Caminho Espírita

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Capítulo LIII

Faltas

Reunião pública de 6-2-1961.

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É possível que o constrangimento do companheiro tenha surgido do gesto impensado de tua parte.

O gracejo impróprio ou o apontamento inoportuno teria tido o efeito de um golpe.

Decerto, não alimentaste a intenção de ferir, mas a desarmonia partiu de bagatela, agigantando-se em conflito de grandes proporções.


De outras vezes, a mente adoece, conturbada.

Teremos ofendido, realmente.

A cólera ter-nos-á cegado o discernimento e brandimos o tacape da injúria.

Pretendemos aconselhar e cortamos o coração de quem ouve.

Alegando franqueza, envenenamos a língua.

No pretexto de consolar, ampliamos chagas abertas.

E começa para logo a distância e a aversão.


Se a consciência te acusa, repara a falta enquanto é cedo.

Chispa de fogo gera incêndio.

Leve alfinetada prepara a infecção.

Humildade é caminho.

Entendimento é remédio.

Perdão é profilaxia.

Muitas vezes, loucura e crime, dispersão e calamidade nascem de pequeninos desajustes acalentados.

Não hesites rogar desculpas, nem vaciles apagar-te, a favor da concórdia, com aparente desvantagem particular, porquanto, na maioria dos casos de incompreensão, em que nos imaginamos sofrer dores e ser vítimas, os verdadeiros culpados somos nós mesmos.




Essa mensagem foi publicada originalmente em 1962 pela FEB e é a 6ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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