Capítulo XXV

Abençoa também

Diante das vozes e dos braços que te amparam na enfermidade, coopera com os instrumentos da cura, abençoando a ti mesmo.

Em qualquer desajuste orgânico, não condenes o corpo.

O operário deve amar enternecidamente a máquina que o ajuda a viver, lubrificando-lhe as peças e harmonizando-lhe os implementos, se não deseja relegá-la à inutilidade e à secura.


Abençoa teu coração.

É o pêndulo infatigável, marcando-te as dores e alegrias.


Abençoa teu cérebro.

É o gabinete sensível do pensamento.


Abençoa teus olhos.

São companheiros devotados na execução dos compromissos que a existência te confiou.


Abençoa teus ouvidos.

São guardas vigilantes que te enriquecem o entendimento.


Abençoa a tua língua.

É o buril que te auxilia a plasmar toda frase edificante que te escapa da boca.


Abençoa teu estômago.

É o servo que te alimenta.


Abençoa tuas mãos.

São antenas no serviço que consegues realizar.


Abençoa teus pés.

São apoios preciosos em que te sustentas.


Abençoa tuas faculdades genésicas.

São forças da vida pelas quais recebeste no mundo o aconchego do lar e o carinho de mãe.


Eis que Deus te abençoa, a cada instante, no ar que respiras, no pão que te nutre, no remédio que refaz, na palavra que anima, no passe que alivia, na oração que consola…


Junto das células doentes ou fatigadas, não empregues o fogo da tensão, nem o corrosivo do desespero.

Abençoa também.



Essa mensagem, com a omissão, no livro impresso, dos indicadores 7 e 8, foi publicada originalmente em 1961 pela FEB e é a 84ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

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