Instrumentos do Tempo
Versão para cópiaAnte a vida
Não há lugar em que nos vejamos sem algum benefício a prestar ou alguma coisa a fazer.
Seja qual seja a circunstância da estrada, aí encontramos a ocasião precisa para realizar o melhor.
Por isso mesmo, o tempo é o prodigioso indicador, descerrando-nos situações inesperadas ao dom de compreender e de auxiliar.
Ainda mesmo nas trilhas mais obscuras da prova ou da aflição, somos defrontados por ensejos valiosos de renovação e progresso.
Se te vês diante de rotinas deterioradas, conquanto a rotina seja abençoada escola de formação espiritual, é necessário reflitas nas possibilidades novas que se te descortinam à existência.
Se obstáculos te surgem, amontoados na senda, reconsidera as próprias atitudes e observa que haverá chegado o instante para mais alto aproveitamento de teus recursos, nos domínios da expressão de ti mesmo, ante a seara do mundo.
Imagina o que seria a experiência na Terra sem a lei da mudança.
Se a semente não fosse atirada à solidão, no seio da gleba, e se as árvores não renunciassem à posse dos próprios frutos, impossível seria acalentar a vida planetária. Se a infância não marchasse para a juventude e se a juventude não se dirigisse para a madureza, a evolução humana resultaria impraticável.
Quando te reconheças à bica do desespero ou do desânimo, ergue-te sobre os motivos de tristeza ou desalento e contempla os quadros da Natureza em torno. Novos minutos se despencam do coração das horas em teu benefício; dezenas e centenas de criaturas aparecem por todos os flancos, a te endereçarem sorrisos de esperança; tarefas múltiplas te pedem devotamento e os dias sempre renovados te apontam o Céu, de horizonte a horizonte, como sendo imensa porta libertadora, através da qual, em cada manhã, a Sabedoria do Senhor te convida, sem palavras, a recomeçar e progredir, trabalhar e viver.
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1972 pelo IDE e é a 49ª lição do livro “”
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