil querido, é tempo de louvar-te, É hora de, felizes, proclamar-te O amor que em todo o nosso ser se aninha.
É tempo de servir-te, nobremente, Cuidar de agir em prol dessa tua gente Que cruza justo onde a gente caminha.
És, meu país, crescente paraíso De belezas sem par, porvir preciso.
Em teu futuro apontas alegrias, Após nosso trabalho decidido, Depois de ser o bem por nós vivido No aprendizado estoico desses dias.
Em teu roteiro tudo é sinfonia De amor, que com Deus segue em sintonia.
Cabe aos teus filhos toda essa tortura Que imprime nos caminhos os sofrimentos, Que impõem tanto pranto e remordimentos, Até que o bem lhes renove a postura.
Devem-se aos maus as nódoas que conheces, Também deles é a sombra que padeces E que faz triste a vida no país.
Nada obstante o verde-azul dos teus mares, Embora os lindos pássaros, milhares, Nem todos seguem nobre diretriz.
Ó meu torrão, amamos-te em serviço, Contigo todos temos compromisso.
É trabalhar, crescer sempre e estudar, Elaborando a nossa dignidade, Forjando em luz nossa felicidade, E as virtudes do amor acrisolar.
É tecido em ternura esse momento De evocações sobre teu nascimento, Entre almas simples, junto à natureza.
A nossa emoção é qual veio de ouro, Teu povo, sendo assim, é qual tesouro Que faz maior teu porvir de grandeza.
Que Deus clareie ess´alma brasileira, Que abrace e guarde essa nação inteira, Para alcançar seus dias promissores.
Que seja o Cristo o teu Mestre Perfeito, Forjando em ti, Brasil, um novo jeito P´ra libertar-te dos teus dissabores.
Quinhentos anos!. . .
Quanta experiência Na marcha para a luz com tua cadência, Com tua escola aberta a tantas almas.
São cinco séculos de aprendizado, Em quedas, levantares, maturado, Até que o amor e a paz sejam-te palmas.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, inserida no livro Exaltação ao Brasil, ed. Fráter.
O bem de tua vida
Se ninguém morre, não pense em morrer.
Se ninguém morre, não pense em matar.
Espere a desencarnação chegar, Porque num dia isso irá acontecer.
A morte é o outro lado da moeda Da existência terrena de verdade.
Mas, se se mostra, a dor a vida invade, Perturba o sentimento e a razão veda.
Em torno da morte há tanto sofrer, Agual de lágrimas que não se estanca.
E uma aguda saudade nos espanca Sem nada que nos possa refazer.
Se ninguém morre, por que há tanta dor, Quando chega o momento de voltar Aos proscênios do verdadeiro lar, Também guardado em Deus e Seu amor?
Com todo entendimento que possuimos Sobre a vida que pulsa além da cova, Entendemos que a vida se renova E para a evolução todos seguimos.
Deve-se compreender tanta tormenta De quem do mundo-além não tem ciência, Dos que vivem na Terra a vã cadência Da matéria que a morte só incrementa.
Mas, pr’a quem em Jesus guarda esperança, P’ra quem sabe que Deus não joga dados, Morte é como os roteiros caminhados, É a real liberdade que se alcança.
Ante os olhos de Deus há sempre vida, Pois a morte é a mais tola ilusão, A se converter em devastação Se há culpa introjetada, reprimida.
Que ninguém pense em morrer ou matar, Antes que o Criador decrete o termo Do viver, por mais duro, por mais ermo, P’ra não sofrer mais, p’ra não se frustrar.
Vive o bem sem cansaço mundo afora.
Leva as bênçãos do Pai em tua estrada,.
Faz mais luz sobre a tua caminhada, Bendizendo o coração que estertora.
O que se faz da vida é o que levamos, Não valorizes azar, sina, sorte;
Vive aberto ao Senhor, rumo ao Seu norte, Pois assim é que o mundo levantamos.
Vive alegre, apesar de tua luta, Busca sempre espalhar o bem à volta.
O amor que dês ser-te-á bendita escolta, Testemunhando o valor da labuta.
Dê mais atenção à vida na Terra, Estuda, aprende, cresce renovado.
Garante, assim, que terás ao teu lado O belo e o bom que tudo desemperra.
Sem morbidez, pensa que vais morrer Um dia, por mais distante que esteja.
Amplia a paz que ora em ti já lampeja, E a fé que não te deixa esmorecer.
