Religião dos espíritos

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Capítulo XLVI

Trabalha servindo


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Reunião pública de 26 de Junho de 1959

de “O Livro dos Espíritos”


A cada momento, o Criador concede a todas as criaturas a bênção do trabalho, como serviço edificante, para que aprendam a criar o bem que lhes cria luminoso caminho para a glória na Criação.

Não permitas, portanto, que o repouso excessivo te anule a divina oportunidade.

Assim como o relaxamento é ferrugem na enxada, a benefício do joio que te prejudica a seara, o tempo vazio é flagelo na alma, em favor das energias perniciosas que devastam a vida.

Não há corrosivo da ociosidade que possa resistir aos antídotos da ação.

Não acredites, desse modo, no poder absoluto das circunstâncias adversas, a se mostrarem, constantes, nos eventos da marcha.

Se a injúria te persegue, trabalha servindo, e o sarcasmo far-se-á reconhecimento.

Se a calúnia te apedreja, trabalha servindo, e a ofensa converter-se-á em louvor.

Se a mágoa te alanceia, trabalha servindo, e a dor erguer-se-á por utilidade.

Se o obstáculo te aborrece, trabalha servindo, e o embaraço surgirá por lição.

No trabalho em que possas fazer o melhor para os outros, encontrarás a quitação do passado, as realizações do presente e os créditos do futuro. E é ainda por ele que conquistarás o respeito dos que te cercam, a riqueza da experiência, a láurea da cultura, o tesouro da simpatia, a solução para o tédio e o socorro a toda dificuldade.

Importa anotar, porém, que há trabalho nas faixas superiores e inferiores do mundo.

Movimento que aprisiona e atividade que liberta, atração para o abismo e impulso para o Céu…

O egoísmo trabalha para si mesmo.

A vaidade trabalha para a ilusão.

A usura trabalha para o azinhavre.

O vício trabalha para o lodo.

A indisciplina trabalha para a desordem.

O pessimismo trabalha para o desânimo.

A rebeldia trabalha para a violência.

A cólera trabalha para a loucura.

A crueldade trabalha para a queda.

O crime trabalha para a morte.

Todas essas monstruosidades do campo moral representam fruto amargo e venenoso de audiências da alma com a inteligência das trevas, no palácio deserto das horas perdidas.

Todavia, o trabalho dos que trabalham servindo chama-se humildade e benevolência, esperança e otimismo, perdão e desinteresse, bondade e tolerância, caridade e amor, e, somente através dele, o Espírito caminha, na senda de ascensão, em harmonia com as leis de Deus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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