Caminho Espírita

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Capítulo XLI

Solução natural


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Os Espíritos benfeitores já não sabiam como atender à pobre senhora obsidiada.

Perseguidor e perseguida estavam mentalmente associados à maneira de polpa e casca no fruto.

Os amigos desencarnados tentaram afastar o obsessor, induzindo a jovem senhora a esquecê-lo, mas debalde.

Se tropeçava na rua, a moça pensava nele…

Se alfinetava um dedo em serviço, atribuía-lhe o golpe…

Se o marido estivesse irritado, dizia-se vítima do verdugo invisível…

Se a cabeça doía, acusava-o…

Se uma xícara se espatifasse, no trabalho doméstico, imaginava-se atacada por ele…

Se aparecesse leve dificuldade econômica, transformava a prece em crítica ao desencarnado infeliz…


Reconhecendo que a interessada não encontrava libertação por teimosia, os instrutores espirituais, ligaram os dois — a doente e o acompanhante invisível — em laços fluídicos mais profundos, até que ele renasceu dela mesma, por filho necessitado de carinho e de compaixão.

Os benfeitores descansaram.

O obsessor descansou.

A obsidiada descansou.

O esposo dela descansou.


Transformar obsessores em filhos, com a bênção da Providência Divina, para que haja paz nos corações e equilíbrio nos lares, muita vez, é a única solução.




(Anuário Espírita 1966)



Hilário Silva
Francisco Cândido Xavier

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