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Capítulo XXXII

Auxiliemos


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Aprende a usar a bênção de amor que Jesus depositou em teu coração, sob a forma de conhecimento superior, a fim de que a Bondade Celeste não esteja brilhando em vão contigo.

Recorda que o Divino Médico não veio ao mundo para salvar os sãos. Assim sendo,

não lances o fel envenenado da crítica sobre as úlceras do teu irmão atribulado;

não arrojes combustível ao incêndio que lavra no templo doméstico do teu vizinho em provação;

não sondes com o espinho de tua curiosidade malevolente a chaga que intoxica o corpo doente do próximo, e nem projetes pó e cinza de malícia sobre os olhos enfermos dos semelhantes, a pretexto de convidá-los à defensiva…


Aprendamos, sobretudo, a ajudar…

A praça pública vive sempre repleta de juízes e observadores sem comiseração.

Em toda parte, sobram aqueles que se sentem dispostos a discutir, confundir, desconfiar e apedrejar…

É por isso que Jesus em nos enriquecendo a existência com a claridade dos seus inolvidáveis ensinamentos, conferiu-nos, acima de tudo, a tarefa do amor que ampara, compreende, auxilia e salva sem reclamar…


Em qualquer situação a que fores conduzido, em tua luta de cada dia, recorda que o Mestre nos aguarda, em todos os ângulos do trabalho, para que lhe interpretemos a bondade e a compaixão.

Usa a luz para diminuir as trevas.

Mobiliza o conhecimento elevado para atenuar a ignorância.

Gasta o sentimento, amolecendo as pedras espirituais do caminho.

Usa o silêncio da humildade e da fé viva para que o ruído ensurdecedor do mal não te requisite, igualmente, à perturbação.


O Mestre não nos chamou para vergastar as vítimas do sofrimento, mas sim para encorajá-las no rumo da própria redenção.

É por isso que Ele, o Supremo Orientador do Mundo, em se consagrando à Humanidade, preferiu a cruz do próprio sacrifício como a cátedra sublime dos seus ensinamentos para o nosso ingresso à ressurreição imperecível.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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