Justiça Divina

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Capítulo X

Viverás para sempre


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Reunião pública de 20-2-1961.

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Meditando na morte, honra, servindo, a estância carnal em que te hospedas por algum tempo.

Nela, descobrirás com frequência

os que fazem ironia, em torno da fé;

os que se referem à virtude, como sendo uma farsa;

os que falam de corrida ao poder, calcando aos pés o coração dos semelhantes;

os que zombam da lealdade e os que improvisam redutos de fantasioso prazer, argamassando-os com o pranto das viúvas e dos órfãos.

Não te padronizes pelo figurino moral que apresentam, porquanto, qual acontece contigo, ainda que não queiram, permanecem de viagem, na Terra, e cada um prestará contas de si próprio, no momento oportuno.


Se a semente conseguisse ouvir-nos, acerca da valiosa tarefa de que se incumbirá na alimentação do povo, quando estiver convertida em árvore, talvez nos recusasse os vaticínios, e se a lagarta pudesse escutar-nos sobre a futura condição que a espera, dentro da qual volitará no espaço com asas de borboleta, provavelmente nos interpretaria por loucos.

Não te molestem, assim, as considerações pueris dos irmãos nossos que procuram transformar a vida terrena em floresta de impulsos selvagens, gastando a existência em caça e pesca de emoções inferiores.

Persiste na reta consciência e faze o teu melhor.

Dos Planos Superiores, os amigos que te antecederam na Pátria Espiritual

acompanham-te os triunfos ignorados pelos homens e abençoam-te o suor da paciência nas lutas necessárias;

encorajam-te na causa do amor puro e sustentam-te as energias para que as tuas esperanças não desfaleçam;

comungam-te as alegrias e as dores, ensinando-te a semear a felicidade dos outros para que recolhas a felicidade maior;

se tropeças, estendem-te os braços e, se choras, enxugam-te as lágrimas;

sobretudo, esperam-te, confiantes, quando termines a tarefa, para te abraçarem, afetuosos, com a alegria de quem recebe um companheiro querido, de volta ao lar.


Persevera no bem, sabendo que viverás para sempre.

E se te sentires sozinho na fé, lembra-te de Jesus.

Um dia, ele esteve abandonado e crucificada no alto de uma colina, contemplando amigos desertores e algozes gratuitos, beneficiários ingratos e adversários inconscientes… Na conceituação humana, estava plenamente sozinho; contudo, ele com Deus e Deus com ele formavam maioria, ante a multidão desvairada.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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