Capítulo II

Males pequeninos


Temas Relacionados:

Guardemos cuidado para com a importância dos males aparentemente pequeninos.


Não é o aguaceiro que arrasa a árvore benemérita.

É a praga quase imperceptível que se lhe oculta no cerne.


Não é a selvageria da mata que dificulta mais intensamente o avanço do pioneiro.

É a pedra no calçado ou o calo no pé.


Não é a cerração que desorienta o viajor, ante as veredas que se bifurcam.

É a falta da bússola.


Não é a mordedura do réptil que extermina a existência de um homem.

É a diminuta dose de veneno que ele segrega.


Assim, na vida comum, na maioria das circunstâncias não são as grandes provações que aniquilam a criatura e sim os males supostamente pequeninos, dos quais, muita vez, ela própria escarnece, a se expressarem por ódio, angústia, medo e cólera, que se lhe instalam, sorrateiramente, por dentro do coração.




Albino Teixeira
Francisco Cândido Xavier

Este texto está incorreto?