Justiça Divina

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Capítulo XXXIV

Lugar depois da morte


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Reunião pública de 29-5-1961.


Muitas vezes perguntas, na Terra, para onde seguirás, quando a morte venha a surgir…

Anseias, decerto, a ilha do repouso ou o lar da união com aqueles que mais amas…

Sonhas o acesso à felicidade, à maneira da criança que suspira pelo colo materno…

Isso, porém, é fácil de conhecer.

Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações:

nos compromissos do plano familiar;

nas responsabilidades da vida pública;

no campo dos negócios materiais;

na luta pelo próprio sustento…


O dever, no entanto, é impositivo da educação que nos obriga a parecer o que ainda não somos, para sermos, em liberdade, aquilo que realmente devemos ser.

Não olvides, assim, enobrecer e iluminar o tempo que te pertence.


Não nos propomos nivelar homens e animais; contudo, numa comparação reconhecidamente incompleta, imaginemos seres outros da natureza trazidos ao regime do Espírito encarnado na Esfera Física.

O cavalo atrelado ao carro, quando entregue ao descanso, corre à pastagem, onde se refocila na satisfação dos próprios impulsos.

A serpente, presa para cooperar na fabricação de soro antiofídico, se for libertada, desliza para a toca, onde reconstituirá o próprio veneno.

O corvo, detido para observações, quando solto, volve à imundície.

A abelha, retida em observação de apicultura, ao desembaraçar-se, torna, incontinenti, à colmeia e ao trabalho.

A andorinha engaiolada para estudo, tão logo se veja fora da grade, voa no rumo da primavera.

Se desejas saber quem és, observa o que pensas, quando estás sem ninguém; e se queres conhecer o lugar que te espera, depois da morte, examina o que fazes contigo mesmo nas horas livres.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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