Cartas do Evangelho
Versão para cópiaCARTA AOS PAIS
Casimiro Cunha
Não podes viver a esmo, Numa estrada indefinida.
Um pai tem obrigações Das mais nobres que há na vida.
Meu irmão, em tua casa, Nas ternuras dos filhinhos, Personifica o bom senso Entre os beijos e os carinhos.
Por enquanto, a Terra inteira Inda é um mar encapelado.
Se não dominas a onda Virás a ser dominado.
Entende a luz do caminho.
A tua finalidade Não é somente a da espécie Nas lutas da humanidade.
Exige-se muito mais Dos teus esforços no mundo, Recebeste de Jesus Um dom sagrado e profundo.
Se a missão das mães terrestres É conduzir e ensinar, O teu trabalho é de agir.
No esforço de transformar.
Não olvides teus deveres Na esfera da educação, Fazendo de tua casa A escola de redenção.
Um pai que deixa os filhinhos Abandonados ao léu Não corresponde no mundo À confiança do céu.
Cuida bem dos pequeninos.
A educação tem segredos Que devem ser estudados Desde os tempos dos brinquedos.
A tua função no lar Não é somente prover, Mas adotar providências, Procurando esclarecer.
Ensina os teus a gastar.
Quem vive muito à vontade Pode encontrar a miséria No fim da ociosidade.
Gastar somente o que é justo É ser prudente e cristão.
Quem gasta o que não é seu Faz dívidas de aflição.
Luta sempre, mas se os teus Não te seguirem os trilhos, Esperemos nesse Pai De que todos somos filhos.
Na pobreza ou na fortuna, Esforça-te, meu amigo.
Exemplifica o trabalho E Deus estará contigo
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