Escrínio de Luz

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Capítulo XXXIV

Comunhão social


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Sob a desculpa de purificar-se com Jesus, não há seguidor do Evangelho com direito a eximir-se da vida de relação.

Nenhum modelo existe mais perfeito que o próprio Cristo para inspirar-nos o contato social, ajustado ao senso das proporções.

O Mestre partilhou companhias dos mais diversos níveis, sem largar o caminho ou empanar a integridade.

Principiando a jornada terrestre, aceita a hospitalidade de pastores anônimos, no refúgio dos animais; entretanto, nunca recomendou que os cultivadores da Boa Nova devam, por essa razão, adotar residências em forma de estábulos.

Ainda na infância, entende-se com doutores da lei,. mas, embora não lhes negue respeito, porque trate com principais do seu tempo, não se deixa influenciar por seus pontos-de-vista.

Inicia as atividades públicas de arauto da verdade, prestigiando os júbilos de uma festa esponsalícia em Caná; todavia, por esse motivo, não se sente obrigado ao casamento, e, abstendo-se de erguer lar próprio, não traça qualquer obrigação de celibato aos aprendizes.

Cura obsidiados e restaura enfermos; no entanto, apesar de induzir-lhes o ânimo ao trabalho e a renovação, não lhes impõe normas de vida.

Serve-se do prato, junto de pessoas consideradas menos dignas, sem abraçar-lhes a rota.

Recebe a visita de Nicodemos, maioral entre israelitas; contudo, não se prevalece da circunstância para rogar-lhe favor.

Recolhe as simpatias de Zaqueu, publicano afortunado, penetrando-lhe o domicílio sem lhe solicitar proteção dinheirosa.

Dedica acendrada afeição aos amigos de Betânia, mas não se lhes imiscui na vivência doméstica.

Mantém laços tão íntimos com José, homem rico de Arimateia, — que Mt 27:57 de suas anotações, chega a dizer que esse homem lhe era também discípulo, todavia, não existe a menor informação de que o forçasse a qualquer compromisso.

Achando-se a Doutrina Espírita no mundo para reconstituir os ensinamentos de Jesus, é importante estudar-lhe os exemplos, a fim de que possamos praticar-lhe as lições.

Cada criatura em sua responsabilidade e em seu degrau.

Em razão disso, mostra-nos o Senhor que é possível desfrutar o convívio de todos, aprendendo e servindo, sem constranger a ninguém nisso ou naquilo, mas permanecendo sempre nós, em nós mesmos, para fazer em sã consciência tudo aquilo que o Bem nos determine fazer.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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