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Capítulo XXV

Doações espirituais


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O LIVRO DOS ESPÍRITOS —

Feliz daquele que destaca uma parcela do que possui, a benefício dos semelhantes!

Bem-aventurado aquele que dá de si próprio!

Através de todos os filtros do bem, o amor é sempre o mesmo, mas, enquanto as dádivas materiais, invariavelmente benditas, suprimem as exigências exteriores, as doações de espírito interferem no íntimo, dissipando as trevas que se acumulam no reino da alma.

Dolorosa a tortura da fome, terrível a calamidade moral.

Divide o teu pão com as vítimas da penúria, mas estende fraternas mãos aos que vagueiam mendigando o esclarecimento e o consolo que desconhecem. Não precisas procurá-los, de vez que te cercam em todos os ângulos do caminho… São amigos e por vezes te ferem com supostas atitudes de crueldade, quando apenas te esmolam conforto, comunicando-te, em forma de intemperança mental, as chamas de sofrimento que lhes calcinam os corações; categorizam-se por adversários e criam-te problemas, não por serem perversos, mas porque lhes faltam ainda as luzes do entendimento; aparecem por pessoas entediadas, que dispõem de todas as vantagens humanas para serem felizes, mas a quem falta uma voz verdadeiramente amiga, capaz de induzi-las a descobrir a tranquilidade e a alegria, através da sementeira das boas obras; surgem na figura de criaturas consideradas indesejáveis e viciosas, cujo desequilíbrio nada mais é que a expectativa frustrada do amparo afetivo que suplicaram em vão!…

Para atender aos que carecem de apoio físico, é preciso bondade; no entanto, para arrimar os que sofrem necessidades da alma, é preciso bondade com madureza.

Se já percebes que nem todos estamos no mesmo degrau evolutivo, auxilia com a tua palavra ou com o teu silêncio, ou com o teu gesto ou com a tua decisão no plantio da união e da concórdia, da esperança e do otimismo, no terreno em que vives!…

Compreender e compreender para a sustentação da lavoura do bem que se cobrirá de frutos para a felicidade geral.

Não te digas em solidão para fazer tanto… Refletindo em nossos deveres, ante as doações espirituais, lembremo-nos de Jesus. Nos dias de fome da turba inquieta, reunia-se o Divino Mestre com os amigos para beneficiar a milhares; entretanto, na hora do extremo sacrifício, quando lhe cabia socorrer as vítimas da ignorância e do ódio, da violência e do fanatismo, ele sozinho fez o donativo de si mesmo, em favor de milhões.



(Psicografia de Francisco C. Xavier)


TEMAS ESTUDADOS NESTE E NO PRÓXIMO CAPÍTULO

Aparência e realidade — Bondade e madureza de espírito — Caridade material e caridade moral — Compreensão e felicidade —Dádivas — Esportes da alma



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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