Construção do Amor

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Capítulo XIX

Confessar o Cristo


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Desde a ascensão de Constantino ao poderio romano, milhões de criaturas hão confessado Jesus com os lábios.

Pregaram as Boas Novas da Salvação e arrojaram a Humanidade em vagas de sangue e morte.

Dominaram púlpitos brilhantes estenderam aflição e discórdia.

Senhorearam a governança política e semearam penúria e destruição.

Escreveram livros primorosos e estabeleceram nas almas o império da crueldade e da sombra.

Teceram poemas de esperança e inflamaram fogueiras de intolerância e fanatismo.

Exaltaram a Luz Divina e alimentaram as trevas da ignorância.

Discursaram, enaltecendo o amor e plantaram espinheiros de guerra e ódio.

Misturaram o mel da palavra com o veneno da negação e criaram apenas calamidade e sofrimento, flagelações e ruínas…


É que não basta confessar o Senhor com o verbo fascinante e seguro, mantendo o coração longe d’Ele.

Não valem simples afirmações preciosas que a ventania renovadora do tempo extingue, implacável…

Confessar o Cristo é cristianizar nossa vida e viver-lhe os padrões de sacrifício e de amor.

Na luta externa e no campo íntimo, perguntemos a nós mesmos, como agiria o Senhor trazido ao nosso lugar e procedamos como procederia Jesus, na solução dos problemas que nos afrontam a vida.

Somente assim, com a força do próprio exemplo, conseguiremos revelar o Divino Mestre à outras almas e com Ele servir aos homens na construção da Terra melhor.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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