Justiça Divina
Versão para cópiaO lugar do Paraíso
Reunião pública de 1-9-1961.
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Para além do mais além, espraia-se o Universo infinito, em todas as direções.
O homem terrestre já mentaliza Vênus e Marte, Júpiter e Saturno, lares pendentes do colo maternal do Sol que nos anima, por territórios atingíveis.
Não nos referiremos em página tão simples à estatística dos milhões de quilômetros que separam os grandes mundos entre si. Recordemos tão só que a galáxia em que respiramos agora, dentro da qual a nossa Terra pode ser comparada a uma laranja no Oceano Pacífico, dista da galáxia mais próxima centenas de anos-luz. E, compreendendo-se que um ano-luz representa mais de nove trilhões de quilômetros, já que a luz se projeta com a velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo, é fácil imaginar a grandeza da Criação.
Temos, desse modo, a enxamearem, nas vastidões do Cosmo, sóis e planetas incontáveis, todos eles vinculados às pluriformes Esferas espirituais em que se continuam. Aí, aglutinam-se, funcionam, desintegram-se e refazem-se mundos de todas as condições, no incessante quimismo dos elementos.
Mundos — santuários…
Mundos — escolas…
Mundos — sementeiras…
Mundos — searas…
Mundos — desertos…
Mundos — jardins…
Mundos — hospitais…
Mundos — penitenciárias…
Mundos — oficinas…
Mundos — museus…
Alma que te purificas na Terra, diante de tamanha magnificência, não menoscabes, porém, a tua glória celeste.
No círculo da dor e da experiência, guardas contigo o gérmen da Divindade. Criatura consciente, mais que todas as soberbas formações dos Planos de matéria transitória, encerras o eterno pensamento do Criador!
Lutemos e soframos, por aperfeiçoar e aformosear a nós mesmos, nascendo sob o teto da carne e renascendo nos reinos do Espírito, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, até que, um dia, aliando a sabedoria e o amor, por nossas próprias asas, possamos remontar ao Coração da Vida, carregando o paraíso no coração.
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