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Capítulo XLIII

Teu tijolo de amor


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TEMA — Concurso pessoal na seara do bem.


És uma parcela do Infinito Amor, no rumo da Perfeição Infinita; e o primeiro sinal de que reconheces a excelsitude do teu destino é o esquecimento de ti mesmo, a benefício dos outros.

Por mais áspero seja o caminho, segue, pois, amando e servindo.

Não enumeres sacrifícios, nem contes dificuldades. A glória da vida é doação permanente.

A estrela te envia luz, varando os empeços da sombra, e a raiz da planta que te estende a bênção do fruto é constrangida a morar no limo do solo, a fim de sobreviver.

Não faltes ao amor que nunca te falta.

O objetivo fundamental de nossa presença, em qualquer estância do Universo, é o serviço que possamos prestar.

Paixões e ilusões que nos conturbem as horas, e mágoas ou provas que nos calcinem os sentimentos, afiguram-se convulsões necessárias no mundo de nossa alma em transformação e burilamento. Pairando muito além de semelhantes calamidades, permanece imperecível o bem que distribuíste, como sendo a tua riqueza eterna.

Raciocina e enternece-te. Pensa e auxilia.

Registrarás o verbo equívoco dos que se transviam temporariamente, asseverando que o mundo pertence aos que se façam bastante fortes na astúcia ou na opressão, que a bondade é um conceito perdido no trabalho da moderna civilização, mas seguirás adiante, compreendendo que ninguém confunde a justiça, ainda que se creia sob o manto ilusório da impunidade, e que o progresso material, sem amor que lhe garanta o equilíbrio, mais não é que uma exibição de poder, endereçada ao campo de cinza.

Vive em tua época. Esforça-te e realiza, alegra-te e sofre com os teus contemporâneos; todavia, de quando em quando, recolhe-te ao abrigo da consciência e escuta as antigas verdades sempre novas que te anunciam o Reino de Deus!… Para reformulá-las, os Espíritos do Senhor se espalham presentemente no planeta, constituindo legiões… Eles nos ensinam — a nós, os tarefeiros encarnados e desencarnados da seara enorme — que o ódio será banido das nações, que o egoísmo desaparecerá da Terra, que a ciência instruirá a ignorância, que a compaixão converterá todos os cárceres em sanatórios e que a educação espiritual extinguirá todos os focos de delinquência!… Para isso, no entanto, eles te rogam o tijolo de trabalho e de amor que possas oferecer à sublime edificação.

Ama e serve sempre.

Tudo o que te aflige ou te espanta, nas conquistas da inteligência de hoje, representa ensaio da supercultura de que o mundo amanhã aproveitará o que seja melhor, e, acima de todas as legendas que gritam ainda agora por fraternidade e reivindicação, ouviremos como proclamação mais alta a palavra de Jesus, no apelo inesquecível: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 13:34)




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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João 13:34

Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros: como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

jo 13:34
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