Capítulo I

Dinheiro


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O dinheiro não compra o Céu, mas pode gerar a simpatia na Terra, quando utilizado nas tarefas do Bem.

Não paga a boa vontade, entretanto, semeia o benefício e o contentamento de viver, se nossa alma permanece voltada para a Divina 1nspiração.

Não tem valor para o câmbio, depois da morte, contudo, é sustentáculo do progresso geral, se nosso Espírito está centralizado nos objetivos de elevação.

Não é fator absoluto de alegria ou de felicidade, mas pode ser o remédio ao doente, a gota de leite à criancinha desamparada, o teto ao velhinho relegado ao frio da noite, o socorro silencioso ao necessitado, o pão que socorre ao peregrino sem lar.

Não é gerador de luz, entretanto, pode estender a fonte das ideias de consolação e de amor, em que muitas almas sequiosas de paz se dessedentam.

Não é a base da harmonia, mas, em muitas ocasiões, consegue devolver a tranquilidade a corações paternos desalentados e a ninhos domésticos infelizes, toda vez que os nossos sentimentos se inclinam para a verdadeira solidariedade.


Não permitas que o dinheiro te tome o coração, usando-te a vida, qual despótico senhor e sim conduzamo-lo, através da utilidade, do entendimento e da cooperação, sob os imperativos da lei de fraternidade que nos reúne.

Não nos esqueçamos de que Jesus abençoou o vintém da viúva, no tesouro público do Templo (Mc 12:41) e, empregando o dinheiro para o bem, convertamo-lo em colaborador do Céu em todas as situações e dificuldades da Terra.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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Marcos 12:41

E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.

mc 12:41
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