Sexo e Obsessão
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Liberdade e vida
À medida que os convidados foram conduzidos a regiões próprias em nossa Esfera de ação, e Mauro foi levado por dona Martina de retorno ao corpo, que se encontrava em repouso, o irmão Anacleto, Dr. Bezerra de Menezes, madre Clara de Jesus, nós outros, Dilermando e o médium Ricardo, dirigimonos ao amplo salão que albergava a comitiva do marquês. Embora se encontrassem em relativo silêncio, sentia-se a ansiedade que reinava no ambiente. Alguns expositores espirituais tentaram manter o clima psíquico apresentando dissertações do Evangelho, que não eram levadas na devida consideração, o que gerara certo mal-estar entre todos. Alguns deles, com aparência bizarra, movimentavam-se inquietos, aguardando qualquer ocorrência, como se estivessem preparados para alguma reação, que pensavam seria necessária.
Do lado de fora, onde ficaram algumas centenas que não tiveram acesso à Instituição, face ao estado de zoantropia e de excentricidades vulgares em que se travestiram, a algazarra e o deboche se misturavam, enquanto canções de baixo conteúdo moral eram exaltadas entre gritos e blasfêmias.
A sala encontrava-se iluminada e, à sua volta, internamente, diversos Espíritos que mourejavam na 1nstituição encontravam-se a postos em atitude de bondade, mas também expressando energia e vigor, a fim de que nenhuma desordem assinalasse a atividade em andamento.
Na parte do fundo do salão havia um balcão, que funcionava como mesa diretora, em torno da qual sentamo-nos e, ante a aquiescência de madre Clara de Jesus, o irmão Anacleto dirigiu-se à turbamulta, explicando que o marquês de Sade encontrava-se impossibilitado de comparecer àquele ato, mas que tivessem um pouco de paciência, a fim de que fossem finalizadas as atividades espirituais em desenvolvimento.
A seguir, o médium Ricardo, visivelmente inspirado, assomou à tribuna, e com voz bem modulada começou a falar:
– Irmãos do sofrimento! Que Jesus permaneça conosco neste e em todos os momentos das nossas vidas! Falo-vos sob inspiração da Verdade, aqui representada pelos Mensageiros do Mundo Maior, embora ainda encarcerado no corpo físico, a fim de que possais aquilatar o valor desta oportunidade, no direcionamento adequado das vossas vidas em relação ao futuro. Somos Espíritos eternos, que a morte não consome nem os disparates aniquilam.
Iniciada a nossa jornada de evolução, não há mais como recuar ou parar indefinidamente no processo de libertação das paixões escravocratas e das sensações animalizantes a que nos aferramos. Somos herdeiros da insânia que nos permitimos, mas também dos sacrifícios e esforços de iluminação que conseguimos. Passo a passo seguimos o caminho do autoconhecimento, nem sempre como deveríamos, através de uma decisão irreversivel. Muitas vezes estacionamos nas províncias da loucura pelo prazer insaciável, quando nos cumpriria avançar no rumo das emoções sublimantes. Ocorre que a predominância dos instintos primários em nós ainda é muito forte, e a eles nos submetemos sem forças para romper as amarras que nos retêm na retaguarda do caminho por onde deveremos avançar. Não somos anjos ainda, tampouco demônios sem a presença do amor de Deus. Damos prosseguimento, no AlémTúmulo, às experiências que elegemos durante o transcurso carnal. Cada qual desperta além da morte com a bagagem armazenada antes da desencarnação.
Por isso mesmo, morrer ou desencarnar, é transferir-se de estágio vibratório, permanecendo nas paisagens infinitas da Vida. Não é, pois, de estranhar, que tenhamos aspirações e fruamos de emoções bem diferentes, que são resultados das nossas seleções desde a experiência carnal, cujo ciclo, que se estende do berço ao túmulo, encerramos, de forma a nos permitirmos novo tentame, avançando sempre no rumo da Grande Libertação. Até agora, ainda não vos destes conta exatamente da ocorrência da vossa imortalidade, dando curso às paixões a que vos ativestes antes, sem permitir-vos meditar em torno do futuro, do que vos aguarda e da necessidade de alterar o comportamento, que não mais pode continuar conforme vem sucedendo. Herdeiros de Deus, porque Seus filhos amados, trazemo-lO na intimidade dos sentimentos e na inteireza da consciência que, embora anestesiada no momento, apresenta os primeiros sinais de despertamento, gerando tédio e cansaço, mal-estar e saturação em todos os cometimentos a que vos aferrais. O gozo exorbitante, a loucura do sexo em total desalinho, o prosseguimento das aberrações e fanfarronices não mais atendem às exigências do ser profundo que sois, apresentando-se como uma sensação grosseira que resulta do encharcamento dos tecidos sutis dos vossos perispíritos impregnados de fluidos tóxicos gerados pelas vossas mentes e predominantes na região em que estagiais.
