Seara dos Médiuns

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Capítulo LXV

Obrigação primeiramente


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Reunião pública de 5 de Setembro de 1960

de “O Livro dos Médiuns”


Faze da mediunidade o instrumento com que possas desferir, entre as criaturas irmãs, o teu hino de amor. Entretanto, não lhe situes os acordes em leilão.

Quanto o sol, que não negocia com a própria luz, o Espírito não mercadeja com os próprios sentimentos.

Se a vaidade te exagera o valor, pensa um pouco e reconhecerás que a vida, junto de ti, pode suscitar a formação de valores novos que te lancem todas as possibilidades em plena sombra. E quando a ambição busque elevar-te à galeria de ouro, reflete na agonia mental de todos aqueles que descem da galeria de ouro para a névoa da morte.

Mediunidade é talento divino nas tuas mãos e a Divina Bondade nunca se vende.

Se pudéssemos definir Deus, seria lícito repetir que Deus é amor e o amor é trabalho do bem por todas as direções.

O trabalho, desse modo, é o alicerce da existência produtiva, assim como a raiz é o fundamento da árvore.

Se alguém disser que é necessário abandones as tuas tarefas a fim de que haja virtude no caminho do próximo, enredando-te ao ruído ou à festividade que a tua presença consiga criar onde estejas, não te esqueças que o Cristo pagou, em acerba renunciação, a própria fidelidade ao Supremo Senhor, na prestação de serviço aos homens.

Pregação sem exemplo é cheque sem fundos.

Angaria o teu sustento, com a disciplina da alma e o suor do rosto, e cede ao intercâmbio espiritual o tempo que lhe possas consagrar por oferta de ti mesmo.

Não te rendas a ilusões, nem te creias maior.

Além do manancial, corre a fonte; além da fonte, vem o córrego; além do córrego, desponta o riacho; além do riacho; aparece o rio e, além do rio, surge o mar.

Primeiro, a obrigação que nos purifique. E, depois da obrigação, entrega à mediunidade aquilo que lhe possas doar espontaneamente, sem qualquer tisna de interesse inferior, como sendo a tua quota de esforço puro na obra do bem geral.

Não importa seja pouco. O maior edifício começa tijolo a tijolo. Por mais negra a escuridão, fina réstia de luz rompe a força das trevas.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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