Justiça Divina

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Capítulo LV

O lugar do Paraíso


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Reunião pública de 1-9-1961.

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Para além do mais além, espraia-se o Universo infinito, em todas as direções.

O homem terrestre já mentaliza Vênus e Marte, Júpiter e Saturno, lares pendentes do colo maternal do Sol que nos anima, por territórios atingíveis.

Não nos referiremos em página tão simples à estatística dos milhões de quilômetros que separam os grandes mundos entre si. Recordemos tão só que a galáxia em que respiramos agora, dentro da qual a nossa Terra pode ser comparada a uma laranja no Oceano Pacífico, dista da galáxia mais próxima centenas de anos-luz. E, compreendendo-se que um ano-luz representa mais de nove trilhões de quilômetros, já que a luz se projeta com a velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo, é fácil imaginar a grandeza da Criação.


Temos, desse modo, a enxamearem, nas vastidões do Cosmo, sóis e planetas incontáveis, todos eles vinculados às pluriformes Esferas espirituais em que se continuam. Aí, aglutinam-se, funcionam, desintegram-se e refazem-se mundos de todas as condições, no incessante quimismo dos elementos.

Mundos — santuários…

Mundos — escolas…

Mundos — sementeiras…

Mundos — searas…

Mundos — desertos…

Mundos — jardins…

Mundos — hospitais…

Mundos — penitenciárias…

Mundos — oficinas…

Mundos — museus…


Alma que te purificas na Terra, diante de tamanha magnificência, não menoscabes, porém, a tua glória celeste.

No círculo da dor e da experiência, guardas contigo o gérmen da Divindade. Criatura consciente, mais que todas as soberbas formações dos Planos de matéria transitória, encerras o eterno pensamento do Criador!

Lutemos e soframos, por aperfeiçoar e aformosear a nós mesmos, nascendo sob o teto da carne e renascendo nos reinos do Espírito, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, até que, um dia, aliando a sabedoria e o amor, por nossas próprias asas, possamos remontar ao Coração da Vida, carregando o paraíso no coração.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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