…e o Amor Continua
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MARIA DO CARMO CORRÊA
BIOGRAFIA:
D. Maria do Carmo Corrêa nasceu na cidade do Espírito Santo do Pinhal, no Estado de São Paulo, em 30 de outubro de 1900 e desencarnou na cidade de São Paulo, no dia 14. 05. 1969.
Mãe de oito filhos: cinco mulheres e três homens, aos quais se dedicou com desvelo, carinho e muito amor. Aliás, esse amor não se limitava só aos filhos, sabendo distribuí-lo com todos que a cercavam, caracterizando-se pela paciência de que dava mostras.
Espírito altamente cristão só via bondade nos outros.
Cultivava nos filhos o hábito da oração e todos, desde pequenos, aprendiam com ela a comunicação com Deus através da prece. Caridosa, ao extremo, D. Maria do Carmo contava com o apoio do esposo, Sr. José Corrêa, que nunca se negou a auxiliar quantos a ele recorressem deixando, na Terra, um vasto círculo de amigos.
Pelos seus muitos títulos de enobrecimento, D. Maria do Carmo demando à Pátria espiritual com excelente bagagem, resultado da sua abnegação, humildade e amor praticados em favor de todos que conviveram com ela.
D. Maria do Carmo comunicou-se anteriormente através do médium Francisco Cândido Xavier, em três oportunidades diferentes.
Na noite de 25 de julho de 1981, porém, utilizou-se do médium Divaldo Pereira Franco que não manteve qualquer contato com as pessoas da família presentes à reunião.
A presença de Divaldo nas reuniões do Grupo Espírita da Prece faz-se, periodicamente, sempre que o médium baiano vai a Uberaba, no labor de divulgar a Doutrina Espírita e em visita a Francisco C. Xavier.
Naquela noite, enquanto o médium Xavier atendia, em sala contígua ao local em que permanecia o público, as orientações espirituais, Divaldo explanou o tema em estudos como o fazem todos os participantes dos trabalhos, a fim de ser preservado o equilíbrio vibratório da reunião e propiciarem-se esclarecimentos espíritas ao grande público que aflui àquela Entidade.
Um fato muito singular ocorreu nessa oportunidade, no que dizerespeito às psicografias. O Presidente da Instituição, Sr. Weaker Baptista, como é de praxe, solicitou a Divaldo que lesse as mensagens recebidas, o que foi feito.
Uma delas é a que transcrevemos; firmada por D. Maria do Carmo Corrêa e dirigida à sua filha Ginette.
Quando Chico Xavier procedeu à leitura das páginas que recebera, e novamente chamada D. Ginette, a quem fora destinada a carta por intermédio de Divaldo, o fato causou estranheza e curiosidade, produzindo uma agradável impressão em todos os que ali se encontravam, em razão de uma mesma pessoa receber duas mensagens de familiares por médiuns diferentes na mesma ocasião e com conteúdo idêntico como se pode observar.
A carta, por Divaldo, era da genitora de D. Ginette, enquanto a recebida por Chico, fora ditada pela sua Tia D. Maria da Conceição Corrêa.
Sobre o texto mediúnico e a sua autenticidade, assim se expressa D. Ginete.
DEPOIMENTO DA FAMÍLIA:
"Foi a primeira vez que vimos o Divaldo participando daquela reunião, no Grupo Espírita da Prece".
Colaborando com o Chico, na mesa, em vista de tantos pedidos aflitos vem-nos, do Além, sem que esperássemos, embora desejássemos, uma maravilhosa mensagem.
Mesmo teor, mesma pessoa. Como duvidar?
Novamente os nomes dos filhos, os nossos nomes, os dos nossos avós; do Monsenhor Vinhetas, palavras e orientações, que somente nós poderíamos compreender porque eram proferidas "".
MENSAGEM DE: MARIA DO CARMO CORRÊA.
Ginette, 1, minha filha.
Jesus nos abençoe os esforços na aquisição da paz.
No calendário terrestre passaram-se doze anos após a nossa transitória separação, mediante o abandono do invólucro material na intimidade do túmulo. . .
Esse tempo, no entanto, nada significou no relógio que controla os sentimentos profundos do nosso amor, desde que jamais estivemos distantes do Lar amado, onde a felicidade foi entronizada no altar do trabalho graças à bênção relevante da fé que nos norteou e conduz os passos na direção de Deus.
O tempo somente significa sofrimento, quando a inconformação ante a realidade veste a saudade de revolta e sombreia o sol da nossa esperança, fazendonos transitar em trevas e dificuldades. Para aqueles que, não obstante os sentimentos de separação mantêm os vínculos da ternura, na certeza do reencontro final, a alegria se musica de sinfonia formosa, fazendo que o passar dos anos nos aproxime da hora ditosa do reencontro sem dor, nem separação, nem morte. . .
Ao falar-lhe desta forma, não desejo negar o que me vai n’alma durante este período, como desconforto por haver retornado e felicidade por haver volvido, continuando o ministério que abraçamos em nome do Pai Criador.
Nesse sentido, o trabalho tem-nos constituído o pão nutriente de todo dia, sustentando a nossa irrestrita confiança no que tange ao nosso futuro ditoso.
