Semeador em Tempos Novos
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Antes de analisar a alheia conduta, observa, em sã consciência, o que fazes.
Sem dúvida, não é somente o usurário que encadeia o ouro à febre da própria ambição quem menospreza os dons que o Senhor lhe confere.
Tudo é riqueza do Criador no campo da Natureza e todos os tesouros da vida se abrem, generosos, à frente de nossas necessidades, quando na oficina terrestre, para garantir-nos o bem-estar.
Aqui, é a fonte que aplaca a sede, ali, é o fruto que mitiga a tortura da fome.
Adiante, é a árvore que se ufana no sacrifício para que o lar nos reconforte, mais além, é a erva frágil que nos propina remédio.
Tudo, em torno de ti, é ânsia de doação, auxílio, fraternidade, concurso e amor…
Pergunta a ti mesmo o que fazes da bênção que a Bondade Infinita te situa nas mãos, em cada instante do dia.
Ninguém é tão pobre que não possa auxiliar com um sorriso de paz ou com uma frase de estímulo.
E, muitas vezes, vale mais o gesto de carinho que renova as energias do viajor à procura de pão, que um fardo de ouro a empecer-lhe a marcha, por pesar-lhe excessivamente nos ombros.
Não te esqueças que o tempo conta os minutos para todos em igualdade de circunstâncias e a Justiça Divina que to emprestou, no curto estágio da experiência humana, em cessando o teu ensejo de aprendizagem no carro físico, naturalmente, indagará de tua alma o que fizeste do santuário doméstico, dos laços familiares, do círculo dos amigos, das cintilações do raciocínio, dos títulos e recursos que, soberana e bondosa, te confiou.
Não olvides que o corpo equilibrado, ainda e sempre, é a fortuna que ultrapassa os cofres recheados de todos os Cresos do mundo, porque através dele podes arar o solo, pensar em auxílio aos outros, caminhar para socorrer e embalar o berço de alguma criança pobre, a quem Deus reserva glorioso futuro.
Não te percas examinando a consciência do irmão que recebeu a prova difícil do dinheiro farto e quase sempre infeliz.
Centraliza a atenção em ti próprio e estendamos as nossas forças na construção do bem, guardando a certeza de que todos somos ricos de inteligência e de amor para servir com segurança na Obra Eterna de Deus.
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