Justiça Divina

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Capítulo LXIII

Fogo mental


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Reunião pública de 6-10-1961.

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Fogo íntimo!… As consciências insensibilizadas no crime só lhe sentem as chamas quando as entranhas do espírito se lhe contorcem ao peso; todavia, basta ligeira falta cometida para que as almas retas lhe sofram as labaredas…

Figura-se látego mortífero, em agitação permanente, conquanto retido no coração, imobilizando o pensamento no desespero.

Agrava-nos a inferioridade, devora-nos o tempo, dilapida-nos a esperança, consome-nos as forças.

É como se, depois de atacar a alguém, viéssemos a tombar no recesso de nós mesmos, confundidos pelas pancadas que desferimos nos outros…

O remorso é esse fogo mental, diluindo a existência em suplício invisível.

Foge, assim, de ofender, pois, embora o perdão se erija qual remédio eficaz, na Misericórdia Divina, para as doenças que levianamente criamos, é da própria Lei que, ao ferirmos alguém, caiamos, por nossa vez, inevitavelmente entregues aos resultados de nossos golpes, a fim de que sejamos também feridos.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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