Não consideres nonadas, tolices, Quando te cheguem, qual perturbações.
Saibas do valor das tuas ações Forjando rotas belas, estreladas.
Semeia o amor que salva e que cativa;
Deixa passar as nonadas da rota, Muita tolice o raciocínio embota.
Somente o bem deixa-te a alma viva.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 17/02/2003, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói – RJ.
Natal nos quinhentos anos
Senhor Jesus, Há bons quinhentos anos, Entre festejos profanos, Como heranças portuguesas, O Brasil ergue-Te mesas Repletas de alimentos E taças mil, coloridas, Expressando os sentimentos Que impulsionam nossas vidas.
Trocando mimos, regalos Por entre votos felizes Não oculta as cicatrizes De velhas ou novas chagas.
Sem limites ou intervalos.
Hoje, porém, mais crescidos Nas coisas espirituais Já compreendemos bem mais O sentido da Tua vinda, Nobre saga em luz tão linda, Junto a nós, Teus assistidos.
Por isso, Amigo Querido, Bom Mestre da Humanidade, Por sentir-Te um pouco mais No cerne, na intimidade, Por nossas lutas gerais Roga o país comovido: Pelos pais atormentados Com filhos embriagados Por drogas, pelo alcoolismo.
Por quem, no negativismo, Espalha em todos os lados Crimes, prantos e violência, Seguindo em triste demência Por rumos desencontrados.
Por aqueles revoltosos Sem nunca entender a morte, Que se imaginam sem norte No mundo de provações, Amargando os corações Entre moços, entre idosos.
Temos-Te por nossa Estrela, Bom Senhor, no mundo, agora, Junto àquele que estertora Na esfera de frio e fome, Nessa angústia que consome Quem, a sós, vive a sofrê-la.
Ampara o velho e a criança Que nas vias do abandono Têm pesadelos, sem sono, Sem futuro garantido, Sem programa definido De trabalho, de esperança.
Inspira, Senhor Augusto, Aos poderosos da Terra P’ra que se afastem da guerra Fratricida e sem sentido, P’ra que o povo, hoje abatido, Possa então, viver sem susto.
Fortifica tanta gente, Que vivendo o anonimato, Faz da vida um bem, de fato, Dando pão, remédio, ensino, Protege idoso ou menino Por amor fraterno e ardente.
A quem resgata servindo Nos passos da educação, Que engendra a renovação Para um porvir de excelência Rogamos Tua assistência Para a paz que estão construindo.
No Brasil que Te conhece Nas meditações, nas crenças, Teu Natal traz diferenças P’ra que entendamos, então, Que o Teu berço é o coração Que Teu povo Te oferece.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira em 11/10/00, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói – RJ.
Natal é vida
Eis o Natal que nos bafeja agora, Trazendo bênçãos de Jesus ao mundo A distribuir o seu amor fecundo, Natal que em nós nova esperança aflora.
Quando é Natal o nosso ser se ancora No amor fraterno, em sentido profundo;
Buscamos paz de segundo a segundo, Para o nosso planeta que estertora.
Quando é Natal há sempre um canto novo Que traz Jesus a socorrer o povo, Povo que nunca Ele deixou a sós.
Natal é vida que abundante exprime Lição do céu que transforma e redime, Se Jesus renascer dentro de nós.
Sebastião Lasneau
Psicografia de Raul Teixeira, em 12. 11. 2011, durante a reunião do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília-DF.
Nas tradições do Natal Nasceste na singela estrebaria Sob o olhar terno e doce de Maria.
Chegaste sobranceiro em plena noite, E a transformaste num ridente dia.
Cantaram-Te hosanas Anjos sublimes, E Anjo Tu és, na glória em que Te exprimes!
Vieste e sacudiste a alma planetária, O íntimo dessa alma onde o amor imprimes.
Formosa estrela apontou Teu caminho, E a Terra inteira encheu-se de carinho. . .
O Teu regaço a humanidade abraça Qual forração de aconchegante ninho.
Contam que três Reis Magos Te encontraram, Que mimos delicados Te ofertaram, Enternecidos, cheios de emoções Que desse encontro contigo levaram.
Na noite densa, entre os animais, Junto aos pastores, unido a seus pais, Representavas no mundo hausto novo, Simbolizavas célicos sinais.
Logo mais raiaria um novo dia, Por seres Tu mensagem de alegria Anunciando esperanças sublimadas E a trazer-nos divina melodia.