Falando-lhe assim, digo-o, também, querida filha, aos demais filhos da nossa sempre amada família, à nossa Catarina, à nossa Maria Tereza, à nossa Odette, à nossa Maria Lúcia, sem esquecer-me dos filhos queridos, os nossos sempre rapazes José Hermínio, Higino e Luiz Gonzaga, 2, que nos constituem tesouros de inapreciável valor, que procuro reunir como pérolas de alto brilho com que um dia colocaremos num diadema de amor para coroar o Divino Amigo de todos nós, em nome da gratidão que nos domina por inteiro a atual circunstância e a vida ora livre da injunção orgânica.
Participando destes júbilos, as mamães Maria messias e Sebastiana, 3, se associam à minha emoção para dizer-lhes a todos, filhos queridos, da necessidade de prosseguirmos juntos, joeirando a terra dos corações para a sementeira de luz e amor com vistas a um mundo melhor e a uma humanidade mais ditosa no porvir.
O nosso Monsenhor Vinhetas, 4, prossegue sendo o amigo das nossas atividades em nosso Lar de crianças, 5, onde vocês t
~em sabido transformar espinhos em flores e dificuldades em realizações, sem permitirem que o desânimo lhes impeça o prosseguimento das obras.
Filha querida e amados filhos, a dificuldade é desafio que nos cumpre enfrentar para vencer e problema é convite ao esforço para a sua decifração.
Não se deixe abater em circunstância nenhuma.
Estamos juntos nesta luta do bem contra o mal que ainda reside em nós e já podemos antever o dia feliz do futuro. Todavia, não descansemos sobre os primeiros louros alcançados, porquanto há muito por fazer, que devemos realizar, mantendo a certeza de que não nos encontramos a sós nesta batalha nossa, que também pertence ao Senhor de nossas vidas, que não cessa de operar com misericórdia e abnegação.
É verdade que se vivem na Terra dias e momentos muitos graves, sem embargo, são estes os nossos solo e oportunidade para semear o bem com que a Vida nos honra, devendo prosseguir intimoratos e intemeratos na luta incessante, cujos resultados serão do Pai Celeste.
Em qualquer circunstância guardemos serenidade e fé, recolhendo-nos à oração, quando os problemas se nos apresentarem mais graves, desafiadores e rudes.
Jesus está a postos, no comando da Obra que Deus Lhe confiou e, na condição de servidores Seus não podemos fracassar, agasalhando melindres ou relacionando problemas e queixas. . .
A luz brilha e cumpre-nos aproveitar o momento feliz que se apresenta convidativo à realização.
Nunca se creiam a sós!
Aqueles que amamos; sempre estamos juntos.
Para que a noite não se fizesse temerosa e apavorante o Senhor salpicou-a de estrelas luminíferas e para que o campo verde perdesse a monotonia, a mão do Criador fez que surgissem miríades de multicoloridas flores silvestres. . .
Sempre haverá estrelas brilhando em nosso Céu e flores recendendo aroma e colocando cor em nosso campo de esperança. . .
Desejo agradecer-lhes o carinho e as lembranças no passado "Dia das Mães", 6.
Uma antiga história hebreia conta que um certo filho tanto amava a sua mãe que, certo dia, viu-a tropeçar numa esteira, escapando-lhe do pé direito a sandália.
Para que a genitora não pisasse o chão, o filho correu com as mãos em concha e recebeu-lhe a pisada; diminuindo a rudez do passo.
Emocionada e reconhecida, a mãezinha exclamou: - Filho, você me honra em demasia!
Igualmente sensibilizado, o jovem redarguiu: Não há amor, no mundo, que seja demasiado quando ofertado por alguém à sua mãe. . .
Vocês me honram a memória em demasia e cercam-me de ternura excessiva.
Sua pobre mãe, apenas procurou e busca prosseguir tentando cumprir com o dever de atende-los, na hora infinita de os haver recebido.
Nesta carta que já se alonga, peço-lhes licença, queridos filhos, para reunir as flores puras do seu afeto em delicado ramalhete para oferta-lo à Mãe Santíssima, a Rainha dos Céus, nossa Mãe e Benfeitora de sempre.
Ginette, Catarina, Maria Tereza, Odette, Maria Lúcia, José Hermínio, Higino e Luiz Gonzaga, filhos da alma, prossigamos com Jesus até o cessar das forças físicas quando, então, se abrirão, de par em par, as portas da Espiritualidade, em cujo Lar me encontro, procurando preparar condições para recebe-los com um hino de inefável ventura.
Abraçando-os com encantamento e gratidão, roga a Jesus que a todos nos abençoe e guarde a mãezinha dedicada de sempre, sempre afetuosa.
MARIA DO CARMO – Maria do Carmo Corrêa – 25. 07. 1981.
IDENTIFICAÇÕES:
1- Ginette – Filha da missivista.
2- Catarina, Maria Tereza, Odette, Maria Lúcia, José Hermínio, Higino e Luiz Gonzaga – Filhos de D. Maria do Carmo.
3- Maria Messias e Sebastiana – Maria Messias de Oliveira e Sebastiana Corrêa, genitora e sogra, respectivamente, da comunicante.
4- Monsenhor Vinhetas – Religioso católico de São João da Boa Vista, no Estado de São Paulo, sempre referido por D. Maria Messias.
5- Lar de crianças – Lar Escola Maria Messias do Carmo Corrêa, obra de assistência a menores, na cidade de São Paulo.
6- No "Dia das Mães", os filhos homenagearam-na com carinho. (Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco).