Capítulo XVIII

Obediência


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O Universo é todo uma sinfonia de obediência, garantindo os objetivos da evolução.

Obedece o sol aos princípios do grupo estelar a que se ajusta.

Obedece a Terra as leis em que se equilibra.

Obedece a árvore na provisão do celeiro.

Obedece a fonte nas tarefas do reconforto.

Obedece a nuvem no firmamento.

Obedece o verme no subsolo.


O Supremo Senhor concedeu ao homem a flama da razão para o concurso consciente na sua Obra Divina e não para o abuso da liberdade.

Ninguém perca tempo, rogando orientação aos próprios passos no mundo.

Da Esfera Superior, culminando no Evangelho do Cristo, em todos os templos, fluem ensinamentos e avisos, advertências e instruções, mensagens e apelos, relacionando os artigos da Lei, concitando-nos todos ao Bem Eterno.

Falta-nos simplesmente a necessária disposição à obediência incansável, de cujo exercício decorrerá nossa própria integração na máquina do progresso em ascensão para a verdadeira felicidade.

Muita vez, há quem se desmande no desespero e na injúria, à frente da irresponsabilidade, como se escárnio e blasfêmia fossem remédio para a cura do mal.

Todavia, o cristão fiel sabe que foi chamado para aprender e servir e, por isso mesmo, é companheiro das vítimas da sombra sem a ela render-se.

E amando e ajudando sem repousar, converte-se em refletor cristalino do Mestre que procuramos, cuja glória na obediência perfeita é todo um poema de amor, da simplicidade da Manjedoura aos sofrimentos da Cruz.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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