Aos doutores do templo, muito cedo, Explicaste as leis de Deus, sem medo, Como quem já conhecesse os caminhos A trilhar superando os seus enredos.
Muito tempo viveste co’a família, Na oficina Teu gênio augusto brilha, E agigantas-Te, então, na juventude, Nas estradas que segues, milha a milha.
Orientavas os homens mundo afora, E encontravas em Deus, a cada hora, A inspiração na qual Tu te apoiavas, Trazendo a luz dos Céus por doce aurora.
Devolveste a visão a tanta gente, Anunciaste um futuro diferente P’ra quem no amor pusesse os próprios passos, E no bem visse o dom mais convincente.
Legaste movimento a ancilosados;
Com sofredores foste lado a lado, E outros tiraste das garras da morte, Como tranquilizaste os tumultuados.
Hoje o mundo é de bombas e atentados. . .
O egoísmo explode em todos os lados, E leva a fome, a dor e o abandono A plasmar tantos homens mutilados.
Ainda vemos sequestros, roubo e morte;
E tantos seres que seguem sem norte, Aturdidos em meio a terrorismos A suplicar que o Céu lhes mude a sorte.
Contaste sempre com incompreensão, Dificuldades e perturbação, Sem jamais trepidar no Teu afã: Levar os homens à libertação.
Contudo, anelo refletir somente No futuro de paz almo e ridente, Que nos leve a sentir na manjedoura Teu coração solar sempre presente.
No cerne d’alma ouvimos-Te o sinal, Som que nos faz vibrar nesse ideal De servir e de amar, irmãos e amigos, E celebrar na Terra o Teu Natal.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 19. 9. 2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.
Morte e vida
Não te aturdas perante a ação da morte, Que o corpo enreda e dá alforria à alma.
Procura em Deus o alento que te acalma, A inspiração a te indicar o norte.
Vale considerar nesse momento Toda delicadeza do processo, Porque é alguém que se encontra de regresso Ao lar do qual ninguém estará isento.
Pensa na morte como liberdade P’ra quem ousou no bem, serviu, valente.
Do mesmo modo que é bem diferente P’ra quem se asilou na mediocridade.
A morte exprimirá paz e beleza Para a pessoa que, na caridade, Soube crescer, lutando de verdade, E que só no amor plantou sua certeza.
Do mesmo modo a morte é outra cadeia De frustração, de dor e de agonia, P’ra quem se dedicou, dia por dia, A projetar de si só coisa feia.
Em Deus, o amor é a lei que nos ensina A cada dia forjar o futuro, Ante a visão do bem, calmo e seguro, Que cada luta humana descortina.
Por isso, a voz do povo é de bom porte, Refletindo a verdade permanente De que através de toda ação da gente, Conforme seja a vida será a morte.
Trabalha e estuda com amor ardente, Valorizando cada um dos teus dias, Para que colhas, então, alegrias, Numa existência nobre e competente.
Pensa na morte com maturidade, Sem neuras ou pieguices, nobremente, Pois morrer é o final de toda gente.
Ninguém se evadirá dessa verdade.
Dê mais valor ao teu tempo terreno, Tendo, ante os olhos, teu fanal de luz.
Toma essa estrada que leva a Jesus, Que é Vida Plena, a aguardar-te sereno.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 25. 10. 2004, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.
Mediunidade e Moral
Toda mediunidade p´ra ser séria, Para dar frutos bons e consolar, Não pode se ocupar fazendo féria, Em vez de nobremente trabalhar.
Quem queira dedicar-se a tal labor De ser a ponte entre os dois hemisférios, Laborará mui ciente e com ardor, Para entender a vida e seus mistérios.
Ser médium, pois, no mundo é compromisso De ser coerente e probo, com Jesus, Sem jamais abandonar seu serviço, Bem longe da quimera que o reduz.
O estudo e a disciplina do servidor Transformam-no instrumento do infinito.
Mas, é na esfera dúlcida do amor Que o médium brilha, humilde, são, bonito.
Para um viver conforme às leis de Deus, Que configuram vivência moral, Os médiuns moldarão costumes seus Pelo esforço no bem, vencendo o mal.
Nos desafios vividos na Terra, Entre palavras duras, vidas tensas, Cabe aos médiuns jamais fomentar guerra, Nem nutrir vibrações torpes e densas.
Vem do Cristo a proposta de trabalho.
Mantém fidelidade ao ideal.
Não dês valor à sombra, ao ato falho, Tendo a vivência em paz como fanal.
