Instrumentos do Tempo
Versão para cópiaAbençoemos sempre
Nunca estimular o mal onde o mal apareça, mas reconhecer que não adianta condenar-lhe as vítimas a pretexto de corrigi-las.
Enumeremos algumas razões em apoio da afirmativa:
somos Espíritos eternos atuando na sustentação do Universo e respondendo invariavelmente pelos próprios atos, em função do próprio aperfeiçoamento;
a condenação não trará o mínimo proveito à pessoa em desequilíbrio cujos conflitos e necessidades da vida íntima claramente desconhecemos;
se um companheiro surge vinculado à delinquência, a pancada verbal logrará unicamente aprofundar-lhe as chagas mentais da culpa;
se desejamos auxiliar alguém confessadamente em erro, apontar esse alguém ao escárnio ou à censura dos outros, será tão somente agravar-lhe as dificuldades e humilhações;
maldizer é afastar e destruir, ao invés de unir e melhorar, acabando semelhante atitude por transformar-se no método infeliz de gerar obstáculos e deteriorar relações.
Com estes enunciados, não aspiramos a dizer que se deve aprovar tudo ou tudo aceitar, quando observamos o engano tentando sobrepor-se à realidade. Importante, porém, considerar que, entre nós, os Espíritos em evolução na coletividade terrestre, não encontramos ainda aqueles que se fizeram absolutos no bem, tanto quanto não surpreendemos aqueles outros que hajam descido ao absoluto no mal.
Não existem criaturas nas quais não consigamos identificar o lado nobre, o ângulo mais claro, o tópico da esperança ou a boa parte.
Em todas as formações do mal, valorizemos os germes do bem e prestigiemos os restos do bem onde estiverem, abençoando sempre todas as criaturas, a fim de que possamos ganhar a paz na guerra dos problemas de cada dia, de vez que condenar será sempre o melhor processo de perder.
Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 7.
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