O médium silenciou por brevíssimos segundos, relanceando o olhar pelo salão repleto, a fim de medir a receptividade dos conceitos emitidos.
Um leve rumor agitou a massa, na qual alguns membros mais alucinados reagiam a meio tom de voz, enquanto outros, de olhar esgazeado e de aspecto dementado, despertavam lentamente, beneficiados pelas vibrações ambiente e pela musicalidade da palavra esclarecedora.
Sem dar margem a prolongada pausa, que poderia quebrar o ritmo da proposta de libertação, prosseguiu:
– Desfrutais, neste momento, de imerecida concessão divina, nesta Casa, que vos faculta reflexionar fora do ambiente asfixiante em que vos detendes, em torno da excelência da liberdade e da autossuperação, a fim de poderdes eleger nova conduta e segui-la com os olhos postos nos horizontes iluminados que vos aguardam. Chega de angústias afogadas no licor de suor e sangue das vossas aflições. As saudades dos seres queridos, ora distantes, que vos dilaceram, falam-vos da possibilidade dos reencontros ditosos de que podereis fruir, assim desejeis alterar o comportamento e mudar de situação emocional. Sois escravos, não de Espíritos perversos que vos exploram, mas das vossas próprias paixões, do primarismo que vos jugula às reminiscências do corpo físico, ora inexistente. As sensações que experimentais e disputais sem cessar, não existem mais, nem podem repetir-se, sendo apenas impregnação conservada pelo corpo perispiritual, e que vossas mentes insistem em preservar. O vosso líder, o marquês de Sade, que vos trouxe a este recinto de felicidade, cansado dos excessos que se tem permitido, optou pela renovação e já não retornará convosco, com aqueles que desejarem volver aos sítios pestíferos de onde procedeis. Ninguém poderá obrigar-vos ao retorno às cavernas de padecimento e de escravidão onde vivíeis. Aqui é a Casa de bênçãos, que se vos distendem acolhedoras e ricas de renovação. Podeis respirar novo clima, acalentar novas esperanças, anelar por paz e trabalhar pela conquista dos valores morais e espirituais que abandonastes, quando tomados pela insensatez e pelo desvario, ao vos entregardes à exorbitância do prazer.
Aqueles que se atribuíam comando sobre vós, e que aqui também se encontram, desfrutam do mesmo direito de escolha, que vos é concedido. E porque igualmente se apresentam saturados do despautério, certamente elegerão a paz ao conflito, a alegria à alucinação, o repouso à guerra contínua contra si mesmos, em que se demoram. Ninguém consegue deter o amanhecer. Da mesma forma, ninguém possui poder para evitar o despertar da consciência e a autoconquista. Estamos todos fadados à plenitude, que nos é oferecida pelo Genitor Divino, dependendo somente da escolha que cada qual faça em seu próprio favor. Não vos será imposta qualquer decisão, porque, embora nem todos tenhais capacidade de discernimento, e grande número se encontre sob doentia indução hipnótica, a minha voz penetra-vos e convoca-vos para novo comportamento. Não temais decidir pela autolibertação, pela fraternidade, pelo amor, pela iluminação interior. Quase todos nós perlustramos esses caminhos por onde vos movimentais no momento. Tivemos nosso período de treva e de ignorância, nossa fase de alucinação e primitivismo, havendo sido libertados pelo amor inefável de Jesus através dos Seus abnegados mensageiros, qual ocorre agora em relação a vós outros. Analisai o que sentis neste momento e relacionai-o com o que vindes experimentando na cidade perversa, onde habitais. Observai as emoções que vos tomam, os sentimentos que volvem a acionar a vossa capacidade de compreender e de discernir o certo do errado, o bom do mau, e logo vereis que estais em um santuário que se vos abre inteiramente, facultando-nos acolhimento e oportunidade de renovação. Não tergiverseis, nem postergueis este momento. O ponteiro do relógio sempre volve ao mesmo lugar, porém em outra dimensão de tempo, noutra circunstância, jamais nas mesmas. As águas do rio, que passam sob pontes, retornarão um dia em forma de chuva generosa, nunca mais, no entanto, em condições equivalentes. Este é o vosso momento. Soa a vossa hora. Jesus vos chama. Recordai-O, braços distendidos em direção à atormentada multidão, convocando-a: Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e aflitos, e eu vos consolarei. Tomai sobre vós o meu fardo, recebei o meu jugo e aprendei comigo, que sou manso e humilde de coração. Leve é o meu fardo, suave é o meu jugo.
