Construção do Amor
Versão para cópiaAnte o segundo século
O primeiro século do Cristianismo conheceu suplícios inolvidáveis quais foram:
a crueldade de Tibério…
a demência de Calígula…
a insânia de Nero…
a perseguição indiscriminada…
a matança nos circos…
a ferocidade de algozes enrijecidos e insensatos…
a condenação sem processo…
a escravidão absoluta…
a humilhação sistemática…
a injúria e o martírio…
Ainda assim, milhões de criaturas encontraram o justo caminho da consagração pessoal ao Senhor, suportando heroicamente a flagelação e o insulto, o menosprezo e a morte, para formarem, com o próprio exemplo, as bases do mundo em que a evolução do direito e da ordem, do progresso e da solidariedade preside a civilização do Ocidente, que, apesar do estigma da devassidão e da guerra, ainda é a esperança para a vitória da luz.
O primeiro século do Espiritismo que restaura os valores da Boa Nova é bafejado por excelsas conquistas quais sejam:
os louros da independência religiosa…
a justiça das nações mais cultas do globo…
o aprimoramento industrial…
a crescente extensão da fraternidade…
o banimento do cativeiro…
o respeito às liberdades públicas e privadas…
a inviolabilidade do lar…
a dignificação do trabalho…
o avanço luminoso da inteligência, que tateia a estratosfera e desce às profundezas do mundo atômico…
É por esse motivo que nós, os espíritas de agora, cristãos igualmente redivivos, com mais amplos fatores de segurança, somos convocados à redenção da Terra, competindo-nos, porém, para isso, não mais o ânimo firme no contato com feras e cruzes, escárnio e fogueira, mas, sim a coragem varonil de vencermos a treva cristalizada conosco, em forma de indiferença e ociosidade, orgulho e rebeldia, instalando, através do serviço e da educação, o entendimento e o amor em nós mesmos, a fim de que o reinado do Cristo fulgure entre nós para sempre.
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