Justiça Divina
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Reunião pública de 24-3-1961.
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Asseveras não haver praticado o mal; contudo, reflete no bem que deixaste à distância. Não permitas que a omissão se erija em teu caminho, por chaga irremediável.
Imagina-te à frente do amigo necessitado a quem podes favorecer. Não te detenhas a examinar processos de auxílio. É possível que amanhã não mais consigas vê-lo com os olhos da própria carne.
Supõe-te ao pé do companheiro sofredor, a quem desejas aliviar. Não demores o socorro preciso. É provável que o abraço de hoje seja o início de longo adeus.
Não adies o perdão, nem atrases a caridade. Abençoa, de imediato, os que te firam com o rebenque da injúria, e ampara, sem condições, os que te comungam a experiência.
Se teus pais, fatigados de luta, são agora problemas em teu caminho, apoia-os com mais ternura.
Se teus filhos, intoxicados de ilusão, te impõem dores amargas, bendize-lhes a presença.
Se o trabalho espera por tuas mãos, arranja tempo para fazê-lo.
Se a concórdia te pede cooperação, não retardes o atendimento.
Não percas a divina oportunidade de estender a alegria.
Tudo o que enxergas, entre os homens, usando a visão física, é moldura passageira de almas e forças em movimento.
Faze, em cada minuto, o melhor que puderes.
Seja qual for a dificuldade, não desertes do amor que todos devemos uns aos outros. E se recebes, em troca, pedra e ódio, vinagre e fel, sorri e auxilia sempre, porque é possível estejas ainda hoje, na Terra, diante dos outros, ou os outros diante de ti pela última vez.
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