Vinde a mim. . . O Seu convite vem reboando através de dois mil anos, alcança a acústica de nossa alma e fica em silêncio, porque temos preferido ouvir a balbúrdia, atender aos apelos do vozerio tresvariado da inferioridade. Com Jesus, altera-se a visão em torno da vida e do ser existencial. Aceitá-LO, significa tomar a cruz do dever, que é o seu fardo leve; entregar-se-Lhe em regime de totalidade e submeter-se-Lhe ao comando, representam estar sob o Seu jugo suave e transformar a vida, tornando-a doce, amena e nobre. Decidi, sem relutância. Ouvi a música das Esferas Elevadas, que é bem diferente daquela a que vos acostumastes. Pensai em Deus, pelo menos por um pouco. Recordai dos vossos amores que ficaram na Terra ou vos precederam no rumo da Imortalidade. Este é o momento. Deixai-vos arrastar pelas vibrações de amor que vos passam a envolver. Ficai em paz e elegei a luz ou a treva, a felicidade ou o prolongado cativeiro. Jesus aguarda. Louvemo-LO e sigamo-LO!
Novamente silenciando, o orador, irradiando suave claridade que se lhe exteriorizava do Espírito, profundamente concentrado, deu margem a que se ouvisse uma melodia de incomparável beleza, que em maviosa voz, convidavamos a todos, a seguir Jesus e libertar-nos das paixões selvagens.
Flocos luminosos muito delicados desciam de ignotas regiões e suave perfume invadiu o recinto, produzindo empatia desconhecida e emoção sublime em todos aqueles que ali nos encontrávamos.
A pouco e pouco, da emoção silenciosa surgiram o pranto e a exteriorização do imenso sofrimento em que estorcegavam aqueles irmãos, suplicando amparo e oportunidade de refazimento.
Entidades generosas, que aguardavam a ocorrência, acercaram-se daqueles que estavam a ponto de tombar na agitação e no desespero, acalmando-os, aplicando-lhes energias restauradoras e emulando-os à fé, à coragem. Alguns, mais rebeldes, levantaram-se de inopino, e saíram atropeladamente, tentando produzir balbúrdia, no que foram impedidos discretamente pelos vigilantes e operosos trabalhadores da Instituição.
A música prosseguia, enquanto a misericórdia de Deus atendia aqueles que se rendiam à luz, dulcificando-os e interrompendo o longo império de desespero a que se houveram entregado, despertando-os para novos cometimentos e experiências de recuperação do tempo gasto na flagelação e na desdita por livre opção.
Foi, então, que o caroável Dr. Bezerra de Menezes, erguendo-se, falou, tomado de grande compaixão pelos atormentados, que retornavam ao redil do Sublime Pastor:
– Sede bem-vindos, irmãos queridos, à senda de renovação.
O vosso cansaço será atenuado, a vossa sede de paz receberá a linfa do reconforto, a vossa fome de amor encontrará o pão da vida, que vos nutrirá para sempre. Não aguardeis, porém, colheita de flores nos terrenos onde semeastes espinhos e urze pontiagudos; não creiais em recompensas à ociosidade assim como ao vitupério, ao abuso das funções psíquicas, que se reconstruirão lentamente a vosso contributo pessoal. Não encontrareis escadaria de acesso rápido ao paraíso, nem catapulta de improviso para o reino dos Céus. O trabalho é guia de segurança e força de elevação para todos nós. O labor iluminativo é obra de cada um, que o realizará a esforço e a sacrifício pessoal. Toda ascensão exige denodo, e ninguém alcança o acume da montanha sem atravessar as baixadas de onde procede.
Iniciareis novas experiências de autoiluminação, percorrendo as mesmas estradas, porém com outras disposições interiores e a decisão de ser feliz. Envolvidos pelas vibrações que procedem do Amor, inundai-vos de luz e embriagai-vos de novas alegrias.
Começa novo Dia para quantos desejem a claridade do Bem no coração e se resolvam pela purificação mediante o mergulho no corpo físico, sem as constrições das falsas necessidades a que vos acostumastes. A carne ser-vos-á refúgio ameno, escola de aprendizagem e reeducação, hospital de recuperação de forças, oficina de trabalho. . . Transitareis alguns, solitários e não amados, outros sob injunções penosas que os atos arbitrários impuseram ao longo do tempo, outros mais experimentando desejos inconfessáveis que o organismo não poderá atender, mediante processo psicoterapêutico, por fim a cada um será proposto um programa de recuperação conforme suas obras. . . Todos porém, filhos do Amor, encontrareis oportunidade para o autocrescimento e a felicidade. Que o Divino Mestre nos abençoe a todos, no esforço de elevação!
Quando silenciou, permaneciam as vibrações de paz e de alegria que saturavam o ambiente, enriquecido de suave luz procedente de Esfera Mais Alta, ao tempo em que diligentes servidores adrede convidados, puseram-se a atender aqueles que optaram pela renovação, conduzindo-os com ternura fraternal a diferentes setores da Instituição, de onde rumariam para os Núcleos preparatórios de reencarnações purificadoras. Não havia saído do quase êxtase, quando o médium Ricardo se me acercou, jubiloso, irradiante de felicidade, demonstrando a alegria pela realização do serviço recém-concluído.
