Lira Imortal

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Capítulo XXII

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Nos sublimes impérios deslumbrantes,

Do mistério das zonas subjetivas,

Em transubstanciações definitivas,

Vive a matéria em células radiantes.


Expressões fenomênicas, constantes,

Nas eternas ações das forças vivas,

Desde a treva das noites primitivas

Dos eternos princípios inquietantes.


Em todos os fenômenos profundos

Dos mecanismos físicos dos mundos

A matéria é a expressão primordial,


Dentro do seu aspecto transitório,

Sob a função passiva de envoltório

Das essências do espírito imortal.




Augusto dos Anjos
Francisco Cândido Xavier

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