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Capítulo XLVII

Deus e caridade


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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO —
O LIVRO DOS ESPÍRITOS —

Por longos e tortuosos caminhos, temos procurado a integração com Deus. Existências múltiplas atravessamos, forças enormes despendemos…

Julgávamos estivesse nele a egolatria dos tiranos coroados e inventamos processos de adoração com que lhe granjeássemos a simpatia;

supúnhamos homenagear-lhe a grandeza com o fausto dos ritos exteriores e erigimos palácios em que lhe ofertássemos o ouro e a púrpura, em forma de louvor;

acreditávamos que o Supremo Senhor quisesse dominar as criaturas pelo freio da violência e não hesitávamos em criar sistemas religiosos de opressão com que se dobrasse a cerviz de quantos não pensassem pela nossa cabeça;

admitíamos fosse ele ávido de honrarias e não vacilávamos consagrar-lhe sacrifícios sanguinolentos, à frente de símbolos com que lhe mentalizávamos a presença!…


Compadecendo-se de nossa ignorância, a Divina Providência deliberou enviar alguém que nos instruísse nos caminhos da elevação, e Jesus, o Sublime Governador do Planeta Terrestre, veio em pessoa explicar-nos que Deus não nos pede nem adulações e nem pompas, nem vítimas e nem holocaustos, e sim o coração inflamado de fraternidade, a serviço do bem, para que a Terra se abra, enfim, à glória e à felicidade do Seu Reino.

Por esse motivo, o Mestre, embora respeitasse as convicções dos seus contemporâneos, esmerou-se em ensinar-nos a união com Deus, acima de tudo, através do socorro aos necessitados, da esperança aos tristes, do amparo aos enfermos e do alívio aos sofredores de todas as procedências… Desde então, renovadora luz clareou o espírito das nações e a Humanidade começou a compreender que Deus, o Pai Justo e Misericordioso, a ninguém exclui de Sua Bênção e que a todos nos espera, hoje ou mais tarde, por filhos bem-amados, unidos na condição de verdadeiros irmãos uns dos outros.

É por isso que, em todos os países e em todas as crenças, em todos os templos e em todos os lares da Terra, onde se pratique realmente o Evangelho de Jesus, o culto à Providência Divina começa com a caridade primeiro.



(Psicografia de Francisco C. Xavier)


TEMAS ESTUDADOS NESTE E NO PRÓXIMO CAPÍTULO

Cultivo da fé raciocinada — Culto externo — Ensinamento do Cristo — Felicidade íntima — Influência do Evangelho — Na procura de Deus



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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