Instrumentos do Tempo

Versão para cópia
Capítulo XXIX

Aprendamos servindo


Temas Relacionados:

Onde estiveres, faze claridade em ti mesmo, para que a treva desça de nível.

Só a luz desintegrará na Terra as cristalizações da sombra, em que a ignorância e a penúria tecem [escuro] ninho à inquietação e ao sofrimento.

Não te encarceres, porém, na feição unilateral do grande problema.

Educação, em boa síntese, é luz que circula vitoriosa do sentimento ao raciocínio, sustentando o equilíbrio entre o cérebro e o coração.


A Ciência constrói a Medicina.

A compreensão humana faz o médico.


As letras erguem o magistério.

A consagração ao ensino gera o professor.


A técnica estende os patrimônios da indústria.

O devotamento ao trabalho levanta os missionários do progresso.


A Teologia plasma a Religião.

As virtudes da fé, realmente vividas, erigem o pastor.


A Universidade lavra diplomas.

A escola do exemplo, nos testemunhos de elevação dentro da luta cotidiana, forma os verdadeiros servidores do mundo.


Não prescindimos da instrução.

Mas não honraremos o pensamento claro e nobre sem o acrisolamento moral.


A ideia esclarece.

O sentimento cria.

A palavra edifica.

O exemplo arrasta.


É por isso que Jesus, exalçando a sabedoria, não olvidou a prática do amor.


Aprendamos servindo.

Essa é a única fórmula capaz de reunir-nos ao Mestre que procuramos.


Muitos possuem ouro e prata…

Muitos detêm a cultura…

Muitos guardam a bondade…

Muitos dispõem do poder…

Mas não sabem acender a luz em si próprios, riqueza e inteligência, afetividade e dominação não lhes servem, por vezes, senão como vasto pedregulho no campo da experiência.


Entesoura, pois, no cérebro a ciência que te ilumina, mas inflama de amor o coração que te pulsa no peito, porque somente assim farás da própria vida a estrela de serviço e de fé, guiando-te a alma em triunfo para além das sombras que enxameiam nos valores da provação e da morte.




Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1970 pela FEB e é a 43ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

Este texto está incorreto?