Capítulo XVI

No exame do bem


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Mal e bem!…

Vejamos alguns daqueles que são responsáveis pelo mal, conquanto, de algum modo, se relacionem com o bem:

os que falam bem e não agem bem;

os que vivem no bem de si, conscientemente foragidos do trabalho pelo bem dos outros;

os que apregoam o bem sem cultivá-lo;

os que se apresentam bem e não comportam bem;

os que acreditam no poder do bem e exploram o bem do poder;

os que se apoiam no bem do dinheiro, sem distribuir o dinheiro do bem;

os que destacam o bem da ciência e ridicularizam a ciência do bem;

os que identificam claramente o bem e não procuram o bem naquilo que enxergam e naquilo que escutam;

os que se instruem bem e não ensinam bem;

os que sabem onde se encontra o bem e não se dispõem a preservá-lo;

os que se afligem pelo bem-estar, segundo o conforto próprio, e não se preocupam em estar bem, conforme a justiça.

O mal que surge nos que desconhecem o bem é fruto da ignorância.

O mal verdadeiro, o mal que se consolida qual moléstia minaz no organismo do mundo, é sempre o resultado de nossas atitudes, quando conhecemos o bem e apontamos a necessidade do bem, sem vontade e sem coragem de praticá-lo.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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