Entrevistas
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86 — Homeopatia
R — Nossos Amigos Espirituais consideram a Homeopatia um processo seguro de tratamento, principalmente para as pessoas de vida simples, com hábitos tão simples quanto possível.
R — Sim, os Benfeitores Espirituais nos observam que isso acontece sempre.
R — Segundo os Espíritos Benfeitores isso é perfeitamente possível, mesmo porque a Medicina psicossomática, atendendo-se aos preceitos psicológicos avançará cada vez mais, por interferir na mente, de onde se originam, em maior parte, os processos patológicos de ordem geral.
R — Não. Os amigos da Vida Maior observam que ambos os sistemas curativos obedecem às normas claramente diversas entre si.
R — Isso pode suceder muitas vezes, mas precisamos progredir ainda e muito, no campo das conquistas morais, para que um discernimento mais claro no assunto nos presida as observações. Pelo menos, é o que observo comigo mesmo.
R — Dizem os Amigos Espirituais que raros espíritos encarnados estão habilitados a guardar com proveito semelhantes recordações, de vez que as lembranças desse teor, na criatura despreparada para isso lhe criariam choques prejudiciais e desnecessários.
R — Interessante a tese, mas, não devemos incentivar esta ideia, de vez que a família humana, enquanto estivermos no período da encarnação, deve ocupar as nossas atenções tão integralmente quanto isso se faça possível.
R — Tanto no sono quanto na vigília, pelo que nos é facultado saber, a melhor vacina contra a incursão de processos obsessivos é a nossa permanência no trabalho do bem ao próximo, até que venhamos a adquirir a sublimação espiritual que nos tornará invulneráveis ao assédio de nossos irmãos menos felizes.
R — Cremos que não, embora seja possível em alguns casos. O ciúme, na essência, é sempre fruto da afeição possessiva, quando abraçamos a infelicidade de que os outros pertencem exclusivamente a nós e não a Deus, — a Deus que simbolizamos na Sabedoria Infinita da vida, que nos coloca onde e com quem a nossa presença se torna mais útil ou necessária a seus fins.
R — Sim, mas os Benfeitores Espirituais nos afirmam que o território dos sonhos ainda é um continente imenso da vida humana que nos cabe pesquisar e estudar e de onde retiraremos, em ocasião oportuna, ensinamentos dos mais preciosos para a nossa permanência na Terra.
R — O estudo da reencarnação iluminará com segurança semelhante domínio da psiquiatria e da análise.
R — O assunto em suas expressões de problema a resolver varia de pessoa para pessoa, conforme o grau de autocontrole que o Espírito impõe a si próprio.
R — Sempre. As trocas de força magnética nesse terreno são inegáveis ante os resultados que expressam entre aqueles que permutam as próprias energias em suas manifestações afetivas.
R — As leis humanas evoluem com a evolução das personalidades humanas.
R — Cremos que da maneira pela qual internamos o doente no hospital ou segregamos o nosso irmão delinquente nas celas regenerativas de uma escola ou penitenciária.
R — Pensamos que o problema só poderá ser examinado com exatidão se estudado do Plano Espiritual para o Plano Terrestre.
R — Sim, isso é raro mas acontece, dentro dos princípios de causa e efeito que nos regem a vida.
R — Admitimos que a reencarnação, se efetuada pelo tubo de ensaio, se efetuará em bases de amor no ambiente a que o espírito reencarnante for conduzido. Isso, na hipótese da Humanidade progredir moralmente, passando a merecer esse tipo de reencarnação, obviamente com muito menos entraves para a criatura que tomará novo corpo entre os homens.
R — No que diz respeito ao racismo, as nossas preocupações decorrem de pura ilusão de nossa parte no terreno de preconceitos sociais que o tempo eliminará. Nos casos outros, sabemos que a lei do carma funciona universalmente com todos nós, em qualquer parte e em todos os dias.
R — Nem sempre.
R — O “Livro dos Espíritos” nos explica que geralmente isso não acontece.
R — Não nos é fácil estudar, por agora, semelhante assunto. A vida e a desencarnação se conjugam profundamente com os desígnios da Providência Divina e com o livre arbítrio da criatura.
R — Dizem os Espíritos Amigos que de modo geral, isso não sucede.
R — Falta-lhes aquilo que poderíamos nomear como sendo “aceitação da realidade”, ou “adestramento preparatório para facear a Vida Maior”.
R — Mais tarde, em outros contatos, apelaremos para as nossas lembranças nesse particular. De uma verdade estamos convencidos e para nós em pessoa, irreversivelmente convencidos: — “Ninguém morre e cada um de nós encontrará consigo mesmo para além desta vida, onde a nossa vida, queiramos ou não, prosseguirá para frente, no Espaço e no Tempo, segundo as Leis Traçadas pela Sabedoria de Deus para o Universo em sua grandeza infinita e integral”.
Entrevista concedida a Salvador Gentile e Elias Barbosa, na Comunhão Espírita Cristã, Uberaba (MG), a 20 de novembro de 1971.
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