Utilizei-me do ensejo, e indaguei, com certa curiosidade:
– Houve alguma razão especial para que fosses o escolhido para as informações aos desencarnados, em vez das próprias Entidades espirituais?
Demonstrando sua natural modéstia, Ricardo esclareceu: Conforme pensam os Benfeitores Espirituais, o fato de encontrar-me reencarnado com relativa facilidade nos desdobramentos lúcidos durante o período do sono físico, faz que apresente algumas condições necessárias para levar a programação libertadora, como ocorreu aos irmãos enlouquecidos, permitindo que melhor assimilem a proposta, tendo em vista os implementos orgânicos de que me revisto, mediante os quais facilita-se-lhes a sintonia. A exteriorização do fluido animal, que decorre do estado de reencarnado, permite-nos maior identificação de sentimentos, em razão de eles ainda estarem sob fortes pressões dos liames materiais. Ademais, esse formoso labor, quando exitoso, qual acaba de acontecer, converte-se em bênção para mim mesmo, face ao ensejo de facultar-me prosseguir no trabalho mediúnico. Sem qualquer dúvida, embora me encontrasse lúcido durante a dissertação, as informações expostas foram-me transmitidas através de telementalização pelo nosso sábio Mentor Dr. Bezerra de Menezes. "Sintonizando o pensamento na faixa da caridade e entregando-me à sua inspiração, sinto-me induzido a falar e a agir conforme ele próprio o faria, em razão da facilidade de captação das ideias e dos sentimentos, nessa circunstância, porém, sem os impedimentos naturais da organização cerebral. "Neste abençoado universo de energias, que se exteriorizam em ondas, vibrações, ideias e pensamentos, estamos sempre em intercâmbio psíquico, conscientes ou não dessa realidade, constituindo-nos verdadeira felicidade o conhecimento que nos é oferecido pelo Espiritismo em torno das possibilidades inimagináveis de que desfruta a alma integrada na realidade cósmica".
– Esta é sua primeira experiência específica – voltei a inquirir – ou se lhe apresenta habitual este formoso fenômeno?
– No que dizerespeito ao atendimento a desencarnados vítimas de obsessões do sexo – respondeu, gentilmente – foi a minha primeira intermediação. Entretanto, tenho participado com relativa frequência de incursões a regiões de amargura e de sofrimento, onde tenho funcionado como médium psicofônico, tanto dos Mentores como dos mais aflitos, que não conseguem comunicar-se diretamente, tal o estado de intoxicação fluídica em que se encontram encharcados. Face ao aturdimento à fixação nos despojos materiais, não se dão conta da realidade espiritual em que se encontram, tendo dificuldade para exteriorizar o pensamento somente através da ação mental.
Assim, o perispírito do médium funciona para eles como decodificador das suas necessidades e manifestações internas. "Como constatamos, para os médiuns que se devotam ao Bem, sempre há labor a executar em ambos os planos da vida. Se considerarmos que a claridade da Doutrina Espírita chegou à Terra há pouco menos de um século e meio, não podemos negar que todo o labor de socorro desobsessivo aos transeuntes do corpo somático era feito no mundo espiritual, quando os Construtores do progresso se utilizavam dos médiuns encarnados e desencarnados para o mister de esclarecimento e de libertação das injunções penosas, lamentáveis.
"Graças a essas ocorrências, não foram poucos os santos, os místicos, os profetas, que assinalavam haver estado no Purgatório e no Inferno, onde mantiveram contatos dolorosos com personagens que viveram na Terra, ou conheceram os lugares que os aguardavam caso não se conduzissem com a correção que deles se esperava. . . Eram reminiscências de suas visitas aos sítios de amargura e de recuperação em que se demoravam alguns desencarnados, ou atividades mediúnicas de socorro aos mesmos assim como aos reencarnados em rudes provações. Quantos denominados exorcismos, que se iniciavam com as célebres palavras sacramentais e gestos, alguns burlescos e circenses, tinham continuidade técnica fora da indumentária física, resultando positivos! Tratavase de processos de doutrinação dos desencarnados perversos pelos Benfeitores da Humanidade, conforme hoje se realizam nos Núcleos cristãos restaurados.
Dia virá, e já se aproxima, em que labores desse gênero se tornarão naturais e conscientes, facultando às criaturas humanas o saudável e contínuo intercâmbio com o mundo espiritual sem as barreiras que a ignorância das Leis da Vida "impõe. " Agradecendo-lhe, realmente sensibilizado pela sua contribuição, que me pareceu muito lógica, aguardei a continuidade do ministério socorrista.