Mãos Unidas

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Capítulo III

Diante do bem


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Bem

Diante de cada dia que surge, reflitamos na edificação do bem a que somos chamados.

Para isso, comecemos abençoando pessoas e acontecimentos, circunstâncias e cousas, para que o melhor se realize.


De princípio costumam repontar no cotidiano os problemas triviais do instituto doméstico. Habitualmente aparece o assunto palpitante da hora, solicitando-nos atenção. Saibamos subtrair-lhe a sombra provável projetando nele a réstia de luz que sejamos capazes de improvisar.


Logo após, de imediato, estamos quase sempre defrontados pelos contratempos de ordem familiar. Renteando com eles, usemos o verbo calmante e conciliador para que as engrenagens do lar funcionem lubrificadas em bálsamo de harmonia.


Mais adiante é o grupo de trabalho com os pontos fracos à mostra. Abracemos, com paciência e alegria as tarefas excedentes que se nos imponha, esquecendo essa ou aquela falha dos companheiros e trazendo à nós sem queixa ou censura a obrigação que ficou por fazer.


Em seguida é o campo vasto das relações, com as surpresas menos felizes que sobrevenham: o amigo modificado, a trama da incompreensão, a atitude mal interpretada, o irmão que se vai para longe de nós…

A cada ocorrência menos agradável procuremos responder com os nossos mais altos recursos de entendimento, justificando o amigo que se transforma, desfazendo sem mágoa o emaranhado das trevas, removendo equívocos em pauta e apoiando o colega que se afasta, oferecendo-lhe a íntima certeza com referência à continuidade de nossa estima.


Tudo o que existe é peça da vida e se aqui ou além, a deficiência aparece, isso significa que a obra do bem, nessa ou naquela peça da vida está pedindo a nossa colaboração a fim de que lhe doemos o pedaço de bem, que porventura ainda lhe falte.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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