Instrumentos do Tempo
Versão para cópiaAtravés da reencarnação
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Fora melhor que não existissem na Terra pedintes e mendigos, na expectativa do agasalho e do pão.
Se é justo deplorar o atraso moral do planeta que ainda acalenta privação e necessidade, examinemos a nós mesmos, quando nos inclinamos para a ambição desvairada, e verificaremos que a penúria, através da reencarnação, é o ensinamento que nos corrige os excessos.
Fora melhor não víssemos mutilados e enfermos, suplicando alívio e remédio.
Se é compreensível lastimar as condições da estância física, que ainda expõe semelhantes quadros de sofrimento, observemos o pesado lastro de animalidade que conservamos no próprio ser e reconheceremos que sem as doenças do corpo, através da reencarnação, seria quase impossível aprimorar as faculdades da alma.
Fora melhor não enxergássemos crianças infelizes, suscitando angústia no lar ou piedade na via pública.
Se é natural comover-nos diante de problemas assim dolorosos, meditemos nos ódios e aversões, conflitos e contendas, que tantas vezes carregamos para além do sepulcro, transformando-nos, depois da morte, em Espíritos vingativos e obsessores, e agradeceremos às Leis Divinas que nos fazem abatidos e pequeninos, através da reencarnação, entregando-nos ao amparo e ao arbítrio daqueles mesmos irmãos a quem ferimos noutras épocas, a fim de que nós, carecentes de tudo na infância, até mesmo da comiseração maternal que nos alimpe e conserve o organismo indefeso, venhamos, por fim, a aprender que a Eterna Sabedoria nos ergueu para o amor imperecível na 5ida Triunfante.
Terra bendita! Terra, que tanta vez malsinamos nos dias de infortúnio ou nos momentos de ignorância, nós te agradecemos as dores e as aflições que nos ofereces, por espólio de nossos próprios erros, e rogamos a Deus nos fortaleça os propósitos de reajuste e aperfeiçoamento, para que, um dia, possamos retribuir-te, de algum modo, os benefícios que nos tens prodigalizado, por milênios de milênios, através da reencarnação!…
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1965 pela FEB e é a 61ª do livro “”
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