P´ra ser médium com Cristo atende ao preço Das lutas e renúncias pela estrada.
Fonte do bem, Jesus é o endereço Da libertação bem-aventurada.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 27. 5. 2006, no Instituto de Cultura Espírita de Itabuna 1tabuna-BA.
Homem de Bem
(Em louvor a Chico Xavier)
Trabalhador, amigo e companheiro, Foco de amor, que nas Minas Gerais Serviu ao bem e doando sempre mais A cada irmão, amou a Deus primeiro.
Irmão de luz, dedicado seareiro, Na caridade mostrou-se capaz De incentivar fraternidade e paz, Nos passos do Celeste Pegureiro.
Ante o mundo que sofre é nobre intento Apresentá-lo como um grande alento.
Após viver o seu duro fadário.
Grandioso é ver o Chico ser lembrado
—Homem de bem, coração renovado -, Nas evocações do seu Centenário.
Sebastião Lasneau
Mensagem captada por psicoaudiência pelo médium Raul Teixeira, em 07 de novembro de 2009, durante a Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF.
Há que se construir a liberdade
Escravidão é coisa de outra era?
Pergunta-se, ante inusitado espanto, Ao ver-se o homem atado, inerte, tanto Que a antiga abolição desconsidera.
Será que a liberdade é coisa vera?
Põem-se a indagar os homens angustiados, Sentindo-se à nova cruz amarrados, Por outros cirineus vivem à espera.
Como entender o gesto de Isabel, A princesa famosa da alforria, Ante a chibata e o eito de hoje em dia?
Essa áurea liberdade é só papel. . .
Nosso Brasil vibra aos 500 anos, Cento e doze vive a manumissão.
No entanto, há muitos filhos na opressão Sob fardos de horrores cotidianos.
É o crime arrasador da vida urbana 5iolência que gera a estupefação, Associada às garras da corrupção.
E quem pensa que é livre assim se engana.
Tantas crianças que vivem o abandono, A fome, a fria rua e a droga horrenda.
Mas, quem a tudo assiste usa sua venda, E, omissa, a cidade mantém-se em sono.
São tantos velhos que, hoje abandonados, Não sabem qual será seu amanhã.
Depois de tanto esforço, com afã, Vêem seus labores desconsiderados.
Há quem se enrica usando o pranto alheio, Sem consideração a qualquer dor.
Escravos do seu próprio desvalor, Querem mais ouro, não importa o meio.
Escrava, assim, multidão leva a vida Com pose de nababo, indiferente, Sem distender as mãos a tanta gente Que roga amparo e segue combalida.
Há a escravidão de quem faz vista grossa, Ante as escolas de portas fechadas, Ante hospitais que deixam destratadas Vidas com a dor que podia ser a nossa.
Será que essa alforria é de verdade Se as minorias sociais nunca acessam Os bens mais comuns, ainda quando peçam, Se o conluio dos maus é enormidade?
Sabemos que p’ra tudo há uma razão.
Só Deus sabe explicar tudo na Terra.
Mas, o Evangelho ensinando não erra: Ai de quem dê ao mal motivação.
Vejo um grande futuro para o povo: Letrado, honesto, saudável, feliz Tendo passado, então, pelo tamis, Da educação que produz o homem-novo.
Há p’ro Brasil vindouro intensa luz Que se projetará do coração Que entenda, sob lúcida atenção, Que a liberdade vera está em Jesus.
Sebastião Lasneau
Psicografia de J. Raul Teixeira, da obra Exaltação ao Brasil, ed. Fráter.
Grandioso Facho
Enquanto o tempo passa, soberano, Forjando a fé pelo discernimento, Cristo ilumina o humano pensamento, Com facho de cento e cinquenta anos.
Como um condor que singra o firmamento, O Consolador lida, ano após ano, Para instruir todo o mundo profano, Maturando a razão e o sentimento.
Por esses tempos de clamor intenso, Glória a quem nele encontrou a maneira Para ter um norte e fugir do abismo.
Ave quem se apoiou nesse portento, E seguiu do Senhor a honrosa esteira, Sob o clarão do excelso Espiritismo.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 10. 11. 2006, durante a Reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, em Brasília-DF.
Evocando Francisco
Evoco, ó bom Francisco, a tua Assis, Bucólica montanha em que nasceste, Onde cresceste, amaste e onde aprendeste A seguir de Jesus a diretriz.
