Justiça Divina
Versão para cópiaVirtude solitária
Reunião pública de 30-1-1961.
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Há quem deseje tranquilidade ideal na Terra, com a pretensão de fugir ao erro.
Casa branca no aclive da serra, com o vale rente.
Fontes claras, correndo perto, e jardim florido.
Clima doce e perfume da natureza.
Nenhum aborrecimento. Nenhum cuidado.
Falta alguma. Problema algum.
Solidão saborosa em que o morador consiga estirar-se, inerte, em poltronas e redes.
No entanto, é no trato da luta que as forças se enrijam e as qualidades se aperfeiçoam.
Considerando-se que o mal é a experiência inferior nos quadros da experiência mais nobre, é no serviço do amparo mútuo e da tolerância recíproca que havemos de transformá-lo em bem duradouro, como se tomássemos as nossas próprias sombras de ontem para convertê-las na luz de hoje.
Livres, estamos interligados perante a Lei, para fazer o melhor, e, escravizados aos compromissos expiatórios, estaremos acorrentados, uns aos outros, no instituto da reencarnação, segundo a Lei, para anular o pior que já foi feito por nós mesmos, nas existências passadas.
Ninguém progride sem alguém.
Abençoemos, assim, as provações que nos abençoam.
Trabalho é ascensão.
Dor é burilamento.
Toda adversidade avisa,
todo sofrimento instrui,
todo pranto lava,
toda dificuldade esclarece
e toda crise seleciona.
Virtude solitária é pão na vitrine.
Competência no palanque é usura da alma.
Todos somos alunos na escola da vida. E ninguém consegue aprender, sem dar a lição.
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