Instrumentos do Tempo
Versão para cópiaCAPÍTULO XLI - VOLTARÁS AMANHÃ
Emmanuel
Não repouses na gleba de possibilidades que o Divino Amor te confiou no coração da Ter
Voltarás amanhã para colher o que hoje semeias.
Ninguém te pede milagres de santidade num dia.
A árvore vigorosa não cresceu de improviso.
A cidade em que renasceste não se levantou de repente.
Tudo se desenvolve, minuto a minuto. . .
A vida impõe-te "agora" as consequências do "antes".
Somos hoje no espaço e no tempo, a projeção do que fomos. . .
Se a dor é a tua mestra constante, agradece-lhe o serviço e aprende a lição. Ela é o recurso invisível com que a Bondade do Senhor te arrebata ao labirinto das sombras de ti mesmo.
Se recebeste alguma facilidade para atravessar, com êxito, a escura região terrestre, não te confies à preguiça ou à vaidade, para que o sofrimento não seja convidado a desintegrar a gelada neblina em que te sepultarás sem perceber.
Não te esqueças.
A oportunidade passa, mas a luta adiada volta sempre.
Amanhã reencontrar-te-ás contigo mesmo, na paisagem que o mundo te oferece, nos ideais que esposas, nos trabalhos confiados à tua mão ou na pessoa do próximo que honras ou menosprezas. . .
Cumpramos, agora, os nossos iluminados deveres à face da Lei. Convertamos nossa experiência pessoal em serviço a todos, transformando as horas, que Deus nos empresta, em bênçãos de utilidade, beleza, graça e harmonia e o futuro constituir-se-á para nossa alma em abençoado e celeste caminho de ascensão.
Não critiques destruindo.
Não julgues o mal por mal.
Não firas a ninguém.
Não revides os golpes da sombra para que te não demores nas malhas da treva.
Não retribuas ofensa por ofensa, amargura por amargura, incompreensão por incompreensão.
Ama, auxilia e passa, e, quando regressares à Terra, amanhã, o mundo receberá teus pés, em chuva de bênçãos.