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Capítulo VII

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TEMA — No entrechoque das paixões humanas.


Surpreenderás no caminho cotidiano o entrechoque das paixões, provocando rancores ferozes!… E observarás, em torno, os que se revoltam contra a cruz salvadora que carregam, os que oprimem os fracos, os que se bandeiam para as regalias da sombra e os que transformam a perturbação alheia em trampolim para a escalada ao poder.

Compadecer-te-ás de todos — de todos os que desconhecem ou pretendem desconhecer o amor para que foram criados —, mas, entre os que passam indiferentes à penúria dos seus irmãos, deter-te-ás no amparo aos infelizes e serás, junto deles, a mão confortadora e o serviço fiel.

Recordarás o Bom Samaritano que não se preocupou em apontar os malfeitores que haviam espoliado o viajante indefeso, e, sim, ao invés disso, se inclinou, compassivo, para o companheiro tombado no infortúnio, de modo a conchegá-lo ao coração.

Os mentores da crueldade são suficientemente desditosos por si mesmos e serão defrontados, no espaço e no tempo, pelas forças coercitivas dos tribunais da justiça oculta a lhes coibirem a expansão. Não precisas identificá-los, a pretexto de corrigenda, porque já contam com o número imenso daqueles que os procuram a fim de expô-los à censura e ao sarcasmo.

Serás a lâmpada acesa para os caídos na cegueira da negação, o apoio dos que tropeçam na estrada, estonteados de sofrimento, a boa palavra que reajuste o ânimo dos que jazem traumatizados pelo assalto das trevas e a esperança dos últimos!…

Quando alguém te requeste aos ímpetos da reação, perante os males que corroem a vida, lembra-te de que um golpe sobre outro golpe apenas consegue agravar a ferida e dispõe-te a socorrer os que esmorecem no desânimo ou caem de angústia.

Não percas tempo indagando quanto aos méritos da bondade, porquanto, se alguns raros companheiros do mundo te escarnecem da compaixão, malversando-te os benefícios, a bondade que praticares será sempre revertida em teu favor.

Envolve o raciocínio no halo do entendimento e deixa que o amor te comande os menores impulsos da alma, para levantar e lenir, esclarecer e ajudar onde estiveres.

A vida triunfante é luz imperecível, impelindo-nos no rumo das Esferas Superiores; entretanto, encerra consigo a rude batalha da evolução, em que todos somos compulsoriamente engajados na condição de espíritos eternos, a fim de conquistá-la!…

De alma incompreendida, esquece a ti mesmo e faze-te o consolo e a bênção dos que se arrastam humilhados e abatidos na retaguarda, e, ainda mesmo que todos os poderes do mal se conjuguem, ao redor de ti, no intuito de apagar a chama de tua fé na vitória do bem, auxilia e ama sempre, na convicção de que, de todos os ambientes da Terra, a presença da caridade é e será constantemente o mais alto clima da existência, para o encontro de nossa necessidade com o suprimento de Deus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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