Capítulo XII

Perdão no tempo


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Nos primeiros tempos do Cristianismo e, ainda hoje, o perdão, significando magnanimidade do credor, quase sempre foi, e continua sendo, considerado unicamente por virtude.

Com o tempo, no entanto, a civilização, embora criando nova terminologia, adotou o ensinamento de Jesus, aplicando-o, sob denominações diversas, na condição de ingrediente inarredável do êxito, em qualquer empreendimento.

Abrangendo o próprio comércio, o perdão é praticado em todos os processos de relacionamento entre as criaturas, bastando se lhe observe o conteúdo sob outra vestimenta verbal.

Chama-se:

“liberação”, nas ciências psicológicas;

“moratória”, nas lides bancárias;

“paciência”, no instituto da família;

“aceitação”, nas crises e tribulações que, porventura, repontem do cotidiano; e

“cortesia” na movimentação dos negócios.


Sem a disposição de atendimento generoso às necessidades dos outros, de modo a livrá-los por antecipação de quaisquer problemas, ante a lei de causa e efeito, é até mesmo desaconselhável se responsabilize alguém por essa ou aquela iniciativa que pretenda beneficiar a vida comunitária.

Recordemos Jesus (Mt 18:21) e verificaremos que para sustentar a própria segurança, preservar a respeitabilidade do próprio nome, resguardar a harmonia no campo doméstico e mesmo para conservar cooperadores e amigos, é imperioso se cultive a tolerância diariamente, não uma só vez, mas setenta vezes sete vezes.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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Mateus 18:21

Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

mt 18:21
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