Capítulo XV

Trabalha e vive


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A morte é realmente libertação, mas a fuga ao dever é agravo de compromisso.

O lavrador que espera o fim do dia descansará sob a paz do firmamento estrelado; aquele, porém, que incendeia o campo, desertando das próprias obrigações, condensa a névoa do remorso adentro do próprio ser.

Por maior seja a dor que te fira, asserena-te e espera, mas espera agindo e servindo para o bem.

Nunca te entregues ao desespero.

Certas provas expressam bênçãos ocultas das quais, na Terra, não se compreende o significado imediatamente.

Serve e aguarda o tempo. Tudo se renova, a fim de aperfeiçoar-se.

O que hoje te parece sofrimento amanhã, talvez, considerarás por socorro de antecipação.

Progresso é a soma dos problemas solucionados.

Evolução é barreira vencida.

Dificuldade é medida de resistência.

Tribulação é o cadinho da fé.

Ergue-te, cada dia, para fazer o melhor que puderes.

Quando não conseguires adiantar-te em passo regular, segue lentamente, mas segue de maneira constante no trabalho que a vida te deu a realizar.

Não te acomodes com pessimismo e desânimo. Nem esmoreças no serviço a que te propuseste.

Quando a sombra se faça mais espessa, em torno de ti, acende a chama da oração e prossegue. A luz da prece te fará ver a estrela da esperança a guiar-te em rumo certo, porque a esperança é a baliza na marcha de todos os corações que procuram por Deus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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