Rivo Torto, Subásio e a floração Cujo perfume ali em tudo se entranha, Vejo tuas lutas contra almas estranhas Que buscavam no mundo outros valores.
Parece que foi ontem que negaste Guarida à treva do egoísmo, imensa, E acendeste no monte a própria luz.
Buscamos-te, hoje, ó Celeste Escudeiro, Para que o amor seja em nós verdadeiro, De mãos contigo a servir a Jesus.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada por Raul Teixeira em 11. 02. 2008, na Sociedade Espírita Francisco de Assis de Amparo aos Necessitados SEFAN, em Ponta Grossa-PR.
Em defesa da vida
Parece que o homem vem pensando torto, Como o Evangelho já havia previsto, Num caldeirão de tudo muito misto, Capaz de deixar todo mundo absorto.
Seria bom que encontrássemos porto, Aprumados na orientação do Cristo, P´ra que nos concentremos fundo nisto: Não pode haver lugar mais para o aborto.
Que não nos atormente o pensamento Dos abortistas que, nesse momento, Defende o aborto de fora aguerrida.
Será mais nobre e forte essa união, Que imprime luz e mostra direção A ser tomada em defesa da vida.
Sebastião Lasneau
Soneto psicografado por José Raul Teixeira, em 7 de novembro de 2008, durante a Reunião Ordinária do Conselho Federativo nacional, da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF.
Boas notícias
Há notícias que a nós nos desconcertam Por traduzirem dores e violências.
A corrupção e outras impertinências Quando junto aos sequestros nos apertam.
Ouvimos notas de pedofilia, Mortes no lar por indução da droga, E o trânsito violento está em voga.
Há furtos, roubos, tremenda anarquia.
Será que não há mais notícia boa Que traga alento e esperança, em geral?
Será que o mundo só respira o mal E aqui e ali só ele se apregoa?
Há tantos que superam seus limites Em campeonatos de grande heroísmo.
Há quem leva tão a sério o idealismo Que se abraça à esperança e seus convites.
Quantas crianças que são adotadas, Passando a ter, de fato, novo lar?
Por que disso não ouvimos falar?
Há notícias que são abandonadas. . .
O lar que é devotado à educação E à paz, que bem prepara seus rebentos, Seria digno de mil cumprimentos Por agir em prol da renovação.
Bons hospitais, médicos atenciosos;
Escolas nobres, belos professores, Todos mereceriam beijo e flores, Caso fossem alvos dos noticiosos.
Administradores com probidade, Policiais atentos aos seus deveres;
Funcionários em plenos afazeres Poderiam ter popularidade.
Aguardamos o tempo em que a beleza Das coisas boas será destacada, E que viveremos essa alvorada De interesse por atos de limpeza.
Vamos buscar em Lucas referência Do modo de anunciar a maravilha, Enquanto em pleno céu a Estrela brilha E curva-se Israel com reverência.
Foi para o mundo a notícia perfeita, Recamada de sobriedade e luz.
É que chegara à Terra o Bom Jesus, Mensagem com que a alma em paz se deleita.
Há sempre como noticiar-se o bem Sem ser vulgar, atento à sã moral, Como o Evangelho nos trouxe o Natal E sua aura de amor, que ainda se mantém.
Sebastião Lasneau
Psicografia de Raul Teixeira, em 05. 08. 2009, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.
Ao querido Benfeitor
Já teci-lhe homenagens, comovido, Em virtude de tudo o que ele opera, Pois ao seu lado ação do bem prospera E se ergue o ser cansado e combalido.
Embora o tempo passe, ele mantém O coração pulsante a transbordar Ternura que nos leva a meditar No quanto é grandioso auxiliar alguém.
Tenho refletido, dia após dia, Que é urgente sentirmo-nos irmãos, No empenho de ser mais nobres e sãos Para experimentar paz e alegria.
Pensar nessa alma doce é confortante, Pelo estímulo bom que nos alcança, Pelas ondas de luz, pela bonança Que nos nutre e reforça a cada instante.
Já dediquei-lhe caras melodias, Que me vieram da doce inspiração Do seu nome, que é bem uma canção, Modulada em divinas elegias.
Por onde passa, aromas de amor puro Espargem bênçãos para todo o entorno.
Numa existência pobre e sem adorno Entregou-se a Jesus, almo e seguro.
A cada enfermo recomenda a fé Para potencializar o remédio.
Propõe que, na oração, desfaça o tédio Que angustia e que desanima até.
