Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)
Versão para cópiaSoberanas leis — Ev. Cap. I - Item 3
Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas. . .
A Lei natural, que vige em todo o Universo, é a de L Amor, que se exterioriza de Deus mediante a sua criação.
O Cosmo equilibra-se em parâmetros de harmonia inalterada, porque procede de uma Causalidade inteligente que tudo estabeleceu em equilíbrio.
Essa ordem espontânea é sempre a mesma em toda parte, expressando-se como modelo para a conquista integral de todas as coisas, particularmente do Eu profundo, que dorme em latência nos seres aguardando os fatores propiciatórios à sua manifestação.
No começo é a sombra dominante, geradora de impulsos automáticos, inconscientes, herança dos períodos niente e dominadora em desserviço das admiráveis imagens que revestem o pensamento original e podem ser decodificadas pela moderna Psicologia Profunda, como também pela psicanálise, retirando os mitos nela existentes e configurando os arquétipos que prosseguem no inconsciente individual e coletivo de todas as criaturas humanas.
Jesus não foi o biótipo de legislador convencional. Ele não veio submeter a Humanidade nem submeter-se às leis vigentes. Era portador de uma revolução que tem por base o amor na sua essencialidade mais excelente e sutil, e que adotado transforma os alicerces morais do indivíduo e da sociedade.
As do Seu tempo eram leis injustas e condenatórias, punitivas e impiedosas, que viam o ser humano apenas como um animal passível de domesticação, e quando se lhe patenteava a rebeldia, tornava-se merecedor de extermínio para o bem da sociedade.
Mormente que as paixões da sombra, envolvente dos legisladores e seus tribunais, sempre preponderavam nas decisões criminosas, não menos merecedoras de reparação do que aquelas que pretendiam justiçar. A superioridade espiritual e moral de Jesus entendeu a necessidade, não a primazia desse código perverso, e submeteuse, pois que Ele viera também para dar exemplo dos postulados que recomendava, considerando respeitáveis os profetas e legisladores que estabeleceram essas leis nos seus respectivos períodos. Todavia, Ele trazia uma nova versão da realidade, centrada no ser imortal, procedente do mundo espiritual e a ele volvendo, o que alterava a estrutura da justiça, que não mais deveria ser punitiva-destrutiva, mas educativa-reabilitadora.
O ser humano erra por ignorância ou rebeldia, sob os estímulos do ego autodefensor, sem conhecimento profundo do significado existencial, do valor de si mesmo.
Mergulhado em sombra, esse lado escuro da personalidade sobressai-se e impulsiona a ações que estão destituídas da razão e da compaixão, desnaturadas nas bases e dominantes na essência.
O ensinamento de Jesus fundamenta-se na evolução do Self, iluminando a sombra e vencendo-a.
Ele vem buscar o ser humano no abismo em que se encontra, priorizando os valores éticos e espirituais e deixando à margem as compensações egoicas, porque aquele que já desfrutou de felicidade e não a soube repartir com o seu próximo, terá menos possibilidade de fruí-la depois da vida física.
Todos os objetivos da Boa-nova que Ele trouxe centram-se no futuro do Espírito, na sua emancipação total, na sua incessante busca de Deus.
Tornando-se o Caminho, a Sua é a Verdade que conduz à Vida, à plenitude, ao armazenamento de sabedoria e de amor.
Na conquista desse objetivo, não importam os preços e testemunhos, os impositivos das legislações, mesmo quando arbitrárias e injustas, porque são transitórias. No entanto, diante da Consciência Cósmica, a escala de valores é feita mediante condutas essenciais, aquelas que são do ser em si mesmo responsável e assume as consequências dos seus hábitos perante a vida.
Todo o Seu verbo está exarado em linguagem programada para resistir aos tempos de evolução do pensamento e
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Mateus 5:17
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
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