Mediunidade E Sintonia

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Capítulo I

Árvores humanas

“Assim toda a árvore boa dá bons frutos; e a má árvore dá maus frutos.” — JESUS (Mt 7:17)


O texto evangélico, ante a luz da Doutrina Espírita, não se refere aos médiuns categorizando-os por fachos ou estrelas, anjos ou santos.

Com muita propriedade, reporta-se a eles como sendo árvores frutíferas.

E sabemos, à saciedade, que as árvores produzem segundo a própria espécie.

Não vivem sem irrigação e sem adubo; entretanto, o excesso de uma e outro pode perdê-las.

Em verdade, não prescindem do cuidado e do carinho de cultivadores atentos; contudo, se obrigam a tolerar vento e chuva, canícula e tempestade.

São abençoadas por ninhos e melodias de pássaros amigos; todavia, suportam pragas que por vezes lhes carcomem as forças e pancadas de criaturas irresponsáveis que lhes furtam lascas e flores.

Registram a gratidão das almas boas que lhes recolhem o favor e a utilidade, mas aguentam o assalto de quantos lhes tomam a golpes de violência ramos e frutos.

E, conquanto estimáveis aos pomicultores, que lhes garantem a existência, são submetidas por eles mesmos à poda criteriosa e providencial, com vistas ao rendimento e melhoria da produção.

Assim também são os médiuns da Terra, postos no solo da experiência para a extensão do bem de todos.

E anotemos que, semelhantes às árvores preciosas, todos eles, por muito dignos, como sucede a qualquer criatura humana, se elevam em pensamento no rumo do Céu, conservando, porém, os próprios pés nas dificuldades e deficiências do chão.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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Mateus 7:17

Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.

mt 7:17
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