Pintei na tela o rosto venerando Desse vate cearense tãoquerido, Que entre os seres de luz foi acolhido, E em seu amor segue evangelizando.
Espalha tantas bênçãos para os pobres;
Pacientíssimo, ouve as dores das almas.
Seus valores são quais douradas palmas Que encantam a missão dos gênios nobres.
Em todo agosto exaltamos a lida De quem, amando a Deus, serviu ao povo, Forjando exemplos para um mundo novo Nos atos excelentes de sua vida.
Quando agredido, em Cristo achava alento;
Sob achincalhe, estendia o perdão, Por entender, no imo do coração, Que o tronco estando firme aguenta o vento.
Sinto-me em paz só com a sua silhueta;
Seu nome traz-nos ventura e conforto, Como o barco que alcança o ansiado porto, No mar convulsionado do planeta.
Nas vastidões do além, por entre os astros, Segue no afã da luz e da verdade;
E amparando a sofrida humanidade, Ergue os que na sombra seguem de rastros.
Já lhe cantei hosanas tantas vezes, Ansiando por amor e ser feliz, Tendo em Jesus formosa diretriz Como o nosso Bezerra de Menezes.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 01. 08. 2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.
A bomba e a vida
Muito difícil foi pensar que a História Vivida ali, seis décadas atrás, Representasse a goela mais voraz Do homem feroz qual desumana escória.
Agora são jardins e monumentos Enaltecendo as pérolas da paz, Para que nunca o ódio contumaz Possa aninhar-se em nossos sentimentos.
Lembremos o começo de um agosto, Na manhã clara, fresca e espreguiçante. . .
Logo depois das oito, num instante, Um clarão infernal tomava posto.
Era a bomba de urânio que explodia, Cento e quarenta mil seres morriam, Prédios no chão, cadáveres jaziam, Sem poder se ocultar, ninguém fugia.
Num raio gigantesco a destruição. . .
Choros, gritos, lamento, desespero, Denunciavam o humano destempero E a dureza do humano coração.
Essa horrenda tragédia nos mostrava Toda falta que faz o amor no mundo, Os desvios da fé e o mais profundo Egoísmo, em cruel e aguda clava.
Hiroshima hebetada, então, chorava Mortos, deficientes, gente dorida, Sem saber como prosseguir na vida, Em meio a tanta dor que a revoltava.
Sem conseguir conciliar o seu sono, Não suspeitava o povo japonês Que o país tremeria ‘inda outra vez, Padecendo em terrível abandono.
Pouco tempo passou, foram três dias, P’ra que a sanha mortal, como um demônio, Explodisse outra bomba, a de plutônio, Aumentando tormentas e agonias.
Tanta cerebração foi envolvida P’ra forjar o sombrio projétil, Dando vazão ao sentimento vil Da humana inteligência combalida.
Quanto orgulho infernizando a jornada De azes homenageados pela ciência, De cérebros com brilho e competência, Que se comprometeram pela estrada.
Não te utilizes para espezinhar, Nem submeter os irmãos ao teu lado, Do intelecto brilhante e coroado Com que deves servir, crescer e amar.
Aplica a inteligência, o gênio e a fama, Para estender o amor e o bem na Terra.
Valoriza o saber que te descerra Toda luz que hoje o teu cérebro inflama.
Valoriza teu tempo, de verdade, Faz da mente um relicário de luz Que te possa trazer bênçãos a flux, Cooperando para tua liberdade.
Considera que o tempo decorrido Entre sombra, egoísmo e frialdade Faz-te vítima da própria maldade, A responder por todo o mal vivido.
Pensemos, pois, nas urbes japonesas: Crianças, jovens, todos sob escombros.
Por essas dores jamais demos de ombros.
Convertamos o saber em belezas!
Louvado seja o cérebro que cria Ensejos de progresso e salvação De quem carece e espera a ocasião De viver paz, progressos e alegria.
Glória a quem fez da inteligência a luz Que orientou, que aprumou e deu alento Ao que, no mundo, vagava ao relento, Vendo-se a sós sob o peso da cruz.
Crendo ou não, quem te nutre é o Pai Celeste, Nosso Deus, que é a Suprema Inteligência, Supremo Amor e Suprema Clemência, Que para a tua perfeição tudo investe.
Guarda-te, irmão, das sugestões das sombras, Estudando e aumentando o teu saber Com Jesus, para que possas viver Num porvir sem mais dor, guerras ou bombas.
Sebastião Lasneau
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 15. 08. 2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.