Cartas do Evangelho

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CAPÍTULO 12

CARTA AOS HOMENS DO CAMPO


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Casimiro Cunha

Meu irmão, se o teu trabalho, É o trato amigo da terra, Vive a grandeza sublime Que a tua missão encerra.

Nunca invejes a cidade Tanta vez desiludida. . .

O ar puro do campo É a santa essência da vida.

Busca os livros, mas conserva A tua realidade, Sabendo que a natureza É o livro da Eternidade.

O mundo se perde agora Em treva e desolação, Nos males vindos do excesso Dos vícios de educação.

Há no céu quem não te esquece.

Cultiva o teu campo em flor O mundo não viveria Sem tua quota de amor.

Conserva e ama a paisagem Onde o teu sonho nasceu.

A terra bondosa e farta É outra mãe que Deus te deu.

Borda o teu campo de estradas, Semeia o teu caminho. . .

Seja o teu sítio uma escola De amor, de aço, de carinho.

Que os teus feitos de trabalho Sejam tantos e tamanhos, Que se reflitam na estrada Da vida de teus rebanhos.

Se os animais colaboram Nas fontes de produção, São eles os companheiros De tua realização.

Protege-os, sempre que possas.

Ouve e guarda o que te peço.

Os animais, igualmente, Têm suas leis de progresso.

Trabalha, educando os teus.

Educa e triunfarás.

Teu exemplo ensina ao mundo O santo esforço da paz.

Hoje, as ciências terrestres Por vezes, causam tristeza, Mas, tu conservas o mundo Com as luzes da natureza.

O Cristo não te abandona Com a paz de Seu coração, Pois transformas no caminho As Suas bênçãos em pão.

Irmão da simplicidade, Deus te abençoe, lavrador!. . .

O teu celeiro está farto De luz, de paz e de amor.







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