Espera Servindo

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Capítulo XXII

Obedecer


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Muitos companheiros no mundo categorizam a obediência, à conta de servilismo, no entanto, quando nos referimos à obediência, reportamo-nos à disciplina, sem a qual a ordem não existiria.

A própria Natureza é um tratado dinâmico sobre o assunto.

O sol garante a vida no planeta, por não desertar da própria órbita.

A Terra não se destrambelha no Espaço Cósmico, em vista de atender aos encargos que lhe competem na lei de gravitação.

A massa dos oceanos submete-se a princípios de contenção, fora dos quais, em se derramando, sufocaria a residência dos homens.

As águas se subordinam à intervenção das próprias criaturas humanas, de modo a fecundarem o solo, nos mais diversos climas e regiões. Mestra da obediência, a árvore permanece no lugar em que foi situada e serve incessantemente sem perguntar.


Pensa nisso e não fujas das obrigações que a vida te confia, a pretexto de seguir os costumes ilógicos e desconcertantes a que muitos setores da atualidade terrestre pretendem nomear como sendo renovação. A renovação legítima se nos verifica no âmago do espírito com vistas ao nosso próprio burilamento no mundo interior.


Obediência para o bem é dever a cumprir. Compromisso com a desordem é subversão.

Faze de ti mesmo o melhor que possas.

Aceita os imperativos de serviço aos quais a vida te chama e o futuro te mostrará que construíste em ti mesmo a vitória da luz.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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